Conheça os 8 cardeais brasileiros que podem suceder ao papa Francisco

Quando um papa renuncia ou morre, os cardeais, seus colaboradores mais próximos, são responsáveis por eleger o sucessor. Conheça os 8 cardeais brasileiros que podem substituir o papa Francisco. O pontífice morreu nesta 2ª feira (21.abr.2025), aos 88 anos.
No conclave, cardeais com mais de 80 anos não podem votar, mas podem ser votados. A lista dos cardeais brasileiros aptos só 1 tem mais de 80 anos, 5 foram nomeados por Francisco e 3 participaram do último conclave, em 2013.
De acordo com a lista da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), enviada ao Poder360, eis os religiosos brasileiros aptos a se tornarem o próximo papa, por ordem de ordenação como cardeal:
cardeal Odilo Pedro Scherer – arcebispo da Arquidiocese de São Paulo:
É doutor em teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Tornou-se arcebispo Metropolitano de São Paulo em 2007 e foi ordenado cardeal por Bento 16 no mesmo ano. Em 2011 presidiu a CNBB regionalmente. Participou do conclave em 2013.
Em 2019 recebeu o título de Doutor Honoris Causa na Universidade Católica de Kaslik, no Líbano. No mesmo ano, assumiu a vice-presidência do Celam (Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho).
cardeal Raymundo Damasceno Assis – arcebispo emérito da Arquidiocese de Aparecida (SP):
Ordenado bispo em 1986 e nomeado arcebispo de Aparecida em 2004, e foi ordenado cardeal por Bento 16 em 2010. Presidiu a CNBB de 2011 a 2015 e desempenhou as funções na Arquidiocese até 2016, quando o papa Francisco acolheu seu pedido de renúncia. Participou do conclave em 2013.
Depois de se aposentar da Arquidiocese de Aparecida, mudou-se para Brasília, sua diocese de origem e contribui nos trabalhos pastorais e na CNBB.
Aos 88 anos, Raymundo não pode votar no conclave, mas pode ser votado.
cardeal João Braz de Aviz – arcebispo emérito da arquidiocese Brasília e da Congregação para a Vida Consagrada, no Vaticano:
É doutor em teologia dogmática pela Pontifícia Universidade Lateranense de Roma. Foi nomeado cardeal por Bento 16 em 2012 e também prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, no Vaticano, onde permaneceu até janeiro de 2025. Participou do conclave de 2013. Na época, era o brasileiro que ocupava o cargo mais alto na estrutura de poder da Santa Sé.
cardeal Orani João Tempesta – arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro:
É bispo desde 1997. Preside o Instituto JMJ (Jornada Mundial da Juventude) do Rio de Janeiro. O evento religioso reúne milhões de jovens de todo o mundo.
Especialista em comunicação, presidiu a Comissão Episcopal para a Cultura e Comunicação da CNBB de 2003 a 2011. Nomeado cardeal por Francisco em 2014.
cardeal Sergio da Rocha – arcebispo da Arquidiocese de Salvador:
É doutor em teologia moral pela Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma. Atuou como professor, reitor e em diversas funções pastorais. Presidiu a CNBB (2015-2019) e foi relator geral na 16º Assembleia do Sínodo dos Bispos (2018). Foi ordenado cardeal por Francisco em 2016. Atualmente, integra diversos órgãos do Vaticano, incluindo a Congregação para o Clero e para os Bispos.
cardeal Paulo Cezar Costa – arcebispo da Arquidiocese de Brasília:
É doutor em teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma. Em 2003, atuou como professor de teologia na PUC-Rio. De 2004 a 2006 coordenou a pós-graduação do Departamento de Teologia da mesma Universidade. De 2007 a 2010 dirigiu o Departamento.
Acompanhou a Universidade Católica como representante da Arquidiocese, atuou nas áreas de Cultura e diálogo com a sociedade. De 2011 a 2014, participou da Comissão de Doutrina da CNBB.
Foi transferido para a Arquidiocese Metropolitana de Brasília em 2020, onde é o atual arcebispo. Foi ordenado cardeal pelo papa Francisco em 2022.
cardeal Leonardo Ulrich Steiner – arcebispo da Arquidiocese de Manaus:
É doutor em filosofia pela Pontifícia Universidade Ateneu Antonianus, em Roma, onde também foi secretário-geral.
Foi ordenado cardeal por Francisco em 2022. Desde 2023 preside a Assembleia Geral do Conselho Indigenista Missionário. O mandato é de 4 anos.
cardeal Jaime Spengler – arcebispo da Arquidiocese de Porto Alegre:
Ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1982. Estudou filosofia e teologia no Brasil e em Israel, sendo ordenado sacerdote em 1990. É doutor em filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma, e atuou em diversas missões franciscanas até ser nomeado bispo auxiliar de Porto Alegre em 2010.
Em 2013, tornou-se arcebispo metropolitano de Porto Alegre e, em 2019, foi eleito o 1º vice-presidente da CNBB. Em 2023, assumiu a presidência da CNBB e do Celam. Foi o último a ser nomeado cardeal pelo papa Francisco em 2024.



