Putin telefona para Lula e discute conflito contra Ucrânia

Presidente russo manifestou solidariedade no enfrentamento dos incêndios florestais

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GPS Brasília

|18/09/2024 13:50

Putin telefona para Lula e discute conflito contra Ucrânia
Henrique Neri

Putin telefona para Lula e discute conflito contra Ucrânia

Vladimir Putin telefonou para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quarta-feira (18) e o presidente russo manifestou solidariedade ao Brasil no enfrentamento dos incêndios florestais” que têm afetado o país em meio a uma seca histórica.

Durante o telefonema, os dois presidentes também “conversaram sobre a reunião e os temas que serão debatidos na cúpula dos BRICS, mês que vem, em Kazan, e as relações bilaterais entre os dois países”. Além disso, também discutiram a proposta de paz do Brasil e China para a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que já acontece há 2 anos e 6 meses.

Durante entrevista publicada na semana passada pelo portal Metrópoles, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que a proposta é “destrutiva” e não passa de uma “declaração política”.

“Não nos perguntaram nada. E a Rússia aparece e diz que apoia a proposta do Brasil e da China. Nós não somos tolos. Pra que serve esse teatro? Ou seja, vocês falaram com a Rússia sobre uma iniciativa, apresentaram esta iniciativa e disseram: ‘essa é a nossa proposta’. Bem, definitivamente não se trata de justiça, não se trata de valores. Definitivamente é uma falta de respeito à Ucrânia. Não somos tolos”, afirmou Zelensky.

Zelensky ainda disse que o Brasil seria pró-Rússia, e que não seria necessário fortalecer a posição da Ucrânia antes de qualquer tipo de negociação futura para o fim do conflito

“Eu disse a Lula e ao lado chinês: ‘vamos sentar juntos, vamos conversar’. Voces não são nossos inimigos. Por que você de repente decidiu que deveria ficar ao lado da Rússia? Ou estar em algum lugar no meio? Qual é esse ponto de vista? No meio do quê? Não estamos lutando no meio. Não estamos lutando na fronteira. Estamos lutando nas nossas terras. Devemos parar os russos”, finalizou Zelensky.

Em resposta, o Itamaraty, quando procurado pela CNN, declarou que o “governo brasileiro tem reiterado, de forma clara e inequívoca, sua condenação à invasão russa do território ucraniano na Organização das Nações Unidas e em outros foros multilaterais, inclusive nos BRICS”.

O governo brasileiro defendeu “o diálogo e uma solução pacífica” para a guerra, e disse que o texto proposto em parceria com a China é um esforço de contribuir pela volta do diálogo. “Os elementos propostos sugerem princípios básicos que poderiam ser considerados na consolidação de eventual processo negociador”, conclui o Itamaraty.

Proposta de paz do Brasil e China

O texto propõe uma negociação direta entre Rússia e Ucrânia por meio de três princípios, não expandir o campo de batalha; não escalar combates; e a não inflamação da situação. O Brasil e a China pedem pelo fim de bombardeamentos em infraestrutura civil e também a criação de uma zona segura entorno de usinas nucleares nos dois lados.

“As duas partes convidam os membros da comunidade internacional a apoiar e endossar os entendimentos comuns, mencionados acima, e a desempenhar, conjuntamente, um papel construtivo em favor da desescalada da situação e da promoção de conversações de paz”, pontuam os dois países.

“1. As duas partes apelam a todos os atores relevantes a observarem três princípios para a desescalada da situação, a saber: não expansão do campo de batalha, não escalada dos combates e não inflamação da situação por qualquer parte.

