Lucena PB; Chico de Dulce, o exemplo político em que se encontra a riqueza humana

Circula nas redes sociais vídeos do vereador da cidade de Lucena no Litoral Norte de João Pessoa Pb,  Chico de Dulce (PSL), que chamam a atenção dos internautas e da sociedade em geral

Nas imagens, o vereador, conhecido como “vereador pedreiro”, aparece com a mão na massa demonstrando a humildade que carrega consigo e a preocupação com o meio ambiente.

Em um dos vídeos, que foi gravado no dia 10 de maio, ele diz: “Aqui eu plantei feijão, jerimum e muito maxixe”. Em seguida, a pessoa que está registrando o momento, responde: “O vereador não perde tempo, né? O tempinho que tem, vai trabalhar!”

O vereador, que atualmente tem 6O anos, revela que gosta da prática porque faz bem para a saúde e foi acostumado desde a época em que morava no sítio. A plantação do próprio alimento possibilita o cultivo sem agrotóxico e sem fertilizante químicos, através de processos naturais que não agridem a natureza e não fazem mal à saúde.

Chico de Dulce conta ainda que faz questão de doar alimentos demonstrando que pensar no próximo é prioridade e faz parte de um dos compromissos com a transformação social.

Para observadores políticos, o vereador Chico de Dulce, não permitiu que a política e o poder retirasse suas origens, dando uma verdadeiro exemplo de honestidade e riqueza humana.

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O DIREITO DE CHORAR Por Rui Leitão

O DIREITO DE CHORAR Por Rui Leitão

 

O choro é um estado emocional que pode ser provocado, tanto por manifestação de alegria, quanto de tristeza. É uma característica exclusivamente humana. O pranto do sofrimento, no entanto, é resultado da vivência de angústias, decepções, dores, medo, indignação e saudade. Nesses casos o choro é involuntário. Há quem entenda que ao chorar a pessoa demonstra que não tem capacidade para lidar racionalmente com uma situação indesejada. Não concordo com esse ponto de vista. Tem sentimentos que dificilmente podem ser reprimidos ou sufocados. É preciso que eles sejam expressos de forma a acalmar um coração pesaroso.

 

Tem gente também que costuma censurar o choro e pergunta por quanto tempo o indivíduo vai continuar derramando lágrimas. São pessoas que se incomodam com o choro dos outros, porque as deixam irritadas. Geralmente esse é o comportamento de quem não tem sensibilidade, são embrutecidos, não costumam ser alcançados pelo espírito de empatia. São frios por natureza.

 

O aperto no peito, a sensação de desamparo, a perda de paz interior, são sintomas que inevitavelmente levam o ser humano a verter lágrimas de tristeza e de preocupação. Neste momento ele espera receber o abraço fraterno de apoio, a compreensão do seu sentimento de consternação, a palavra de conforto e de ajuda. O pranto do luto é mais demorado, permanece maltratando os corações por mais tempo, por conta da perda inesperada de alguém que amamos.

 

O choro nem sempre se mostra ao derramar lágrimas. Muitas vezes ele se evidencia por gritos silenciosos de inquietação, desgosto, aflição, amargura, revolta. Chorar, no sentido de lamentar, cobrar, questionar, reclamar, é um exercício de cidadania. A indignação nos conduz também ao choro. Lágrimas são palavras ditas de um sentimento calado.

 

Chorar é bom para a nossa saúde mental. Portanto, não nos faz bem segurar as lágrimas. Reprimir as emoções nos faz infelizes. Há momentos em que o choro tem efeitos terapêuticos. Após o choro, muitas vezes, recuperamos o equilíbrio emocional e melhoramos de humor. Guardar as lágrimas pode aumentar nosso sentimento de raiva ou de tristeza.

