STF mantém aposentadorias e pensões a ex-governadores e viúvas da PB e mais 8 estados

A maioria do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter o pagamento de aposentadorias e pensões a ex-governadores ou seus dependentes em ao menos nove estados, dentre eles a Paraíba, por elas terem sido concedidas antes de a prática ser considerada inconstitucional pela Corte.

Prevaleceu, portanto, a divergência aberta pelo ministro Gilmar Mendes, para quem, nos casos questionados, há direito adquirido aos vencimentos. Em seu voto, o ministro escreveu que as pensões devem ser mantidas “em virtude da garantia constitucional da segurança jurídica”.

Têm direito, pelo entendimento do STF, à aposentadoria como ex-governadores o atual prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), além do farmacêutico Ricardo Coutinho (PT), o consultor jurídico Cássio Cunha Lima (PSDB) e o secretário de Governo da Paraíba, Roberto Paulino (MDB). Cícero, Ricardo e Roberto recorreram ao STF para voltar a receber o benefício quando a corte o suspendeu. Entre as viúvas, serão contempladas Glauce Maria Navarro Buriti (que foi casada com o ex-governador Tarcísio Buriti); Myriam De Mello E Silva Cabral (Milton Cabral); Mirtes De Almeida Bichara Sobreira (Ivan Bichara); e a desembargadora Fátima Bezerra Maranhão (José Maranhão), apesar dela ter desistido de recorrer a esse pagamento.

Até o momento, acompanham Mendes os ministros Dias Toffoli, Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Nunes Marques, formando a maioria. Cármen Lúcia, relatora, e Luiz Fux foram os únicos que até agora votaram pela suspensão de todos os pagamentos. Restam apenas os votos de Luís Roberto Barroso e André Mendonça.

O assunto é julgado no plenário virtual, em que os ministros têm um período para votar remotamente. A sessão de julgamento está prevista para durar até as 23h59 de 20 de janeiro. Até lá, são possíveis mudanças de posicionamento. A análise pode ser também interrompida por pedido de destaque (remessa ao plenário físico) ou vista (mais tempo de análise).

Em diversos julgamentos ao longo dos últimos anos, o Supremo já derrubou dezenas de leis estaduais e municipais que previam o pagamento de aposentadorias ou pensões vitalícias a ex-governadores ou ex-prefeitos e seus dependentes.

Agora, contudo, a controvérsia diz respeito aos pagamentos que começaram a ser feitos antes da prática ser considerada inconstitucional.

Entenda

O pagamento das pensões antigas foi questionado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2020, por meio de uma arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF). O órgão alegou que a continuidade dessas aposentadorias e pensões viola princípios constitucionais como os de igualdade, impessoalidade e moralidade pública.

A PGR apontou haver notícia sobre o pagamento dessas aposentadorias e pensões em Santa Catarina, no Acre, Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Amazonas, em Rondônia, na Paraíba, em Sergipe e no Pará.

Isso ocorre porque, em alguns desses estados, como Santa Catarina, o governo decidiu aplicar o chamado efeito ex nunc – ou seja, apenas do julgado para frente – e manter os pagamentos das pensões que já estavam sendo feitos antes de o Supremo condenar a prática.

Em outros casos, como no Acre, o governo estadual informou haver uma batalha na Justiça estadual, com decisões favoráveis à manutenção dos pagamentos. Em estados como Minas Gerais e Pará, os pagamentos chegaram a ser suspensos, mas ainda são alvo de disputa.

Ao Supremo, a PGR pediu que fossem derrubadas todas as leis e normas ainda existentes que possam permitir qualquer pagamento de pensão a ex-governadores ou dependentes, bem como que qualquer pagamento ainda em prática fosse suspenso de imediato.

Votos

Em seu voto, que prevalece até o momento, Gilmar Mendes afirmou serem vigentes e válidos, em virtude da segurança jurídica, todos os atos administrativos que instituíram pensões vitalícias antes de o Supremo considerar a prática inconstitucional.

O entendimento se aplica aos nove estados em que benefícios antigos foram questionados pela PGR. O órgão não apontou a concessão de novas aposentadorias e pensões, além daquelas já concedidas antes de o Supremo declarar a inconstitucionalidade da prática.