  1. As duas partes acreditam que o diálogo e a negociação são a única solução viável para a crise na Ucrânia. Todos os atores relevantes devem criar condições para a retomada do diálogo direto e promover a desescalada da situação até que se alcance um cessar-fogo abrangente. O Brasil e China apoiam uma conferência internacional de paz realizada em um momento apropriado, que seja reconhecida tanto pela Rússia quanto pela Ucrânia, com participação igualitária de todas as partes relevantes, além de uma discussão justa de todos os planos de paz.
  2. São necessários esforços para aumentar a assistência humanitária em áreas relevantes e prevenir uma crise humanitária de maior escala. Ataques a civis ou instalações civis devem ser evitados, e a população civil, incluindo mulheres, crianças e prisioneiros de guerra, deve ser protegida. As duas partes apoiam a troca de prisioneiros de guerra entre os países envolvidos no conflito.
  3. O uso de armas de destruição em massa, em particular armas nucleares, químicas e biológicas, deve ser rejeitado. Todos os esforços possíveis devem ser feitos para prevenir a proliferação nuclear e evitar uma crise nuclear.
  4. Ataques contra usinas nucleares ou outras instalações nucleares pacíficas devem ser rejeitados. Todas as partes devem cumprir o direito internacional, incluindo a Convenção de Segurança Nuclear, e prevenir com determinação acidentes nucleares causados pelo homem.
  5. A divisão do mundo em grupos políticos ou econômicos isolados deveria ser evitada. As duas partes pedem novos esforços para reforçar a cooperação internacional em energia, moeda, finanças, comércio, segurança alimentar e segurança de infraestrutura crítica, incluindo oleodutos e gasodutos, cabos óticos submarinos, instalações elétricas e de energia, bem como redes de fibra ótica, a fim de proteger a estabilidade das cadeias industriais e de suprimentos globais.”

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Rússia bombardeia Kiev, capital da Ucrânia, com mais de 20 mísseis

Os ataques ocorreram na madrugada desta segunda-feira (2)

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|02/09/2024 02:45

Ataques russos na capital da Ucrânia
Reprodução

Ataques russos na capital da Ucrânia

A capital ucraniana, Kiev , foi alvo de um novo ataque russo  nas primeiras horas desta segunda-feira (2), apenas uma semana após o último bombardeio. Desta vez, mais de 20 mísseis balísticos foram lançados contra a cidade, embora a maioria tenha sido interceptada pelo sistema de defesa ucraniano. A ofensiva deixou ao menos duas pessoas feridas por destroços

O ataque começou com o acionamento das sirenes de emergência cerca de duas horas antes da chegada dos mísseis. Apesar do sucesso da defesa aérea em impedir que a maioria dos projéteis atingisse alvos críticos, alguns danos foram registrados. Uma casa de caldeiras na estação de tratamento de água e a entrada de uma estação de metrô, que também serve como abrigo antibombas, foram atingidos.

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko , confirmou que os ataques afetaram principalmente o bairro Svyatoshynksyi , conhecido por abrigar diversas instituições educacionais. Além disso, o ataque causou incêndios em veículos e danificou um edifício não residencial no bairro de Shevchenkivskyi . Destroços dos mísseis também atingiram o distrito de Solomyanskyi , onde se localizam a grande estação de trem e o aeroporto internacional da capital.

Este novo ataque ocorre um dia após a Rússia interceptar mais de 150 drones ucranianos, conforme relatado pelo Ministério da Defesa russo. Dois drones foram abatidos sobre Moscou e nove sobre áreas adjacentes, enquanto outros foram derrubados nas regiões de Kursk, Bryansk, Voronezh e Belgorod — todas na fronteira com a Ucrânia . A maior incursão em solo russo desde a Segunda Guerra Mundial tem levado a uma intensificação dos conflitos na região.




Zelensky desafia a Rússia no Dia da Independência da Ucrânia

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, prometeu neste sábado (24) que a Rússia sofrerá “retaliações” por ter invadido o seu país e promulgou uma lei que proíbe a Igreja Ortodoxa ligada a Moscou, em atos que marcaram o 33…

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AFP

|26/08/2024 07:46

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O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, e sua esposa, Olena, em 24 de agosto de 2024 em Kiev
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O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, e sua esposa, Olena, em 24 de agosto de 2024 em Kiev

HandoutO presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, prometeu neste sábado (24) que a Rússia sofrerá “retaliações” por ter invadido o seu país e promulgou uma lei que proíbe a Igreja Ortodoxa ligada a Moscou, em atos que marcaram o 33.º aniversário da independência da ex-república soviética.

