Gaeco dá parecer contra revogação da prisão de ex-diretora do Hospital Padre Zé

Por Wallison Bezerra

Ex-diretora do Padre Zé, Jannyne Dantas, segue presa em João Pessoa, enquanto Padre Egídio está em prisão domiciliar

O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba, emitiu um parecer, na tarde desta terça-feira (23), contra o relaxamento da prisão preventiva de Jannyne Dantas, ex-diretora do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, segundo apurou o Blog Wallison Bezerra.

A defesa de Dantas apresentou um pedido à 4ª Vara Criminal da Capital após o juiz José Guedes converter, na semana passada, em domiciliar a prisão preventiva do Padre Egídio de Carvalho, preso junto com Janynne em novembro do ano passado no âmbito da Operação Indignus, que apura suspeita de desvios de recursos milionários da unidade de saúde.

Para o Gaeco, a situação de Egídio é diferente de Jannyne. O padre recebeu o direito de responder ao processo em em “prisão domiciliar humanitária” após ser submetido a um procedimento cirúrgico para retirada de um tumor.

“Não há, portanto, motivos suficientes para estender o benefício concedido a outro acusado se baseando unicamente em um DADO SUBJETIVO não extensível aos demais. Diante disso, esclarece-se que a razão para a viabilidade da substituição da prisão preventiva pela domiciliar no caso de EGÍDIO NETO se deu por motivos humanitários, com base na regra estabelecida no art. 318, II do Código de Processo Penal”, argumenta o órgão ministerial.

“Em outros dizeres, indaga-se: qual a situação objetiva que seria extensível a ré JANNYNE DANTAS MIRANDA para justificar a revogação da prisão preventiva ou sua substituição por prisão domiciliar? Não há. O que existe é um juízo de conjecturas e especulações. O que há, em verdade, é a tentativa de se imprimir um ‘efeito manada’, mormente sob a alegação de que “se para EGÍDIO foi deferido, deve ser para mim, também”, conclui o Gaeco.

Agora, caberá ao juiz José Guedes se segue o entendimento do Ministério Público ou acata o pleito da defesa de Jannyne.




“Se tiver responsáveis, que sejam penalizados”, diz João sobre denúncias de desvio do Prato Cheio no Padre Zé

O governador João Azevêdo (PSB) negou que o estado tenha alguma responsabilidade sobre supostas fraudes na execução do Programa Prato Cheio do Hospital Padre Zé, gerenciado pelo Instituto São José, alvo da terceira fase da Operação Indignus 3, nesta quinta-feira (14). Em entrevista exclusiva ao Conversa Política, ele afirmou que a gestão está colaborando com as investigações e que espera que os responsáveis sejam identificados “para diminuir a ansiedade de muita gente”.

Segundo João Azevêdo, as pessoas têm tocado de forma como se o Estado tivesse a ver com isso. “O Estado tem um convênio com a instituição que contrata seus fornecedores. Se tem problema, tem que ser apurado”, completou.

O governador disse, ainda, que o estado faz o acompanhamento, com relatórios e apresentação de documentos acerca da utilização dos recursos públicos conveniados com a entidade e que, se tiver documento ou nota falsa, essas empresas serão responsabilizadas.

Essa é uma questão que precisa ser colocada. Muitas vezes as pessoas acham que o Estado é quem distribui esse alimento. Não. O Estado tem uma relação com a Arquidiocese através do Instituto São José de extrema confiança, como todos nós. Se houve desvio, que seja apurado. Se tiver responsáveis, que sejam penalizados. É assim que a gente trabalha e tem que entender. Só dentro dessa operação tem mais de 60 pessoas do Estado ajudando na investigação. Tem mais de 60 pessoas da procuradoria, da controladoria, da Secretaria da Fazenda, ajudando o GAECO a encontrar exatamente quem é que fez qualquer tipo de desvio”, declarou João Azevêdo.

Operação Indignus 3

A força-tarefa, comandada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado – GAECO do Ministério Público do Estado da Paraíba, cumpre, na manhã desta quinta-feira (14), mandados de busca nos bairros do Bessa, Brisa Mar, em João Pessoa, e em Patos, em mais uma fase da Operação Indignus.

