TCU aponta crime em uso de conta da Secom para promoção de Bolsonaro

Por unanimidade, Corte advertiu a Secretaria para que interrompa postagens do tipo

TCU aponta crime em uso de conta da Secom para promoção de Bolsonaro
Reprodução/Secom

TCU aponta crime em uso de conta da Secom para promoção de Bolsonaro

Por unanimidade, os ministros do Tribunal de Contas da União consideraram que o perfil da Secom (Secretaria de Comunicação) no Twitter publica mensagens para autopromoção do presidente Jair Bolsonaro e do ministro Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, informou o jornalista Rubens Valente.

A prática é vedada pela Constituição e fez com que os administradores fossem advertidos pelo tribunal e terão que interromper postagens do gênero sob pena de multa.

A ação teve início em dezembro do ano passado, após o procurador Júlio Marcelo de Oliveira, do Ministério Público, listar 34 publicações do perfil copiadas em dois meses de 2020, agosto e setembro. Depois, em um anexo, juntou mais cinco, de dezembro.

Entre as irregularidades estão a divulgação do slogan do presidente: “Deus, pátria e família”. Além de frases do mandatário e publicidade para o ministro Tarcísio.

“Quanto às peças publicitárias mencionadas na representação em comento, a maioria delas, na verdade, trata de promoção pessoal dos agentes públicos envolvidos, no caso, o Presidente da República e o Ministro da Infraestrutura. Tome-se por exemplo a postagem do dia 27/8/2020 (peça 1, p. 17), onde aparece a imagem do Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, dizendo: “…estamos falando de legado e o governo do Presidente Jair Bolsonaro vai deixar legado para o Paraná. Serão 2.400 km de novas duplicações”, diz o relatório.

A AGU (Advocacia-Geral da União) e a Secom negam as acusações: “ao contrário do que se afirma, estão em perfeita sintonia com a Constituição, eis que almejam tão somente dar amplo conhecimento à sociedade de informações consideradas de interesse público, sejam elas a conclusão ou o início de determinada obra pública, a entrega de algum equipamento, o oferecimento de novo serviço público ou até mesmo a cobertura da agenda oficial do Chefe do Executivo, fato inegavelmente de interesse público, tanto que é diariamente repercutido por toda a mídia nacional”.

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Wajngarten é acusado por senador de mentir na CPI: “desinformou o Brasil”

Rogério Carvalho (PT) mostrou durante a sessão trecho de uma live onde o ex-secretário diz que aprova campanhas da Secom, indicando contradição com depoimento anterior

Fábio Wajngarten durante depoimento na sessão da CPI da Covid no Senado
Reprodução: iG Minas Gerais

Fábio Wajngarten durante depoimento na sessão da CPI da Covid no Senado

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) subiu o tom contra o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fábio Wajngarten durante  sessão da CPI da Covid no Senado nesta quarta-feira (12). “O senhor mentiu nessa oitiva”, declara o parlamentar.

Munido de capturas de tela de publicações da Secom , órgão do governo federal, que continham informações exaltando o uso da Cloroquina e do tratamento precoce contra a Covid-19 , ainda que não haja nenhuma comprovação cientifica da eficácia desses medicamentos, além disso, Carvalho mostrou um print de um outro post da Secom, na época chefiado por ele, dizendo que “ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina”.

Na opinião do senador petista, Fábio atuou “negando ao brasileiro a informação correta”:

“Vossa excelência desinformou o Brasil durante todo período que esteve frente da Secom. Toda sua atuação foi na mesma linha do presidente Jair Bolsonaro de levar o povo a se contaminar e adquirir naturalmente a imunidade e levar aos 425.711 mil mortos”

Durante a fala, Rogério Carvalho mostrou um vídeo que circula nas redes sociais onde Wajngarten, durante transmissão ao vivo com o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), diz que aprovou campanhas da Secom e teve contato com publicitários,

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Bolsonaro pede a Celso de Mello que reconsidere ordem de entrega de vídeo citado por Moro

AGU alega “assuntos sensíveis de Estado” para não entregar o vídeo da reunião ministerial em que Jair Bolsonaro teria ameaçado demitir o então ministro da Justiça caso ele não permitisse interferência do Executivo na PF. O vídeo está em poder do chefe da Secom, Fábio Wajngarten

Jair Bolsonaro, Sergio Moro e Celso de Mello
Jair Bolsonaro, Sergio Moro e Celso de Mello (Foto: Agência Brasil | STF)

A Advocacia Geral da União (AGU) pediu ao ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, que reconsidere a ordem de entrega da gravação da reunião ministerial de Jair Bolsonaro com Sergio Moro em 22 de abril.

O decano do STF havia dado 72 horas para que o Executivo apresentasse as imagens, que seriam a prova de que Boslonaro teria interferido no comando da Polícia Federal, conforme denunciado por Moro ao pedir demissão do Ministério da Justiça.

Para justificar o pedido, a defesa do governo federal alegou que o encontro tratou de “assuntos potencialmente sensíveis do Estado”, informa reportagem do Estado de S.Paulo.

O chefe da assessoria especial da Presidência, Célio Faria Júnior, negou ter apagado a gravação, conforme noticiado pelo site O Antagonista, e disse que as imagens estão com o chefe da Secretaria Especial de Comunicação, a Secom, Fábio Wajngarten, segundo reportagem do Estado de S.Paulo.

O ex-ministro Sérgio Moro ironizou a postura de Jair Bolsonaro, divulgando o seu pedido ao ministro Celso de Mello.

Sergio Moro

@SF_Moro

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