
Enoque Pelágio do Carmo
Enoque Pelágio faleceu em 1987, aos 53 anos, em um acidente automobilístico envolto em mistérios, ocorrido no Conjunto residencial Castelo Branco, quando retornava da festa de aniversário do Prefeito Arnoul Carneiro. O carro que dirigia perdeu o freio em uma descida e colidiu com um poste de iluminação pública. Sua morte interrompeu uma carreira brilhante na Rádio Arapuan, onde trabalhou sob a direção de Orlando Vasconcelos, Otinaldo Lourenço e Aluízio Moura.
O funeral de Pelágio foi um marco na história de João Pessoa, atraindo multidões em uma despedida comparável apenas aos sepultamentos do médico Napoleão Laureano e do padre Zé Coutinho.
Enoque Pelágio deixou um legado de coragem e dedicação ao jornalismo policial e à comunicação popular, sendo lembrado como uma das vozes mais influentes da radiodifusão paraibana.

Seu programa Dramas e Comédias da Cidade, transmitido às 21 horas, alcançou grande popularidade ao abordar temas policiais e questões relacionadas à moral e aos bons costumes. Muitas vezes polêmico, Enoque usava o microfone para denunciar crimes e irregularidades, enfrentando ameaças e até atentados à sua vida. Como jornalista policial, foi detido uma vez e sofreu duas tentativas de assassinato em razão de suas denúncias contundentes.
Enoque também teve uma breve incursão na política. Em 1972, foi eleito vereador em João Pessoa pelo partido Aliança Renovadora Nacional ( Arena ) , sendo o mais votado naquela eleição. Em 1974, tentou se eleger deputado estadual, mas não obteve sucesso. Em l972, Enock Pelágio, era o repórter policial da Rádio Arapuan Am e do Jornal O Norte ( na Duque de Caxias ), tendo substituido pelo repórte iêdo ferreira, por indicação de Otinaldo Lourenço, junto a Teoclito Leal à época Editor Geral do Jornal O Norte.

Enoque Pelágio do Carmo, foi um jornalista e radialista brasileiro, radicado em João Pessoa, Paraíba. Reconhecido por seu estilo polêmico e combativo, construiu uma trajetória marcante na comunicação paraibana, dedicando mais de três décadas de sua vida à Rádio Arapuan AM, onde comandou o célebre programa Dramas e Comédias da Cidade. Com a participação dos radialistas iêdo Ferreira, Cardivando de Oliveira, em idos de 1967.
Enoque iniciou sua trajetória no jornalismo em 1963, aos 19 anos, como coletor de notícias na Rádio Arapuan. Antes disso, teve uma breve passagem pela Rádio Tabajara, de onde foi demitido por não falar inglês. Sem formação acadêmica em jornalismo, Pelágio destacou-se por sua atuação prática e pelo exercício garantido por décadas de trabalho na área. Sua contribuição ao jornalismo paraibano foi reconhecida com homenagens, como o troféu da Associação Paraibana de Imprensa.
Antes de adentrar o radialismo, trabalhou como leiturista de medidor no Departamento de Serviços Elétricos da Capital (DESEC) e locutor de carro de som, além de possuir formação técnica em marcenaria, que nunca exerceu profissionalmente.
ENOCK PELÁGIO DO CARMO
Naturalidade: Timbaúba-PE / radicado em João Pessoa – PB
Nascimento: 24 de fevereiro de 1934 / Falecimento: 1987
Atividade profissional: Radialista/Jornalista
www.reporteriedoferreira.com.br / informações Maria Clara Marques