União Europeia estuda banir entrada de viajantes do Brasil, EUA e Rússia por causa da pandemia, diz jornal

23/06/2020 14h55  Atualizado há uma hora

Aeroporto de Lisboa, em Portugal, durante pandemia do novo coronavírus — Foto: Rafael Marchante/Arquivo/Reuters

Aeroporto de Lisboa, em Portugal, durante pandemia do novo coronavírus — Foto: Rafael Marchante/Arquivo/Reuters

A União Europeia estuda restringir a entrada de viajantes provenientes do Brasil, dos Estados Unidos e da Rússia, informou reportagem do jornal norte-americano “The New York Times” desta terça-feira (23).

Com a chegada do verão, o bloco europeu pretende iniciar a reabertura das fronteiras externas a partir de 1º de julho, começando por países que têm controlado melhor a pandemia de Covid-19. Oficialmente, ainda não houve anúncio formal sobre quais estados estarão incluídos no banimento.

Estados Unidos, Brasil e Rússia são os três países com maior número absoluto de casos do novo coronavírus, segundo a Universidade Johns Hopkins. Na segunda-feira, o mundo registrava mais de 9 milhões de diagnósticos confirmados da virose.

De acordo com o “Times”, visitantes de países como China, Uganda, Cuba e Vietnã poderiam entrar nos países da União Europeia após dados mais tranquilizantes sobre o vírus nesses locais.

Números atualizados da Johns Hopkins na tarde desta terça-feira mostram que os EUA têm mais de 2,3 milhões de casos do novo coronavírus, enquanto o Brasil passa de 1,1 milhão. A Rússia, segundo a universidade, registra quase 600 mil confirmações de Covid-19.

Restrições começaram com os EUA

Passageiros chegam ao Aeroporto Internacional Seattle-Tacoma, nos EUA, em meio à epidemia mundial de coronavírus — Foto: Karen Ducey/Getty Images/AFP

Passageiros chegam ao Aeroporto Internacional Seattle-Tacoma, nos EUA, em meio à epidemia mundial de coronavírus — Foto: Karen Ducey/Getty Images/AFP

Em março, com o agravamento da epidemia na Europa, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, baniu viagens da maioria dos países europeus rumo aos EUA — medida semelhante à que o republicano tomou no início da crise da Covid-19, quando proibiu a entrada de visitantes da China. O Brasil também entrou na lista dos países barrados pela Casa Branca em maio.

www.reporteriedoferreira.com.br Por G1




Coronavírus: Pequim teme segunda onda da Covid-19 após surto em mercado

13/06/2020 17h33  Atualizado há 2 horas

Xinfadi é o maior mercado de Pequim: por ele passam 80% das verduras e legumes e da carne consumida pela cidade — Foto: Getty Images via BBC

Xinfadi é o maior mercado de Pequim: por ele passam 80% das verduras e legumes e da carne consumida pela cidade — Foto: Getty Images via BBC

Uma área de Pequim entrou novamente em lockdown depois que a cidade registrou novos casos da Covid-19 após quase 50 dias sem novas ocorrências. O surto está ligado a um dos maiores mercados atacadistas da capital chinesa.

Um total de 45 pessoas entre 517 testadas no mercado Xinfadi foram diagnosticadas com o novo coronavírus – nenhuma tinha sintomas. Nos próximos dias, 10 mil funcionários do mercado serão testados.

Autoridades locais afirmaram ainda que devem testar todos que tiveram algum contato recente com o mercado, assim como aqueles que vivem nos distritos do entorno.

O episódio levou à reimplementação de medidas restritivas de quarenta em 11 bairros próximos.

O que se sabe sobre os novos casos?

Localizado no distrito de Fengtai, o mercado Xinfadi foi fechado nas primeiras horas deste sábado (13), depois que dois homens que tinham ido recentemente ao estabelecimento testaram positivo para a Covid-19.

Exames realizados no mercado mostraram que 45 pessoas estavam infectadas com o Sars-CoV-2.

