Sua majestade, o Pelé por: Francisco Nóbrega

                                                      SUA MAJESTADE, O PELÉ

                                            FRANCISCO NÓBREGA DOS SANTOS

O FUTEBOL na década de 50 despertou a atenção dos desportos mundiais com o surgimento de umverdadeiro fenômeno do Brasil, precisamente na pequena cidade denominada Três Corações, encravada no Estado de Minas Gerais.

Nascia no mês de novembro um garoto, filho de um jogado de futebol, sem fama e sem grande história para contar ao mundo. Apenas conhecido por Dondinho.

Segundo nos conta o filme, baseado no livro de Nelson Rodrigues, o garoto, batizado com o nome de EDSON ARANTES DO NASCIMENTO, ao nascer, a parteira, que assistia o evento, gritou para que todos ouvissem: “Esse garoto vai ser um rei. Muitos, com espanto, falaram: enloqueceu!

O garoto, tendo herdado o dom do futebol, talvez por questão sanguínea, notabilizava-se nas peladas de várzeas e despertava a atenção com sua habilidade com uma pelota. A intimidade com a bola fora crescendo, numa impressionante velocidade, que chegou a despertar interesse dos amantes do futebol e foi crescendo, de forma tão rápida, que sua fama chegou aos olheiros do futebol.

Não demorou muito e o jovem, ainda adolescente, viajou a São Paulo, para a cidade de Santos, onde foi encaminhado ao Clube Santista a fim de se submeter a um período de experiência. E, já no início do período de treinamentos, chegou a despertar a atenção dos jogadores da equipe santista. De modo especial, o jogador Pagão, atacante e artilheiro daquele time, que o tornou ídolo e titular daquela agremiação.

Convém ressaltar, que o Pelé, aos dezesseis anos, se tornaria craque e artilheiro, por demais conhecido e admirado no mundo da bola. Tornou-se assim, um astro cobiçado por grandes equipes mundiais. E os estádios ficavam superlotados para que as nações conhecessem O PELÉ E MAIS ONZE em campo.

Tive a glória e o prazer de ver aquele astro, destacando-se pela sua sobriedade, agilidade e raciocínio. Ninguém mais sabia, em uma partida de futebol jogada pelo Santos, qual a torcida, ou adversários, pois os olhos dos amantes do futebol, estavam fixados naquela lépida figura, que mais parecia um hipnotizador, deixando que os adversários, ficassem perplexos ante a sua magia.

Lembro que, uma tarde domingo, compareci à Ilha do Retiro, para assistir a reinauguração do Complexo Esportivo, pertencente ao Sport do Recife. Naquele dia, todos nós torcíamos para vibrar com um gol do Rei. Porém, o jogo ficou no empate de um a um, com gol de Coutinho, para o Santos e um gol de Alemão, jogador da equipe local.

É também inesquecível o jogo pelo campeonato brasileiro, no estádio do Arruda, quando assisti ao jogo Náutico e Santos, acompanhava eu a partida, com o número 10 que reluzia na camisa branca do Pelé. Por fim, tive a satisfação de ver o Santos jogar contra o Botafogoda Paraíba, quando o craque santista marcava um gol, que seria, na conta certa, o milésimo. Este, porém foidescartado na contabilidade dos cartolas.

Não poderia, também, relembrar o nosso Rei Nininho, pois nessa partida e o vi, demonstrando sua habilidade, pois, em pouco tempo e deixara o mundo dos mortais. Enfim, minha sincera solidariedade às homenagens ao saudoso Cidadão Edson e a Sua Majestade, O PELÉ.