Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello
REPRODUÇÃO/AGÊNCIA BRASIL

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello

Neste domingo (04), o ministro Marco Aurélio Mello , decano do Supremo Tribunal Federal (STF), repreendeu a liberação do colega da Corte, Kassio Nunes Marques , em relação aos cultos e missas religiosos no momento em que o novo coronavírus fez mais de 330 mil vítimas no Brasil.  “Pobre Judiciário”, lamentou o ministro. As informações foram apuradas pelo Estadão.

Nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro para vaga no STF em outubro do ano passado, Marques atendeu a uma solicitação da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure) no tribunal.

“O novato, pelo visto, tem expertise no tema. Pobre Supremo, pobre Judiciário. E atendeu a Associação de juristas evangélicos. Parte legítima para a ADPF (tipo de processo que discute cumprimento à Constituição)? Aonde vamos parar? Tempos estranhos!”, declarou Marco Aurélio.

Ministros tem a sua aposentadoria marcada para o mês de julho de 2021 e isso significa que o presidente Bolsonaro terá uma segunda vaga para indicação. A decisão de Nunes Marques vai contra outras decisões do STF em que implicam com a autonomia dada para os prefeitos e governadores de implementarem medidas de isolamento. Através disso, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), declarou que não iria seguir com a decisão divulgada por Nunes Marques.

Com isso, o ministro se manifestou contra a declaração de Kalil e o intimou a prestar esclarecimentos em 24 horas para o prefeito seguir as recomendações impostas por ele.

Não se tem previsão de quando o Supremo irá analisar tema. Nunes Marques declarou não existir lógica pela atitude escolhida por Kalil em não aceitar decreto. Para ele, a decisão do plenário tem relação com as medidas dos Estados e da União em enfrentar a pandemia da Covid-19 e, em simultâneo, não adotar certas medidas impostas pelos governantes.

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