Protesto contra o desaparecimento de jovens fecha travessia da balsa entre Lucena e Cabedelo

Manifestantes cobram resolução para sumiço de Riquelme e Diego, jovens moradores da região de Lucena. Eles saíram de casa na segunda-feira (7) e não voltaram mais.

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Foto: Reprodução/Redes Sociais

Moradores de Lucena protestaram na manhã desta quinta-feira (10), contra o desaparecimento de dois jovens na região. Segundo os manifestantes, Riquelme e Diego saíram de casa para sacar dinheiro e não retornaram mais. O ato interditou a travessia de veículos através da balsa que liga os municípios de Lucena e Cabedelo.

Durante a manifestação, a população ateou fogo em pneus e galhos de árvores e fecharam o local de embarcação da balsa, na areia da praia. Por causa do bloqueio, funcionários de empresas de outras localidades da Grande João Pessoa que precisam do serviço de transporte não foram trabalhar nesta quinta-feira (10).

Ainda segundo informações repassadas pela família, Riquelme e Diego foram vistos pela última vez na segunda-feira (7), em Cabedelo. Eles teriam pego a balsa para retornar a Lucena quando teriam sido abordados, retirados de lá, levados para o Jardim Manguinhos e desapareceram.

Os manifestantes cobram das forças públicas de segurança prioridade na investigação do caso. Eles alegam que os desaparecidos não tem envolvimento com o crime e citam o descaso da polícia para notícias sobre o paradeiro dos jovens.

 




Governo Maduro diz que EUA arquitetaram “tentativa de golpe na Venezuela”

A declaração do chanceler veio em resposta ao reconhecimento pela Casa Branca da vitória de Edmundo González, candidato da oposição

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Maduro expulsou diplomatas que questionaram vitória na Venezuela
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Maduro expulsou diplomatas que questionaram vitória na Venezuela

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, fez graves acusações contra os Estados Unidos nesta sexta-feira (2), alegando que Washington estaria colaborando com a oposição venezuelana para um golpe de Estado. A declaração do chanceler veio em resposta ao  reconhecimento pela Casa Branca da vitória de Edmundo González, candidato da oposição, nas eleições de domingo (28).

“A Venezuela rejeita as graves, e, mais ainda, ridículas declarações, atribuídas ao secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, nas quais pretende assumir o papel do Poder Eleitoral venezuelano, demonstrando que o governo dos Estados Unidos está à frente do golpe de Estado que se pretende fazer contra a Venezuela, promovendo uma agenda violenta contra o povo venezuelano e suas instituições”, afirmou.

A crítica de Gil se deu após Blinken anunciar na quinta-feira (1°) que González, com base em “enormes evidências”, havia vencido a eleição. Blinken afirmou que a oposição havia fornecido aos Estados Unidos as atas eleitorais que confirmavam a vitória de González.

No entanto, o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) da Venezuela ainda não divulgou essas atas, alegando problemas no sistema causados por um ataque hacker “orquestrado pelos opositores”. O órgão, por sua vez, proclamou Nicolás Maduro como vencedor da eleição.

Posição do Brasil

O Brasil, juntamente com Colômbia e México, tem exigido a liberação das atas e a contagem dos votos por observadores internacionais.

Em resposta, Maduro anunciou que o Tribunal Supremo de Justiça, composto em grande parte por juízes indicados por ele, realizará uma auditoria dos votos com a participação da oposição.

Enquanto isso, a oposição acusa o governo venezuelano de agressões, ameaças e  prisões em represália às manifestações.

Neste sábado (3), estão previstos protestos em Caracas, com a presença de líderes opositores como María Corina Machado e Edmundo González. Mais de 1,2 mil pessoas foram presas por protestar após a eleição, e Maduro prometeu prender mais mil indivíduos.

