Prefeitura de João Pessoa prorroga mutirão de negociação de débitos tributários até 15 de dezembro

 

A Prefeitura de João Pessoa prorrogou o prazo para que os contribuintes com débitos tributários renegociem os pagamentos com descontos nas multas e juros. O Programa de Regularização Fiscal, iniciado em 16 de outubro, encerraria nesta sexta-feira (17), mas agora foi estendido até o dia 15 de dezembro. A prorrogação permitirá que contribuintes que receberem o 13° salário na primeira quinzena de dezembro possam saldar estes débitos para iniciar o ano de 2024 sem dívidas junto ao município.

No Refis podem ser negociados débitos de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Taxa de Coleta de Resíduos (TCR) de anos anteriores, Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), além de multas do Procon, de construção e do meio ambiente. No acordo, o contribuinte pode conseguir descontos que chegam a 90% nas multas e 100% nos juros.

As negociações acontecem no auditório do Centro Administrativo Municipal (CAM), em Água Fria, das 8h às 17h. A distribuição de fichas tem início às 8h e são distribuídas, por dia, 500 fichas para atendimento. Contribuintes pessoa física e jurídica podem aderir ao programa para renegociar dívidas em qualquer fase da cobrança administrativa ou judicial.

Para pagamentos à vista, os incentivos corresponderão ao desconto de 100% nos juros de mora e de 90% na multa de mora ou multa por infração, conforme o caso. Em multas aplicadas pelo Procon, Semam, Emlur e por construir sem licença, o desconto será de 80%.

Para pagamentos parcelados, o desconto aplicado nas multas e juros respeitará as seguintes regras: ao parcelar em até 12 vezes, o desconto é de 70%; no parcelamento em 24 vezes, o desconto é de 50%; no parcelamento em 36 vezes, o desconto é de 30% e no parcelamento em 48 vezes, o desconto é de 10%. Em relação ao Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), fica concedido o desconto de 30% desde que os acordos sejam firmados em parcela única com pagamento à vista.

O desconto pode ser aplicado às transmissões e cessões já declaradas ou lançadas de ofício pelo município, bem como para aquelas que forem lançadas durante o período do programa de regularização fiscal, ou seja, até15 de dezembro. Não podem ser negociadas no Programa as infrações de trânsito, indenizações devidas ao município, multas de natureza contratual, sanções pecuniárias e os valores do atual exercício de 2023 da TCR, IPTU e ISS.




Itamaraty omitiu dados sobre negociações de compra de cloroquina

Documentos estão em posse da CPI; diferentemente da postura em relação às vacinas, governo foi ágil em responder contatos sobre o medicamento

Presidente Jair Bolsonaro incentiva o uso da cloroquina no comabte ao coronavírus
O Antagonista

Presidente Jair Bolsonaro incentiva o uso da cloroquina no comabte ao coronavírus

E-mails enviados pelo ministro-conselheiro da Embaixada do Brasil na Índia , Elias Antônio, e Almeida Santos, segundo na hierarquia do posto diplomático, comprovam a agilidade do governo Bolsonaro para comprar cloroquina contra a covid-19 . A agência Fiquem Sabendo  solicitou os e-mails via Lei de Acesso à Informação, no entanto o Ministério das Relações Exteriores escondeu datas, horários e informações e e-mails e telegramas que mostram as negociações do governo brasileiro pelo medicamento sem eficácia comprovada no combate contra o coronavírus. Negar fornecer informações públicas fere a legislação.

Uma série de 54 e-mails expõe a postura proativa do governo para liberar cargas de matéria-prima da hidroxicloroquina a empresas que fabricam o medicamento no País. Diferentemente da postura do Executivo em relação a compra de vacinas que, no caso da Pfizer, demorou mais de dois meses para responder aos contatos da empresa, em relação à negociações sobre cloroquina, a íntegra das informações dos e-mails mostra que integrantes do governo responderam as mensagens em 15 minutos, à noite e em fins de semana.

Segundo a Fiquem Sabendo, a íntegra da troca de comunicação entre as embaixadas brasileiras, o governo indiano e as empresas interessadas na importação de cloroquina foi solicitada. No entanto, quando recebidos, os documentos não continham datas e horários das conversas e havia cortes nos e-mails.

A Lei de Acesso à Informação prevê punição a quem oculta informação. De acordo com o artigo 32 da legislação, “constituem condutas ilícitas que ensejam responsabilidade do agente público ou militar: I – recusar-se a fornecer informação requerida nos termos desta Lei, retardar deliberadamente o seu fornecimento ou fornecê-la intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou imprecisa”. O agente público que descumprir a lei pode ser alvo de advertência, multa e até perda do cargo público.

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Os documentos estão em posse da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no Senado, que apura falhas e omissões da administração federal no combate à pandemia.

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