Bares e restaurantes só poderão funcionar até às 23h a partir desta sexta-feira na Paraíba

O horário de funcionamento segue até a quarta-feira de cinzas (17).

Bares e restaurantes só poderão funcionar até 23h (Foto: Walla Santos)

Os bares, restaurantes, lanchonetes, lojas de conveniência, praças de alimentação e estabelecimentos similares somente poderão funcionar com atendimento nas suas dependências das 06h às 23h, a partir desta sexta-feira (12), na Paraíba. O horário de funcionamento segue até a quarta-feira de cinzas (17).

A decisão é do decreto publicado no dia 30 de janeiro de 2021, no Diário Oficial. A medida acontece para evitar a maior propagação do coronavírus no Estado.

Após esse horário fica vedada, “antes e depois desse horário, a comercialização de qualquer produto para consumo no próprio estabelecimento, cujo funcionamento poderá ocorrer apenas através de delivery ou para retirada pelos próprios clientes (takeaway)”.

A Agência Executiva de Vigilância Sanitária (Agevisa), as vigilâncias sanitárias municipais, forças policiais estaduais, Procons estadual e municipais e as guardas municipais serão responsáveis pela fiscalização do cumprimento das normas estabelecidas no decreto. Em caso de descumprimento será aplicada multa e até mesmo fechamento em caso de reincidência.




Decisão da Justiça; bares e restaurantes de João Pessoa só funcionarão até meia-noite

O Ministério Público da Paraíba e o Ministério Público do Trabalho realizaram, nesta segunda-feira (25/01), uma reunião com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de João Pessoa e representantes do setor de bares e restaurantes para tratar sobre o horário de funcionamento dos estabelecimentos. Ao final, ficou acordado que o Município vai editar um novo decreto estabelecendo que bares e restaurantes só poderão aceitar clientes até a meia-noite e deverão encerrar o atendimento à 1h da manhã.

A reunião foi coordenada pelo corregedor-geral do MPPB, Alvaro Gadelha, e teve a participação do procurador Francisco Sagres; do coordenador do Centro de Apoio Operacional da Saúde, promotor Raniere Dantas; e da promotora da Saúde da Capital, Jovana Tabosa; e do procurador do Trabalho, Carlos Eduardo de Azevedo Lima.

Também participaram o secretário de Saúde de João Pessoa, Fábio Rocha; o secretário de Turismo da Capital, Daniel Rodrigues; presidente do Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação de João Pessoa (SEHA-JP), Graco Parente; o presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares Restaurantes e Similares, seccional Paraíba), Arthur Lira.

O corregedor-geral do MPPB destacou que o intuito do Ministério Público é dialogar com os setores para chegar a uma solução consensual. Alvaro Gadelha detalhou que as medidas acordadas serão reavaliadas periodicamente.

O procurador Francisco Sagres também ressaltou a importância de ouvir os representantes do segmento e de estabelecer medidas claras.

Os promotores Raniere Dantas e Jovana Tabosa ressaltaram a necessidade de um novo decreto delimitando o horário de funcionamento de bares e restaurantes porque o último foi revogado e existe uma lacuna quanto à essa normativa.

O procurador do Trabalho Carlos Eduardo Azevedo falou que a função do MPT nesse contexto da covid-19 é observar as questões referentes à saúde dos trabalhadores e também do trabalho conjunto que vem sendo realizado pelos ramos do Ministério Público para garantir a saúde das pessoas.

O secretário de Saúde Fábio Rocha, referindo-se aos dados da covid-19 na Capital, disse que o momento os números são bons, mas enfatizou a necessidade da população continuar usando máscara, álcool em gel e manter o distanciamento social. Além do mais, conforme o secretário, mesmo aqueles que foram vacinados ainda vão levar um tempo para criar a imunidade.

Os representantes do setor de bares e restaurantes relataram as dificuldades enfrentadas e solicitaram a intensificação da fiscalização quanto aos estabelecimentos não regularizados. Eles também solicitaram a elaboração de uma campanha por arte do poder público para conscientizar a população para a importância da continuidade das medidas preventivas quanto à covid-19.

Ao final da reunião, ficou acordado sobre a edição de um novo decreto pelo Município de João Pessoa com a delimitação do horário de funcionamento dos bares e restaurantes e regras claras do que pode ou não ser feito. A Secretaria de Saúde deverá encaminhar a minuta do decreto ao MP no prazo de 48 horas. Após 15 dias da entrada em vigor do decreto, será realizada uma avaliação do impacto das medidas nos números da covid-19 na Capital.

Também ficou acordado que será realizada uma campanha educativa pelo Poder Público, com participação do Ministério Público sobre o distanciamento social e os horários de funcionamento para ser afixado em bares restaurantes.

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Miami volta a fechar restaurantes após mortes por Covid-19 nos EUA passarem de 130 mil

 

No condado de Miami-Dade, refeições não podem mais ser servidas nos locais. Flórida registrou um novo recorde diário de novos casos, com 11 mil na segunda-feira (6), número maior do que o registrado em qualquer país europeu no auge da crise no continente.

Funcionário recebe clientes no Old’s Havana Cuban Bar & Cocina , em Miami, na segunda-feira (6), dois dias antes do novo fechamento de restaurantes na cidade — Foto: Reuters/Liza Feria

Miami-Dade, o condado mais populoso do Estado norte-americano da Flórida, se tornou o mais novo ponto crítico do coronavírus nos Estados Unidos a voltar atrás no processo de reabertura nesta segunda-feira (6), proibindo restaurantes de servirem refeições in loco, conforme o número de casos no país aumenta às dezenas de milhares e as mortes pela doença superam o total de 130 mil.

O decreto emergencial foi editado nesta segunda pelo prefeito Carlos Gimenez, principal autoridade do condado que inclui a cidade de Miami e áreas próximas, e que tem cerca de 48 mil casos de Covid-19 entre seus 2,8 milhões de moradores.

A medida atingiu em cheio os donos de restaurantes, que recentemente voltaram ao trabalho após o fechamento obrigatório que durou semanas ser suspenso, deixando-os frustrados e ainda mais preocupados com a sobrevivência de seus negócios.

“Estamos emocionalmente esgotados, finaceiramente esgotados, e estamos esgotados com o trauma em ver tudo que está acontecendo”, afirmou Karina Iglesias, sócia de dois restaurantes espanhóis populares no centro de Miami, o Niu Kitchen e o Arson.

Funcionária da área de saúde se prepara para colher amostra para teste de coronavírus do lado de fora do Hard Roc Stadium, em Miami Gardens, na Flórida, no domingo (5) — Foto: AP Photo/Wilfredo Lee

 

Michael Beltran, um chef e sócio no Ariete Hospitality Group, que é proprietário de uma série de outros restaurantes populares de Miami, incluindo o Taurus, tinha dificuldades de aceitar que teria de dizer a seus 80 funcionários — muitos dos quais fora recontratados para a reabertura — que eles ficariam desempregados novamente.

“Pelo que me disseram, eu fiz as coisas certas para reabrir, e agora estamos nesse ponto”, disse Beltran.

A Flórida registrou um novo recorde diário de novos casos, com 11 mil na segunda-feira, número maior do que o registrado em qualquer país europeu no auge da crise naquele continente.

www.reporteriedoferreira.com.br    Por Reuters