João Azevêdo faz aceno a deputados da oposição e líder George Morais lamenta baixa
O governador da Paraíba abriu o gabinete, nessa quinta-feira (21), para deputados de oposição e pelo menos uma adesão já foi conquistada.
Antes de aparar as arestas com os parlamentares descontentes, o governador se reuniu com deputados da oposição e fez convites para que se unissem à base do governo, o que pode ser visto como uma forma de aliviar a pressão caso aconteça alguma baixa na sua bancada. Esse movimento teve seu primeiro êxito com a adesão de Bosco Carneiro (Republicanos), que já comunicou ao líder da oposição, George Morais (União), que está deixando o grupo. Além disso, João Azevêdo recebeu em seu gabinete e formalizou o convite ao deputado estadual Michel Henrique (Republicanos). A coluna apurou que Michel Henrique ainda está consultando seus aliados antes de decidir se aderirá ou não à bancada governista.
Outro fato, que acabou passando despercebido nesta semana, foi a nomeação do secretário parlamentar de Cida Ramos (PT), Thulio Serrano, para o Governo do Estado. O petista, que foi diretor de Desenvolvimento Estudantil do Estado até 2020, retorna à gestão para assumir o cargo de gerente executivo de Assistência Estudantil.
Nos bastidores, o movimento de aproximação da deputada Cida Ramos com João Azevêdo é visto como provável e natural, fazendo parte de uma integração maior do PT local com o governador. Após uma forte ligação com o ex-governador Ricardo Coutinho, Cida Ramos tem adotado posições diferentes do grupo liderado por ele.
Ainda sobre o PT, João Azevêdo recebeu, nesta quinta-feira, o candidato derrotado à Prefeitura de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT). Mesmo sendo da base do governador, Cartaxo se aliou a Ricardo Coutinho (PT), mas não teve êxito contra Cícero Lucena (Progressistas), apoiado por João Azevêdo. O movimento, aparentemente, foi deixado de lado por Luciano e João.
E a oposição?
A coluna procurou o líder da bancada de oposição, George Morais, para repercutir o movimento do governo. “Lamento, pois nos últimos dois anos os deputados foram ferrenhos opositores ao governo, votando sistematicamente contra as pautas apresentadas pelo Executivo na Assembleia. No entanto, respeito e, claro, cabe a cada um deles apresentar suas motivações à opinião pública”, afirmou George.
O líder também classificou a ofensiva do governo como uma reação aos movimentos desta semana em Brasília. “Vejo esse contra-ataque como uma resposta à derrota sofrida nas eleições de Campina Grande no segundo turno e também à grande movimentação promovida esta semana em Brasília pelos senadores Veneziano e Efraim, que receberam quase uma centena de prefeitos e prefeitas em seus gabinetes”, completou o líder da oposição.
T5