Em encontro, Lula e Zema falam em ‘civilização’ e ‘boa convivência’

Presidente e governador participaram nesta quinta-feira (8) de um anúncio de pacotes de investimentos em MG; é a primeira vez que ambos se encontram desde 2022

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É o primeiro encontro do governador mineiro e do presidente Lula desde o momento que se elegeram
Ricardo Stuckert

É o primeiro encontro do governador mineiro e do presidente Lula desde o momento que se elegeram

Nesta quinta-feira (8), foi realizado em Belo Horizonte (MG) um evento que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do governador mineiro Romeu Zema (Novo).  Zema destacou durante sua fala na cerimônia de anúncio de pacote de investimentos para Minas Gerais a necessidade de haver uma “boa convivência” com o presidente petista.  Desde que foram eleitos em outubro de 2022, foi a primeira vez que ambos mandatários se encontraram.

“Presidente, na minha vida de gestor aprendi que podemos pensar diferente, o que é normal. Mas a boa convivência, sem extremismos, em uma conversa transparente e republicana, é que vai fazer a vida dos mineiros melhorar. As críticas são muito naturais, as pessoas pensam diferente e nós, governantes, temos que aprender a conviver com essas diferenças”, disse o governador.

O presidente Lula seguiu a mesma linha de raciocínio ao dizer que quer construir uma “relação civilizada” com o governador.

“Eu nunca vou pedir para um governador ou prefeito gostar mais de mim ou gostar menos de mim. O que eu quero é que a gente construa no país uma relação civilizada. Eu já convivi com tanta gente adversária, com tanta gente que não gostava de mim, e que eu também não fazia nenhum apreço de gostar, mas o que eu acho é que a gente precisa ter responsabilidade de relacionamento”, afirmou o mandatário petista.

Na cerimônia, o mandatário mineiro entregou ao presidente uma lista com obras emergenciais que dependem de recursos do governo federal para suas conclusões.




“Consórcio não foi criado para disputa política”, diz João Azevêdo em nova defesa do Nordeste contra as declarações de Zema

 

A participação do governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), presidente do Consórcio Nordeste, em defesa dos nove estados da região, após as declarações do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que “convocou” os estados do Sul e Sudeste para formatar um consócio que faça oposição ao existente no Nordeste, classificando os nordestinos como “vacas que produzem pouco”, continua repercutindo na imprensa nacional.

Em entrevista para o programa O Povo News, do Grupo de Comunicação O Povo, de Forteleza-CE, nesta segunda-feira (7), o governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), que preside o Consócio Nordeste de governadores negou que o colegiado do bloco tenha caráter político para causar tensões envolvendo os entes federativos brasileiros.

“Em nenhum momento nós criamos o Consórcio Nordeste para que ele fosse instrumento de disputa com outras regiões, ao contrário, o lema dele é o ‘Brasil que cresce unido’”, afirmou ao O POVO News.

Confira a entrevista abaixo:

Durante o diálogo, Azevêdo voltou a criticar falas de Romeu Zema, classificando-as como “lampejo separatista”. “Esse discurso sugere que a região Sul e Sudeste parta para um confronto com outras regiões em busca desse protagonismo que ele chama de político”, apontou Azevêdo, mirando as declarações de Zema.

Para Azevêdo, não há dúvida de que as palavras do gestor foram preconceituosas. “Quando um governador de uma região diz que precisa ser criado um consórcio para fazer enfrentamento a uma outra região, inclusive na busca de protagonismo político, isso nos preocupa”, admitiu.

Ainda de acordo com o governador da Paraíba, “todos nós sabemos que, se o processo de desenvolvimento desse país tivesse sido igualitário, não teríamos as diferenças regionais que temos hoje”.

“Existem as diferenças regionais”, continuou, “a Constituição já estabelece que tem que ter uma busca no sentido de fazer com que sejam minimizadas ou reduzidas essas diferenças. Para isso, se conta com uma estruturação de políticas de desenvolvimento que entendam que as regiões Norte e Nordeste são integrante.

MAIS REPERCUSSÃO

A entrevista do governador João Azevêdo também foi capa de página inteira no jornal impresso “O Povo”, nesta terça (8). Confira:

Foto: Reprodução / O POVOwww.reporteriedoferreira.com.br/Com Fonte83




Flávio Dino critica fala de Romeu Zema: ‘Traidor da pátria’

Governador de Minas Gerais defendeu um protagonismo político da frente Sul-Sudeste

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Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino
Marcelo Camargo/Agência Brasil – 24/07/2023

Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino , criticou a fala do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) por defender um protagonismo político da frente Sul-Sudeste .

“É absurdo que a extrema-direita esteja fomentando divisões regionais.
Precisamos do Brasil unido e forte. Está na Constituição, no art 19, que é proibido “criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si”. Traidor da Constituição é traidor da Pátria, disse Ulysses

Em entrevista ao jornal Estado de S.Paulo, Zema propõe a criação de ações de um consórcio de estados do Sul e Sudeste para se defender no Congresso Nacional de perdas econômicas diante dos estados do Norte e Nordeste.