Suprema Corte da Venezuela convocou, nesta quinta-feira (1º) os 10 candidatos à presidência a participarem nesta sexta (2) às 15h (horário de Brasília), da auditoria das eleições. @maduro via Fotos Públicas

1/7 Suprema Corte da Venezuela convocou, nesta quinta-feira (1º) os 10 candidatos à presidência a participarem nesta sexta (2) às 15h (horário de Brasília), da auditoria das eleições. @maduro via Fotos Públicas
Os integrantes da Suprema Corte foram indicados por Maduro, apontado como vencedor do pleito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). RS via Fotos Publicas

2/7 Os integrantes da Suprema Corte foram indicados por Maduro, apontado como vencedor do pleito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). RS via Fotos Publicas
Segundo o presidente, a maior instância da Justiça venezuelana é a única que tem o poder de auditar o resultado das eleições e conferir os resultados do CNE. RS via Fotos Publicas

3/7 Segundo o presidente, a maior instância da Justiça venezuelana é a única que tem o poder de auditar o resultado das eleições e conferir os resultados do CNE. RS via Fotos Publicas
De acordo com a Suprema Corte, todos os presidenciáveis devem apresentar suas contagens de votos ao tribunal. RS/via Fotos Publicas

4/7 De acordo com a Suprema Corte, todos os presidenciáveis devem apresentar suas contagens de votos ao tribunal. RS/via Fotos Publicas
A oposição de Maduro, liderada por María Corina Machado e por Edmundo González, contesta o resultado do CNE. RS/via Fotos Publicas

5/7 A oposição de Maduro, liderada por María Corina Machado e por Edmundo González, contesta o resultado do CNE. RS/via Fotos Publicas
A  comunidade internacional também questiona o resultado do pleito. Eles acusam a falta de transparência da autoridade eleitoral venezuelana. Rede Social Nicolás Maduro

6/7 A comunidade internacional também questiona o resultado do pleito. Eles acusam a falta de transparência da autoridade eleitoral venezuelana. Rede Social Nicolás Maduro
Edmundo González e María Corina Machado  sofrem ameaças de prisão desde que contestaram o resultado das eleições. RS/via Fotos Publicas

7/7 Edmundo González e María Corina Machado sofrem ameaças de prisão desde que contestaram o resultado das eleições. RS/via Fotos Publicas




Protestos na Venezuela após reeleição de Maduro deixam mortos e feridos

Segundo os jornais da Venezuela, duas pessoas morreram por causa dos protestos, já o jornal espanhol El Mundo confirma sete mortos em todo o país

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Protestos na Venezuela ganham força após a reeleição de Maduro
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Protestos na Venezuela ganham força após a reeleição de Maduro

Após a oficialização da reeleição de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela , o país enfrente protestos nesta terça-feira (30). As manifestações não pacíficas já mortos, feridos e presos por todo o país. A população venezuelana  exige maior transparência sobre os números das urnas apresentados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), autoridade eleitoral.

Segundo os jornais da Venezuela, há dois mortos por causa dos protestos, já o jornal espanhol El Mundo confirma sete mortos em todo o país. Mais duas mortes foram contabilizadas por ONGs.

A contagem de mortes se tornou difícil durante os protestos que varreram o país devido à repressão das forças de segurança contra as manifestações. A ONG Foro Penal reportou uma morte no estado de Yaracuy, enquanto o jornal El País mencionou uma vítima em Zulia. O periódico argentino La Nación também citou uma pessoa falecida na cidade de Maracay, no estado de Aragua. O El Mundo, por sua vez, corroborou com fontes independentes as mortes em Yaracuy, Zulia, Maracay e Caracas. Diversas fontes confirmam que dezenas de pessoas foram presas.

Durante os protestos, as forças de segurança venezuelanas utilizaram gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os manifestantes, que se opunham à reeleição de Maduro. Em algumas áreas, como bairros de Caracas e a cidade de Carabobo, foram registrados disparos de armas de fogo.

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, divulgou em suas redes sociais que pelo menos 749 pessoas foram detidas durante os protestos: “A quem se atrever a sugerir que ontem foram manifestações pacíficas, informo que em consequência da violência desencadeada por estes atos, 48 ​​responsáveis, entre militares e polícias, ficaram feridos”, afirmou em suas postagens.

