Mike Pompeo diz que as eleições parlamentares na Venezuela são uma ‘farsa’
Votação na Venezuela ocorre em meio a uma profunda crise no país, com inflação, falta de abastecimento de água e gás e cortes de energia.
Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo — Foto: Jacquelyn Martin/Pool/Reuters
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, afirmou nas redes sociais neste domingo (6) que as eleições parlamentares realizadas na Venezuela foram uma “farsa”.
“A fraude eleitoral da Venezuela já foi cometida. Os resultados anunciados pelo regime ilegítimo de Maduro não refletirão a vontade do povo venezuelano. O que está acontecendo hoje é uma fraude e uma farsa, não uma eleição”, escreveu Pompeo, no Twitter.
Disputada por cerca de 14 mil candidatos de mais de 100 partidos, a eleição na Venezuela acontece em meio a uma profunda crise no país, com inflação, falta de abastecimento de água e gás e cortes de energia.
A vitória daria ao governante Partido Socialista de Maduro o controle de uma Assembleia Nacional, com 227 assentos — a única instituição que não está em suas mãos.
A participação inicial foi baixa, porém, com muitas seções eleitorais em Caracas vazias ou com poucos eleitores.
A Venezuela também foi fortemente atingida pela pandemia da Covid-19, e os eleitores foram obrigados a usar máscaras e fazer o distanciamento social dentro dos locais de votação.
Consulta popular
Os opositores de Maduro também convocaram, entre os dias 7 e 12, uma consulta popular na qual os cidadãos serão questionados se exigem que Nicolás Maduro cesse “a usurpação da Presidência” e se pedem “eleições presidenciais e parlamentares livres, justas e verificáveis”.
A consulta também questiona as próprias eleições deste domingo, cogitando seu cancelamento: “O senhor rejeita o evento de 6 de dezembro organizado pelo regime de Nicolás Maduro e pede à comunidade internacional que o ignore?”, diz uma das perguntas que serão apresentadas.
Além disso, pergunta aos cidadãos se eles desejam avançar em negociações perante a comunidade internacional para “ativar a cooperação, o apoio e a assistência que permitam resgatar a democracia, enfrentar a crise humanitária e proteger as pessoas dos crimes contra a humanidade”.
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