“Então Sul e Sudeste vão continuar com a arrecadação muito maior do que recebem de volta? Isso não pode ser intensificado, ano a ano, década a década. Se não você vai cair naquela história, do produtor rural que começa só a dar um tratamento bom para as vaquinhas que produzem pouco e deixa de lado as que estão produzindo muito. Daqui a pouco as que produzem muito vão começar a reclamar o mesmo tratamento. É preciso tratar a todos da mesma forma”, disse o governador ao Estado de S. Paulo.

O objetivo seria integrar os estados do sul e sudeste do país politicamente, coordenando a atuação política em um bloco organizado que busca angariar recursos e apoio para temas importantes para a região.

Zema ainda citou que no sul e sudeste “temos 256 deputados – metade da Câmara – 70% da economia e 56% da população do País”.

“Não é pouco, nê? Já decidimos que, além do protagonismo econômico que temos nós queremos – que é o que nunca tivemos – que é protagonismo político. As decisões têm que escutar ambos os lados e o Cosud vai fazer esse papel porque ninguém pode ignorar o peso de expressivo de 256 deputados na Câmara.”

Governadores dos estados do Nordeste ainda emitiram uma nota em conjunto no domingo repudiando a fala de Zema.

“Indicar uma guerra entre regiões significa não apenas não compreender as desigualdades de um país de proporções continentais, mas, ao mesmo tempo, sugere querer mantê-las, mantendo, com isso, a mesma forma de governança que caracterizou essas desigualdades”, diz trecho da nota assinada pelo governador da Paraíba, João Azevedo (PSB), presidente do Consórcio Nordeste.




Governadores do Nordeste criticam fala de Romeu Zema sobre ‘protagonismo’ do Sul e Sudeste: “leitura preocupante”

Ao longo do conteúdo divulgado hoje (06), os governadores dos estados nordestinos citam que ideais propostas por Zema em à imprensa nacional demonstra uma “leitura preocupante”.

 

Na nota, os chefes dos executivos estaduais enfatizam que a união entre as regiões Norte e Nordeste não significa uma guerra contra os demais estados. (Foto: Reprodução )

Os governadores dos nove estados do Nordeste emitiram na tarde deste domingo (06) uma nota sobre a entrevista do governador Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, em que o mesmo sugeriu que os estados do Sul e Sudeste do país necesssitavam de mais protagonismo, alfinetando as forças políticas de outras regiões do país, em especial do Norte e Nordeste.

Ao longo do conteúdo divulgado hoje (06), os governadores dos estados nordestinos citam que ideais propostas por Zema em à imprensa nacional demonstra uma “leitura preocupante”. “Ao defender o protagonismo do Sul e Sudeste, indica um movimento de tensionamento com o Norte e o Nordeste, sabidamente regiões que vem sendo penalizadas ao longo das ultimas décadas dos projetos nacionais e de desenvolvimento”, inicia a nota.

RELEMBRE: Governador de Minas, Zema ataca o Norte e Nordeste e taxa regiões de “vaquinhas que produzem pouco”

Também é citado que o ‘consórcio nordeste’ foi criado levando em cota também a “profunda indentidade regional, cultural e histórica”, assim como outro consórcio existente no país, o Amazônia Legal que une os esrados do Norte do Brasil. “Foram criados com objetivo de fortalecer essas regiões, unindo estados em torno da cooperação e compartilhamento de melhores práticas e soluções de problemas comuns”, cita.

Na nota, os chefes dos executivos estaduais enfatizam que a união entre as regiões Norte e Nordeste não significa uma guerra contra os demais estados, mas sim uma “maneira de compensar, pela organização regional, as desigualdades históricas de oportunidades de desenvolvimento”.

Veja íntegra:

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Adriano Galdino rebate Zema, repudia preconceito e reafirma dívida do Brasil com o Nordeste

Adriano Galdino esfria desejo por vaga no Tribunal de Contas e diz que  apoia candidatura de Tião Gomes: "é muita paz e não me acostumo" - ClickPB

O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino, rebateu, neste domingo (06), a fala do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, destacou a grandiosidade do Nordeste e reafirmou dívida do Brasil com a região.

O governador mineiro defendeu neste final de semana uma frente das regiões sul e sudeste contra o Nordeste. A fala com tom separatista reclamou da união dos governadores em torno do Consórcio Nordeste e a busca dos políticos da região em trazer investimentos que melhorem a vida dos nordestinos.

Adriano sempre defendeu mais investimentos para o Nordeste e afirmou que o Brasil tem uma dívida com a região. O sul e o sudeste sempre foram beneficiados com os maiores investimentos por parte do governo federal, por isso são mais desenvolvidos. “Enquanto nós defendemos mais dignidade para o nosso povo com políticas públicas, o governador Zema busca um caminho contrário à união que tanto precisamos neste momento. Precisamos de políticos que lutem por melhores condições de vida para a população e não que pregue este tipo de desunião e preconceito”, resumiu.

O presidente da ALPB ainda destacou o atual momento em que os políticos do Nordeste podem dialogar com o Governo Federal. “Antes tinhamos um governo adverso, que não dialogava. Agora, temos um parceiro. E quando a gente acha que o momento é de cobrar uma dívida histórica com a região, temos de vivenciar uma declaração preconceituosa como essa. Mas não vamos ficar calados e iremos sempre rebater este tipo de agressão ao povo nordestino”, concluiu.