CPMI tem depoimento de Heleno na terça e pode votar pedido de relatórios financeiros de Bolsonaro e Michelle

Heleno era próximo de Bolsonaro, sendo uma das vozes mais influentes entre militares da reserva das Forças Armadas.

Ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno (Foto: Adriano Machado – 10.jul.2019Reuters)

 

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro terá uma semana agitada. Na terça, está previsto o depoimento do general da reserva do Exército Augusto Heleno, ex-ministro do gabinete de Segurança Institucional do governo de Jair Bolsonaro (PL).

A revelação de trecho da delação do tenente-coronel Mauro Cid agitou a CPMI, que se encaminha para o final, em 17 de outubro. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro disse à Polícia Federal (PF) que Bolsonaro teria se reunido com a cúpula do Exército, da Marinha e da Aeronáutica após o resultado das eleições de 2022 para discutir detalhes de um possível golpe para não deixar o poder.

Heleno era próximo de Bolsonaro, sendo uma das vozes mais influentes entre militares da reserva das Forças Armadas, e sua convocação vem na esteira das declarações de Cid.
Questionado pela CNN, Heleno negou ter participado de reunião para articular um golpe de Estado e afirmou que, em sua presença, “não houve nenhuma reunião” com esse teor.

Votação de requerimentos

Nesta mesma data da oitiva com Heleno, está prevista uma sessão deliberativa que deve acontecer antes do depoimento para aprovação de novos requerimentos, que podem convocar depoentes e solicitar o envio de documentos.

A avaliação da base governista é que as informações da delação de Cid impulsionam a reta final da CPMI. Isso aumentou a pressão para que os requerimentos que pedem o Relatório de Inteligência Financeira (RIF) da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e de Bolsonaro sejam postos em pauta.

O presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União-BA), no entanto, afirmou que fará as votações dos requerimentos em bloco na sessão e, como não há mais possibilidade de acordo entre oposição e base, ele é quem definirá o que será posto para votação.

Maia disse ainda que deve priorizar a convocação de representantes da Força Nacional e de financiadores dos atos criminosos e dos acampamentos bolsonaristas instalados em Brasília após as eleições de 2022.

Com o tempo apertado, o presidente disse que está disposto a aumentar o número de encontros semanais da comissão para colher os depoimentos necessários até o encerramento dos trabalhos.

Delação Premiada

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI, ofereceu um acordo de delação premiada para o blogueiro Wellington Macedo de Souza, condenado a seis anos de prisão por tentar implantar uma bomba no aeroporto de Brasília, em dezembro do ano passado.

Wellington foi convocado para depoimento na última quinta (21), mas permaneceu calado perante as perguntas dos parlamentares presentes.

Na argumentação em defesa da delação, Eliziane ressaltou que a pena imposta ao blogueiro pode “dobrar ou triplicar” devido a outros processos que ele ainda responde, inclusive na comissão.

O advogado de Wellington, Síldilon Maia Thomaz, disse que não tinha nenhuma restrição quanto à delação, mas que precisaria ter acesso aos autos que estão no STF (Supremo Tribunal Federal) antes de avaliar esse possível acordo.

A Advocacia do Senado decidiu em 29 de agosto que a CPMI do 8 de Janeiro poderá fazer acordos de colaboração premiada desde que tenha a participação e o aval do Ministério Público no processo.

Próximos depoimentos

Na quinta-feira (28), está previsto o depoimento de Alan Diego dos Santos, um dos envolvidos na tentativa de explodir uma bomba em um caminhão de combustível nas imediações do Aeroporto Internacional de Brasília, na véspera do Natal de 2022.

Para a primeira semana de outubro, está previsto o depoimento de outro ex-ministro de Bolsonaro: o general Walter Braga Netto. Candidato a vice na chapa do ex-presidente, Braga Netto também ocupou os ministérios da Defesa e da Casa Civil no governo passado.

A CPMI está na reta final. A previsão é que o relatório da CPI seja divulgado no dia 17 de outubro.




Cabo Gilberto reforça ausência em evento com Michelle e Simone Queiroga em Cabedelo

O deputado federal Cabo Gilberto, que também é presidente municipal do PL em João Pessoa, reforçou, durante entrevista nessa quarta-feira (12), que não participará do evento do PL Mulher, com a presença da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro (PL) no próximo sábado (15), em Cabedelo, não apenas por não ocupar o mesmo espaço que o presidente estadual, Wellington Roberto (PL), mas também porque não foi convidado.