Cerca de 10 mil pessoas que trabalham no mercado serão testadas — Foto: Getty Images via BBC

Cerca de 10 mil pessoas que trabalham no mercado serão testadas — Foto: Getty Images via BBC

“De acordo com o princípio de se colocar a segurança da população e a saúde em primeiro lugar, adotamos medidas de lockdown no mercado Xinfandi e nos bairros do entorno”, declarou em entrevista coletiva Chu Junwei, autoridade local do distrito de Fengtai.

O distrito está em “emergência de guerra”, ele acrescentou. Centenas de policiais militares foram vistos entrando no mercado. O transporte público na área foi interrompido e as escolas, fechadas.

Diante do temor de que a capital possa viver uma segunda onda da doença, eventos esportivos que aconteceriam em outras regiões foram cancelados e alguns estabelecimentos resolveram fechar as portas.

De acordo com o correspondente da BBC na China, Stephen McDonell

Nos últimos meses, a estratégia do governo chinês tem sido isolar completamente qualquer cidade em que haja possíveis centros de disseminação da doença.

“Isso parece vir funcionando, mas colocar Pequim inteira em lockdown em um momento em que parecia que a situação já estava sob controle não é algo que eles quererão fazer de maneira precipitada.”

O surto da Covid-19 na China, que teve seu epicentro na cidade de Wuhan, foi controlado mediante a implementação de medidas duras de quarentena. Mais de 4,6 mil pessoas morreram da Covid-19 no país e mais de 426 mil no mundo, de acordo com o registro feito pela Universidade Johns Hopkins.

www.reporteriedoferreira.com.br  Por BBC




Universidade Johns Hopkins retira Brasil do mapa global de informações sobre coronavírus

A decisão foi tomada após o governo Bolsonaro decidir maquiar as estatísticas para esconder o número real de mortes

Brazil's President Jair Bolsonaro wearing a protective mask speaks with journalists, amid the coronavirus disease (COVID-19) outbreak, at the Planalto Palace, in Brasilia, Brazil May 12, 2020.
Brazil’s President Jair Bolsonaro wearing a protective mask speaks with journalists, amid the coronavirus disease (COVID-19) outbreak, at the Planalto Palace, in Brasilia, Brazil May 12, 2020. (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 – Os números de casos e mortes do Brasil exibidos no levantamento global da Universidade Johns Hopkins, referência sobre Covid-19, foram retirados do ranking neste sábado. Em nota, a Universidade afirma que a exclusão se deve à suspensão da divulgação dos históricos pelo Ministério da Saúde. Portal nacional passou por alteração após sair do ar. Saiba mais sobre o caso:

SÃO PAULO (Reuters) – O governo Jair Bolsonaro busca tornar invisíveis os mortos pela Covid-19 no país, disseram neste sábado secretários de Saúde dos Estados ao rebaterem declarações dadas pelo empresário Carlos Wizard, secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, de que os dados das secretarias são “fantasiosos”.

Wizard disse, de acordo com reportagem do jornal O Globo, que o ministério fará uma recontagem das mortes por Covid-19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus, pois alguns gestores locais teriam inflado os números para obter uma fatia maior do orçamento de combate à pandemia. Ele não apresentou quaisquer evidências da alegação que fez.

Em nota, o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) afirmou que a declaração de Wizard revela “profunda ignorância sobre o tema”.

“A tentativa autoritária, insensível, desumana e antiética de dar invisibilidade aos mortos pela Covid-19, não prosperará”, diz a nota, que ainda afirma que Wizard “insulta a memória de todas aquelas vítimas indefesas desta terrível pandemia e suas famílias”.

Desde a última quarta-feira, o Ministério da Saúde, comandado interinamente pelo general Eduardo Pazuello, passou a divulgar os dados sobre a pandemia de Covid-19 no país às 22h —o dado saía entre 16h e 17h durante a gestão de Luiz Henrique Mandetta e às 19h sob comando de Nelson Teich.

Os dados divulgados na sexta trouxeram apenas o número de novos casos e novas mortes causadas pela doença, sem informar os totais, como era feito até então. Além disso, o site do ministério da Saúde onde eram divulgadas várias informações relativas à pandemia (covid.saude.gov.br) foi retirado do ar na noite de sexta-feira e neste sábado mostra apenas a mensagem “Portal em manutenção”.

