Eduardo Bolsonaro ataca prefeito tucano da PB, em caso que investiga suposto desvio de recursos no combate ao Covid-19
Por meio das suas redes sociais, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente da República Jair Bolsonaro, comentou o caso da recente operação da Polícia Federal deflagrada na cidade de Aroeiras, na Paraíba, com o objetivo de combater desvios de recursos públicos destinados ao combate da pandemia do novo coronavírus, o Covid-19. Ele fez referência ao caso que cita o prefeito Mylton Marques do PSDB, partido comandado no estado pelo deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) que recentemente indicou seu cunhado, Evaldo Cavalcanti da Cruz Neto, para a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
“Cidade da Paraíba é alvo da Polícia Federal por desviar verba para combate ao coronavírus Pode apostar q isso é só o começo; veremos muitas “autoridades” indo pra cadeia por roubarem o povo enquanto mentiam que se preocupavam com a pandemia”, disse o filho do presidente, sobre o prefeito tucano que é aliado e filiado no partido de Pedro e do seu pái o ex-senador Cássio Cunha Lima.
Entenda o caso – A operação, deflagrada em conjunto pela Polícia Federal, Controladoria Geral da União (CGU), Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público do Estado da Paraíba (Gaeco), cumpriu mandados de busca e apreensão na prefeitura do município de Aroeiras, em uma empresa da cidade e na residência de um dos investigados.
De acordo com a polícia, as investigações foram iniciadas diante de indícios de irregularidades na aquisição de livros pela prefeitura de Aroeiras. Os livros foram comprados com recursos do Fundo Nacional da Saúde, por meio de procedimentos de inexigibilidade de licitação, sob o pretexto de auxiliar na disseminação de informação e combate à situação de pandemia do coronavírus. No entanto, os livros e cartilhas estavam disponíveis gratuitamente na página do Ministério da Saúde na internet. De acordo com a CGU, um dos livros adquiridos pelo município foi comercializado em um valor 330% maior do que o preço que é vendido normalmente, o que provocou um superfaturamento correspondente a R$ 48.272 mil.
Crimes investigados
Os investigados responderão pelos crimes de inexigibilidade indevida de licitação (art. 89 da Lei n. 8666/93) e peculato (art. 312 do Código Penal), além de outras condutas criminais correlatas, cujas penas somadas podem chegar a 17 anos de prisão.
Redação