Vital Farias foi grandioso demais Por Sérgio Botelho

Vital Farias foi grandioso demais
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Sérgio Botelho – A Paraíba perdeu, nesta quinta-feira, 06 de fevereiro, um de seus maiores gênios musicais, nascido em Taperoá, nos idos de 1943: Vital Farias. Fomos amigos nos idos da primeira metade década de 1970, especialmente na Universidade do Ponto de Cem Reis, também ocupado por um seu parceiro e amigo, o renomado Livardo Alves, onde corria solto os lamentos contra a ditadura brasileira.
Em João Pessoa, ainda, Vital Farias foi uma das figuras mais emblemáticas do velho Boiadeiro, de Bento da Gama, no Baixo Tambaú, que o inspirou na composição de uma de suas músicas, não muito divulgada, mas tão bela quanto todas as que fez, em letra e melodia.
No Sul, como não poderia deixar de ser, ele se transformou num dos nomes mais importantes da música brasileira – ganhando destaque, em memoráveis trilhas de novelas da Globo -, pela sua profunda ligação com a cultura popular e capacidade de traduzir, em versos e melodias, as paisagens, histórias e sentimentos do povo nordestino.
Vital Farias se notabilizou por um trabalho que valoriza a oralidade, a memória e a musicalidade do sertão. Suas composições trazem influências da cantoria de viola, do repente, do coco de roda e do forró, sempre com um refinamento poético emocionante.
A canção “Saga da Amazônia”, uma de suas obras mais emblemáticas, virou hino de denúncia contra o desmatamento e a exploração da Amazônia, sendo reconhecida como uma das mais impactantes composições sobre a questão ambiental no Brasil. Com versos fortes e uma narrativa dramática, a música reforça a preocupação do artista com temas sociais e ecológicos.
Seu estilo refinado no violão, aliado a letras poéticas e engajadas, faz dele um dos compositores mais respeitados da MPB. Apesar de ter mantido uma trajetória discreta nos últimos anos, sua obra continua a ser referência para novas gerações de músicos nordestinos e estudiosos da música popular brasileira.
Na Paraíba, Vital Farias deve ser lembrado como um dos artistas mais autênticos da terra, um defensor da cultura sertaneja e um narrador das belezas e desafios do Nordeste. Sua produção musical não apenas resgata e preserva as tradições populares, mas também dialoga com questões contemporâneas, mantendo sua relevância ao longo das décadas.
Seu nome está definitivamente inscrito entre os grandes da música brasileira, consolidando um legado que transcende o entretenimento, e também o episódico, e se firma como patrimônio cultural, representando o Nordeste em sua essência mais profunda.
Sua ida deixa em todos nós uma profunda saudade e um irreparável sentimento de perda!
Siga em paz velho trovador!
www.reporteriedoferreira.com.br Por Sérgio Botelho- Jornalista, poeta, escritor



Paraíba bate recorde nacional de reeleições municipais em 2024

De acordo com a Famup, apenas quatro municípios paraibanos registraram trocas no comando executivo

A Paraíba alcançou um marco inédito nas eleições municipais de 2024, registrando o maior percentual de reeleição de prefeitos entre os estados brasileiros com mais de cem candidatos à continuidade da gestão. Dos 111 prefeitos paraibanos que buscaram a reeleição, 107 foram reconduzidos ao cargo, alcançando um impressionante índice de 96%, conforme dados da Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup).

Entre os 107 prefeitos reeleitos, 105 garantiram a vitória já no primeiro turno. Nos maiores colégios eleitorais do estado, João Pessoa e Campina Grande, a disputa foi mais acirrada e avançou até o segundo turno, encerrado neste domingo (27), com a vitória dos atuais prefeitos Cícero Lucena e Bruno Cunha Lima.

Apenas quatro municípios paraibanos — Cuité, Lagoa de Dentro, Riacho dos Cavalos e Coremas — registraram trocas no comando executivo. Esse desempenho coloca a Paraíba em destaque nacional: dados divulgados nesta segunda-feira (28) pela Folha de São Paulo confirmam que o estado lidera em reeleições proporcionais no Brasil.

