Políticos criticam Pazuello na CPI: ‘Precisa tomar fosfosol para a memória’

Políticos como João Doria, Amoedo e Ciro Gomes apontaram supostas mentiras de Pazuello e criticaram sua omissão no combate à Covid-19 durante o período que comandou o Ministério da Saúde

Ex-ministro Eduardo Pazuello durante depoimento à CPI da Covid
reprodução/tv senado

Ex-ministro Eduardo Pazuello durante depoimento à CPI da Covid

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello está sendo criticado por políticos por conta de suas respostas na CPI da Covid nesta quarta-feira. Em coletiva de imprensa realizada mais cedo, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), recomendou que Pazuello tome o remédio Fosfosol “para melhorar um pouquinho a memória”.

Doria se refere à resposta de Pazuello de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não teria interferido nas negociações de compra da CoronaVac – vacina produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

Nas redes sociais, diversos políticos têm criticado o depoimento de Pazuello. Ciro Gomes (PDT), disse relembrou que Bolsonaro, um dia após Pazuello acertar a compra do imunizante do Butantan, cancelou a compra.

“Pazuello acertou com o Butantan para comprar vacinas e, no dia seguinte, Bolsonaro disse que “o dinheiro dele” não iria pagar essas doses. A #CPIdaCovid vai ajudar o povo a entender tudo o que aconteceu para chegarmos a quase 440 mil mortos por um vírus que já existe vacina!”, tuitou Ciro.

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) disse que Pazuello “deve ser o primeiro cidadão que pede Habeas Corpus junto ao Supremo falar e se autoincriminar”,

“É o que está fazendo até o momento: 1. Alega que nunca foi orientado pelo presidente; 2. Alega que nunca foi desautorizado pelo presidente (mentira – um manda e outro obedece)”, completou.

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Butantan receberá insumos da CoronaVac vindos da China na próxima semana

“Boa notícia”, comemorou João Doria pelas redes sociais; Produção tinha sido parada na semana passada

 Governador de São Paulo João Doria (PSDB)
Reprodução/Flickr

Governador de São Paulo João Doria (PSDB)

O governador de São Paulo João Doria (PSDB) anunciou na tarde desta segunda-feira (17) que a China liberará a exportação de 4 mil litros de insumos, capazes de produzir 7 milhões de doses da CoronaVac na quarta-feira da próxima semana (26).

“Boa notícia”, celebrou Doria pelas redes sociais. A produção de doses da vacina produzida no Instituto Butantan está paralisada desde a última quarta-feira (12), pela falta de IFA (insumo farmacêutico ativo) para produzir o imunizante.

Confira o tuíte:

Em entrevista coletiva na última sexta-feira (14), o governador paulista fez um apelo as autoridades chinesas para liberar os insumos necessários para produzir as doses de vacina. “Os brasileiros não pensam como o presidente da República do Brasil”, disse. “Os brasileiros continuam agradecendo a China por ajudar a salvar vidas no nosso país.”

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“Não podemos jamais negar o esforço do Doria e do Butantan”

“Não podemos jamais negar o esforço do Doria e do Butantan”

O governador da Paraíba, João Azevêdo, (Cidadania) elogiou João Doria na guerra pela vacina contra a Covid-19.

“De minha parte, não houve nenhum tipo de constrangimento, nem tampouco crítica [pelo fato de a vacinação ter começado em São Paulo].”

“Por mais que tenha sido uma disputa política entre governo federal e o governo de São Paulo nesse processo de vacinação, não podemos jamais negar o esforço do governador Doria e do Instituto Butantan para que este momento que nós estamos vivendo aqui acontecesse.”

“Se não tivesse havido esse esforço, nós não estaríamos hoje aqui, porque a vacina hoje do Brasil é a vacina que vem do Butantan.”

Assista:

www.reporteriedoferreira.com.br  Por Antagonista



Em reunião com Doria, Ministério da Saúde confirma compra da CoronaVac

 

O acordo foi realizado durante reunião virtual entre o governador João Doria (PSDB), e o ministro Eduardo Pazuello e outros 23 chefes de estados brasileiros

Foto: Divulgação/Governo de SP

João Doria e secretários durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes

O governo de São Paulo chegou a um acordo com o Ministério da Saúde para a aquisição via Sistema Único de Saúde (SUS) de 46 milhões de doses  da vacina Coronavac, desenvolvida em parceria internacional entre a farmacêutica Sinovac Life Science e o Instituto Butantan, até o final de dezembro de 2020.

O governo federal confirmou que irá adquirir o imunizante após aprovação na Anvisa. O potencial imunizante contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) está em fase final de estudos clínicos no Brasil e se mostrou totalmente seguro nos testes realizados desde o final de julho.

O acordo foi realizado durante reunião virtual entre o governador João Doria (PSDB), e o ministro Eduardo Pazuello e outros 23 chefes de estados brasileiros.

A expectativa é que a vacinação nacional possa iniciar em janeiro do próximo ano. Os detalhes sobre a inclusão da Coronavac no Plano Nacional de Imunizações serão divulgados após a formalização do acordo.

Os secretários estaduais de Saúde já tinha se manifestado , por meio de uma carta, sobre a incorporação da CoronaVac na definição das estratégias de produção e de distribuição das vacinas desenvolvida no País.

Ainda na mesma reunião desta terça-feira (21), a Fiocruz anunciou que a vacina de Oxford, negociada pelo governo federal, começará a ser produzida em fevereiro. Até julho, preveem cerca de 100 milhões de doses. Até dezembro, 210 milhões.

Na última segunda-feira, o Instituto Butantan anunciou a conclusão dos testes da CoronaVac entre voluntários brasileiros e informou que o índice de ocorrência de efeitos colaterais ficou em 35%.

Segundo o presidente do instituto, Dimas Covas, o resultado faz dela o  imunizante contra a Covid-19 mais seguro em teste atualmente no Brasil.

O prazo da Anvisa para se pronunciar sobre o registro da  vacina chinesa depois que o Butantan entregar todos os documentos exigidos é de até 60 dias. Com isso, o governo paulista trabalha agora com uma imunização somente a partir de janeiro. Antes, o prazo era de iniciar o calendário de vacinação no dia 15 de dezembro.

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