Adolescente que matou os pais planejou assassinar Trump, diz FBI

Nikita Casap, de 17 anos, é investigado por planejar o assassinato do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após matar a mãe e o padrasto em Waukesha, no estado de Wisconsin.

De acordo com o FBI, o adolescente cometeu os homicídios com o objetivo de obter recursos financeiros e liberdade de movimento para executar o ataque.

Os corpos de Tatiana Casap, de 35 anos, e Donald Mayer, de 51, foram localizados em 28 de fevereiro de 2025, em estado avançado de decomposição.

O alerta foi feito após Nikita deixar de frequentar a escola por duas semanas. Horas depois da descoberta dos corpos, ele foi encontrado no Kansas, dirigindo o SUV do padrasto.

Documentos obtidos pelas autoridades apontam que o jovem pretendia assassinar Trump e causar um colapso institucional nos Estados Unidos.

No celular de Casap, agentes localizaram um manifesto de três páginas, com declarações supremacistas brancas, elogios a Adolf Hitler e apelos por uma “revolução política” para “salvar a raça branca”.

A investigação federal também encontrou provas de que o adolescente havia iniciado preparativos logísticos para o atentado.

Entre os itens adquiridos estavam um drone e componentes que poderiam ser utilizados na montagem de explosivos. Em mensagens trocadas com contatos não identificados, ele discutia formas de transformar drones em armas letais.

O plano previa ainda uma fuga internacional. Segundo registros extraídos de conversas no celular, Casap pretendia escapar para a Ucrânia após o ataque.

Ele também mencionou contato com um indivíduo na Rússia, com quem discutia formas de executar o assassinato e provocar a queda do governo norte-americano.

A Polícia de Wisconsin indiciou o jovem por nove crimes, incluindo homicídio em primeiro grau, ocultação de cadáver, roubo e furto de identidade.

A fiança foi fixada em US$ 1 milhão. Ele participou de audiência em 9 de abril e deve comparecer novamente ao tribunal no dia 7 de maio. A defesa ainda não foi apresentada.