O recorde paraibano integra um fenômeno observado em todo o país. Em 2024, o Brasil registrou o maior índice de reeleição de prefeitos em duas décadas, com cerca de 80% dos candidatos à reeleição mantendo seus mandatos. No total, 2.571 prefeitos brasileiros foram reeleitos, superando o recorde anterior de 2008, quando 65% dos prefeitos foram reconduzidos aos cargos, totalizando 2.385 reeleições.




Anunciados novos incentivos e aumento para servidores da saúde na Paraíba

A medida beneficia mais de 9 mil servidores da SES, que já receberão os incentivos financeiros a partir de novembro

Anunciado novo concurso com 4,4 mil vagas na Paraíba; saiba mais
Anunciados novos incentivos e aumento para servidores da saúde na Paraíba (Foto: Divulgação)

Secretaria de Estado da Saúde (SES) iniciou o processo de adequação à Lei nº. 13.272/24, implementando o Incentivo de Desempenho e o Incentivo de Atividades Especiais para servidores das Unidades Assistenciais e Administrativas do SUS. A medida beneficia mais de 9 mil servidores da SES, que já receberão os incentivos financeiros a partir de novembro.

Além da implementação dos incentivos, a SES divulgou um aumento nos valores dos plantões SUS, conforme a Lei nº. 13.273/24. O secretário de Estado da Saúde, Arimatheus Reis, destacou que essa ação visa beneficiar todas as categorias, incluindo desde o pessoal administrativo até os médicos plantonistas. “Os valores dos plantões passarão de R$ 180 para até R$ 320, dependendo do nível e da categoria, podendo atingir até R$ 1.600 em plantões de finais de semana”, afirmou o secretário.

Reis ressaltou que essas medidas seguem as normatizações estaduais assinadas neste ano, garantindo o cumprimento das leis e o fortalecimento dos serviços de saúde. “Tudo entra em conformidade com as normatizações do governo, para valorizar a produção em cada unidade de saúde”, explicou. A readequação será feita de forma gradual, iniciando este mês com as unidades de assistência da rede estadual e, no próximo mês, beneficiando também os servidores da área administrativa.




“Que o processo eleitoral seja marcado pela paz e respeito”, pede governador João Azevêdo para eleitores na votação deste domingo

Governador também lembrou que os eleitores devem sempre respeitar as opiniões e votos divergentes. Além disso, João Azevêdo pediu respeito aos resultados das urnas.

João Azevêdo, Processo

João Azevêdo (Foto: Secom-PB/Arquivo)

“Que o processo eleitoral seja marcado pela paz, respeito e participação de todos”. Foi assim que o governador João Azevêdo (PSB) pediu que os paraibanos participem das Eleições deste domingo (6). A fala de João foi publicada no Instagram.

O governador também lembrou que os eleitores devem sempre respeitar as opiniões e votos divergentes. Além disso, João Azevêdo pediu respeito aos resultados das urnas.

“Paraibanos e paraibanas. Neste domingo teremos a oportunidade de exercer um dos maiores direitos que a democracia nos oferece: o voto. Nesse momento decisivo é fundamental que possamos fazer nossas escolhas com responsabilidade e consciência. Respeitando diferentes opiniões e principalmente o resultado que vier das urnas. Independente de posição política, o que nos une é o desejo de ver uma Paraíba cada vez mais forte e justa. Que o processo eleitoral seja marcado pela paz, respeito e participação de todos. Vamos fazer dessa eleição um exemplo de civilidade e democracia. Cada voto conta”, falou o governador.