O Ministério Público da Venezuela declarou que as manifestações estão sendo monitoradas, e que pode prender quem realizar atos de violência. As ONGs que atuam no país, por sua vez, apontam que quatro pessoas morreram e outras 44 ficaram feridas durante as demonstrações.

Ainda, ao menos cinco estátuas de Hugo Chávez, o falecido socialista que liderou a Venezuela durante mais de uma década, foram derrubadas pelos manifestantes.
Nicolás Maduro, reeleito para um terceiro mandato de seis anos, denunciou uma tentativa de golpe de Estado “de caráter fascista e contrarrevolucionário”.

O ministro da Defesa, Vladimir Padrino, informou que 23 militares ficaram feridos durante os protestos.

A oposição, liderada por María Corina Machado, denuncia fraude nas eleições e alega ter “como provar a verdade”. Segundo os oposicionistas, o pleito foi vencido por Edmundo González Urrutia no domingo.

Segundo Machado, após acessar cópias de 73% das atas de apuração, projeta-se uma vitória de 6,27 milhões de votos contra 2,75 para Maduro.




Fórum dos Servidores do Estado da Paraíba, convoca servidores para protestos nesta-feira.06,

O SINDICATO DOS SERVIDORES DA POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DA PARAÍBA (SINDSPOL-PB), integrante do Fórum dos Servidores do Estado da Paraíba, convoca os Servidores Públicos em geral para participarem de um café da manhã em frente à Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba, em protesto pela reposição salarial de 5% concedida pelo Governador João Azevedo (PSB). Os sindicatos que compõem o Fórum reivindicam diálogo com o governador e uma reposição de, no mínimo, 21% da administração do governo João.

“Não ao reajuste de 5%!

SINDSPOL-PB NA LUTA!”

“Nossa intenção é dar dignidade aos nossos policiais que arriscam a vida pela população e, ao se aposentar, perdem metade do salário. Somos a polícia mais mal paga do Brasil e a que apresenta os melhores resultados”, disse  Dr. Antônio Erivaldo de Sousa Presidente da (SINDSPOL-PB)

Além da defasagem, um outro grande problema enfrentado pela categoria são as perdas salarias, o que faz com que muitos profissionais continuem trabalhando quando já poderiam estar aposentados. Essas perdas ultrapassam 50% do salário recebido enquanto o policial está na ativa.

Essas perdas podem ocorrer em casos de afastamento, também, como acidente no trabalho, e mesmo um policial recém ingresso na instituição pode ficar sujeito a uma defasagem salarial no momento que mais precisa.

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França prende mais de 1,3 mil após protestos

França prende mais de 1,3 mil após protestos: o que você precisa saber sobre as manifestações. Foto: Reprodução

Por Sana Noor Haq, Joshua Berlinger, Tara John, Barry Neild e Xiaofei Xu, da CNN

A França foi abalada por uma onda de protestos depois que um jovem de 17 anos foi baleado e morto pela polícia perto de Paris na terça-feira (27), provocando a proibição de manifestações em algumas cidades, alertas contra viagens e reacendendo um debate sobre o excesso de policiamento em comunidades marginalizadas.

Durante os protestos, veículos foram incendiados e prédios depredados. Houve confronto entre policiais e manifestantes. Mais de 1.300 pessoas foram presas e mais de 200 policiais ficaram feridos.

A agitação gerou uma resposta à crise do presidente francês Emmanuel Macron, que realizou uma reunião de emergência com ministros enquanto tenta superar as divisões e unir o país em seu segundo mandato.

Abaixo, a reportagem reúne o que você precisa saber sobre a situação na França.

O que causou os protestos na França?

Um policial matou a tiros o adolescente Nahel, que era de ascendência argelina, durante uma blitz no subúrbio parisiense de Nanterre, no início desta semana.

Imagens do incidente mostraram dois policiais parados do lado do motorista do carro, sendo que um disparou sua arma contra o jovem, apesar de não parecer enfrentar nenhuma ameaça imediata.

O policial disse que disparou porque estava com medo de que o menino atropelasse alguém com o carro, informou o promotor de Nanterre, Pascal Prache.

Prache pontuou que se acredita que o policial agiu ilegalmente ao usar sua arma. Atualmente, ele está enfrentando uma investigação formal por homicídio e foi colocado em prisão preventiva.