Zelensky participou das celebrações do aniversário da independência na praça Santa Sofia, em Kiev, ao lado do presidente polonês, Andrzej Duda, e da primeira-ministra lituana, Ingrida Simonyte, dois importantes aliados da Ucrânia contra a Rússia.

O presidente revelou que as forças ucranianas testaram com sucesso uma nova arma, o míssil drone “Palianytsia”, “muito mais rápido e poderoso” do que os atualmente disponíveis.

– Troca de prisioneiros de guerra –

Rússia e Ucrânia anunciaram neste sábado a troca de 230 prisioneiros de guerra, 115 de cada lado, entre eles, soldados capturados pelas forças ucranianas na região de Kursk.

Segundo o comissário ucraniano para os direitos humanos, Dmytro Lubinets, 82 dos 115 prisioneiros recuperados por Kiev participaram da defesa da fábrica Azovstal durante o cerco russo a Mariupol em 2022, um marco na guerra que começou com a invasão russa em fevereiro daquele ano.

Os Emirados Árabes Unidos, que atuaram como mediadores da troca, apelaram a uma “desescalada” como “única forma de resolver o conflito”.

– Igreja ortodoxa russa proibida –

Zelensky também promulgou uma lei que proíbe as atividades da Igreja Ortodoxa Ucraniana do Patriarcado de Moscou, que durante muito tempo foi a principal do país.

Esta denominação cristã cortou os laços com Moscou em 2022, mas as autoridades ucranianas continuaram a considerá-la sob influência russa e multiplicaram as ações legais que levaram à prisão de dezenas de padres.

“Os ortodoxos ucranianos hoje dão um passo para se libertarem dos demônios de Moscou”, declarou Zelensky.

O patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Cyril, acusou as autoridades ucranianas de “perseguir” os fiéis e pediu aos líderes de outras confissões cristãs e organizações internacionais que “levantem suas vozes em defesa dos fiéis perseguidos”.

– Avanço russo no Donbass –

A ofensiva ucraniana na região russa de Kursk levou as hostilidades ao território do agressor, mas o epicentro dos combates continua sendo a bacia do Donbass, leste da Ucrânia, onde as tropas russas são mais equipadas e numerosas.

As forças de Moscou se aproximam de Pokrovsk, um importante centro logístico com cerca de 53.000 habitantes, cujas autoridades apelaram à evacuação urgente.

Um bombardeio russo matou 5 pessoas e feriu outras 5 neste sábado em Kostiantinivka, outra grande cidade da região, informou o Ministério Público ucraniano.

A Ucrânia também indicou que bombardeou um depósito de munições na região de Voronezh, no oeste da Rússia. Autoridades locais russas relataram ataques de drones e a evacuação de uma cidade.

A Ucrânia afirma que sua incursão busca criar uma “zona de segurança”, forçar Moscou a redistribuir forças de outras frentes, além de usar essas regiões como moeda de troca em possíveis negociações de paz.

A ofensiva em Kursk, contudo, não parece até agora ter aliviado a pressão russa no leste da Ucrânia.




Putin compra briga com os EUA e agradece apoio da Coreia do Norte

Presidente da Rússia e Kim Jong-un se reuniram nesta quarta-feira (19) em Pyongyang

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|19/06/2024 03:17

Putin e Kim Jong-un durante encontro em Pyongyang
Mikhail METZEL

Putin e Kim Jong-un durante encontro em Pyongyang

Nesta quarta-feira (19), Vladimir Putin, presidente da Rússia, e Kim Jong-un, líder supremo da Coreia do Norte, se reuniram em Pyongyang. O russo comprou briga com os EUA ao afirmar que está lutando contra a hegemonia do país norte-americano e de países aliados.

