Candidato à sucessão de Lira dá festa e reúne desde Valdemar até ministros de Lula

Presidente da Câmara também esteve no evento

Por

iG Último Segundo

|

Lira deve indicar sucessor em agosto
Henrique Neri

Lira deve indicar sucessor em agosto

Na noite de terça-feira (9), um evento realizado para promover a candidatura de Antonio Brito (PSD-BA) à sucessão de  Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara dos Deputados contou com a presença do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e ministros do governo Lula (PT).

Brito, que é deputado federal, está empenhado em fortalecer sua posição na disputa, marcada para fevereiro de 2025 e ainda sem um claro favorito — Lira não pode concorrer à reeleição e busca transferir seu apoio para um candidato de sua preferência.

No evento, estavam presentes os ministros da Justiça, Ricardo Lewandoswki, de Minas e Energia, Alexandre Silveira, das Cidades, Jader Filho, do Trabalho, Luiz Marinho, da Defesa, José Múcio Monteiro.

Os ministros da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, da Pesca, André de Paula, dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho e o chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também foram à festa, além dos líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP).

Brito é conhecido por seu estilo discreto e capacidade conciliadora. Ele busca o apoio tanto de Lula quanto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com quem se encontrou na semana passada. Durante o encontro, o ex-mandatário deu a Brito a medalha “dos três is”, que simboliza “imorrível, imbrochável e incomível”.

No encontro de terça-feira, Valdemar teve uma conversa reservada com Lira e o líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes. Segundo a Folha de São Paulo, o presidente da Câmara planeja se reunir com Bolsonaro na manhã de hoje (10). Na pauta de discussões, estão temas que vão desde sua sucessão até a análise da regulamentação da reforma tributária, marcada para votação no plenário da Casa nesta quarta-feira.

Lira não permaneceu por muito tempo no evento. Ao sair, ele dialogou com o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o deputado Pedro Lupion (PP-PR). O chefe da Casa tem indicado a seus interlocutores que pretende anunciar o nome de seu candidato à presidência da Câmara em agosto.

Valdemar conversou também com o presidente do PSD, Gilberto Kassab. Segundo relato dos dois, Valdemar disse a Kassab: “Vou te meter ferro”, se referindo ao resultado das eleições municipais no estado de São Paulo, onde os dois partidos rivalizam cerca de 250 prefeituras.

À Folha de São Paulo, Kassab afirmou essa foi uma brincadeira de Valdemar. O presidente do PL, no entanto, disse que não foi uma piada. Ele também afirmou a jornalistas que Kassab não será vice do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), em possível chapa à Presidência da República em 2026 se depender do PL.

Sobre a sucessão de Arthur Lira, Valdemar afirmou que quer evitar erros anteriores do partido, como na eleição do presidente do Senado em 2023, que reelegeu Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e prejudicou Rogério Marinho (PL-RN).

Segundo o líder do PL, o partido está buscando garantir uma posição na Mesa Diretora da Câmara e está aberto a diálogos com diferentes partidos, incluindo o PT. Altineu Côrtes é visto como o principal candidato dentro do PL para ocupar um possível cargo. No entanto, ele esclarece que ainda não há uma decisão definitiva e que a escolha do representante do PL será feita por ele e Bolsonaro.

Além de Antonio Brito, outros nomes estão se destacando como pré-candidatos, como Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Marcos Pereira (Republicanos-SP), ambos presentes no evento. Os líderes do MDB, Isnaldo Bulhões Jr. (AL), e do PP, Doutor Luizinho (RJ), também são considerados como possíveis candidatos, conforme observado durante o jantar.




PF encontrou gramas de ouro com Valdemar Costa Neto

Presidente do PL também foi preso por porte ilegal de arma de fogo

Por

|

Atualizada às 

Valdemar Costa Neto, presidente do PL
Reprodução/Globonews

Valdemar Costa Neto, presidente do PL

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, foi preso não apenas pela posse ilegal de arma de fogo , mas também por suspeita de usurpação mineral. Ele foi detido em Brasília, no edifício do Brasil 21, durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão pela Polícia Federal.

O caso ganhou contornos ainda mais complexos com a descoberta de que Valdemar detinha em sua posse 39 gramas de ouro, levantando questões sobre a origem do metal precioso e sua possível extração ilegal.

A perícia está empenhada em identificar a proveniência do ouro, inclusive investigando se foi retirado de terras indígenas, o que agravaria ainda mais a situação do presidente nacional do PL.

A combinação de crimes, envolvendo posse ilegal de arma e usurpação mineral, torna o caso inafiançável, segundo as autoridades. A legislação brasileira, especificamente o artigo 55 da Lei 9.605/98, tipifica a usurpação mineral como crime, estabelecendo penas que variam de seis meses a um ano de detenção, além de multa, para quem realiza a exploração de recursos minerais sem a devida autorização legal.




PL dará apoio jurídico, mas não entrará em guerra por Bolsonaro

Valdemar Costa Neto defenderá Jair Bolsonaro, mas seguindo às regras da Justiça

 

Bolsonaro pode ficar inelegível
redacao@odia.com.br (AFP)

Bolsonaro pode ficar inelegível

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que o partido não vai levar “um tiro” pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (RJ). A ordem dada pelo cacique político é de apoiar publicamente o capitão da reserva, dar todo o apoio jurídico para que ele possa recorrer da decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mas não entrar em nenhuma guerra contra o judiciário.

Valdemar relembrou aos seus aliados que a sigla entrou na onda bolsonarista ao fim das eleições de 2022 e ganhou uma multa de R$ 22 milhões. Ele ainda destacou que muitos parlamentares ficaram na mira da justiça por conta dos questionamentos feitos em relação ao processo eleitoral do país.

O presidente do PL pediu que as principais lideranças da agremiação demonstrem indignação pela provável inelegibilidade de Bolsonaro, mas que evitem ataques ao poder judiciário.

A ideia é criar a narrativa que o ex-presidente foi injustiçado, no entanto, o PL respeitará a decisão judicial e buscará uma revisão do processo por vias legais.

Valdemar não quer que representantes do partido entrem na onda dos bolsonaristas. Na sua opinião, haverá tentativa de uma nova radicalização. “O presidente não quer entrar numa nova guerra”, falou um interlocutor.

Bolsonaro inelegível?

O ex-presidente da República corre o risco de ficar inelegível pelos próximos oito anos. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) julga nesta terça uma ação do PDT sobre a reunião do capitão da reserva com embaixadores em julho do ano passado, no Palácio do Alvorada. Na ocasião, Bolsonaro disseminou informações falsas sobre o sistema eleitoral e integrantes da Corte Eleitoral e do STF (Supremo Tribunal Federal).

Neste momento, três ministros votaram a favor da condenação do antigo mandatário do país, enquanto apenas um votou contra.

Por ig