São 10 mandados judiciais de busca e apreensão, em endereços de 6 investigados e 4 empresas, sendo 3 (três) na cidade de João Pessoa-PB e 7 (sete) na cidade de Patos-PB.

Os mandados dessa terceira fase foram autorizados pelo Juízo de Direito da 4ª Vara Criminal da Capital.

Essas empresas prestavam serviço ao hospital filantrópico, principalmente no ‘braço’ social da unidade. Uma delas fornecia alimentos para o Prato Cheio, programa de segurança alimentar do estado que, em algumas localidades, era gerenciado pela instituição.

Segundo o Gaeco, esta fase é focada na investigação de crimes relacionados ao pagamento de propina, lavagem de dinheiro, desvio de finalidade e apropriação indébita.

Valores, que segundo os investigadores, foram repassados majoritariamente pelos cofres públicos ao Instituto São José, ao Hospital Padre Zé e à Ação Social Arquidiocesana/ASA.

A Operação teve a participação de 30 integrantes do GAECO-PB (incluindo membros e servidores), com 20 integrantes da Polícia Militar e 20 integrantes da Polícia Civil da Paraíba (delegados e policiais civis), formando uma efetivo de aproximadamente 66 agentes públicos. A instituições integram a força-tarefa responsável pelas investigações.

Nota da SEDH
Em nota a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Humano disse que a execução do convênio referente ao programa Prato Cheio era de total responsabilidade do Instituto São José, que lidava diretamente com os fornecedores que são alvos da investigação.

Afirmou ainda que a Secretaria informa ainda que tem sido parceira nas investigações, “fazendo auditoria junto com a Controladoria Geral do Estado (CGE) e fornecendo todas as informações ao MP, TCE e à atual gestão do Instituto para contribuir com o esclarecimento dos fatos e consequente punição daqueles que porventura tenham cometido ilicitudes”.

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EXCLUSIVO: desembargador rejeita pedido de liminar feito pela defesa do Padre Egídio

A decisão foi divulgada no sistema do Tribunal de Justiça da Paraíba nesta segunda-feira (06). O caso tramita em segredo de justiça.

Em outubro, o padre Egídio de Carvalho foi um dos alvos dos mandados de busca e apreensão da Operação Indignus (Foto: Reprodução)

O desembargador Ricardo Vital negou nesta segunda-feira (06) o pedido de liminar feito pela defesa do Padre Egídio no âmbito da investigação da Operação Indignus. Na última sexta-feira (03) a defesa do Padre Egídio, representada por Rawlinson Ferraz e sua banca de advogados de Recife, entrou com um pedido de habeas corpus para anular as provas obtidas pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba sobre a denúncia de desvios de recursos do Hospital Padre Zé, como acompanhou o ClickPB.

A decisão foi divulgada no sistema do Tribunal de Justiça da Paraíba nesta segunda-feira (06). O caso tramita na Câmara Criminal, mas em segredo de justiça.

O pedido da defesa é para a total anulação de provas sob alegação de que a investigação do Gaeco partiu de uma denúncia anônima. Os advogados de defesa, do escritório em Pernambuco, José Rawlinson Ferraz, José Gaia Torres Ferraz e José Rawlinson Ferraz Filho, entenderam que deveriam ter sido coletadas provas mais robustas para embasar o processo.

Relembre o caso

O escândalo no Hospital Padre Zé veio à tona no mês de setembro, após uma denúncia de furto de celulares no local. Os equipamentos haviam sido doados pela Receita Federal para o hospital e deveriam ter sido vendidos em um bazar beneficente para angariar recursos para o hospital.

Porém, os celulares foram furtados e vendidos e as investigações apontam para o envolvimento do Padre Egídio de Carvalho, que era diretor-presidente da unidade, e do ex-funcionário Samuel Segundo.

Em meio ao escândalo do furto dos celulares, o padre Egídio de Carvalho Neto, renunciou ao cargo de presidente do Hospital Padre Zé.  O pedido foi aceito pelo arcebispo Dom Manoel Delson. Padre Egídio estava há mais de cinco anos à frente do hospital, fundado há quase 90 anos. Além de estar na gerência da unidade, ele também atuava como pároco da Igreja Santo Antônio, cargo do qual também renunciou.