Veja abaixo a postagem do governador:

 




Energisa abre 50 vagas para Jovem Aprendiz na Paraíba

A Energisa anunciou a abertura de 50 vagas para o programa Jovem Aprendiz na Paraíba, com oportunidades distribuídas entre as cidades de João Pessoa e Campina Grande. As inscrições podem ser feitas até o dia 11 de outubro, e o processo seletivo também é voltado para pessoas com deficiência (PCD), sem limite de idade, conforme o Decreto nº 11.479/2023.

O programa é destinado a jovens de 18 a 23 anos, com previsão de ingresso no mercado de trabalho nos próximos três meses. Os aprovados terão um contrato de dois anos, com direito a salário, benefícios e a participação em um curso técnico gratuito no Senai.

As inscrições devem ser realizadas online, através do portal do Grupo Energisa. Os interessados precisam acessar o site, selecionar o estado e escolher a opção “Programa de Aprendizagem”, preenchendo as informações solicitadas. O acompanhamento do processo será feito pelo e-mail informado no ato da inscrição.

Os principais requisitos para a candidatura incluem a conclusão do ensino médio, disponibilidade para atuar em horário comercial, de segunda a sexta-feira, e, no caso dos homens, a apresentação do comprovante de reservista.




” Na Paraíba ser doido tem que ter juízo” ; poetas que se foram e deixaram Saudades eternas!

Maria Isabel Bandeira Brasileira – Vasoura.

Natural de Gurinhém, residindo por várias décadas em Santa Rita (Grande João Pessoa) era muito conhecida dos pessoenses entre os anos 1960 e 1980. Portando um apito, calçando galochas, vestindo cores fortes e a bandeira nacional como manto, costumava montar sua égua e sair apitando pelo centro da cidade.

Ao ouvir as pessoas gritarem – vassoooura! – respondia-lhes de pronto:
É A MÃÃÃE SEU FELA DA PU..! Todos tinham medo dela.

Ninguém esquece a velha senhora, sem saltar do cavalo, adentrando o Palácio do Governo para cumprimentar o governador…

Não raro, dependendo da magnanimidade momentânea, ela autorizava a si o controle do tráfego em determinada esquina e – pasmem – os motoristas contribuíam obedecendo aos comandos de parar/prosseguir até que ela se retirasse.

Era uma situação hilariante para motoristas e pedestres, com a ressalva de nunca ter havido acidentes ou prejuízos.

A melhor história é contada por José de Arimatéa Santana em seu livro “Santa Rita e seus vultos folclóricos”.

Vassoura faleceu em 2000 no Lar da Providência, em João Pessoa.

PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS: Carboreto – Por Sérgio Botelho

 Nunca soube de onde aquele campinense de estatura baixa que fez fama em João Pessoa principalmente durante a década de 1980, conhecido como Carboreto, tirou o seu apelido. Sei que carbureto, assim, com ‘u’, é um derivado do carbono, inflamável, explosivo, produtor do gás acetileno, costumeiramente utilizado para apressar o amadurecimento de certas frutas, especialmente banana e abacaxi. Carboreto andava pelas ruas e bares e repartições e bancos de João Pessoa assim como faziam Mocidade, Vassoura e Caixa d’Água, guardadas as devidas aptidões de cada um deles. É dele a frase famosa “pra ser doido em João Pessoa é preciso ter muito juízo!”

Foto: reprodução

Nunca soube de onde aquele campinense de estatura baixa que fez fama em João Pessoa principalmente durante a década de 1980, conhecido como Carboreto, tirou o seu apelido. Sei que carbureto, assim, com ‘u’, é um derivado do carbono, inflamável, explosivo, produtor do gás acetileno, costumeiramente utilizado para apressar o amadurecimento de certas frutas, especialmente banana e abacaxi. Carboreto andava pelas ruas e bares e repartições e bancos de João Pessoa assim como faziam Mocidade, Vassoura e Caixa d’Água, guardadas as devidas aptidões de cada um deles. É dele a frase famosa “pra ser doido em João Pessoa é preciso ter muito juízo!”

