Simone Tebet aceita Ministério do Planejamento

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) aceitou comandar o Ministério do Planejamento e Orçamento no novo mandato do presidente eleito Lula (PT).

Terceira colocada nas eleições presidenciais, Tebet teve participação ativa na campanha que deu vitória ao petista em segundo turno. A confirmação vem após semanas de incerteza sobre qual seria o espaço de Tebet entre os cargos ministeriais.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, os últimos acertos da abrangência da pasta serão fechados por Lula nos próximos dias, mas aliados da senadora apontam que ela conseguiu manter sob seu comando o PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) —que por acerto anterior ficaria na Casa Civil.

Tebet queria inicialmente a pasta da Educação, que ficou com o senador eleito Camilo Santana (PT-CE). Ela também tinha interesse no Desenvolvimento Social, pasta que abriga o Bolsa Família e acaba sendo uma vitrine política. Lula, no entanto, anunciou o também senador eleito Wellington Dias (PT-PI). Na sequência, o presidente teria oferecido o Meio Ambiente, que Tebet recusou em favor da deputada eleita e referência na área, Marina Silva.

 

 




Simone Tebet (MDB ) e um ministério em que possa deixar uma marca

Simone Tebet em propaganda barrada pelo TSE. Foto: Reprodução/YouTube

Por Paulo Cappelli

Aliados de Simone Tebet no MDB recomendaram que a senadora se articule para tentar assumir um ministério em que possa imprimir uma marca pessoal.

O entorno de Tebet avalia que a Agricultura é uma pasta que caminha sozinha, dando pouca margem para que se deixe uma marca própria, que ajude a alavancar Tebet para 2026.

Entre as opções em que isso seria possível, estão o Ministério do Meio Ambiente, o da Cidadania ou a Educação, todos com forte entrega de políticas públicas e, não à toa, também no raio de interesse do PT.

A presença de Tebet já é dada como certa pelo entorno de Lula. Além de prestigiar uma aliada importante no segundo turno contra Bolsonaro, a participação dela no governo ajudará na relação do governo com forças políticas majoritariamente avessas ao PT, como o agronegócio.