Indagado na sexta-feira sobre o atraso na divulgação dos dados, Bolsonaro —que já minimizou a Covid-19 chamando-a de “gripezinha” — afirmou: “Acabou matéria do Jornal Nacional”, numa referência ao telejornal da TV Globo transmitido pouco depois do horário em que os dados da doença costumavam ser informados pelo ministério.

Apesar da tática de publicação dos números fora do horário do telejornal, na sexta-feira o Jornal Nacional interrompeu transmissão da novela da emissora para transmitir os números da doença.

Até sexta-feira, o Brasil tinha 645.771 casos confirmados de Covid-19, com 35.026 mortos, segundo cálculos com base nos números informados anteriormente pelo ministério.

 www.reporteriedoferreira.com.br   Brasil 247




Trump diz que acompanha ‘de perto’ o ‘surto sério’ de novo coronavírus no Brasil e sugere suspender voos

Presidente dos EUA, Donald Trump, concede entrevista na Casa Branca nesta terça-feira (28). Em primeiro plano, uma réplica de um avião oficial norte-americano — Foto: Carlos Barria/Reuters

Presidente dos EUA, Donald Trump, concede entrevista na Casa Branca nesta terça-feira (28). Em primeiro plano, uma réplica de um avião oficial norte-americano — Foto: Carlos Barria/Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (28) que “acompanha de perto” o que chamou de “surto sério” de novo coronavírus no Brasil. O republicano ainda alertou que o país tomou um rumo diferente no combate à pandemia de Covid-19 na comparação com outros países da América do Sul.

“O Brasil tem um surto sério, como vocês sabem. Eles também foram em outra direção que outros países da América do Sul, se você olhar os dados, vai ver o que aconteceu infelizmente com o Brasil”, disse Trump.

A afirmação do presidente norte-americano veio em resposta a perguntas sobre os voos internacionais ainda em operação. Ainda há viagens aéreas entre Brasil e EUA, mas em menor frequência devido à pandemia.

Donald Trump diz que Brasil enfrenta surto sério de Covid-19 e cogita suspender voos

Donald Trump diz que Brasil enfrenta surto sério de Covid-19 e cogita suspender voos

O governador da Flórida, Ron DeSantis, estava na reunião com Trump e disse que ainda não vê necessidade de suspender de vez os voos de Miami e Fort Lauderdale ao Brasil. Porém, o presidente insistiu:

“Se precisar [interromper voos], nos avise”.

Depois, Trump disse que avalia testar passageiros de voos internacionais saídos de “áreas muito infectadas” e afirmou que “o Brasil está chegando nessa categoria”. “Acho que eles vão ficar bem, eu espero que eles fiquem bem. Ele é muito amigo meu, o presidente [Jair Bolsonaro]”, acrescentou.

“Acho que a América do Sul é um lugar que deve ser falado [sobre os voos para os EUA], porque tem muitos negócios de lá com a Flórida”, disse Trump.

Embaixada alerta norte-americanos no Brasil

Passageiros aguardam para retirar bagagens no Aeroporto de Cumbica em Guarulhos — Foto: Marina Pinhoni/G1

Passageiros aguardam para retirar bagagens no Aeroporto de Cumbica em Guarulhos — Foto: Marina Pinhoni/G1

A Embaixada dos Estados Unidos alertou na semana passada que norte-americanos no Brasil devem se organizar para voltar aos EUA a não ser que estejam preparados para permanecer em solo brasileiro “por um período indefinido”, por causa da pandemia de novo coronavírus.

Em mensagem publicada no site oficial da representação, a Embaixada diz que há apenas nove voos em operação por semana entre o Brasil e os EUA — todos saindo do estado de São Paulo. Essas decolagens, segundo a nota, podem diminuir nos próximos dias.

A nova orientação veio quase um mês depois de a Embaixada dos EUA pedir aos norte-americanos no Brasil que retornassem imediatamente ao país de origem, com o agravamento da crise de Covid-19 no mundo.

Coronavírus no Brasil e nos EUA

Ambulâncias estacionadas em Nova York, com arranha-céus de Manhattan ao fundo, em foto de sexta-feira (24) — Foto: Andrew Kelly/Reuters

Ambulâncias estacionadas em Nova York, com arranha-céus de Manhattan ao fundo, em foto de sexta-feira (24) — Foto: Andrew Kelly/Reuters

Os Estados Unidos concentram quase um terço dos mais de 3 milhões de casos registrados até esta terça-feira de novo coronavírus no mundo, segundo monitoramento da Universidade Johns Hopkins. O país também registra o maior número de vítimas de Covid-19: mais de 56 mil morreram com a doença.

