Próximo lote do Imposto de Renda sai em junho e já tem 18 milhões na fila

A restituição do IR é paga primeiro a quem declara nos primeiros dias.

 | Atualizado há 3 horas

FOLHAPRESS) – A Receita Federal realiza nesta sexta-feira (31) o pagamento do primeiro lote de restituição do Imposto de Renda 2024. Mais de 5,6 milhões vão receber R$ 9,5 bilhões no maior lote já pago na história. Mas a fila de pessoas que terão direito à restituição ainda é longa.

Segundo a Receita, mais de 38 milhões de brasileiros entregaram a declaração até as 18h desta quinta (30), sendo que 62,6% delas tiveram a mais dinheiro retido no ano passado do que era devido, e, agora, têm direito de restituir esta quantia.

São mais de 18,3 milhões de pessoas nesta situação e que não estão contempladas no lote que está sendo pago nesta sexta. Elas serão distribuídas em quatro outros lotes, que serão pagos mensalmente sempre no último dia útil do mês até setembro.

A próxima lista deve ter a consulta liberada em 21 de junho. Os nomes serão definidos entre os dias 10 e 12, sendo que o pagamento será feito em 28 de junho. Este loteterá correção de 1% conforme a taxa básica de juros da economia, a Selic.

A restituição do IR é paga primeiro a quem declara nos primeiros dias. No entanto, há uma lista de prioridades legais, que coloca alguns contribuintes à frente de outros. Quem não está entre os prioritários pode ter que aguardar um pouco mais, mesmo tendo declarado no início.

A tendência é que o segundo lote siga contemplando apenas os contribuintes com prioridade, como já ocorreu em anos anteriores. Além disso, os moradores do Rio Grande Sul entraram nesta fila e têm direito de receber antes do que quem entrega a declaração pré-preenchida ou opta por receber a restituição por Pix.

VEJA ABAIXO QUAL É A ORDEM DE PRIORIDADE:

Idosos com 80 anos ou mais
Idosos com 60 anos ou mais, e pessoa com deficiência e/ou doença grave
Contribuintes cuja maior fonte de renda é o magistério
Contribuintes do Rio Grande do Sul
Contribuintes que usaram a declaração pré-preenchida e/ou optaram por receber a restituição por Pix

Demais contribuintes

Entre as pessoas que estão no mesmo grupo de beneficiados, o desempate é feito pela data de entrega. Mas se o contribuinte faz uma declaração retificadora, corrigindo alguma informação, ele volta para o final da fila, valendo a data em que entregou o IR com as informações alteradas.

Quem não foi contemplado agora, terá o valor corrigido quando receber. No caso do segundo lote, a Receita pagará 1% a mais da quantia a ser devolvida. Nos meses seguintes, a correção será de 1% e um acréscimo proporcional da taxa Selic, que atualmente está em 10,5% ao ano.

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Selic: Banco Central reduz taxa de juros para 12,25% ao ano Taxa atinge menor patamar desde março de 2022

Home Economia Selic: Banco Central reduz taxa de juros para 12,25% ao ano
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Luís Felipe Granado

01/11/2023 18:33
Banco Central
Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil
Banco Central
O Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu, nesta quarta-feira (1º) a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, de 12,75% para 12,25% ao ano, como era esperado por analistas do mercado financeiro. Com isso, o índice atinge o menor patamar desde março de 2022.

Segundo o Relatório Focus, compilado de análises de mais de cem economistas do mercado financeiro, a estimativa para a Selic ao final de 2023 permaneceu em 11,75%. Já o esperado para 2024 avançou de 9,0% para 9,25% e para 2025 subiu de 8,50% para 8,75%.

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Isso porque começa a aparecer no mercado um temor em relação à percepção fiscal, com a ameaça de alteração da meta de déficit zero em 2024, além de críticas do presidente Lula ao corte de gastos.

Além disso, os juros altos nos EUA têm sido outra preocupação para que o ciclo de queda de juros continue por aqui. Tensões geopolíticas como a guerra entre Israel e o Hamas deixaram o mercado bem volátil nas últimas semanas.

Segundo Luciono Costa, economista da corretora Monte Bravo, lembra que a decisão barateia o crédito para a população.

