O enviado dos EUA, Zalmay Khalilzad e o líder talibã, Mullah Abdul Ghani Baradar, na assinatura do Acordo de Doha
Reprodução/Getty Images

O enviado dos EUA, Zalmay Khalilzad e o líder talibã, Mullah Abdul Ghani Baradar, na assinatura do Acordo de Doha

A rápida recuperação do poder pelo Talibã foi idealizada antes mesmo do último domingo (15), quando o grupo tomou a cidade de Cabul , capital do Afeganistão.

Em 29 de fevereiro de 2020, em Doha, no Catar, o governo dos Estados Unidos e o  Talibã firmaram um acordo para a retirada definitiva das forças armadas estadunidenses após 20 anos de conflito.

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Em troca, o grupo não permitiria que o território afegão fosse usado para executar ações que colocasse em risco a segurança dos Estados Unidos, então governado pelo ex-presidente Donald Trump. O acordo foi oficialmente chamado de Acordo para Trazer a Paz ao Afeganistão.

Para muitos especialistas, o retorno do Talibã é resultado desse feito no início de 2020. “Aquilo não foi um acordo de paz, foi uma rendição”, disse Husain Haqqani, diretor para a Ásia Central e do Sul do Instituto Hudson e ex-embaixador do Paquistão nos Estados Unidos.

O governo Trump

Ao assumir a presidência em 2017, o republicano Donald Trump prometeu encerrar os conflitos do país. As negociações começaram no ano seguinte e tiveram como resultado a morte de mais de 2.400 militares dos EUA e mais de 32 mil civis afegãos em conflito.

As negociações foram interrompidas várias vezes e Trump chegou a considerar o acordo “morto”, mas Washington acabou aceitando a exigência do Talibã de que o governo afegão se retirasse das negociações.

Seu sucessor, o atual presidente Joe Biden , decidiu acelerar a retirada das tropas e reafirmou sua decisão de encerrar “a guerra mais longa dos Estados Unidos”.

O Acordo para Trazer a Paz ao Afeganistão

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