O presidente da Câmara Municipal de Cuitegi, Vivaldo França, suspendeu a realização de sessões na casa legislativa e fechou o acesso ao prédio. Ele acusa os parlamentares de oposição de promoverem vandalismo. Hoje, um grupo de adversários de Vivaldo, que não reconhece a eleição dele, chamou um chaveiro e abriu as portas da sede do legislativo municipal.
A confusão começou no início do mês passado quando o vereador Willame Lima teve seu mandato cassado por causa de fraude à cota de gênero cometida pelo partido, dele o Cidadania. Como William era presidente da Câmara, foi necessário realizar nova eleição para a chefia do poder legislativo municipal. Vivaldo França acabou sendo eleito para presidir a Casa. Mas, o pleito foi contestado porque os aliados do prefeito apontaram irregularidade na votação. Vivaldo recorreu à Justiça para continuar no cargo, mas os governistas contestam a permanência dele no cargo.
“Chamaram um chaveiro, arrombaram a porta e entraram. De pronto, eu avisei ao 190. Fui à delegacia de polícia, citei todos os envolvidos que estavam no momento e espero que a Justiça tome as providências para que possamos retomar os trabalhos legislativos. A eleição foi judicializada por eles mesmos e a Justiça de Guarabira entendeu que a eleição foi legal. Raul e outros vereadores acham que podem assumir a presidência simplesmente botando uma ata debaixo do braço”, reclamou Vivaldo.
Raul Meireles, Cícero da Verdura, Dedé de Vicente, Neidinha do Leite e Biu do Canudo eram os vereadores que estavam no momento da abertura da porta da Câmara.
Para Raul, que sentou-se na cadeira de presidente, o cargo é dele: “Estou presidente desde o dia 28 de setembro quando a maioria da Casa me elegeu, anulando o ato que fez Vivaldo presidente no dia 1º de setembro. Somos sete vereadores e fizemos a eleição aberta na rua porque Vivaldo não quis sequer receber o ofício que solicitava o acesso ao local para o pleito. Ontem, o ex-presidente estava na Casa com assessores, saiu de imeditado e não deu nem tempo de pedir as chaves. Ele fechou e foi embora. Nós trocamos a fechadura e não houve dano algum ao patrimônio. Não houve invasão nem dano”.
No perfil da Câmara de Cuitegi, permanece o aviso de que as sessões estão suspensas.
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