O que aconteceu desde então?

Os manifestantes carregavam cartazes que diziam “a polícia mata” e centenas de prédios do governo foram danificados, enquanto a morte de Nahel aumenta a raiva pelo preconceito racial no país.

Noites sucessivas de violência em toda a França e seus territórios ultramarinos, por sua vez, levaram as autoridades francesas a lançar uma repressão.

Mais de 40 mil policiais foram mobilizados para patrulhar cidades em todo o país, 1.311 pessoas foram presas e mais de 200 policiais ficaram feridos.

Somente em Paris, 5 mil agentes de segurança foram mobilizados. Os oficiais receberam poderes para reprimir tumultos, fazer prisões e “restaurar a ordem republicana”, disse o ministro do Interior francês, Gerard Darmanin.

Ele disse que 2.560 incêndios foram relatados em vias públicas, com 1.350 carros queimados, e que houve 234 incidentes de danos ou incêndios em edifícios.

Qual o impacto para Macron?

Macron pediu 100 dias pacificar o país e restabelecer sua presidência após semanas de protestos contra as impopulares reformas previdenciárias no início deste ano.

Mas as esperanças de uma redefinição agora provavelmente serão prejudicadas pelos protestos generalizados.

Além disso, não passou despercebido que o presidente francês Emmanuel Macron foi a um show de Elton John na quarta-feira (28), enquanto carros queimavam e prédios eram destruídos em todo o país.

O governo está trabalhando para evitar uma repetição de 2005, quando a morte de dois adolescentes que se escondiam da polícia desencadeou um estado de emergência em meio a três semanas de tumultos.

Macron interrompeu sua participação na cúpula do Conselho Europeu em Bruxelas, que deveria durar até sexta-feira.

Ele anunciou a proibição de todos os “eventos de grande escala” na França, incluindo “eventos comemorativos e numerosas reuniões”, e implorou aos pais que mantivessem seus filhos em casa, dizendo que um terço das pessoas detidas durante a noite eram jovens.

O chefe de Estado também pediu que as plataformas de rede social ajudem a reprimir as manifestações, solicitando ao TikTok e ao Snapchat que retirem o “conteúdo mais sensível” e identifiquem usuários que usam “redes sociais para pedir desordem ou exacerbar a violência”.

Questões sobre preconceito foram levantadas

Ativistas acreditam que a raça de Nahel foi um fator para sua morte, revelando tensões profundas sobre a discriminação policial contra comunidades minoritárias na França.

O secularismo – conhecido como “laïcité” em francês – é um fundamento da cultura francesa, pois busca defender a igualdade para todos, apagando “marcadores de diferença”, incluindo raça.

Mas muitos negros na França dizem que têm mais probabilidade de serem vítimas da brutalidade policial do que os brancos.

Um estudo de 2017 da Rights Defenders, uma organização independente de direitos humanos na França, descobriu que jovens considerados negros ou árabes tinham 20 vezes mais chances de serem parados pela polícia do que seus pares.

Acusações de brutalidade há muito atormentam a polícia francesa. O Conselho da Europa criticou o “uso excessivo da força por agentes estatais” em um comunicado no início deste ano durante protestos contra as impopulares reformas previdenciárias de Macron.

Grupos de direitos humanos, como a Anistia Internacional, acusaram a polícia francesa de discriminação étnica e recomendaram reformas profundas e sistêmicas para lidar com a discriminação.

A ONU pediu à França que aborde “questões profundas de racismo e discriminação na aplicação da lei”, nos primeiros comentários da agência desde o assassinato.

Em comunicado divulgado na sexta-feira (30), um porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos instou as autoridades francesas a “garantir que o uso da força pela polícia para lidar com elementos violentos em manifestações sempre respeite os princípios de legalidade, necessidade, proporcionalidade, não discriminação, precaução e responsabilidade.”

O Ministério das Relações Exteriores da França posteriormente rejeitou os comentários da ONU, dizendo: “A França e suas forças policiais lutam com determinação contra o racismo e todas as formas de discriminação. Não pode haver dúvidas sobre esse compromisso”.