Está se vendo que ele não era doido! Metido quase sempre em um terno, todo o tempo foi de trabalhar. Não digo que ele não pedisse de vez em quando algum recurso aos amigos para a sua sobrevivência. Mas quando o fazia, era de forma discreta. Por necessidade, exatamente. Era comum encontrá-lo com uma bolsa tipo 007 contendo bugigangas para vender. Vendia de tudo. Quando morreu, na primeira metade da década de 90, atropelado, em Tambaú, Carboreto estava trabalhando.

Portava um par de óculos com luz própria. Carboreto estava sempre apressado. O mais cruel é que havia conseguido, pouco antes, um emprego de assessor parlamentar na Assembleia Legislativa. Segundo dizem, emprego concedido pelo então deputado estadual Domiciano Cabral. Em João Pessoa, ele conhecia todo mundo, especialmente os boêmios, apesar de não ser um deles. Sem dúvida, a figura impressionava muito menos pelo porte e muito mais pela desenvoltura, pela força de vontade, uma espécie de caubói numa metrópole. Quando se sentia ameaçado, ou muito ironizado, Carboreto reagia.

DUAS FRASES DE CARBORETO QUE SE ETERNIARAM!  Se trabalhar não ganha dinheiro… Na Paraíba pra ser doido tem que ter juizo.

[ESPECIAL] Imortal da poesia paraibana, o poeta Caixa D’Água já faz pa

Poeta paraibano Manoel José de Lima, mais conhecido como Caixa D’Água, mantém tradição e amor à poesia em seus dezoito livros publicados

O poeta paraibano Manoel José de Lima, mais conhecido como Caixa D’Água, em entrevista publicada no Correio das Artes, um dos suplementos literários mais antigos do País, afirmou que “imortal é um homem que fica na lembrança”. O que justifica a capa da edição que homenageou o poeta, há exatos dois anos, em março de 2004, que estampa em letras garrafais – o imortal – para defini-lo.

Em João Pessoa, difícil é encontrar quem não o conheça. Aos 72 anos de idade, costuma ser visto por volta das sete da noite no Parque Sólon de Lucena, na Lagoa. É nessa hora que ele pode ser encontrado em uma tradicional banca de jornal do centro da cidade. Hábito que mantém há 40 anos.

Querido pelos proprietários, uma cadeira lhe é reservada, para que possa sentar-se em frente ao estabelecimento e calmamente fazer sua leitura diária. Jornais e revistas lhe fazem companhia por um bom tempo, e ele não tem pressa para terminar. Sai de casa por volta das três horas da tarde, “já almoçado”, como ele faz questão de lembrar, e circula pelas ruas centrais da cidade até por volta das dez da noite. Isso agora, porque nos bons tempos de boemia, não tinha hora para voltar.

Mas o espírito da noite e da boemia ainda lhe acompanham, e a única coisa que faz Caixa D’Água alterar sua rotina é o lançamento de livro ou algum evento ligado à literatura ou ao jornalismo. Nesses dias, é lá que ele vai ser encontrado, pois segundo afirma, são todos seus amigos, e faz questão de prestigiar.

Completa a atmosfera desses ambientes com o seu tradicional terno branco e sua maleta preta, onde carrega livros e os cigarros. “Eu não posso faltar. Eu conquistei a amizade de todos os meus colegas jornalistas, poetas e escritores, convivo com eles há muito tempo”, afirma, mostrando a seguir a Carteira de número 2238 da Associação Paraibana de Imprensa (API), onde está inscrito como colaborador.

Como tudo começou – Manoel José de Lima nasceu no dia 05 de janeiro de 1934, no interior da Paraíba, município de Cruz do Espírito Santo. Casado há 30 anos com Maria de Lúcia Oliveira, pai de três meninas, a mais velha atualmente cursa Direito. O mais novo de doze irmãos, três homens e oito mulheres. Hoje, apenas uma irmã ainda é viva, e ele lembra com saudades dos pais, a mãe dona de casa e o pai agricultor.

