Prefeito Cícero Lucena e Secretário de Saúde recebem líderes religiosos e superam crise
O prefeito Cícero Lucena recebeu, na manhã desta quinta-feira (18), líderes religiosos das igrejas católica e evangélicas. O encontro aconteceu no Centro Administrativo Municipal (CAM), com a presença do secretário de Saúde, Fábio Rocha. O grupo alinhou o pensamento e discutiu trabalho em conjunto para combater a covid-19. Houve desconforto por causa de uma declaração do secretário de Saúde, Fábio Rocha, que admitiu a suspensão de eventos religiosos como forma de conter o avanço da pandemia: “Não hesitaremos em tomar medidas restritivas. Se tiver que fechar algum segmento como, por exemplo, eventos religiosos, onde se juntam 200 pessoas e começa a gritar sem máscara… isso é crime sanitário. As pessoas precisam pensar não apenas no seu umbigo, mas ser responsável com ela e com os outros porque o dinheiro público tem limite”.
O prefeito Cícero Lucena destacou o esclarecimento de ruídos no diálogo da Secretaria de Saúde com as instituições. “Foi devidamente esclarecida a fala do secretário, por ter sido uma situação pontual. O mais importante é que isso nos deu a oportunidade de conversar com os setores religiosos, no sentido de compreender a importância de preservar a vida e de que essa é uma obrigação de todos. Agora vamos nos unir mais ainda para enfrentar o problema da covid, mas também para encontrar outras soluções necessárias para a cidade”, declarou o gestor.
O próprio secretário de Saúde se pronunciou alegando que a pressão causada pelo contexto levou à fala que classifica como infeliz. “A minha palavra foi mal colocada. A pressão é muito alta, este é um cargo que mexe muito conosco, que somos profissionais de saúde e lidamos com vidas perdidas. Aqui na reunião foi tudo esclarecido, não tenho nada contra as igrejas. Houve uma quebra das regras sanitárias, mas vai ser corrigido e tudo foi esclarecido”, afirmou.
O presidente da Associação de Pastores Evangélicos da Paraíba (Apep), pastor Fausto Filho, afirmou que a reunião foi necessária para o esclarecimento de interpretações equivocadas. “Tivemos a oportunidade de ouvir o secretário e ficamos convencidos de que as intenções são as melhores. São demandas urgentes, vinculadas à morte e ao sofrimento, e isso causa pressão e preocupação. Saímos convencidos de que há interesse real da gestão na preservação de vidas”, avaliou.
A igreja católica esteve representada pelo monsenhor Robson Bezerra, da Catedral de Nossa Senhora das Neves. “É bom e agradável quando nos reunimos como irmãos para esclarecer um assunto tão importante. Este equívoco do secretário viralizou, mas a crítica estava direcionada a um caso isolado de desobediência às normativas. Entendemos e percebemos que ele e o prefeito não estão contra as igrejas, pelo contrário. Saio daqui muito feliz”, declarou.
Ainda estiveram presentes na reunião o secretário de Comunicação, Marcos Vinícius, os vereadores Durval Ferreira, Carlão e Elisa Virgínia, e pastores das igrejas Universal, Batista do Miramar, Sara Nossa Terra, Sal e Luz, Assembleia de Deus, Betel Brasileiro e MIRR.
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