Esta é a primeira viagem de Putin à Coreia do Norte em 24 anos. Antes da reunião, Putin participou de uma cerimônia de boas-vindas com a presença de militares e civis.

Após a cerimônia, Kim e Putin conversaram em tom amigável e de aliança. O presidente da Rússia agradeceu o apoio que ele destacou como “inabalável” do país asiático à política russa, inclusive no que diz respeito à Ucrânia.

Do lado dos EUA, os americanos deixam claro que temem a aproximação entre Rússia e Coreia do Norte, já que a “nova relação” poderia influenciar na possível contribuição dos russos para o programa nuclear e armamentista dos asiáticos.

O líder norte-coreano, por sua vez, avaliou que as relações entre Rússia e Coreia do Norte estão entrando em um período de mudanças positivas. Ainda durante a reunião, Putin fez questão de convidar Kim Jong-un para uma reunião em Moscou.




Otan anuncia acordo para enviar mais equipamentos de defesa à Ucrânia

Secretário-geral da organização afirmou que os países da aliança decidiram enviar mais equipamentos de defesa antiaérea para a Ucrânia

AFP

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AFP

|19/04/2024 11:55

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, durante uma coletiva de imprensa no final de uma reunião virtual do Conselho Otan-Ucrânia na sede da Otan em Bruxelas, em 19 de abril de 2024
AFP

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, durante uma coletiva de imprensa no final de uma reunião virtual do Conselho Otan-Ucrânia na sede da Otan em Bruxelas, em 19 de abril de 2024

Os países da  Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) decidiram enviar  mais equipamentos de defesa antiaérea para a Ucrânia, em guerra com a Rússia, anunciou nesta sexta-feira (19) o  secretário-geral da aliança militar transatlântica, Jens Stoltenberg.

“A Otan fez um inventário das capacidades existentes (…) e há sistemas que podem ser disponibilizados à Ucrânia. Portanto, espero anúncios de mais remessas em breve”, disse Stoltenberg.

O alto responsável norueguês fez estas declarações no final de uma reunião por videoconferência do Conselho Otan-Ucrânia, da qual participou o  presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Nessa reunião virtual, os ministros da Defesa dos países da aliança “concordaram em fornecer mais apoio militar, incluindo defesa antiaérea”, que a Ucrânia exige insistentemente para neutralizar os bombardeios russos que se intensificaram novamente nas últimas semanas.

O  chefe do governo alemão, Olaf Scholz, pediu recentemente aos países ocidentais para que transferissem sistemas de defesa antiaérea Patriot de fabricação americana para a Ucrânia.

“Saúdo os esforços da Alemanha, incluindo a recente decisão de entregar um sistema Patriot adicional à Ucrânia. Além do Patriot, há outras armas que os aliados [da Otan] podem fornecer, incluindo o SAM-T”, disse Stoltenberg, em referência a sistemas de mísseis terra-ar.

Acrescentou que os países da Otan que não têm “sistemas disponíveis comprometeram-se a fornecer apoio financeiro para os comprá-los para a Ucrânia”.

Segundo o chefe da aliança, cada país membro da Otan “decidirá com que o que contribuirá. Mas os ministros reconheceram a urgência e prometeram apoio adicional em um futuro próximo”.

“O que posso dizer é que a ajuda está a caminho”, reforçou. Zelensky disse na videoconferência que a Ucrânia “não pode esperar” e que precisa de “sete sistemas Patriot adicionais” ou equipamento equivalente, informou a Presidência ucraniana.

“É evidente que, embora a Rússia tenha uma vantagem aérea e possa contar com os seus drones e foguetes, as nossas capacidades no terreno são infelizmente limitadas”, acrescentou.

