Recordar é viver ou reviver por: Francisco Nóbrega
RECORDAR É VIVER OU REVIVER.
Por Francisco Nóbrega dos Santos
Lembro-me, ainda, quando respirávamos ao som de maravilhosas composições vindas das mentes sãs de Adelino Moreira, Herivelton Martins, Ari Barroso, Lourival Faissal, Mário Lago, Noel Rosa e muitos outros que me fogem à memória.
Muitas dessas melodias ecoavam nas vozes Nelson, Chico Alves, Anísio Silva Silvio Caidas Orlando, Calheiros et. Etc.
Hoje ao invés de belas composições que mexiam com os nobres sentimentos pelas coisas boas e belas da vida dos amantes da vmelodia e da música, nossos ouvidos resistem indefesos, berros e aberrações, enchendo a paciência da gente e o bolso da mídia, que deveria ganhar o apelido “midíocre”
O tempo, inevitavelmente, passa deixando em nossas mentes melodias imortais, em versos, poeticamente, musicados. Os violões em serenatas enchiam os céus de amor.
No auge dessas desastrosas mudanças, surgiu uma geração de compositores ou decompensitores, assassinando o bom gosto e mutilando a já maltratada língua portiguesa.
Recordo-me o justo protesto na letra de Adelino Moreira, que assim narrava a decadência, fala em SERESTA MODERNA, quando num trecho diz; Seresta noderna agora é hi fi, no canta da sala de um apartamento; alguém gritando, bebidas rolando e gritinhos nervosos , atodo momento.
Ainda trago bem acesa na mente, a música MEU PERFIL, cantada na voz de Nelson, cuja letra assim se expressava; Minhas frases sem lirismo/ são despedidas do cinismo/sem a ilusão da cor/ falo a língua da verdade/ e sem a vulgaridade/ das velhas frases de amor/; sou assim amante bruto/que decide num minuto/ mas sabe aquilo que quer/incapaz de uma frase colorida/mas capaz de amar na vida/ uma única mulher.
Eu adotei esseconceitoe provei a vida inteira que esse seria o MEU PERFIL
Uma tarde de domingo, estava no Bar do Severino Dionísio, (hoje oficial de Justiça) hoje Oficial de Justiça, que reside , no João Agripino. Estava eu, tomando uma cerveja com Manoel Targino Belmont (de saudosa memória) e ele me pediu que cantasse meu perfil. Eu o atendi e brindamos juntos.
Ao final da comemoração, não sei de que, prometi ao amigo Belmont que, onde encontrasse um CD ou LP com aquela bela música, eu compraria e lhe presentearia.Procurei em todos os lugares por onde passei, porém nunca encontrei aquela canção gravada. decorrido algum tempo, infelizmente meu amigo belmont já havia falecido, eu, encontrei na feira de Sapé. Dei um mergulho no tempo e recordei aquela comemoração. Adquiri o CD, com os olhos lacrimejantes, relembrando a boa amizade.