“O uso da força pela polícia nacional e gendarmaria [uma força de segurança] é regido pelos princípios de absoluta necessidade e proporcionalidade, estritamente enquadrados e controlados”, acrescentou o ministério.

É seguro viajar para a França?

Com o início da alta temporada de viagens, vários países emitiram avisos severos para aqueles que visitam a França, onde as redes de transporte doméstico foram interrompidas.

O Ministério do Interior anunciou que o transporte público, incluindo ônibus e bondes, fecharia em todo o país às 21h (hora local), antes de uma quarta noite de protestos.

Toques de recolher limitados foram impostos em Clamart e Neuilly-sur-Marne, enquanto alguns serviços de ônibus foram interrompidos em Paris, mas o sistema de metrô estava operando normalmente. A estação ferroviária Nanterre-Préfecture foi fechada.

Em Lille, os serviços de ônibus e bondes funcionaram próximo do normal na sexta-feira, com alguns desvios.

Na cidade de Marselha, no sul, o transporte público deveria interromper os serviços às 19h.

Não houve interrupção no serviço Eurostar que liga Londres, Lille e Paris como resultado dos protestos. Os trens intermunicipais franceses também não são afetados.

Mais adiante, o Departamento de Estado dos EUA emitiu um alerta de segurança em 29 de junho, que incluía a França. Ele sugeriu monitorar os meios de comunicação para atualizações.

Enquanto isso, a Grã-Bretanha emitiu um alerta de viagem instando os turistas a “monitorar a mídia” e “evitar áreas onde estão ocorrendo tumultos”.

As autoridades alemãs também aconselharam seus cidadãos a “se informarem sobre a situação atual onde você está hospedado e evitar locais de tumultos violentos em grande escala”.

*Dalal Mawad, Niamh Kennedy e Lindsay Isaac, da CNN, contribuíram para esta reportagem




Ministro do STF defende respeito a atos antidemocráticos ‘pacíficos

André Mendonça destacou que vê como legítimos os protestos que respeitem os “direitos fundamentais das outras pessoas”

André Mendonça, ministro do STF
Reprodução/Twitter

André Mendonça, ministro do STF

André Mendonça, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou que as  manifestações antidemocráticas que estão sendo realizadas após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência devem ser respeitadas.

De acordo com o ministro, os atos de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) que não aceitaram o resultado do pleito eleitoral devem ser respeitados desde que aconteçam sob uma ordem pacífica.

“O papel de todos nós é de serenidade, de respeitar essas manifestações pacíficas. E ao mesmo tempo buscar gerar uma pacificação no ambiente nacional que nos ajude a desenvolver e olha pro futuro numa boa perspectiva”, disse mendonça a jornalista após participar de um evento no Rio de Janeiro.

“Logicamente que são ideais que as vezes se contrapõem num cenário eleitoral. Mas precisamos agora sentar e trabalhar para ajudar o Brasil”, ressaltou. Ele completou afirmando que vê os protestos como legítimos desde que respeitem os “direitos fundamentais das outras pessoas.”

Uma atualização da PRF ( Polícia Rodoviária Federal ) divulgada por volta das 15h30 informou que ainda eram registradas 15 interdições (fluxo parcialmente interrompido) e 4 bloqueios nas rodovias brasileiras por conta das manifestações de bolsonaristas.

Três dos bloqueios acontecem no estado do Mato Grosso, nos municípios de Bom Jesus do Araguaia, Campos de Júlio e Sapezal. Um outro bloqueio acontece em Rio do Sul, em Santa Catarina.

Nesta segunda-feira, agentes da PRF que realizavam uma operação para desbloquear um trecho da BR-163  foram agredidos com pedradas e tiros no município de Novo Progreso, no Pará.

De acordo com a PRF, o ponto estava sendo “obstruído por manifestantes”. A entidade afirmou, em tweet, que uma criança passou mal durante o confronto, foi socorrida e passa bem. O órgão também comunicou que um policial rodoviário federal foi ferido pelos manifestantes.