A Ucrânia pede desesperadamente um aumento da ajuda em equipamento militar desde o segundo semestre do ano passado e admite que está ficando sem capacidade operacional em termos de defesa antiaérea, depois de mais de dois anos de resistência à invasão russa, que começou em fevereiro de 2022.




O alerta da Ucrânia sobre ‘3ª Guerra Mundial’ se perder conflito com a Rússia se perder conflito com a Rússia

Volodymyr Zelensky. Foto: Divulgação/CNN

por BBC

O primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmyhal, disse à BBC que haverá uma “Terceira Guerra Mundial” se a Ucrânia perder o conflito com a Rússia e fez um apelo ao Congresso dos EUA para que aprove um projeto de lei de ajuda externa paralisado.

Shmyhal disse estar com um “otimismo cauteloso” sobre a perspectiva de parlamentares dos EUA aprovarem a medida fortemente contestada, que destinaria US$ 61 bilhões a Kiev.

A Câmara dos Deputados dos EUA deve votar o pacote no sábado (20/4). A proposta inclui financiamento para Israel e também para a região do Indo-Pacífico.

Falando à BBC em Washington na quarta-feira (17/4), Shmyhal disse sobre o pacote de ajuda dos EUA: “Precisamos deste dinheiro ontem, não amanhã, não hoje.”

“Se não oferecermos proteção, a Ucrânia cairá. E assim, o sistema global de segurança será destruído e todo o mundo precisará encontrar um novo sistema de segurança.”

“Ou haverá muitos conflitos, muitos tipos de guerras e, no final das contas, isso poderá levar à Terceira Guerra Mundial.”

Esta não é a primeira vez que a Ucrânia faz um alerta catastrófico sobre as consequências da sua potencial derrota.

No ano passado, o presidente Volodymyr Zelensky disse que se a Rússia ganhasse o conflito, poderia invadir a Polônia, desencadeando a Terceira Guerra Mundial.

Mas autoridades de Moscou ridicularizaram essas afirmações, que disseram ser alarmismo do Ocidente. No mês passado, o presidente Vladimir Putin rejeitou as sugestões de que a Rússia poderia um dia atacar o Leste da Europa, dizendo serem “completamente sem sentido”.

A Rússia nunca atacou um país da Otan, o que inclui a Polônia. O pacto de defesa coletiva da Otan significa que um ataque a um membro constitui um ataque a todos.

Na entrevista de quarta-feira, Shmyhal foi questionado sobre uma afirmação recente do presidente republicano do Comitê dos Negócios Estrangeiros, Michael McCaul, de que membros do seu próprio partido estavam “infectados” pela propaganda russa.

“Devemos compreender que a desinformação e a propaganda estão influenciando muitas pessoas aqui nos Estados Unidos, e na União Europeia, muitas pessoas, como na Ucrânia”, disse Shmyhal.

A oposição da ala mais de direita do Partido Republicano bloqueou durante meses um pacote de assistência à Ucrânia.

Alguns desses parlamentares se opuseram ao envio de bilhões de dólares em ajuda para o exterior, sem que primeiro houvesse repasses para a segurança da fronteira entre os EUA e o México.

Estes conservadores também rejeitaram qualquer sugestão de que pudessem estar sendo enganados por Moscou.

O presidente Joe Biden disse em um comunicado na quarta-feira que sancionaria o pacote imediatamente assim que fosse aprovado pelo Congresso “para enviar uma mensagem ao mundo: estamos com nossos amigos”.

A Ucrânia depende muito do fornecimento de armas dos EUA e do Ocidente para continuar fazendo frente à Rússia, que tem números superiores e uma abundância de artilharia.

Meses de impasse no Congresso já tiveram efeitos profundos no campo de batalha.

A Ucrânia está em menor número, desarmada e forçada a recuar devido ao racionamento de munições e à queda do moral.