Ele conta que veio para João Pessoa em 1947, aos 13 anos, em companhia de uma irmã. Fez o curso primário, onde aprendeu a ler e escrever. Concluiu o curso ginasial, quando decidiu parar de estudar. Hoje, ainda mora na rua da Areia, centro da cidade, e costuma passear pela Ladeira da Borborema.

Recorda-se com carinho que o pai queria que ele fosse fazendeiro, enquanto a mãe preferia vê-lo médico. Nesse momento da narrativa, questiono se o traje branco tem algo a ver com o desejo da mãe. Ele desconversa. Da mesma forma que faz quando indagado sobre outras atividades que teria exercido ao longo dos seus 70 anos, além de escrever, e sobre o significado da alcunha, Caixa D’Água. Quando o assunto lhe desagrada, simplesmente muda o tom da conversa, e para isso não lhe falta imaginação.

Diz que médico não haveria de ser, porque tem “ódio” de hospitais, e que jamais desejou viver a experiência sofrida do homem do campo, como o pai. Aos 10 anos, com a morte da mãe, escreveu seu primeiro poema, “Caminho Perdido”. Faz um esforço para lembrar alguns versos, e conta que ele pode ser encontrado no livro de Tejo. Refere-se ao escritor paraibano Orlando Meira Tejo, que em seu clássico livro, “Zé Limeira, o Poeta do Absurdo”, dá o seguinte depoimento.“Presença sempre requisitada nas rodas intelectuais da capital paraibana, onde é querido e admirado, Caixa D’Água diz, invariavelmente:

– Sou o poeta Manoel José de Lima, o famoso Caixa D’Água. Na Paraíba, só quem anda de branco somos eu, José Américo de Almeida e Renato Ribeiro, mas Renato é só industrial e eu e José Américo somos grandes intelectuais.

Não sem algum esforço, ele lembra alguns versos do seu primeiro poema. “Se as noites envelhecessem./ Se meus olhos cegassem./ Se os fantasmas dançassem em blocos de neve./ Para que ensinassem./ O caminho por donde eu caminhei./ A cidade sem porta./ As ruas brancas de minha infância que eu não volto mais”.

Considera a poesia uma arte, e ama a literatura. Ama todos os escritores paraibanos, e costuma ler todos eles. Além de revistas e jornais. Cita Rachel de Queirós, Ernani Sátyro, José Américo de Almeida, Elísio Matos e o poeta Augusto dos Anjos. E cita também José Lins do Rego, que considera seu conterrâneo, pois segundo ele, “somos da mesma região”.

Caixa D’Água observa que “João Pessoa é a terra dos poetas e escritores. Agora, o que falta, na minha opinião, é ter o apoio dos governantes. Eles precisavam ajudar os escritores pobres, que não têm verba suficiente. Mas mesmo assim os escritores não deixam de escrever”.

Os livros – Já são dezoito livros publicados, todos graças aos seus esforços e alguma colaboração dos amigos. Está preparando o próximo, que espera poder lançar em junho, depois da festa de São João. O título do novo trabalho é “A profecia do profeta que deu certo”, um misto de poesia e histórias, onde ele irá narrar sua história de vida entre os 10 e 20 anos, época que segundo ele, tudo que profetizou acabou acontecendo.

Costuma levar seis meses para preparar um livro. “Primeiro, escrevo tudo à mão, depois passo à limpo”, explica um dos poetas mais populares de João Pessoa, que diz já ter nascido poeta. Publicou a primeira obra aos 18 anos, e costuma arquivar e guardar todas as reportagens que falam sobre ele ou sobre seus trabalhos publicados. Vaidoso, afirma que são muitos os registros.

Um registro – O cineasta paraibano Walter Carvalho realizou um documentário sobre a cidade de João Pessoa, “A Memória e a Cidade”, com suas memórias e olhares sobre o lugar que ele deixou há quase 40 anos. Para isso, ele ouviu e registrou depoimentos de algumas pessoas que considera importantes expressões locais. Uma delas é Caixa D´Água, que Walter afirma ser o continuador da poesia de Zé Limeira, o poeta do absurdo.

