Morre em João Pessoa Seu Antônio, o ‘Velho do Saco’, figura folclórica da cidade

As informações preliminares são de que Seu Antônio, o ‘Velho do Saco’, sofreu um infarto em casa.

FOTO REDE SOCIAL

O ‘Velho do Saco’, como era conhecido Antônio Serafim, de 82 anos, morreu em João Pessoa, nesse sábado (17). A informação foi confirmada pela família ao influenciador Walter Paparazzo, que disse ter conversado com uma sobrinha do Seu Antônio.

As informações preliminares são de que ele sofreu um infarto em casa. O Samu foi acionado, mas constatou que o Seu Antônio estava em óbito.

Em 2022, o portal noticiou que o ‘Velho do Saco’ havia deixado as ruas e voltou a morar com a família. Teve o cabelo cortado e recebeu outros cuidados pessoais.

O ‘Velho do Saco’, uma figura folclórica da capital paraibana, era visto regularmente em diversos bairros da cidade e teve sua morte anunciada várias vezes. Relatos afirmam que ele passou a viver na rua após desavenças familiares.

Recentemente, ele sofreu um acidente e passou a morar com uma sobrinha, sendo bem tratado após anos em situação de rua.

Redação com ClicKPB




“FARINHA DO MESMO SACO” : Escrito Por Rui Leitao 

“FARINHA DO MESMO SACO” : Escrito Por Rui Leitao

 

Quando duas pessoas têm características comportamentais idênticas, moralmente reprováveis, costumamos dizer que são “farinha do mesmo saco”. Essa expressão tem origem latina: “homines sunt ejusdem farinae”, que quer dizer “são homens da mesma farinha”. Em outras palavras, ainda seguindo a linguagem da sabedoria popular, “um pelo outro, não quero troca”, pertencem à “mesma laia”.

Interessante uma música do compositor e cantor Marquinho Lessa que em sua letra traz uns versos que se enquadram perfeitamente nesse tema. Ele diz assim: “Chega fazendo promessas. A gente acredita e banca o pato. Pátria amada brasileira. Vai caindo no buraco. Boi no pasto delatou. Se mandou, saiu à jato. Na suprema avenida, compensou esse teatro”. Parece até que ele estava narrando os episódios políticos que assistimos ontem.

A guerra sem tréguas teve início. Duas altas personalidades da vida política nacional trocaram acusações graves publicamente. A analisar pelos discursos de ambos, não há inocente nesse jogo. De repente passaram a ser críticos severos um do outro. Conhecendo a biografia dos dois, concluimos que nenhum deixa de ter razão. São realmente responsáveis pelas denúncias recíprocas. Não há diferença entre eles.

A ruptura, até certo ponto surpreendente, se deu em razão de uma batalha de “egos”. Não conseguem se desvencilhar das vaidades exacerbadas. Estão disputando atenção. Colocam os interesses pessoais acima das demandas coletivas. Cada um se achando dono da verdade. Sequer respeitam a grave crise que o país enfrenta por conta da pandemia do coronavírus.

A torcida que vestia a mesma camisa verde-amarela da CBF e que estava no mesmo setor de arquibancada, foi convocada a se posicionar entre um e outro. O que se vê nas redes sociais desde ontem, são militantes políticos que “rezavam na mesma cartilha”, agora se degladiando. Agressões verbais dirigidas num combate nascido entre antigos correligionários.

Os que sempre se mantiveram no campo da oposição, assistem ao embate sem torcer por nenhum dos dois. Exatamente porque os consideram “farinha do mesmo saco”. Porém acompanhando com atenção as revelações contundentes do que vinha acontecendo nos bastidores palacianos. Há algo de “podre no reino da Dinamarca”. Eles mesmos estão se encarregando de explicitar a degradação ética e moral do governo.

É lamentável. Mas, até nas ocorrências indesejáveis, é possível tirar algo de positivo. As máscaras estão sendo tiradas por eles próprios. O “rei está nu” e o seu antigo ministro se emporcalhando na lama da promiscuidade política. Esperemos as cenas dos próximos capítulos.

Rui Leitão