Em fevereiro, tropas ucranianas se retiraram de Avdiivka, uma cidade perto de Donetsk ocupada pelos russos. Os ucranianos estavam lá desde 2014.

Oleksandr Tarnavskyi, um general que supervisionou a retirada, citou uma vantagem dos russos de 10 para 1 na munição de artilharia, e disse que recuar após meses de combates era “a única solução correta”.

Zelensky culpou um “déficit artificial de armas” ao fazer apelos urgentes por mais ajuda militar para evitar uma situação “catastrófica”.

Biden atribuiu a retirada de tropas ucranianas à “diminuição da oferta [de ajuda americana] como resultado da falta de ação do Congresso”.

A perda de Avdiivka foi a mais pesada para a Ucrânia desde que as suas tropas se retiraram de Bakhmut em maio de 2023.

Ambas retiradas ocorreram após meses de guerra de desgaste, em que as forças russas destruíram edifícios com artilharia maciça e enviaram milhares de tropas para a linha de frente.

O general Richard Barrons, antigo comandante do Comando das Forças do Reino Unido, declarou recentemente que temia que a Ucrânia pudesse ser derrotada este ano, a menos que recebesse armas e munições.

“Estamos vendo a Rússia atacando na linha de frente, empregando uma vantagem de cinco para um em artilharia, munições e um excedente de pessoas”, disse ele.

“A Ucrânia pode sentir que não pode vencer. E quando chegar a esse ponto, por que as pessoas vão querer lutar e morrer?”

Ambos os lados sofreram pesadas perdas nas batalhas, mas o aumento das baixas deixou a Ucrânia com escassez de pessoas.

No início deste mês, o governo reduziu a idade de recrutamento de 27 para 25 anos, em um esforço para recrutar centenas de milhares de novos soldados.

Zelensky disse que 31 mil soldados ucranianos foram mortos desde 2022. As autoridades americanas, no entanto, acreditam que pelo menos 70 mil morreram e muitos mais estão feridos.

Uma investigação da BBC calcula que pelo menos 50 mil soldados russos foram mortos. Acredita-se que dezenas de milhares de pessoas tenham ficado feridas.

A Rússia transformou a sua base industrial em uma economia de guerra — gastando 40% do seu orçamento nacional em armamentos, ao mesmo tempo que fecha acordos com o Irã e a Coreia do Norte para adquirir munições, mísseis e drones.

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Rússia lança mais de 30 mísseis contra a capital da Ucrânia

Ataque chega horas antes de cúpula da UE sobre guerra na Ucrânia

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Ansa

|21/03/2024 08:17

Ataque ocorre horas antes da reunião da UE sobre guerra na Ucrânia
Divulgação

Ataque ocorre horas antes da reunião da UE sobre guerra na Ucrânia

As forças russas dispararam mais de 30 mísseis contra Kiev na madrugada desta quinta-feira (21), horas antes da reunião de líderes da União Europeia para discutir maneiras de auxiliar a Ucrânia na guerra contra a Rússia .

Segundo a Aeronáutica Militar ucraniana, 31 projéteis foram abatidos pelas defesas antiaéreas do país, incluindo um míssil hipersônico KH-47M2 Kinzhal.

Pelo menos 13 pessoas ficaram feridas em Kiev por causa de fragmentos dos projéteis russos.

“Os terroristas não têm mísseis para escapar da defesa dos Patriots [sistema antiaéreo americano] e outros importantes sistemas mundiais.

Agora essa proteção é necessária aqui na Ucrânia. Tudo é possível se os parceiros tiverem suficiente vontade política”, disse o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em mensagem no Telegram.

Enquanto isso, os líderes dos 27 países da União Europeia se reúnem entre hoje (21) e amanhã (22) em Bruxelas para discutir questões de segurança e defesa, sobretudo ligadas às ameaças da Rússia.

overlay-cleverUm dos objetivos da cúpula é tentar acelerar o ritmo de envio de ajuda militar a Kiev, porém também está na pauta o endurecimento das políticas de defesa do bloco. “Se quisermos a paz, devemos nos preparar para a guerra”, alertou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.