Enquanto isso, a curva de casos e mortes no Brasil continua em crescimento, e o país já é o décimo com mais mortes pela Covid-19 em todo mundo, também de acordo com a Johns Hopkins. 

www.reporteriedoferreira.com.br  Por G1




Casos de coronavírus no mundo superam os 2 milhões

Desde as primeiras notificações, no final de dezembro, a Covid-19 foi registrada em 193 países e territórios; Brasil tem 23.430 casos confirmados e 1.328 mortes

Ambulâncias estacionadas do lado de fora de um hospital em Nova York nesta segunda-feira. A cidade é uma das regiões com o maior número de casos confirmados no planeta Foto: (Foto: Scott Heins / AFP)

RIO — Pouco mais de quatro meses depois das primeiras notificações da doença respiratória que, mais tarde, seria chamada de Covid-19, o número de infecções pelo novo coronavírus chegou nesta segunda-feira a dois milhões em todo o mundo. No Brasil, o Ministério da Saúde tem 23.430 casos confirmados e 1.328 mortes, mas pesquisadores de um projeto que reúne várias universidades do país dizem que o número real pode superar os 225 mil.

Segundo dados compilados pela Universidade Johns Hopkins , mais de um quarto das notificações vem dos EUA, 682 mil , sendo que a maior parte dos estados de Nova York (195 mil) e Nova Jersey (68 mil), locais onde há sinais de que as medidas de distanciamento social estão funcionando , apesar do grande número de novos casos e, tragicamente, de mortos.

Os números da Johns Hopkins mostram 119 mil óbitos relacionados à Covid-19 em todo o mundo, com destaque para os EUA (23 mil), Itália (20 mil), Espanha (17 mil), França (14 mil) e Reino Unido (11 mil) . Vale destacar que os países europeus se encontram, pelo menos em tese, mais próximos do chamado “pico de infecções”, com alguns deles registrando quedas no número de novos casos, internações e mortes, o que não significa que a vida esteja perto de voltar ao normal. Nesta segunda-feira, o presidente francês, Emmanuel Macron, estendeu a quarentena até o dia 11 de maio , reconhecendo que houve erros no enfrentamento da crise.

— O momento, sejamos honestos, revelou falhas. Mas desde o momento em que estes problemas foram identificados, nos mobilizamos. Uma produção de guerra foi estabelecida — disse em pronunciamento.

Longe da normalidade

Por outro lado, a Espanha, que foi criticada pela demora em adotar ações de distanciamento social e tem hoje o segundo maior número de infectados do mundo, começou a aliviar algumas das restrições. Retornam ao trabalho aqueles que não podem fazê-lo remotamente: o setor industrial, de construção, escritórios como os de advocacia, trabalhadores domésticos, entre outros, mas seguindo recomendações sanitárias.

Em locais onde o número de casos ainda está em ascensão, como na América Latina, sistemas de saúde já precários são colocados em situações extremas, como no Equador,  onde os mortos são abandonados nas ruas e o Exército precisou buscar quase 700 corpos de pessoas que faleceram em casa . Na Argentina , onde o governo adotou uma postura incisiva, cidades como Buenos Aires impuseram, além das medidas de quarentena, a obrigatoriedade do uso de máscaras: na capital, quem descumprir a regra pode receber multa equivalente a R$ 6,2 mil.

Além da dificuldade de manter o distanciamento social, uma medida que mostra resultados mas que enfrenta questionamentos de alguns setores econômicos e, em casos isolados, políticos, a China é um exemplo de como deixar o confinamento e retomar a vida normal não é exatamente uma tarefa das mais simples . As autoridades seguem controlando as viagens internas e, especialmente, externas. O temor, no caso, é de uma segunda onda de infecções. Nesta segunda-feira, o país registrou o maior número de casos em quase seis semanas , 108, quase todos “importados” de outros países, especialmente a Rússia.

www.reporteriedoferreira.com.br   Por O Globo