IFPB iniciará aulas não presenciais a partir de 8 de setembro
Desde o início da quarentena e suspensão das atividades presenciais, os gestores do IFPB têm se reunido na busca por alternativas para o retorno das ações e tarefas acadêmicas. A solução foi elaborar o plano das Atividades de Ensino Não Presenciais (AENPs), que é um conjunto de atividades pedagógicas, realizadas, com mediação tecnológica ou não, a fim de promover o atendimento escolar essencial aos estudantes no contexto da pandemia COVID-19. No Campus João Pessoa, a previsão é que o retorno das atividades de ensino não presenciais ocorra no dia 08 de setembro.
Mas o que são consideradas AENPs? São as atividades relativas: à execução dos componentes curriculares; à progressão parcial; a núcleos de aprendizagem; à orientação de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC); à orientação de Relatório de Estágio e outras atividades de apoio ao ensino que a Subcomissão Local de Acompanhamento das Atividades Não Presenciais (SLAANP) do curso ou área definir, desde que sejam realizadas de forma não presencial.
Nas atividades de ensino não presenciais, diversos recursos didático-pedagógicos podem ser utilizados, a exemplo de encontros em sala de aula virtual (Google Sala de Aula e ou Moodle); realização de webaula; desenvolvimento de videoaula; interação em chat e ou em grupos de redes sociais; estudos por apostilamento de textos, pesquisas, projetos, entrevistas, experiências, simulações; podcasts (arquivos de áudio); produção de textos, com base nas experiências em projetos de pesquisa, relatórios executivos e leitura de livros e vídeos; entre outros.
O retorno dessas atividades está acontecendo de forma gradual e organizada, desde a primeira fase que se iniciou dia 29 de julho, que foi a etapa de diagnóstico, planejamento e orientações. A segunda fase está em implantação e trata da ambientação de docentes e discentes. As quatro etapas seguintes, que consistem na oferta curricular de forma não presencial; implementação gradual de atividades acadêmicas presenciais; consolidação do ensino híbrido e retorno ao ensino presencial serão implementadas a partir do dia 08 de setembro.
A ambientação de docentes e discentes começou com a capacitação dos professores, no período entre 11 de maio a 07 de junho, quando foi realizado o curso para a utilização da plataforma de Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) do Moodle. Atualmente está sendo ofertada a capacitação para utilização da plataforma AVA do Google Sala de Aula (ou Google Classroom), que começou no dia 30 de julho e vai até o dia 28 de agosto.
“Ainda nesta fase, em relação à capacitação discente, será realizada a familiarização aos Ambiente Virtuais de Aprendizagem e demais mecanismos de Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs) utilizados pelos docentes”, explica a diretora de Desenvolvimento do Ensino, Diana Nobre. Para isso, haverá dois momentos.
No primeiro, será realizada a capacitação nas plataformas AVAs do Google Sala de Aula e do Moodle, por meio da criação de salas, em que os alunos serão matriculados e professores irão fazer o acompanhamento. O segundo momento será a ambientação aos demais mecanismos de Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs), que será realizada pelos próprios docentes no processo de introdução ao componente curricular.
Como mencionado, a previsão para o início da terceira fase é dia 08 de setembro, mas o desenvolvimento das atividades de ensino não presenciais (AENPs) está condicionado ao acesso dos estudantes à conectividade, etapa que está em andamento por meio do edital do Auxílio de Inclusão digital.
O planejamento do ensino está sendo realizado com a cooperação de toda a equipe gestora: diretorias, departamentos, coordenações de cursos e de áreas e docentes. Esse processo também conta com a participação de duas comissões, uma local (geral) e uma subcomissão por curso, que é composta por servidores e alunos.
O diretor geral do Campus João Pessoa, Neilor Cesar dos Santos, afirma que a participação de toda a comunidade (gestores, professores, técnicos administrativos, estudantes e pais e ou responsáveis legais) é fundamental para a condução deste processo. “O engajamento dos estudantes será primordial neste processo de adaptação a este novo contexto. Para que possamos garantir que nenhum estudante ficará para trás, por isso será importante o diálogo e o contato por meio dos canais de comunicação do Campus João Pessoa (redes sociais, e-mails, site)”, frisa o gestor.
Neilor reforça que a comunicação dos estudantes com os servidores que fazem a gestão dos cursos, áreas e ou campus é fundamental para garantir que as dificuldades que possam surgir diante deste novo contexto possam ser superadas. “Esse é um momento em que o diálogo e o envolvimento de todos representam aspectos de colaboração e solidariedade necessários ao enfrentamento deste desafio”.
O retorno às atividades presenciais dependerá da situação epidemiológica e das recomendações das autoridades de saúde, bem como governamentais nas esferas municipais, estaduais e federal. Todas as etapas e procedimentos estão sendo definidos em conformidade com as resoluções 28/2020 e 29/2020 do Conselho Superior do IFPB – CONSUPER.
“No âmbito do IFPB o que temos planejado é um retorno gradual das atividades. Há um plano elaborado que envolve mudanças atitudinais, com aspectos importantes na instalação de medidas de higiene e segurança individual e ou coletiva na nossa comunidade”, explicou o gestor. O diretor lembra que à medida que as fases avançarem de acordo com a situação da pandemia, haverá a possibilidade do retorno de algumas atividades presenciais.
Enquanto este estado pandêmico perdurar, as atividades presenciais não serão retomadas até que a situação de segurança sanitária esteja superada. “Conduziremos nosso trabalho a partir de um olhar humanizado e não tenho dúvidas que materializaremos os melhores “planos” para que o nosso fazer pedagógico seja sempre definidor de um processo de ensino- aprendizagem onde os sujeitos, enquanto educador e educando, sejam o foco”, refletiu Neilor.
O gestor esclarece ainda que esse momento representa a necessidade de um esforço colaborativo para que os processos possam ocorrer da melhor forma possível para que a superação dos desafios impostos pela atual realidade. “A toda comunidade, digo que tenho a confiança de que superaremos os limites impostos pelo contexto atual, desbravando com determinação e ousadia essa fantástica possibilidade de transformação, chamada experiência”, finalizou.
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