Operação do Gaeco

No dia 5 de outubro, o padre Egídio de Carvalho foi um dos alvos dos mandados de busca e apreensão da operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público do Estado da Paraíba (Gaeco). Conforme apurou o ClickPB com exclusividade, além do pároco outras pessoas da administração do hospital também foram alvos.

Entre estas pessoas está a diretora administrativa do hospital, Jannyne Dantas e a tesoureira da unidade hospitalar filantrópica, Amanda Duarte, na ocasião, a operação tem como objetivo apurar os fatos que indicam possíveis condutas criminosas ocorridas no âmbito do Instituto São José, do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana (ASA).

Vinhos e imóveis de luxo

Durante a operação Indignus, do Gaeco, os agentes localizaram ao menos três caixas com vinhos internacionais. Segundo apurou a reportagem, cada caixa teria ao menos seis exemplares da bebida. O que chama atenção é que o vinho, ano 2015, é vendido em média por até R$ 1.660 na internet, com isso os valores de bens apreendidos, apenas em vinhos, pode chegar a quase R$ 30 mil (R$ 29.916).

Também na operação, se observou que imóveis em residenciais e condomínios de luxo eram mantidos com recursos de origem duvidosa pelo Padre Egídio de Carvalho.

De acordo com a força-tarefa, a investigação “aponta para uma absoluta e completa confusão patrimonial entre os bens e valores de propriedade das referidas pessoas jurídicas com um dos investigados, com uma considerável relação de imóveis atribuídos, aparentemente sem forma lícita de custeio, quase todos de elevado padrão, adornados e reformados com produtos de excelentes marcas de valores agregados altos”.

Ostentação e empréstimos

O alto padrão de luxo encontrado nos imóveis de propriedade do Padre Egídio de Carvalho, durante operação Indignus, deixou os agentes do Gaeco e policiais civis surpresos.

As propriedades contam com projetos de iluminação do ambiente interno com designs futuristas em LED, além de lustres de alto padrão de luxo. Os projetos de iluminação dos ambientes deixaram os representantes da justiça boquiabertos durante as incursões policiais.

Nos imóveis de propriedade do clérigo, os investigadores encontram fogão no valor de R$ 80 mil e 30 cachorros da raça Lulu da Pomerânia, sendo cada animal avaliado em até R$ 15 mil.

Um empréstimo de R$ 13 milhões foi feito pelo padre Egídio de Carvalho em nome do Hospital Padre Zé, em João Pessoa. O valor foi revelado pelo arcebispo da Paraíba, Dom Manoel Delson, e pelo novo diretor, Padre George Batista, durante entrevista à imprensa

Conforme as informações repassadas, os empréstimos foram feitos em duas instituições bancárias, um no Santander e outro na Caixa Econômica Federal.

www.reporteriedoferreira.com.br. com  clickpb




“A situação é caótica”: novo diretor do Hospital Padre Zé detalha cenário encontrado na casa de saúde após gestão do padre Egídio

Ao longo do programa, padre George demonstrou estar bastante emocionado ao detalhar a situação financeira da unidade de saúde.

Ele explicou ainda, que um dos pontos que o revolta é que apenas um dos apartamentos de padre Egídio poderia pagar toda a dívida do hospital. (Foto: Reprodução/TV Arapuan)

 

O novo diretor do Hospital filantrópico Padre Zé, padre George Batista, detalhou ontem (23) em entrevista à TV Arapuan o cenário encontrado desde que assumiu a casa de saúde no último mês. Como trouxe o ClickPB, o religioso se tornou o novo responsável pelo hospital após o escândalo envolvendo o então diretor, padre Egídio.

“Estamos a frente do hospital há trinta dias. A situação é caótica. Eu já não tenho lágrimas de tanto chorar. Porque para você ter uma ideia, quarta-feira tava faltando remédio. E nós providenciamos. Essa semana eu tive que pedi esmola a donos de supermercado. E graças a Deus um deles foi maravilhoso, e conseguimos o material”, disparou em trecho da entrevista concedida ao jornalista Luís Torres, durante o programa Frente a Frente.

Ao longo do programa, padre George demonstrou estar bastante emocionado ao detalhar a situação financeira da unidade de saúde. Ele explicou ainda, que um dos pontos que o revolta é que apenas um dos apartamentos de padre Egídio poderia pagar toda a dívida do hospital.