A entrevista – Caixa D’Água diz que os lugares que mais gosta em João Pessoa, são a Lagoa e a Praia de Tambaú, e o ClickPB escolheu uma das tradicionais mesas de um dos bares da Lagoa, para conversar com ele. À vontade, cumprimentando um conhecido aqui, outro ali, ele nos contou um pouco da sua vida.

Mas uma rápida interrupção, logo no início da conversa, nos dá a noção do quanto Caixa D’Água é conhecido e querido. Um advogado aparentando meia-idade, copo de cerveja na mão, se aproxima. Ele conhece o poeta desde a década de 80, e chega logo perguntando qual o assunto da entrevista. A preocupação do velho conhecido é motivada, segundo ele, pelo fato de que algumas pessoas, afirma, insistem em querer transformar o poeta Manoel José de Lima em figura folclórica. Esclarecidas as intenções, apenas contar sua história, o velho amigo dá-se por satisfeito e se retira. A conversa segue.

Lilla Ferreira
Clickpb

NÃO ME TOCs (II), por José Mário Espínola

O poeta Caixa d’Água e o tribuno Mocidade

Embora cidade grande e capital do Estado, João Pessoa teve um rico panteão de figuras folclóricas. Portadoras de manias que podiam ser classificadas como TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) também formaram um segmento social, como nas cidades pequenas.

Os que são da minha geração lembram bem de algumas figuras exóticas, ou esquisitas. Era o caso de Pão-de-Bico, que foi como apelidaram o Sr. João Ramalho. Padeiro, percorria a cidade empurrando seu carrinho tocando um realejo e apregoando os seus produtos: “Pão de bico, suíço e doce!” A molecada anarquista o provocava (de longe, é claro). Quando ele gritava “Pão-de-bico!”, a meninada respondia: “Suicidou-se!” Ele respondia com referências pouco edificantes às mães dos moleques.

Lembro-me de dois irmãos, Catabio e Catapedra, ambos doidos. Tinha também o Levi Doido. Ele dava expediente todo uniformizado, certo de que era servidor. Às vezes saía com o Governador no carro oficial. No fim do governo, João Agripino pediu a Otacílio Silveira que levasse Levi para o Tribunal de Contas e ele ficou por lá até o fim da vida.

Havia David, megalomaníaco, outro personagem da capital, que achava que se dizia “Ô Dono do Mundo”. Chegava ao Banco do Estado da Paraíba e sentava no birô do gerente. Entrava numa repartição do Estado ou da Prefeitura e demitia o governador ou o prefeito.

Durante seu mandato, o governador João Agripino Filho adorava ser cortejado e cultivava um povo folclórico em torno dele. Depois foi sucedido pelo governador Ernani Sátiro, que também tinha lá os seus.

***

Havia em João Pessoa o Grande Tribuno das Calçadas, mestre-orador Mocidade, um intelectual de origem modesta, que bebia muito e percorria a cidade proferindo discursos brilhantes, todos de improviso. Seu nome era João da Costa e Silva.

João Costa e Silva, o Mocidade

Ele frequentava muito a Faculdade de Direito, onde Francisco Espínola, meu pai, lecionava Direito Penal, e meus irmãos estudavam. Mocidade falava com sotaque francês, carregando no ”R”. Sempre que via Humberto, gritava: “Jurrrriiista!”

Como morava perto de nós, às vezes aparecia lá em casa. Mamãe odiava, mas papai tratava muito bem. Certa vez, ele passou a noite sentado num toco na frente de nossa casa, fazendo discurso, para desespero de mamãe. E apontava para papai, dizendo: “Tu és justitia!” Papai paciente: “Vá dormir, Mocidade.”

Corria por essa época a ditadura militar, e Mocidade aproveitava as manifestações da estudantada para destilar impropérios contra os militares e (ele não se continha!) contra o governo do Estado.

