Influenciador bolsonarista e ex-secretário de Bayeux é preso pela PF em João Pessoa por ataques golpistas no DF
O influenciador digital bolsonarista e ex-secretário de Comunicação do município de Bayeux (PB), Rodrigo Lima foi o alvo do mandado de prisão preventiva cumprido pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (17), em João Pessoa, no âmbito da 14ª fase da operação Lesa Pátria, deflagrada contra pessoas investigadas por incitar, participar e fomentar os fatos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília (DF), quando as sedes do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidas e vandalizadas.
Na Paraíba, além do mandado de prisão, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão. A operação também acontece nos estados da Bahia, Goiás, Paraná, Santa Catarina e no Distrito Federal. Ao todo, são 10 mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Segundo informações do blog Conversa Política, Rodrigo Lima foi um dos líderes de um acampamento em frente ao Grupamento de Engenharia, em João Pessoa, na Avenida Epitácio Pessoa, quando bolsonaristas protestavam e pediam intervenção militar por causa da derrota de Jair Bolsonaro.
Nas redes sociais, onde tem mais de 130 mil seguidores, o influenciador se denomina gestor público, cientista político, marketing político, professor, palestrante e escritor. No instagram, várias publicações são de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro e ataques e críticas ao governo Lula.
Dias antes dos atos golpistas de 8 de janeiro, Rodrigo Lima chegou a publicar mensagens em redes sociais falando da “Festa da Selma”. De acordo com a PF, os alvos desta fase da operação Lesa Pátria são suspeitos de terem fomentado o movimento chamado de “Festa da Selma”, que era, em verdade, codinome previamente utilizado para se referir às invasões.
O termo Festa da Selma foi utilizado para convidar e organizar transporte para as invasões, além de compartilhar coordenadas e instruções detalhadas para a invasão aos prédios públicos. Recomendavam ainda não levar idosos e crianças, se preparar para enfrentar a polícia e defendiam, ainda, termos como guerra, ocupar o Congresso e derrubar o governo constituído.