Força-tarefa vai investigar irregularidades na gestão do Hospital Padre Zé, em João Pessoa
A investigação é motivada após a denúncia de furto de celulares da unidade, e a renúncia do então diretor.
No dia 18 de setembro, o padre Egídio de Carvalho Neto, então diretor do hospital, renunciou ao cargo, em meio a investigações da Polícia Civil da Paraíba sobre o furto de 100 aparelhos de telefone celular que foram furtados do hospital. Segundo a administração do hospital, toda a diretoria anterior do Hospital Padre Zé renunciou, e os novos dirigentes assumiram as funções imediatamente, para evitar que os serviços prestados pelo hospital fossem interrompidos ou descontinuados.
Os mais de 100 celulares que teriam sido furtados do Hospital Padre Zé foram doados pela Receita Federal, oriundos de apreensões, e seriam vendidos em um bazar solidário para comprar uma ambulância com UTI e um carro para distribuição de alimentos para pessoas em situação de vulnerabilidade.
De acordo com a nova a diretoria do Padre Zé, órgãos como Polícia Civil, Ministério Público da Paraíba (através do Gaeco), Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz ) e Controladoria-Geral do Estado devem integrar a força-tarefa. A Polícia Civil confirmou ao g1 a participação e a Sefaz negou estar envolvida.
O Hospital Padre Zé também afirmou que constatou inúmeras dívidas que comprometem sua funcionalidade após avaliar a situação operacional, funcional, contábil e financeira da instituição. A gestão disse que a primeira providência foi solicitar ao Ministério Público da Paraíba uma ampla auditoria em todas as contas, contratos, convênios e projetos do hospital.
Apesar das dificuldades, o hospital informou que o serviço não será suspenso e a instituição busca agora resgatar a “memória da iniciativa caritativa”. O Padre Zé também informou que será preciso um “choque de gestão” e um esforço conjunto com o Poder Público para que o Hospital continue operando.
A Arquidiocese da Paraíba afastou, em 27 de setembro, o padre Egídio de Carvalho Neto de qualquer ofício ou encargo eclesiástico enquanto durar as investigações sobre irregularidades identificadas no Hospital Padre Zé, de João Pessoa, no período em que ele foi diretor da unidade hospitalar. Na prática, ele fica proibido de ministrar missas ou qualquer outro sacramento da igreja.
Em 25 de setembro, em meio às investigações, o padre George Batista foi eleito novo diretor do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, após a realização de uma assembleia.