O parlamentar, inclusive, tratou como um desrespeito da executiva estadual não convidar o único deputado federal da sigla representante da grande João Pessoa. Ele lembrou que tanto ele quanto outras lideranças se mantiveram fiéis ao bolsonarismo, mas, em vez de serem reconhecidos, estão perdendo espaço para aqueles que estavam com Haddad em 2018 ou com Lula e João Azevêdo, em 2022.

“O evento não vai contar com nossa presença porque não cabe Nilvan, não cabe Walber, não cabem os vereadores, não cabem as lideranças que defendem as pautas, que estavam no sol defendendo as pautas já há bastante tempo e que não estavam lá em 2018 com Haddad, não estavam em 2022 no palanque de Lula nem de João Azevêdo, então essas pessoas que não era fieis, essas são as que merecem respeito e consideração”, cutucou.

 

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Michelle diz que convocação das eleições na FPF está de acordo com Estatuto

 

Inconformismo e profundo desconhecimento de supostos candidatos. Essas são as palavras da presidente da Federação Paraibana de Futebol, Michelle Ramalho, em resposta a um pequeno grupo sem representatividade legal, que planeja, no “tapetão”, inviabilizar as eleições já marcadas para o dia 23 de maio na FPF.

A presidente da entidade estranhou o comportamento de algumas pessoas que insistem em dizer que as eleições estão marcadas fora do prazo sem, no mínimo, terem conhecimento do Estatuto Social da Federação Paraibana. “É nisso que dá! Não conhece o que diz o Estatuto e ficam pregando inverdades, ilusões e factoides”, afirmou a dirigente.

As eleições conforme Michelle Ramalho foram convocadas dentro da legalidade, seguindo à risca o Estatuto da FPF, da CBF e todas as normas legais aplicáveis, com o apoio de praticamente todos os filiados: clubes profissionais, amadores e ligas.

“Sabendo que as eleições da FPF sempre são marcadas por tentativas de tapetão, procuramos envidar todos os esforços para não deixar brechas para aqueles que, não possuindo nenhuma representatividade para com o Futebol Paraibano e seus filiados, viessem a tentar tumultuar e atrapalhar a escolha democrática”, disse a presidente.

A convocação das eleições está amparada por dois eixos que definem a sua legalidade. A primeira é de que, de acordo com o art. 21, § 25, do Estatuto da Federação Paraibana de Futebol, “A Assembleia Geral Eleitoral poderá, excepcionalmente, ser antecipada em qualquer momento do mandato em caso de solicitação subscrita por 3/4 dos clubes do colégio eleitoral, dirigida ao Presidente da FPF para fins de antecipação das eleições para o quadriênio subsequente”, solicitação esta que ocorreu.

Além do mais, independentemente da solicitação de antecipação das eleições formalizada soberanamente por mais de 3/4 dos clubes do colégio eleitoral, com fundamento no art. 21, §25, do Estatuto da FPF, o fato é que a Assembleia Geral Eleitoral, designada para o mês de maio de 2022, também está de acordo com §4º do art. 21 do Estatuto da FPF, pois será realizada dentro dos 4 (quatro) meses anteriores ao fim do mandato, que se iniciou em setembro de 2018, ou seja, ainda que não houvesse o requerimento de antecipação da Assembleia Geral Eleitoral feita soberanamente por mais de 75% dos filiados, conforme autoriza o Estatuto, o prazo também está de acordo com o §4º do art. 21 do Estatuto da FPF.

Michelle acredita que de nada adiantará as insatisfações deste pequeno grupo que mais uma vez não tem compromisso com o futebol paraibano e que são considerados “paraquedistas”, pois só aparecem em época de eleições, igual a Copa do Mundo, que acontece apenas a cada quatro anos.

O edital de convocação das eleições da Federação Paraibana de Futebol foi publicado no Jornal A União de terça-feira (19). A partir de agora, as chapas que quiserem se inscrever têm até o dia 13 de maio para apresentarem os requisitos necessários para a comissão eleitoral a fim de concorrer à eleição. Michelle vai concorrer à reeleição.

www.reporteriedoferreira.com.br / Assessoria de Imprensa