Lula sanciona lei que prevê correção anual dos repasses do SUS

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foto: TV Brasil

por Renato Machado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou na terça-feira (16) a lei que prevê a correção anual da tabela de serviços do SUS (Sistema Único de Saúde). A última revisão ocorreu em 2013, durante o governo de Dilma Rousseff (PT).

A proposta prevê que, em dezembro de cada ano, o governo federal deverá estabelecer um índice para corrigir os valores que são repassados para os entes federados e para as instituições de saúde.

A lei foi sancionada durante audiência fechada no Palácio do Planalto, com a presença do vice Geraldo Alckmin (PSB), do secretário-executivo do Ministério da Saúde, Swedenberger do Nascimento Barbosa, dos ministros Paulo Pimenta (Secom) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), parlamentares e representantes do setor de saúde.

Não houve vetos.

A nova legislação altera a Lei Orgânica da Saúde, de 1990, para determinar que os valores para a remuneração dos serviços de saúde deverão ser revistos no mês de dezembro de cada ano para vigorar nos 12 meses seguintes. Ela afirma que eles devem “ser suficientes para o pagamento dos custos, a garantia da qualidade do atendimento e a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro”.

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João Pessoa segue vacinando durante todo final de semana

Para receber a vacina contra a Covid-19, os cidadãos devem apresentar um documento oficial, o cartão de vacina que comprove outras doses do imunizante e o Cartão SUS

João Pessoa está disponibilizando, neste sábado (26), dois pontos móveis exclusivos para vacinação, oferecendo todas as vacinas contra Covid-19, Influenza e do calendário de rotina. A iniciativa acontecerá das 10h às 16h no Shopping Sul, localizado nos Bancários, e das 8h às 16h no Home Center Ferreira Costa, às margens da BR-230.

O Ministério da Saúde (MS) tem recomendado que as vacinas contra a Covid-19 possam ser aplicadas simultaneamente com a vacina contra a Influenza ou outras vacinas do calendário, respeitando um intervalo mínimo de seis meses de idade ou mais.

Para receber a vacina contra a Covid-19, os cidadãos devem apresentar um documento oficial, o cartão de vacina que comprove outras doses do imunizante e o Cartão SUS. Para a vacinação contra Influenza e outras vacinas do calendário de rotina, é necessário ter em mãos o cartão de vacina, o Cartão SUS e um documento oficial de identificação.

Além disso, o Centro Municipal de Imunização, situado no bairro da Torre, estará em funcionamento no final de semana, das 8h às 12h, dedicado exclusivamente à vacinação antirrábica humana e à vacina dT (difteria e tétano) para pessoas que tenham sido expostas a situações de risco, como acidentes com perfurocortantes. A vacina antirrábica é indicada para indivíduos mordidos por cães, gatos não vacinados ou morcegos.

Confira os locais e horários de vacinação em João Pessoa neste sábado (26):

  • Home Center Ferreira Costa

Todos os tipos de vacinas do cartão de vacinação (calendário de rotina) e vacinas contra Influenza e Covid-19 para pessoas a partir de seis meses de idade. A vacina bivalente da Pfizer pode ser administrada para maiores de 18 anos.

Local: Rua Edson Falconi de Melo, Aeroclube (às margens da BR-230)

Horário: 8h às 16h

  • Shopping Sul

Todos os tipos de vacinas do cartão de vacinação (calendário de rotina) e vacinas contra Influenza e Covid-19 para pessoas a partir de seis meses de idade. A vacina bivalente da Pfizer pode ser administrada para maiores de 18 anos.

Local: Rua Bancário Sérgio Guerra, 900 – Bancários

Horário: 10h às 16h

  • Centro Municipal de Imunização – sábado (26) e domingo (27)

Dedicado exclusivamente à vacinação antirrábica humana e à vacina dT (difteria e tétano) de urgência.

Vacina antirrábica: Indicada para pessoas mordidas por cães, gatos não vacinados ou morcegos.

Vacina dT: Indicada para pessoas expostas a situações de risco com perfurocortantes.

Local: Avenida Rui Barbosa, s/n – Torre

Horário: 8h às 12h




Ministro da Saúde :Autotestes não serão distribuídos pelo SUS

Segundo o ministro, os autotestes vão facilitar o acesso ao teste de covid-19 e, com isso, será possível “um acompanhamento adicional do ritmo da pandemia”.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quinta-feira (27) que os autotestes de covid-19 no país, caso aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não serão distribuídos gratuitamente para a população, mas ficarão disponíveis nas farmácias para “a sociedade que tiver interesse em adquirir”.