“As operações de crédito vão ser afetadas por essa queda da tasa Selic, por exemplo, o financiamento de um eletrodoméstico, de um carro, ou até o financiamento imobiliário, ao longo do tempo, eles vão refletir essas quedas nos juros”, comenta.

Para Apolo Duarte, head de renda variável e sócio da AVG Capital, a queda de meio ponto percentual nesta reunião já era certa, mas a ata da reunião ditará os rumos da Selic.

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“O importante será entender a comunicação do Banco Central em relação aos próximos cortes. Algum tempo atrás houve expectativa de corte de 0,75% na última reunião do ano, em dezembro, mas isso, definitivamente, não está mais na mesa. A queda de meio ponto está de bom tamanho, dado todo o ruído fiscal que tivemos nos últimos dias”, afirma. Segundo Apolo, o mercado ficará atento também em como o BC irá endereçar esse ruído fiscal que tivemos recentemente: “se vai colocar alguma ponderação para alguma mudança na parte fiscal que possa mudar a decisão para próximas reuniões de cortes de juros, por exemplo”.

Carlos Hotz, economista, planejador financeiro e fundador da A7 Capital alerta para a possibilidade de os EUA manterem ou subirem os juros. “O Brasil não é uma ilha e se tivermos cada vez mais a inflação nos EUA pressionada e o FED (Banco Central dos EUA) subindo ou mantendo por mais tempo os juros altos lá, isso acaba impactando aqui e fazendo com que tenhamos menos espaço para quedas”, diz.

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Ricardo Jorge, especialista em juros e renda fixa e sócio da Quantzed, acredita ainda que, por mais que tenhamos um cenário de atividade forte, emprego forte, os indicadores de inflação têm dado o espaço para que o Banco Central possa continuar com a política de afrouxamento.

“A gente sabe que o mercado ficou especialmente volátil nas últimas semanas, principalmente por conta dos Estados Unidos, mas essa volatilidade não deve ser suficiente para mudar a postura do Banco Central até o final do ano de 2023. Então os dados aqui permanecem dando suporte para o Banco Central seguir com a mesma política sem alterações”, reflete.




Após reonerar combustíveis, Haddad diz que espera que BC reduza juros

Ministro argumentou que a volta dos impostos era uma premissa para o Banco Central reduzir a Selic

Fernando Haddad provocou BC a reduzir Selic

Washington Costa/MF

Fernando Haddad provocou BC a reduzir Selic

Depois de anunciar a volta dos impostos sobre combustíveis , o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (28) que espera que essa medida leve o Banco Central (BC) a reduzir a taxa básica de juros. Atualmente, a Selic está em patamar elevado, a 13,75% ao ano, o que tem gerado rusgas entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o BC .

“Do ponto de vista econômico, as medidas anunciadas hoje [volta dos impostos sobre combustíveis] são benéficas para a inflação a médio e longo prazo, o que abre espaço, segundo o Banco Central, para queda na taxa de juros. Isso não sou eu que estou dizendo, é a ata do Banco Central”, afirmou Haddad.

Em sua fala, Haddad citou uma entrevista de Roberto Campos Neto, presidente do BC, ao Roda Vida, da TV Cultura. “Ele reforçou que essas medidas podem sugerir que são impopulares, mas na perspectiva do Banco Central isso antecipa o calendário de queda de taxa de juros. Estou reproduzindo argumentos do Banco Central”, reforçou o ministro.

Haddad ainda afirmou que “o país inteiro está unido” para reduzir a Selic, e que a reoneração dos combustíveis foi uma forma do Ministério da Fazenda fazer sua parte.

“Essas medidas estão sendo tomadas porque na ata do Banco Central está dito que isso é condição para redução das taxas de juros no Brasil. As taxas de juros no Brasil são as mais altas no mundo e estão produzindo efeitos perversos sobre a economia”, acrescentou.

Nesta terça-feira, o governo anunciou a volta da cobrança de 75% de tributos sobre a gasolina e de 21% sobre etanol. O diesel não será reonerado. Por litro, a reoneração é de R$ 0,47 na gasolina e de R$ 0,02 no etanol

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Brasil Econômico