Prigozhin morre em acidente de avião na Rússia, diz agência

Dez pessoas morreram após queda de aeronave durante o voo de Moscou para São Petersburgo

Por

|23/08/2023 14:42

Atualizada às 23/08/2023 15:49

Morre líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin em queda de avião
Reprodução/redes sociais – 21.08.2023

Morre líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin em queda de avião

Um avião que tinha na lista de passageiros o nome de Yevgeny Prigozhin, líder do grupo Wagner, caiu durante um voo de Moscou para São Petersburgo, de acordo com autoridades russas. Prigozhin liderou uma tentativa fracassada de golpe contra o presidente Vladimir Putin em junho deste ano e depois se exilou na Bielorrússia.

Todas as 10 pessoas a bordo do avião, incluindo três membros da tripulação, morreram no acidente, informou o ministério de emergência da Rússia, segundo a agência de notícias estatal RIA Novosti

A Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia (Rosaviatsiya) iniciou uma investigação sobre a queda de um avião Jato Executivo da Embraer, que ocorreu na Região de Tver nesta quarta-feira (23).

As informações foram divulgadas pela agência em comunicado, acrescentando que o nome Yevgeny Prigozhin estava incluído na lista de passageiros do voo acidentado.

“Uma investigação sobre a queda do avião Embraer que ocorreu na Região de Tver nesta noite foi iniciada. De acordo com a lista de passageiros, o primeiro e o último nome de Yevgeny Prigozhin estavam incluídos nessa lista”, observou a agência.

O que se sabe sobre o acidente

No primeiro comunicado sobre o acidente, o Ministério de Situações de Emergência disse à agência TASS  — que o jato executivo Embraer havia caído na região de Tver, matando todos a bordo, mas não foi adicionado outros detalhes sobre os passageiros.

“O avião Embraer estava a caminho de Sheremetyevo para São Petersburgo. Havia três pilotos e sete passageiros a bordo. Todos eles faleceram”, disse a fonte.

Os serviços de resposta de emergência informaram à TASS (Agência de Notícias Russa) que quatro corpos haviam sido encontrados. O avião, aparentemente, pegou fogo após a queda e o impacto com o solo, sendo consumido pelas chamas. A aeronave havia levantado voo por cerca de 30 minutos.

Até o momento só está confirmada a presença do nome de Prigozhin na lista de passageiros da aeronave. Na segunda-feira, o líder do grupo Wagner teria postado um vídeo falando diretamente da África, de onde supostamente atuava no conflito armado na região do Níger.  Prigozhin teria afirmado que estava em combate ao lado de vários soldados para tornar o continente “mais livre”.




Rússia dispara mais de 28 mísseis contra a Ucrânia em ameaça à Polônia

Foto: Reprodução

Por Letícia Cotta

A Rússia disparou uma série de mísseis de longa distância contra o oeste da Ucrânia, na terça-feira (15/8), mesmo dia em que a Polônia fez seu maior desfile de Forças Armadas desde a Guerra Fria.

Foram mais de 28 mísseis lançados a partir de um cruzeiro e por meio das aeronaves 16 Tu-95MS, 2 Tu-22M3 e 1 Tu-160, que utilizaram mísseis kh-101. O uso de mísseis subsônicos kalibr também foi registrado, e a Ucrânia informou ter abatido 16 dos 28.

Segundo o presidente russo, Vladimir Putin, a região atacada está na mira de uma intervenção de Varsóvia por causa de laços históricos com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), instituição que vem recebendo críticas de Putin.

O ataque é um recado à Polônia, que tem histórico de conflito armado com os russos durante a Guerra Fria, e realizou na terça-feira (15/8) um desfile das Forças Armadas. Foram, no total, 2 mil soldados poloneses e da Otan desfilando em conjunto aos tanques norte-americanos M1A1 Abrams e sul-coreanos K2 Black Panther, recém comprados; 92 aviões e helicópteros; e demais equipamentos.