Segundo o ministro, os autotestes vão facilitar o acesso ao teste de covid-19 e, com isso, será possível “um acompanhamento adicional do ritmo da pandemia”.




Excesso de videoconferências afeta a saúde mental, dizem psiquiatras

No contexto da pandemia do novo coronavírus (covid-19) e do isolamento imposto para conter a disseminação da covid-19, aumentou o uso das plataformas online de videoconferência como forma de manter o contato social entre as pessoas. Mas o excesso de encontros virtuais acabou produzindo uma espécie de “fadiga do zoom”, segundo identificou a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

Para mostrar o impacto das videoconferências na saúde mental dos brasileiros, a ABP realizou a primeira pesquisa sobre o tema no período de 14 de agosto a 21 de novembro. A sondagem revela a elevação das queixas de pacientes sobre o excesso de trabalho por videoconferências nos últimos cinco meses, recebidas por 56,1% dos psiquiatras associados da ABP entrevistados.

“Os pacientes relataram que a “fadiga do zoom” é um fato na vida delas, que elas de fato aumentaram o trabalho via teleconferência e adoeceram, precisaram de ajuda”, disse à Agência Brasil o presidente da ABP, Antonio Geraldo da Silva.

O levantamento foi feito junto aos psiquiatras associados da ABP que atendem no Sistema Único de Saúde (SUS), no sistema privado e suplementar, e mostrou também que 63,3% deles perceberam um aumento de prescrição de psicotrópicos (remédios controlados) para tratar pessoas que tinham a queixa de excesso de trabalho por videoconferência. Os médicos associados da ABP notaram ainda a elevação de 70,1% da necessidade de prescreverem psicoterapia para seus pacientes também com essa fadiga.

Fato novo

“É uma situação nova, é um fato novo. Mas estamos percebendo que há um cansaço das pessoas em usar a videoconferência, porque ela retira de você toda privacidade, aumenta sua carga de trabalho e sua carga de descanso fica comprometida e isso é, realmente, adoecedor”, disse Silva.

De acordo com o presidente da ABP, as pessoas passaram a trabalhar em casa e os horários rotineiros foram rompidos. “Os chefes passaram a entender que as pessoas estão disponíveis 24 horas”. No teletrabalho, muitas vezes, as pessoas entram em uma videoconferência às 8h e saem somente ao meio-dia”, disse Silva. “Houve uma perda dos limites relacionais”.

Na avaliação do presidente da ABP, o cuidado com a saúde mental da população deve ser abrangente e direcionado a todos para haver uma mudança de pensamento e comportamento. Enfatizou que as preocupações com a onda de consequências à saúde mental derivadas da pandemia permanecem com tendência ascendente.

Segundo Silva, a agenda da saúde mental “é urgente e será um dos pilares para o bom enfrentamento às demais consequências trazidas pela pandemia. A saúde mental é a chave para enfrentarmos o cenário atual e seus desdobramentos”.

A ABP estima que há 50 milhões de pessoas com algum tipo de doença mental no Brasil. O país engloba o maior número de pessoas com casos de transtornos de ansiedade do mundo. São cerca de 19 milhões de casos, que correspondem a 9% da população. Além disso, o Brasil ocupa o segundo lugar no mundo e o primeiro na América Latina em pessoas com quadros depressivos.

Filtro

Na avaliação do psiquiatra Jorge Jaber, da Associação de Psiquiatria do Estado do Rio de Janeiro (Aperj), o excesso de informações pode provocar um certo cansaço mental. Ele recomenda que as pessoas utilizem um filtro, uma seleção das fontes, buscando instituições tradicionais para obter conhecimento ou tirar dúvidas.

Sobre prescrição de remédios, Jaber vê uma tendência comum nos pacientes psiquiátricos de conseguir mais receitas do que seria necessário. Neste momento de pandemia, ele atribui esse movimento a três fatores: o custo muitas vezes inacessível das consultas; a redução da capacidade do atendimento público aos pacientes psiquiátricos; e o receio do paciente de não ter o remédio à mão, em um momento de crise.