Senado aprova MP dos Ministérios e alivia tensão de Lula
O Senado aprovou na madrugada desta quinta-feira (1º) a medida provisória que reestrutura os ministérios do Palácio do Planalto. A Câmara já havia aprovado a medida na noite de quarta-feira (31).
A aprovação da proposta no Congresso Nacional é um alívio para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ganha mais um voto de confiança dos parlamentares. Entretanto, o Planalto acendeu o alerta para novas crises com os congressistas.
O texto prevê a criação de 31 ministérios e seis órgãos com status de pasta ministerial. Em 2022, eram 23 ministérios no Planalto.
Ao todo, 51 senadores votaram favoráveis a proposta. Outros 19 foram contrários ao texto.
A MP ainda prevê uma reorganização de órgãos do Palácio do Planalto. A Agência Nacional de Águas (ANA), por exemplo, passará para a alçada de Waldez Góes (Desenvolvimento Regional). O Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (Sinisa) e o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (Sinir) passarão para o Ministério das Cidades, comandado por Jader Filho.
Já o Cadastro Ambiental Rural (CAR) deve será de responsabilidade de Esther Dweck, de Gestão e Inovação.
Dificuldade na Câmara dos Deputados
A aprovação do texto, porém, aconteceu em meio às pressões do Centrão na Câmara dos Deputados contra o Palácio do Planalto. A falta de articulação política do Palácio do Planalto quase prejudicou a votação na Câmara dos Deputados. Parlamentares reclamaram da falta de credibilidade do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.