A data do desfile da Polônia não foi escolhida em vão: celebra os 103 anos da vitória polonesa sobre a União Soviética na Batalha de Varsóvia, que manteve o país independente até o início da Segunda Guerra Mundial.

Relação Polônia-Ucrânia

Em julho, Putin havia afirmado que a Polônia pretendia conquistar um pedaço da Ucrânia, mas que reagiria caso alcançasse a Belarus, região que fica no meio do fogo cruzado. “Quanto aos líderes poloneses, muito possivelmente eles estão contando com a formação de algum tipo de coalizão sob a égide da Otan para se envolver diretamente no conflito ucraniano, a fim de arrancar um bom pedaço da Ucrânia para si. Não vamos nos envolver. Mas, quanto à Belarus, faz parte do Estado da União. A agressão contra a Belarus significará agressão contra a Federação Russa. Responderemos a isso com todos os meios à nossa disposição”.

Polônia e Rússia são ambos descendentes dos povos eslavos, falam línguas parecidas e têm costumes parecidos. Esses dois países entraram em confronto durante a Guerra Fria, quer perdurou de 1947 a 1991, por causa da tentativa de expansão do comunismo russo para a Europa Central.

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Líder mercenário russo ordena que combatentes recuem para evitar derramamento de sangue

O chefe da milícia Wagner, C concordou em aliviar a situação

Chefe da milícia Wagner, Yevgeny Prigozhin
Chefe da milícia Wagner, C

Foto: Reuters

O líder do grupo mercenário russo amotinado, Yevgeny Prigozhin, disse neste sábado, 24, que ordenou que seus combatentes, que avançavam em direção a Moscou, dessem meia volta e recuassem às suas bases para evitar derramamento de sangue.

Prigozhin havia dito mais cedo que queria depor o alto escalão do Exército e “restaurar a justiça”. O presidente russo, , disse que o motim tinha que ser decisivamente reprimido.

O gabinete do presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, disse que conversou com Prigozhin, com aprovação de Putin, e que o chefe da milícia Wagner concordou em aliviar a situação.

Em uma mensagem de áudio divulgada pelo seu serviço de imprensa, Prigozhin disse:

“Eles queriam desmembrar a milícia Wagner. Embarcamos em uma marcha de justiça em 23 de junho. Em 24 horas, chegamos a 200 kms de Moscou. Até agora, não derramamos uma gota de sangue dos nossos combatentes.”

“Agora, chegou o momento em que sangue pode ser derramado. Entendendo a responsabilidade (pela chance) de que sangue russo seja derramado em um lado, estamos dando meia volta em nossas colunas e voltando aos campos como planejado”.

A revolta de Prigozhin

Prigozhin, um ex-condenado e aliado de longa data de Putin, lidera um exército privado que inclui milhares de combatentes recrutados nas prisões russas.

Seus homens enfrentaram os combates mais ferozes da guerra de 16 meses na Ucrânia, incluindo a batalha prolongada pela cidade oriental de Bakhmut.

Ele protestou durante meses contra os altos escalões do Exército regular, acusando os generais de incompetência e de reter munição de seus combatentes. Neste mês, ele desafiou ordens para assinar um contrato que colocava suas tropas sob o comando do Ministério da Defesa.

Ele lançou o aparente motim na sexta-feira, 23, depois de alegar que os militares mataram muitos de seus combatentes em um ataque aéreo. O Ministério da Defesa negou.

“Somos 25.000 e vamos descobrir por que o caos está acontecendo no país”, disse ele, prometendo destruir quaisquer postos de controle ou forças aéreas que estivessem no caminho do Wagner. Mais tarde, ele disse que seus homens se envolveram em confrontos com soldados regulares e derrubaram um helicóptero.

Terra.com