Fernando Cunha Lima nega acusações de pedofilia e desdenha de vítimas: “estão atrás de dinheiro”

O médico Fernando Cunha Lima prestou depoimento na Delegacia de Crimes Contra a Infância e Juventude, em João Pessoa, nesta sexta-feira (06/09), após novas denúncias graves de pedofilia contra crianças.

Após ser ouvido pelas autoridades, o profissional de saúde deu declarações polêmicas à imprensa, desdenhando das vítimas que o acusam e negando qualquer envolvimento nos crimes alegados. Segundo ele, as vítimas estariam atrás de dinheiro.

Após a declaração, uma pessoa pede para que o médico deixe de falar.

Ele ainda negou as acusações, mas antecipou que está abandonando a medicina diante do escândalo.




Pedofilia: em áudio, esposa de Arthur Cunha Lima diz que acusou outras vítimas de armação e não enteados

maurílio júnior

@blogmauriliojunior recebeu na tarde desta sexta-feira (06/09) um áudio enviado pela esposa do Conselheiro do Tribunal de Contas da Paraíba (TCE-PB), Arthur Cunha Lima, Madalena Ribeiro, ao seu enteado Arthur Cunha Lima Filho, se justificando sobre as mensagens trocadas com o médico Fernando Cunha Lima, acusado de pedofilia, e o seu filho Fernando Cunha Lima Filho.

Conforme revelado mais cedo, Madelana acusa por meio de mensagens Gabriella Cunha Lima, filha de Arthur, de ter armado a acusação de abuso sexual contra o seu tio, o médico pediatra Fernando Cunha Lima. No áudio, se justificando, ela diz que as suas mensagens não teriam sido em referência aos filhos do seu esposo.

“Eu me referi a armação dessas pessoas que estão aparecendo agora, depois que houve esse pagamento que ele vai ter que fazer. Porque criança de 2 anos 3 anos, como é que uma mãe vai para um consultório com uma criança e vê a criança sendo abusada e não filma e não faz nada e depois de não sei quanto tempo é que vai acusar um médico. Eu me referi a isso, jamais eu me referi a vocês, a sua irmã, a ninguém, me referia em sentido dessas pessoas que estão aparecendo agora. Tudo bem que possa ter o que aconteceu com Gabriela com Carla com as outras, eu não me referia em momento algum a isso, em momento nenhum. Me referi a essas pessoas que estão aparecendo agora”, disse

O que aconteceu? 

A esposa do Conselheiro do Tribunal de Contas da Paraíba (TCE-PB), Arthur Cunha Lima, Madalena Ribeiro, disse que a filha dele, Gabriela Cunha Lima, mentiu e armou para incriminar o tio, a quem acusou de tê-la abusado sexualmente em 1991.

Em mensagens enviadas ao médico Fernando Cunha Lima e ao seu filho, Madalena, que é madrasta de Gabriela, presta solidariedade, diz que o marido está arrasado e que Gabriela Cunha Lima teria feito uma “armação”. O diálogo, o qual o @blogmauriliojunior teve acesso, foi divulgado pelo médico nesta sexta-feira (06/09), após ele prestar depoimento a Polícia Civil da Paraíba.

Madalena Ribeiro acusa os filhos de Arthur Cunha Lima de não respeitarem o quadro de saúde do pai. “Os filhos ultrapassaram o limite da falta de amor e cuidado com o pai. Ele está muito arrasado, aliás todo nós. Mais uma vez digo que isso foi armação”, escreveu.

As investigações ganharam novos desdobramentos após a denúncia de uma mãe, que acusou o médico de abusar de seu filho, um menino de três anos. Com essa nova acusação, o número de denúncias contra Cunha Lima subiu para dez.

O Ministério Público da Paraíba chegou a pedir à Justiça a prisão preventiva de Fernando Cunha Lima, mas o juiz José Guedes, da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, negou. O magistrado apenas determinou o bloqueio dos bens e afastamento das funções do pediatra.

Mensagem de Madalena para o médico Fernando Cunha Lima



Ministro Alexandre de Moraes proíbe PT de usar vídeos que associam Bolsonaro à pedofilia

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, acatou o pedido da campanha de Jair Bolsonaro e proibiu Luiz Inácio Lula da Silva de utilizar na propaganda eleitoral gratuita e nas redes sociais os vídeos que associam o presidente ao crime de pedofilia.

A medida ocorre depois de, em entrevista a um canal do YouTube, Bolsonaro ter usado a expressão “pintou um clima” ao se referir a adolescentes venezuelanas, com quem ele teve contato no Distrito Federal durante um passeio de moto. O assunto dominou as redes sociais durante os últimos dias e motivou a campanha bolsonarista a também promover anúncios pagos com a frase “Bolsonaro NÃO é pedófilo” na internet.

A proibição e a consequente retirada de posts da rede social atinge não só o presidenciável petista, como também sua esposa, Rosangela da Silva, a Janja, e a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do PT. Na sua decisão, o ministro prevê multa de 100 mil reais em caso de descumprimento.

“O contexto evidencia a divulgação de fato inverídico e descontextualizado. Não pode ser tolerada pelo TSE, notadamente por se tratar de notícia falsa divulgada no segundo turno da eleição presidencial. A divulgação tem aparente finalidade de vincular a figura de Bolsonaro ao cometimento de crime sexual”, disse Moraes em sua decisão.

www.reporteriedoferreira.com.br / Primeiras Noticias