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A onda de protestos na Europa contra novos lockdowns e exigência de vacina

Manifestantes criticam governantes pela condução da pandemia, com adoção de novas medidas duras contra circulação de pessoas. Por outro lado, autoridades afirmam que movimentos antivacina têm sido responsáveis por atos violentos e aumento de infecções.

Covid: a onda de protestos violentos na Europa contra novos lockdowns e exigência de vacina
Reprodução: BBC News Brasil

Covid: a onda de protestos violentos na Europa contra novos lockdowns e exigência de vacina

Há poucos meses, os casos de covid-19 na Europa caíram para um dos patamares mais baixos desde o início da pandemia.

Só que nesta semana surgiu uma onda de protestos violentos em cidades europeias contra medidas adotadas por governantes contra o avanço do coronavírus. Há críticas à exigência de vacinas e às novas medidas duras contra aglomeração e circulação de pessoas.

Na Holanda, por exemplo, manifestantes queimaram carros e entraram em confronto com policiais munidos de pedras e fogos de artifício. Em resposta, os agentes de segurança usaram cassetetes, cães, cavalos, canhões d’água e balas de borracha. Foram noites de “pura violência”, descreveu o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte.

Manifestantes queimam moto em Rotterdam

Sven Simcic – Video In Verzet/Reuters
Manifestantes na Holanda lançaram pedras e fogos de artifício contra a polícia

Na Bélgica, grandes marchas começaram pacíficas, mas acabaram em vandalismo e confronto entre manifestantes e policiais, que responderam com gás lacrimogêneo e canhões d’água.

Na Áustria, cerca de 40 mil pessoas se reuniram em um protesto em Viena organizado pela sigla de direita Partido da Liberdade.

Polícia da Bélgica usa canhão d'água contra manifestantes

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Polícia da Bélgica usa canhão d’água contra manifestantes

Protestos semelhantes foram registrados em outros países, como Itália, Dinamarca e Croácia.

O que há por trás de tanta fúria?

Em resumo, a adoção de novas restrições à circulação de pessoas por causa do aumento de casos de covid-19.

Pessoa injeta vacina no braço de outra

EPA
Vacinação se tornará obrigatória na Áustria

A Holanda impôs um lockdown parcial de três semanas depois de registrar um aumento recorde no número de infecções. Bares e restaurantes devem fechar mais cedo, e aglomerações foram proibidas em eventos esportivos.

As regras sobre máscaras foram endurecidas na Bélgica, incluindo em lugares como restaurantes, onde os passaportes de vacina já são exigidos. Além disso, a maioria das pessoas terá que trabalhar em casa quatro dias por semana até meados de dezembro.

Medidas semelhantes foram adotadas ou estão prestes a ser introduzidas em outros países da região, como Alemanha, Grécia e República Tcheca.

A Áustria, no entanto, tomou as medidas mais drásticas.

Além de um lockdown nacional completo, que exige que as pessoas permaneçam em casa, exceto por motivos essenciais, a Áustria se tornou o primeiro país europeu a tornar a vacinação contra covid-19 uma exigência legal a partir de fevereiro de 2022.

Apesar da forte oposição, o chanceler austríaco, Alexander Schallenberg, disse que as medidas eram necessárias por causa de opositores à vacinação.

“Incitados por antivacinas radicais, por notícias falsas, muitos entre nós não foram vacinados”, disse Schallenberg. “O resultado são UTIs superlotadas e enorme sofrimento.”

Por que as restrições à circulação de pessoas estão sendo adotadas agora?

infográfico sobre disparada de casos de covid na europa

BBC

As novas regras são uma resposta a um grande aumento de casos da covid-19 na Europa.

Apesar de ter uma alta porcentagem da população totalmente vacinada, em comparação com muitas partes do mundo, a Europa viu o número de pessoas com diagnóstico positivo disparar nas últimas semanas.

Alemanha e Holanda registraram um aumento de quatro vezes no número de casos semanais desde o mês passado, e as taxas austríacas estão cinco vezes mais altas.

Hans Kluge, diretor-regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a Europa, disse à BBC que mais 500 mil mortes poderiam ser registradas até março de 2022, a menos que fossem adotadas ações urgentemente. “Estou muito preocupado com a situação atual.”

