A Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) realizou, na tarde desta sexta-feira (07), sessão especial para debater sobre a luta contra o antissemitismo, que significa o preconceito étnico, religioso ou cultural cometido, sobretudo, contra os judeus.

A vereadora Eliza Virgínia (PP) foi a autora da propositura e falou sobre a importância de debater o assunto. “Nós temos que ratificar que a Casa Napoleão Laureano, realizando uma sessão que vai de encontro ao antissemitismo, está dizendo que nós apoiamos Israel e que nós rechaçamos qualquer tipo de terrorismo. Infelizmente, no Brasil, o antissemitismo cresceu 1000% desde o início da guerra entre Israel e o Hamas. Nós somos a favor dos palestinos, das mulheres, dos homens e das crianças, mas nós sabemos o que o Hamas faz e, na luta contra o antissemitismo, nós estamos aqui na Câmara bradando o grito de paz em Israel”, afirmou.

O presidente da Federação Israelita da Paraíba, Hugo Borges, disse que é muito importante trazer para o seio público o debate sobre o antissemitismo, que vem crescendo no mundo e, em especial, no Brasil. “É importante debater o tema para que possamos ter o amparo da administração pública. Sabemos que o antissemitismo diz respeito a não nos dar o direito de existir e nem de ter a nossa nação”, acrescentou.

Jacqueline Passi, presidente da Associação de Raízes Judaicas do Brasil, pontuou que, realizar uma sessão como esta é importante porque demonstra que a educação e a conscientização são o caminho para disseminar o conhecimento para toda a população de um país.

Holande Fichberg, sobrevivente do Holocausto e homenageada pela Federação Israelita da Paraíba durante a sessão, contou um pouco da história dela e de sua família, vivida durante a segunda guerra mundial. “Como judia, que nasceu durante a guerra e que foi perseguida pelo nazismo, venho, ao longo do tempo, participando de palestras em escolas, universidades e igrejas, para que fatos como esse não aconteçam nunca mais, e para que o nazismo, o holocausto e todas as coisas más trazidas por eles, como a discriminação racial e religiosa, não entrem no esquecimento. Busco trazer para os dias de hoje a história esquecida para que fatos iguais não se repitam”, finalizou.

Participaram ainda da sessão o pastor Eduardo, da Igreja Assembleia de Deus; o pastor distrital da Igreja Adventista do Sétimo Dia, Bruno Sandes; o pastor Antomare, da Igreja Batista Bessamar; entre outros.

Cybele Morais