Certa noite, João Agripino chegou à residência oficial do Governador, então no Cabo Branco, e ao passar pela cozinha encontrou ninguém mais, ninguém menos que Mocidade tomando uma sopa. Não conseguiu resistir:

– Muito bem, seu Mocidade: passou a tarde discursando contra mim, e agora está aí tomando da minha sopa!

Mocidade fez uma pausa segurando a colher, olhou blasé de soslaio, dizendo:

– Ora, governador: governo foi feito para sofrer!

E voltou a se dedicar à sua sopa.

Rubens Nóbrega(Rubão)

 




Operação ‘Nicotina’ mira quadrilha especializada no roubo de cargas de cigarro

Foto: Reprodução

A Polícia Civil deflagrou na manhã desta terça-feira (10) a operação ‘Nicotina’, que tem como objetivo o combate a uma organização criminosa especializada no roubo a cargas de cigarros, com atuação em vários estados.

O alvo da operação é indicada como sendo a maior organização criminosa especializada em roubo a carga de cigarro do Nordeste. A ação é baseada em investigação que teve duração de seis meses.

São cumpridos 16 mandados pelas polícia da Paraíba, Maranhão, Ceará e Polícia Rodoviária Federal.




Mais de 200 cidades da Paraíba estão sob alerta de com ventos de até 60 km/h

Mais de 200 cidades da Paraíba estão sob alerta de com ventos de até 60 km/h

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta amarelo de perigo potencial de vendaval para 216 municípios da Paraíba 

De acordo com o Inmet, ventos podem variar entre 40 km/h e 60 km/h. Existe baixo risco de queda de galhos de árvores.

O instituto recomenda que nesses casos não se abrigue debaixo de árvores, pois há leve risco de queda e descargas elétricas e não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda.

O alerta foi divulgado na manhã desta quarta-feira (29) e vale até às 18h desta sexta-feira (30).

Confira a lista das cidades em alerta na Paraíba abaixo:

Água Branca
Aguiar
Alagoa Grande
Alagoa Nova
Alagoinha
Alcantil
Algodão de Jandaíra
Alhandra
Amparo
Aparecida
Araçagi
Arara
Araruna
Areia
Areia de Baraúnas
Areial
Aroeiras
Assunção
Baía da Traição
Bananeiras
Baraúna
Barra de Santana
Barra de Santa Rosa
Barra de São Miguel
Belém
Belém do Brejo do Cruz
Bernardino Batista
Boa Ventura
Boa Vista
Bom Jesus
Bom Sucesso
Bonito de Santa Fé
Boqueirão
Borborema
Brejo do Cruz
Brejo dos Santos
Cabaceiras
Cachoeira dos Índios
Cacimba de Areia
Cacimba de Dentro
Cacimbas
Caiçara
Cajazeiras
Cajazeirinhas
Caldas Brandão
Camalaú
Campina Grande
Capim
Caraúbas
Carrapateira
Casserengue
Catingueira
Catolé do Rocha
Caturité
Conceição
Condado
Congo
Coremas
Coxixola
Cruz do Espírito Santo
Cubati
Cuité
Cuité de Mamanguape
Cuitegi
Curral de Cima
Curral Velho
Damião
Desterro
Diamante
Dona Inês
Duas Estradas
Emas
Esperança
Fagundes
Frei Martinho
Gado Bravo
Guarabira
Gurinhém
Gurjão
Ibiara
Igaracy
Imaculada
Ingá
Itabaiana
Itaporanga
Itapororoca
Itatuba
Jacaraú
Jericó
Joca Claudino
Juarez Távora
Juazeirinho
Junco do Seridó
Juripiranga
Juru
Lagoa
Lagoa de Dentro
Lagoa Seca
Lastro
Livramento
Logradouro
Mãe d’Água
Malta
Mamanguape
Manaíra
Marcação
Mari
Marizópolis
Massaranduba
Mataraca
Matinhas
Mato Grosso
Maturéia
Mogeiro
Montadas
Monte Horebe
Monteiro
Mulungu
Natuba
Nazarezinho
Nova Floresta
Nova Olinda
Nova Palmeira
Olho d’Água
Olivedos
Ouro Velho
Parari
Passagem
Patos
Paulista
Pedra Branca
Pedra Lavrada
Pedras de Fogo
Pedro Régis
Piancó
Picuí
Pilar
Pilões
Pilõezinhos
Pirpirituba
Pocinhos
Poço Dantas
Poço de José de Moura
Pombal
Prata
Princesa Isabel
Puxinanã
Queimadas
Quixaba
Remígio
Riachão
Riachão do Bacamarte
Riachão do Poço
Riacho de Santo Antônio
Riacho dos Cavalos
Rio Tinto
Salgadinho
Salgado de São Félix
Santa Cecília
Santa Cruz
Santa Helena
Santa Inês
Santa Luzia
Santana de Mangueira
Santana dos Garrotes
Santa Rita
Santa Teresinha
Santo André
São Bentinho
São Bento
São Domingos
São Domingos do Cariri
São Francisco
São João do Cariri
São João do Rio do Peixe
São João do Tigre
São José da Lagoa Tapada
São José de Caiana
São José de Espinharas
São José de Piranhas
São José de Princesa
São José do Bonfim
São José do Brejo do Cruz
São José do Sabugi
São José dos Cordeiros
São José dos Ramos
São Mamede
São Miguel de Taipu
São Sebastião de Lagoa de Roça
São Sebastião do Umbuzeiro
São Vicente do Seridó
Sapé
Serra Branca
Serra da Raiz
Serra Grande
Serra Redonda
Serraria
Sertãozinho
Sobrado
Solânea
Soledade
Sossêgo
Sousa
Sumé
Tacima
Taperoá
Tavares
Teixeira
Tenório
Triunfo
Uiraúna
Umbuzeiro
Várzea
Vieirópolis
Vista Serrana
Zabelê