 

O machista diz que “homem não chora”. São inaceitáveis códigos culturais impostos como peso da masculinidade, onde ele terá que guardar para si as emoções que podem produzir pranto. Eu não me envergonho de chorar. E tenho chorado recentemente. Por vários motivos. Mas principalmente pelos males causados pela pandemia. Reajo com veemência às afirmações de que chorar é “frescura”. Não. Chorar não é atitude de covardia, como alguns tentam classificar. Pelo contrário é um ato de coragem, autenticidade, quando não se submete ao fingimemto de que não está infeliz ou desgostoso com alguma coisa, para não ferir a imagem de masculinidade ou não desagradar os que possam ficar aborrecidos com seu pranto de lamento.

 

Quero me manter firme na coragem de não esconder meus sentimentos de tristeza, de dor, de medo e de angústia. E vou chorar sempre que tiver vontade. Porém, sem perder o ânimo para vencer as contrariedades, a desesperança e o arbítrio. Não abro mão do meu direito de chorar. Muito mais quando esse choro tem justificativas e se faz necessário até para alívio da alma.

 

www.reporteriedoferreira.com.br  Por Rui Leitão




Deserto espiritual; tentação & superação Por Walter Nogueira

Deserto espiritual; tentação & superação;  Por Walter Nogueira

O deserto espiritual não dura para sempre – saiba disso! Porém, por vezes, é necessário à nossa evolução. A sabedoria popular diz: por mais longa que seja a noite, sempre encontrará o dia; com luz e todo o seu esplendor.

As vezes as nossas atitudes nos levam ao deserto; crise financeira, emocional, tentação e superação. Mas, é nas horas difíceis que os grandes homens se revelam; enfrentam obstáculos com resignação, firmeza, luta e esperança; nunca se entregam as saídas fáceis, estas oferecem apenas um alívio momentâneo.

A narrativa da condução de Jesus Cristo ao deserto é uma lição de vida atemporal – independente do credo religioso de cada ser humano. É que a realidade do deserto ocorre ou já ocorreu na vida de muita gente. A título de ilustração, podemos recorrer ao Evangelho de Mateus (Mateus 4, 1-11), que narra a batalha entre o bem e o mal, tendo como tema principal as tentações.

Primeiro, quando Jesus sente fome, a tentação propõe a Ele transformar pedras em pão. O pão é alimento biológico e necessário à vida. O Mestre é tentado a resolver o problema do alimento da forma mais fácil possível, recorrendo à mágica. Jesus vence a tentação, lembrado que “nem só de pão vive o homem”.

Depois, o inimigo propõe a Jesus lançar-se da parte mais alta do templo: alimento ideológico. Jesus supera a segunda tentação. Toda pessoa precisa crescer, ser dona do seu próprio nariz, mas sem esquecer de que cada um é responsável pelos seus atos. Não devemos chegar à irresponsabilidade de que podemos tudo, imaginado que sempre terá alguém a nos proteger do perigo que provocamos.

Por fim, o mau tenta seduzir o Mestre com uma proposta irrecusável, a qual toca no ponto central da vaidade humana: a possibilidade real de conquistar o poder. A Jesus, é oferecido todos os reinos.

Com sabedoria, o Mestre logo percebe que o preço é muito alto, vez que, segundo o Evangelho, a condição é adorar um “Deus” que não é o apresentado por Jesus. O Diabo – figura simbólica do mau –, propõe que Jesus o adore. Aqui, trata-se de um alimento afetivo.

O campo da afetividade é algo difícil de entender, pois atinge a alma e o coração. Nós precisamos de amor e de carinho, mas é bom lembrar que ninguém deve vender a própria dignidade para alcançar determinada coisa, mesmo que se trate de um alimento afetivo. O amor e o carinho devem ser gratuitos.

Dignidade

Por fim, neste ensinamento, podemos lembrar que Jesus não escapou às tentações, mas soube enfrentá-las com prudência, discernimento e dignidade, ao ponto de vencê-las.

www.reporteriedoferreira.com.br   Por Walter Nogueira- Jornalista, Radialista e Escritor.