André Marinho imita Bolsonaro em jantar com empresários e Michel Temer
Jantar em São Paulo reuniu a nata dos empresários brasileiros e importantes nomes do cenário político
Na segunda-feira, 13, um jantar em São Paulo reuniu a nata dos empresários brasileiros e importantes nomes do cenário político, como o ex-presidente Michel Temer (MDB) e o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD). Também à mesa, estava o talentoso comunicador André Marinho, que faz parte da bancada do programa “Pânico”, na Jovem Pan.
Marinho fez uma imperdível imitação do atual presidente da república, Jair Bolsonaro (sem partido), agradecendo o presidente Temer por ter sido o grande pacificador da política nacional. Alguns já brincam que, devido ao sucesso do diálogo com o STF, pode ser uma boa ideia convidar Michel Temer para fazer audiências de conciliação de casais.
Após almoço com Temer, Bolsonaro afirma que nunca quis agredir Poderes
Segundo a jornalista Delis Ortiz, da Globo, presidente chegou a conversar com ministro Alexandre de Moraes por telefone
Após almoçar com o ex-presidente da República, Michel Temer, o atual líder do Executivo brasileiro, Jair Bolsonaro (sem partido), divulgou uma nota para falar sobre a crise entre os Poderes.
Em um texto dividido em dez pontos, Bolsonaro disse que nunca teve a intenção de “agredir quaisquer dos Poderes” – mesmo com ataques constantes, nos quais, inclusive, chamou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de “canalha” .
Sobre Moraes, o presidente da República ainda disse: “Em que pesem suas qualidades como jurista e professor, existem naturais divergências em algumas decisões do Ministro Alexandre de Moraes “.
Bolsonaro também declarou que “suas palavras, por vezes contundentes, decorreram do calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem comum”.
Outro ponto que merece destaque é sobre a relação da crise institucional e a economia brasileira: “Na vida pública as pessoas que exercem o poder, não têm o direito de “esticar a corda”, a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia”.
Segundo a jornalista Delis Ortiz, da Globo, além de divulgar a nota, Bolsonaro também conversou por telefone com Moraes. A conversa teria ocorrido em tom ameno, apesar da elevação da tensão nos últimos dias.
Confira a nota na íntegra:
“Declaração à Nação
No instante em que o país se encontra dividido entre instituições é meu dever, como Presidente da República, vir a público para dizer:1. Nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes. A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar.
2. Sei que boa parte dessas divergências decorrem de conflitos de entendimento acerca das decisões adotadas pelo Ministro Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das fake news.
3. Mas na vida pública as pessoas que exercem o poder, não têm o direito de “esticar a corda”, a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia.
4. Por isso quero declarar que minhas palavras, por vezes contundentes, decorreram do calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem comum.
5. Em que pesem suas qualidades como jurista e professor, existem naturais divergências em algumas decisões do Ministro Alexandre de Moraes.
6. Sendo assim, essas questões devem ser resolvidas por medidas judiciais que serão tomadas de forma a assegurar a observância dos direitos e garantias fundamentais previsto no Art 5º da Constituição Federal.
7. Reitero meu respeito pelas instituições da República, forças motoras que ajudam a governar o país.
8. Democracia é isso: Executivo, Legislativo e Judiciário trabalhando juntos em favor do povo e todos respeitando a Constituição.
9. Sempre estive disposto a manter diálogo permanente com os demais Poderes pela manutenção da harmonia e independência entre eles.
10. Finalmente, quero registrar e agradecer o extraordinário apoio do povo brasileiro, com quem alinho meus princípios e valores, e conduzo os destinos do nosso Brasil.
DEUS, PÁTRIA, FAMÍLIA
Jair Bolsonaro Presidente da República federativa do Brasil”
Temer diz que ataques de Bolsonaro a TSE e STF são ‘inúteis e inconstitucionais’
Ex-presidente ainda disse que a discussão do voto impresso sequer deveria estar pautada
O ex-presidente Michel Temer afirmou que os ataques do presidente Jair Bolsonaro ao processo eleitoral, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) são “inúteis e inconstitucionais”. A afirmação foi feita em entrevista ao jornal O Globo, publicada neste sábado (31).
“Claro que, depois de fazer os ataques, ele os nega. É absolutamente inútil e inconstitucional. A Constituição diz que os Poderes são independentes, mas são harmônicos entre si. Toda vez que há desarmonia há uma inconstitucionalidade”, declarou Temer.
O ex-presidente também afirmou que Bolsonaro chegou ao poder com “uma certa onipotência”, o que fez com que ele demorasse a perceber que precisava do Congresso para governar. “Não existe a possibilidade de o presidente comandar tudo. Só comanda com o apoio do Congresso Nacional, e não é apenas porque o presidente queira trazer o Congresso para governar junto, mas porque a Constituição assim o determina. Ele (Bolsonaro) percebeu e começou a tentar trazer o Congresso, que é fundamental para a governabilidade”, comentou, falando sobre a escolha de Ciro Nogueira (PP-PI) para a Casa Civil.
