VEJA ESTE LIVRO, QUE GANHOU CINCO ESTRELAS Por Gilvan de Brito
VEJA ESTE LIVRO, QUE GANHOU CINCO ESTRELAS Por Gilvan de BritoNeste livro o leitor vai conhecer a vida e obra do escritor Orlando Tejo, que trouxe ao conhecimento público as mais hilariantes poesias de Zé Limeira, um repentista que é mestre do surrealismo e do nonsense, conhecido como o Poeta do Absurdo, considerado o precursor do Tropicalismo matuto. Orlando Tejo não precisou publicar mais do que “Zé Limeira, o Poeta do Absurdo”, para escrever um best-seller nordestino, com mais de 50 mil exemplares vendidos, sucesso de crítica e vendas (mesmo assim escreveu outros livros).
A inclinação logo surgiu: poesia e o cordel seriam o seu Norte e Zé Limeira o seu ídolo, embora as proporções entre ambos fossem desiguais, quase um abismo. Quando os militares promoveram o golpe de Estado no dia primeiro de abril, implantando uma ditadura no país, foram encontrar Orlando Tejo na linha de frente da rebeldia em favor das mudanças, em Campina Grande. Orlando foi detido e encaminhado ao 15º Regimento de Infantaria, em João Pessoa, onde ficou preso, acusado de subversão, quando respondeu por crime contra a segurança nacional. Ele aproveitou para escrever entre novembro de 1968 e janeiro de 1969, o livro “Zé Limeira, Poeta do Absurdo”. Tentou publicá-lo em Campina Grande, depois em João Pessoa, até 1970, mas não conseguiu um mecenas para ressuscitar Zé Limeira.
Depois de muita luta o livro ficou pronto no dia 20.09.73, prefaciado pelo escritor consagrado e político de longo curso José Américo de Almeida: leu o livro, ficou empolgado com a história do Poeta do Absurdo. E escreveu o prefácio da obra intitulado “Um poeta diferente”: “A literatura de cordel está, hoje, universalmente consagrada, como um dos testemunhos mais fiéis da tradição. A pobreza de mitos regionais é suprida por essa fonte de comunicação imediata…” -disse o escritor… Na verdade, Zé Limeira era um poeta diferente: Abusava da distorção histórica. Não havia glória profana ou santidade que escapasse de suas caricaturas.
www.reporteriedoferreira.com.br Por Gilvan de Brito- Advogado, jornalista, poeta, escritor



