Gabriel Galípolo precisa ter presidência aprovada pelo Senado antes de assumir
Pedro França/Agência Senado
Gabriel Galípolo precisa ter presidência aprovada pelo Senado antes de assumir

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou nesta quarta-feira (28) o economista Gabriel Galípolo para assumir a Presidência do Banco Central.

Com 42 anos, o escolhido por Lula chefiará a autoridade monetária após ter atuado na campanha do petista em 2022, além de ter feito parte da equipe de transição de governo e ter ocupado o cargo de secretário-executivo do Ministério da Fazenda, antes de assumir a Diretoria de Política Monetária do BC.

O mercado financeiro já aguardava a indicação de Galípolo, anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Agora, o economista deve substituir Roberto Campos Neto dentro da autoridade monetária.

Para que isso ocorra, é necessário que a indicação seja primeiro analisada pelo Senado – a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) que realizará a sabatina de Galípolo, para que então o plenário referenda a indicação.

Vanderlan Cardoso (PSD-GO), presidente da CAE, no entanto, não promete que a sabatina seja feita antes do período das eleições municipais.

Confira a trajetória de Galípolo:

Escolha de Lula, Galípolo é formado em Ciências Econômicas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), onde também concluiu seu mestrado em Economia Política. Entre 2006 e 2012, ele lecionou em cursos de graduação na mesma instituição.

De 2017 a 2021, foi presidente do Banco Fator, destacando-se durante o período em que se discutiam os estudos para a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae).

O economista consolidou-se como especialista em Parcerias Público-Privadas (PPPs) após liderar o desenvolvimento de um modelo de PPP para a Cedae, iniciado em 2018 por um consórcio formado pelo Banco Fator e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Na gestão pública, Galípolo ocupou o cargo de chefe da Assessoria Econômica da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos de São Paulo em 2007, durante o governo de José Serra (PSDB).

Ainda no âmbito do governo paulista, assumiu a posição de diretor de Estruturação de Projetos na Secretaria de Economia e Planejamento de São Paulo em 2008.

Mais recentemente, teve destaque ao substituir o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante suas férias em julho.