Em voto vencido, a relatora, Cármen Lúcia, foi a favor da suspensão imediata de qualquer pagamento. “Aquele que não seja titular de cargo eletivo de Governador do Estado, tendo sido extinto o mandato, não pode receber do povo pagamento por trabalho que já não presta, diferente de qualquer outro agente público que, ressalvada a aposentação nas condições constitucionais e legais estatuídas, não dispõe desse privilégio”, escreveu a ministra.

InfoMoney




As pensões alimentícias mais caras pagas por celebridades

Neymar Jr. © Reprodução Instagram

Nem todo relacionamento segue a lógica do “felizes para sempre”, fazendo com que algumas pessoas acabem se divorciando. Nesse processo, se um filho nasceu do relacionamento, inicia-se o pagamento de pensões alimentícias para ele.

Enquanto muitos pais costumam fazer pagamentos mais modestos, algumas celebridades precisam desembolsar milhares de reais ou dólares por mês para suprir as necessidades de seus herdeiros. Aliás, é exatamente sobre algumas destas pensões afortunadas que falaremos a seguir.

1. Kelly Clarkson

Kevin Winter/Getty Images

Não são apenas os homens que devem pagar pensão para os seus filhos, e um dos casos que temos entre as celebridades é o da cantora Kelly Clarkson.

Após a separação do marido Brandon Blackstock, ela foi intimada a pagar uma pensão de US$ 45 mil por mês para que ele cuide de seus dois filhos. Somado a isso, a artista terá que repassar US$ 115 mil por mês ao marido como pensão até 31 de janeiro de 2024, além de ter concordado em fazer um depósito para Blackstock no valor de US$ 1,3 milhões.

2. Eddie Murphy

Amy Sussman/Getty Images

O ator e comediante se relacionou com a ex-Spice Girl, Mel B, com quem teve uma filha. Após um teste de paternidade confirmar a vinculação de Eddie Murphy com a garota, ele passou a pagar uma pensão de US$ 51 mil por mês para ajudar na criação da herdeira.

3. Brendan Fraser

Gerald Matzka/Getty Images

Brendan Fraser voltou a ganhar destaque na indústria cinematográfica após o seu sucesso em A Baleia (2022). Antes disso, ele havia revelado vários detalhes de sua vida pessoal, inclusive o divórcio com Afton Smith, com quem tem três filhos.

No auge da fama, ele pagava US$ 75 mil por mês para que ela pudesse cuidar das crianças, mas acabou recorrendo e diminuiu esse valor após alegar que não tinha como manter os mesmos pagamentos por conta da diminuição em seus trabalhos.

4. Neymar Jr.

Julian Finney/Getty Images

Neymar Jr. possui um filho de 11 anos, Davi Lucca, que é fruto de seu relacionamento com Carol Dantas. Segundo dados divulgados pela revista Forbes, o atleta tem um faturamento mensal de R$ 23 milhões somando tudo que arrecada com seus salários, publicidade e negócios em que possui investimentos.

Ainda segundo a revista, ele paga R$ 106 mil de pensão por mês a seu herdeiro.

5. Kanye West

Kevork Djansezian/Getty Images

O rapper foi casado com a influenciadora e empresária Kim Kardashian, com quem teve quatro filhos. Eles possuem custódia conjunta dos herdeiros, mas ainda assim West paga US$ 200 mil de pensão alimentícia e arca com metade dos gastos que envolvem despesas médicas, educacionais e segurança.

6. Brad Pitt

Frazer Harrison/Getty Images

Brad Pitt e Angelina Jolie têm seis filhos juntos. Durante o processo de divórcio do casal, Jolie alegou negligência financeira por parte de Pitt. A defesa dele, entretanto, rebateu a acusação dizendo que o ator paga U$ 1,3 milhões mensalmente em pensão para as crianças.

Além disso, o time provou que Pitt emprestou US$ 8 milhões para que Jolie comprasse uma casa para viver com as crianças.

7. Nick Cannon

Alberto Rodriguez/Getty Images

Nick Cannon é um cantor e compositor com uma história um pouco diferente. Ele possui 12 filhos com quatro mulheres diferentes, e um acordo informal com cada uma delas para providenciar valores para as necessidades financeiras dos herdeiros até atingirem a maioridade.

Dessa forma, ele tem um gasto anual de US$ 3 milhões com seus filhos, e diz não acreditar no sistema de pensão alimentícia exigido pelo governo. Para ele, é melhor manter uma aproximação maior das crianças e financiar aquilo que elas precisam de maneira direta.