Por:Fonte: Notícia Paraíba




Eleições 2024: duas pesquisas de intenção de voto para prefeito de João Pessoa devem ser divulgadas esta semana

foram registradas recentemente na Justiça Eleitoral duas pesquisas.

eleitores paraíba

Imagem ilustrativa (Foto: divulgação/TSE)

Ao menos duas pesquisas de intenção de voto para a Prefeitura Municipal de João Pessoa devem ser divulgadas ao longo desta semana.

Segundo observadores  foram registradas recentemente na Justiça Eleitoral duas pesquisas, uma que deverá ser assinada pelo Qaest e outra pelo Instituto Veritá.

Segundo consta no sistema da Justiça Eleitoral, a pesquisa Qaest foi contratada pela TV Cabo Branco.

Há quem diga que ela deve ser divulgada na terça-feira (28) no jornalístico JPB2, que tem início às 19h10.

Já a pesquisa do Instituto Veritá consta como sendo custeada pela própria empresa.

Os resultados também será divulgado amanhã (27). Horário e local não foram detalhados.




Homem é assassinado a tiros em via pública, na Paraíba

Jefferson estava em sua motocicleta quando foi abordado pelos suspeitos.

24/08/2024 às 10h49Atualizada em 24/08/2024 às 11h08
 Fonte: Notícia Paraíba
Homem é assassinado a tiros em via pública, na Paraíba

Um homem foi assassinado na manhã deste sábado (24) no bairro Jardim Camboinha, que fica localizado no município de Cabedelo, região Metropolitana de João Pessoa.

A vítima, identificada como Jefferson Vitoriano, foi alvejada com inúmeros disparos de arma de fogo em uma via pública, bastante movimentada na cidade.

Jefferson estava em sua motocicleta quando foi abordado pelos suspeitos que efetuaram inúmeros disparos contra contra vítima.

As causas e motivações do crime ainda não foram identificadas.

A autoria do crime está sob investigação pela Polícia Civil.