Kluge apoia a ampla maioria de medidas adotadas pelos países europeus, como a exigência do uso de máscara e de comprovantes de vacinação em lugares fechados.

Mas, para ele, a obrigatoriedade da vacina, como planejada pela Áustria, deve ser vista como um “último recurso”. Kluge defende um “debate jurídico e social” sobre o assunto.

Por que os casos aumentaram tão drasticamente na Europa?

Policial checa status de vacinação

EPA
Passaportes de vacina são adotados em diversos países da região

A resposta parece estar em uma combinação de diversas razões.

Segundo Kluge, da OMS, fatores como a aproximação do inverno, uma taxa de cobertura vacinal insuficiente para conter o avanço do coronavírus e o domínio regional da variante Delta, que é mais transmissível, estão por trás da disseminação.

Muitos países europeus flexibilizaram as restrições da covid-19, como distanciamento social e regras sobre o uso de máscaras, no início deste ano, conforme o número de casos caiu e os níveis de vacinação aumentaram.

Mas mesmo entre as pessoas vacinadas, a variante Delta mostrou que ainda pode se espalhar rapidamente conforme as pessoas voltam a situações em que estão em contato próximo umas com as outras.

As mortes por covid-19 também estão aumentando rapidamente?

Profissional de saúde trata paciente com covid em hospital da Antuérpia

Reuters
Vacinas têm salvado muitas vidas ao redor do mundo

Parece haver algumas boas notícias em relação a isso, pelo menos. As vacinas têm evitado que muitas pessoas adoeçam gravemente e morram.

No início da pandemia, os aumentos de casos foram acompanhados por um rápido aumento no número de pessoas morrendo, mas após o surgimento das vacinas, muito menos pessoas estão morrendo da doença em comparação com o número de pessoas infectadas.

A Áustria, por exemplo, registrou no fim de 2020 um pico de 800 infecções e 14 mortes por 1 milhão de habitantes. Agora, registra cerca de 1.400 infecções e menos de 5 mortes por 1 milhão de habitantes.

Além disso, há relatos de médicos que apontam uma proporção muito mais alta de pessoas não vacinadas nas UTIs, em relação às vacinadas. Em alguns hospitais, há praticamente apenas pessoas não vacinadas internadas.

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Duas pessoas são mortas durante protestos contra golpe militar no Sudão

Comitê Central de Médicos Sudaneses afirmou que manifestantes foram mortos a tiros pelas tropas na cidade gêmea da capital Cartum, Omdurmã, durante protestos

Duas pessoas são mortas durante protestos contra golpe militar no Sudão
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Duas pessoas são mortas durante protestos contra golpe militar no Sudão

Forças militares mataram duas pessoas a tiros durante protestos nacionais no  Sudão neste sábado (30), informou um comitê de médicos. Centenas de milhares de pessoas exigiram a restauração do governo liderado por civis após um golpe militar.

O Comitê Central de Médicos Sudaneses afirmou que dois manifestantes foram mortos a tiros pelas tropas na cidade gêmea da capital Cartum, Omdurmã, durante protestos. Uma testemunha em Omdurmã disse que ouviu barulho de tiros e viu pessoas sangrando sendo carregadas na direção do prédio do Parlamento.

Um representante do Exército do Sudão não estava disponível para comentar o relato sobre as mortes.Manifestantes carregaram bandeiras do Sudão e cantaram “governo militar não pode ser elogiado” e “este país é nosso e nosso governo é civil”, enquanto marchavam em bairros ao redor de Cartum.

Milhares de sudaneses já haviam se manifestado esta semana contra a deposição do primeiro-ministro, Abdallah Hamdok, na segunda-feira (25) pelo general Abdel Fattah al-Burhan, em um golpe que levou nações ocidentais a congelarem centenas de milhões de dólares em assistência financeira.

