CORRUPÇAO – A RÉ DESCOBERTA DO BRASIL – Por Francisco Nóbrega dos Santos
CORRUPÇAO – A RÉ DESCOBERTA DO BRASIL –
Por Francisco Nóbrega dos Santos
O nosso País, que foi acidentalmente descoberto, segundo narram
historiadores, nasceu numa equivocada estratégia da Coroa Portuguesa, tendo
incidente a invasão da antiga Constantinopla pelos turcos. E durante esse impasse os
caminhos comerciais marítimos de Portugal para a Índia foram modificados, ante a
proibição dos invasores.
Em razão desse incidente a esquadra “lusa”, como alternativa, partiu sem
planejamento por caminhos marítimos inversos. Por conta disso uma ocasional
“calmaria” desnorteou as embarcações, até que os ventos dessem novos rumos. E por
ironia da sorte ou capricho do destino, aportaram nesse imenso território, hoje
chamado Brasil. O Resto, quem vive ou sobrevive deve conhecer.
Tudo poderia ser uma fascinante história, pois as mudanças evoluíram ao ponto
de se tornar esse País imenso, com miscigenação e um povo indecifrável, e as
influências externas, em tese, trouxeram benefícios. Concretamente firmou-se um
marco de inteligência e oportunismo. A inteligência contribuiu para o desenvolvimento
natural, em razão das riquezas existentes que despertaram a cobiça – O oportunismo
dos aventureiros que transformaram o País num enorme “mercado persa”.
Desvirtuando sua política.
Hoje, mesmo desordenada, a nação cresceu e, naturalmente, aumentaram as
mazelas e uma plêiade oportunistas que contribuiu para uma centenária corrupção, e
cresceu com a atuação de maquiavélicos políticos que criaram e assumiram as
instituições já preparadas para o enriquecimento hereditário.
Hoje é que vemos. O País bem parecido com uma matéria em decomposição,
cujo apodrecimento encontra amparo nas normas casuisticamente criadas, recriadas
ou ampliadas, com dupla ou dúbia interpretações: – Lei para todos – direitos para
alguns.
Ilustrando o pensamento sobre a lamentável involução, convém lembrar e
ressaltar alguns homens honrados que dignificaram o judiciário, embora com
passagem meteórica, mas que isentos de vínculos com pessoas ou facções de tristes
lembranças e sombrias histórias;
No Poder central, orgulha-nos a altivez de Epitácio Pessoa – que honrou o
nosso Estado, com sua passagem como Presidente da República – No Legislativo o
eloquente Argemiro de Figueiredo como Senador, além Ernani Sátiro, na Câmara
Federal dentre outros que elevaram a nossa Paraíba, no Brasil e em parte do mundo.
Não poderia ficar à Margem desse rol de ilustres filhos da Paraíba, que
dignificaram a presença na Suprema Corte de Justiça, onde se destacaram Osvaldo
Trigueiro de Albuquerque, Alcides Carneiro e outros que fogem à memória.
Ressalte-se que as escolhas desses dignos conterrâneos, somaram-se a homens
como Nelson Hungria, Aliomar Baleeiro, etc., esses escolhidos pelo brilhantismo
jurídico e conduta ilibada. É bom lembrar que esses galgaram tais postos em razão de,
à época, escolhia-se o homem para o cargo – hoje, inversamente, busca-se o cargo
para o homem. Agora é o que se vê. A usurpação de poderes, invasão de competência
e o desordenamento do País que pede socorro a si próprio, porém seu brado não é
mais retumbante, num país onde sobra para o povo o voto obrigatório – Para a classe
dominante a corrupção facultativa e imunidade para MATAR E DESMATAR.
www.reporteriedoferreira.com.br Por Francisco Nóbrega dos Santos- Jornalista, Advogado e Escritor.