Na entrevista, Temer ainda disse que acredita que vai haver uma terceira via nas eleições presidenciais de 2022, e que isso seria “uma homenagem ao eleitor”. Para ele, um candidato de centro precisa cumprir a Constituição Federal, ter experiência e trazer a ideia de união dos brasileiros. “O Brasil não pode continuar mais com esta guerra entre brasileiros e entre as próprias instituições”, disse o ex-presidente, que acredita que o país vive a maior crise desde a redemocratização.
Temer ainda declarou que a discussão a respeito do voto impresso é inútil. “O voto eletrônico no Brasil serviu de exemplo para outros países. Tecnicamente, não conheço essa questão, mas não vejo como se possa violar a urna eletrônica. Em face do sucesso que se verificou, tenho a sensação de que essa discussão não deveria ser colocada em pauta”.
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Temer vê risco de golpe de Bolsonaro em 2022, diz jornalista
Ex-presidente vê possibilidade de Bolsonaro reagir de maneira semelhante a Trump em caso de derrota nas eleições do ano que vem
O ex-presidente Michel Temer (PMDB) teme que Jair Bolsonaro não aceite o resultado de uma eventual derruta nas eleições de 2022 e avançe para um golpe. Temer vê a possibilidade de um cenário parecido com o do ex-presidente Donald Trump nos EUA após a derrota para Biden — que culminou na invasão do Congresso por radicais de direita . As informações são do jornalista Kennedy Alencar.
Lula (PT) e FHC (PSDB) também estariam se movimentando para fortalecer os laços com militares legalistas e ex-bolsonaristas arrependidos, como Santos Cruz, que classificou a decisão do Exército como uma “vergonha”. Segundo o jornalista, Temer também tenta prestigiar os militares da ativa e da reserva que resistem a tentações golpistas.
No mês passado, Lula e FHC fizeram um gesto de aproximação pelo fortalecimento da democracia. Eles almoçaram juntos e publicaram foto nas redes sociais. O tucano chegou a afirmar que, em eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, votaria em Lula.
Temer já escala equipe para articular candidatura
Projeto “Governo de Centro” será coordenado pelo ex-ministro palaciano Carlos Marun
O ex-presidente Michel Temer está disposto mesmo a entrar na disputa presidencial do ano que vem como opção de terceira via.
Seu grupo político vislumbra um forte desgaste da polarização que marcou a escolha do eleitor nas últimas décadas, em especial entre PT e PSDB.
Quem voltou ao front é o fiel escudeiro e ex-ministro palaciano Carlos Marun. Ele deixou o conselho da usina de Itaipu para articular a candidatura de Temer.
Marun vai coordenar o projeto “Governo de Centro” do ex-presidente. Temer não se mexe, não aparece, e aguarda o chamamento de partidos aliados. Do Centrão, inclusive.
Atualmente, com a imagem arranhada do presidente Jair Bolsonaro (ainda sem partido) de um lado, e do ex-presidente Lula da Silva ainda rejeitado, de outro, Temer quer aparecer como o candidato de centro e opção para quem não quer votar em nenhum dos dois caciques políticos. Ele foi absolvido em primeira instância em dois processos e tem caminho livre.
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Temer teme nova prisão e pede suspensão de investigação da Lava Jato
Michel Temer pediu ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender uma investigação da Lava Jato no Rio em que teve o sigilo bancário quebrado por um período de 16 anos.
Num trecho da ação, os advogados alertam para a possibilidade de nova prisão.
“O periculum in mora [perigo da demora] se extrai da circunstância de que tem(êm) curso procedimento(s) investigatório(s), do(s) qual(is) já foram tiradas medidas cautelares que poderão desaguar em mais restrições ilegais à dignidade – quiçá, até mesmo à liberdade – de Michel Temer e de seus familiares, sem que se tenha sido garantido acesso aos autos”, diz o pedido.
A quebra de sigilo foi determinada em junho por Marcelo Bretas, mas até hoje a defesa não teve acesso à decisão — o juiz afirmou que há diligências pendentes no inquérito.
Além de Temer, a defesa diz que estariam na mira outras 26 pessoas e empresas, incluindo suas filhas, esposa, além do ex-assessor e amigo José Yunes e familiares.
“Michel Temer já foi vítima de violências jurídicas inomináveis e patrocinadas por Ss. Ex.as [Marcelo Bretas], como a espetaculosa e irresponsável operação que o levou à prisão, em 21 de março de 2019, sacada de feito secreto, sem que nem mesmo se tivesse ouvido o Defendente antes de se o encarcerar”, diz outro trecho do pedido.
Temer foi preso pela primeira vez em março de 2019 por Bretas. Ficou quatro noites na Polícia Federal até ser solto pelo desembargador Ivan Athié, do TRF-2.
Em maio do ano passado, o tribunal revogou o habeas corpus e o mandou novamente para a prisão, onde ficou por mais seis dias até ser solto pelo STJ.
A decisão sobre a suspensão da investigação no Rio cabe a Luís Roberto Barroso.