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Agência Brasil



Confusão com PM armado interrompe protesto pela morte de motoboy morto em acidente, em Manaíra

O protesto de motoboys nessa terça-feira (21), pedindo justiça no caso da morte de Kelton Marques, morto no sábado (11) após ser atropelado por um veículo em alta velocidade, foi interrompido por um policial militar à paisana armado. Imagens nas redes sociais mostram a confusão já instalada e o policial com a arma em punho discutindo com um dos motoboys.

O Corregedor Geral da Polícia Militar, Tenente-Coronel Severino do Ramo Gerônimo de Araújo, afirmou , que receberá um relatório do Batalhão de Policiamento de Motos (Bepmotos) para analisar e então determinar as providências que deverão ser adotadas. Ele também comentou que a corregedoria está disponível para receber os motociclistas e ouví-los, assim como o policial, que não teve a identidade divulgada, deverá apresentar sua versão do fato.

“No nosso entendimento, assim como o BepMotos falou, a situação foi controlada no local e a Polícia Militar vai tomar todas as providências e medidas necessárias”, disse.

O motoboy que aparece no vídeo discutindo com o motorista afirma que o protesto acontecia de forma pacífica, quando o homem apareceu já agressivo e com arma na mão. “Ele saiu do carro e queria passar ‘na tora’ no meio do protesto. Abrimos espaço para as pessoas passarem, mas quem chega e fala, mas ele já chegou com a arma na mão”, disse.

O homem afirmou que não percebeu que o policial estava armado e que também não sabe dizer se ele estava com uma criança no veículo, como chegou a ser informado. “Independente disso, o comportamento dele foi errado. Os policiais contiveram a situação e o intuito foi tirar o policial de lá, e nós seguimos com a manifestação. A nossa manifestação é pacífica, o intuito é de prender esse camarada não quer medir forças com ninguém, mas procurando resolver caso de uma pessoa que matou um amigo nosso de trabalho”, comentou.




“Não admitiremos qualquer retrocesso”, diz presidente do Senado sobre protestos

O chefe do Congresso, Rodrigo Pacheco, concedeu entrevista uma exclusiva ao jornal O Globo na qual diz respeitar as manifestações programadas para o dia 7 de setembro e revela contato com Forças Armadas para tentar evirar uma ruptura democrática

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG)
Pedro Gontijo/Senado Federal

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG)

O  líder do Congresso Nacional e presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), vem monitorando as convocações para manifestações no dia 7 de setembro em favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em entrevista ao jornal O Globo, ele diz respeitar os protestos populares, mas estar atento aos riscos de ruptura democrática que possam surgir, vindo das Forças Armadas, por exemplo, com quem revelou manter contato.

“São instituições maduras, com um patriotismo muito forte e com obediência absoluta ao estado democrático de direito. Nesta semana, estarei no comando da Aeronáutica novamente para conversar com os brigadeiros, a convite do Alto Comando da Aeronáutica. Tenho mantido esse contato constante com essas instituições e vejo nelas uma obrigação de defesa do Brasil. Nós não admitiremos qualquer retrocesso e tenho certeza que também esse será o papel das Forças Armadas”, disse Pacheco.

Caso considere necessário, o líder do Congresso Nacional afirma ainda que poderá se pronunciar em defesa das instituições, como vem fazendo nos últimos meses. Na semana passada, ele  arquivou um pedido de pedido de impeachment apresentado por Bolsonaro contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

“Manifestações são próprias da democracia. Temos que respeitá-las, mas manifestações que tenham como objetivo retroceder a democracia, pretender intervenção militar ou a ruptura institucional ferindo a Constituição devem ser repelidas no campo das ideias”, afirmou.

Sobre policiais militares estarem aderindo fortemente aos convites de participação dos atos no feriado de 7 de setembro,  mesmo contra regimentos internos, como no caso do Estado de São Paulo, Pacheco também comentou sua opinião.

“Se eu disser que conheço todas as Polícias Militares, vou estar mentindo, mas conheço algumas, em especial a de Minas Gerais e a de São Paulo. Sei que são corporações absolutamente conscientes, muito respeitadas pela sociedade, cumpridoras dos seus deveres e defensoras da democracia”.

www.reporteriedoferreira.com.br   – Com informações do jornal O Globo.