“Um apartamentozinho no Cabo Branco paga toda a minha dívida. É isso que me revolta”, desabafou. “Basta um”, enfatizou. Confira íntegra da entrevista:

 




Vereadores se unem e sugerem emendas em defesa da manutenção do Hospital Padre Zé

O abalo na credibilidade do Hospital Padre Zé, devido às investigações sobre possíveis desvios de recursos destinados à instituição filantrópica, tem preocupado os vereadores da Capital. O líder da situação na Casa, Bruno Farias (Cidadania), pediu que os parlamentares se unam em defesa da manutenção do Hospital, garantindo a destinação de Emendas Cidadãs. O apelo foi feito durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP desta terça-feira (24).

“Toda a Paraíba ficou chocada com as denúncias que foram reveladas em relação ao Hospital Padre Zé. Mas não podemos, em razão de tudo aquilo que ocorreu de ruim, virar as costas para aquela unidade hospitalar”, suplicou Bruno Farias.

O líder afirmou que ficou profundamente tocado com as palavras do novo diretor do Hospital, padre George Batista, que recentemente falou que a atual situação da unidade hospital é caótica. “Eu proponho que, através de uma iniciativa da Mesa Diretora, nós possamos agendar uma visita ao Hospital, para que a Câmara possa estender as mãos e ajudar de maneira efetiva aquela instituição que, ao longo de tantas décadas, ajudou a salvar vidas, sobretudo das pessoas menos favorecidas”, sugeriu Bruno, solicitando ainda a destinação coletiva de Emendas Impositivas à instituição.

Reforçando o pedido do líder, o vereador Odon Bezerra (PSB) defendeu que é preciso separar o que é o CNPJ do Hospital Padre Zé, da pessoa física do administrador. “Não podemos deixar à margem o benefício que aquele Hospital patrocina a toda sociedade. Conclamo todos nós a socorrermos aquela instituição através da destinação de emendas, para que seja uma sobrevida, esquecendo a administração passada e olhando para o futuro”, pediu o parlamentar. “Se nós condenamos os atos abusivos, não podemos condenar o futuro daquela instituição. Essa diferenciação deve ser feita: uma coisa é a gestão, outra coisa é a instituição”, ratificou Bruno Farias.

Vários vereadores se manifestaram em favor da destinação de emendas para manutenção dos serviços prestados pelo Hospital Padre Zé, entre eles Thiago Lucena (PRTB), Zezinho Botafogo (PSB), Carlão (PL), Milanez Neto (PV), Coronel Sobreira (MDB) e o presidente da Casa, Dinho (Avante). “A instituição é soberana. Não é um fato isolado, de um desvio que está sendo investigado, que nos dá o direito de descredenciar a instituição. Não tenho dúvidas de que todos os recursos que forem destinados para lá serão de grande valia”, defendeu Dinho, concordando com o agendamento de uma visita à instituição.

“Essa luta do hospital não pertence a um vereador, pertence a essa Casa, a todos nós que fomos eleitos para representar a população. Essa é a responsabilidade que devemos assumir: lutar para que aquele importante sistema de saúde não venha a ruir”, concluiu Odon Bezerra.




Hospital Padre Zé está com folha de salário dos médicos atrasada e tem rombo de R$ 3 milhões em dívidas, revela diretor-presidente

Padre George batista, novo diretor-presidente do Hospital Padre Zé, falou que ainda não tem uma visão clara das dívidas totais da unidade e que uma auditoria dará um cenário mais claro em até três meses.

Hospital Padre Zé (Foto: Reprodução)

A crise do Hospital Padre Zé, que passa por uma investigação após casos de furto de equipamentos eletrônicos, avaliados em mais de R$ 500 mil, tem uma dívida de R$ 3 milhões e está com os salários dos médicos atrasados. A informação é do diretor-presidente da instituição, o padre George Batista, que concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira (10) em João Pessoa.

O padre falou que ainda não tem uma visão clara das dívidas totais do hospital, mas os primeiros levantamentos apontaram para empréstimos feitos pelo gestor anterior, padre Egídio de Carvalho, salários e dívidas corriqueiras.

Por conta disso, uma auditoria, que vem sendo feita com ajuda de autoridades policiais, vai aprofundar a análise das contas do hospital e, em até três meses, o cenário será melhor conhecido.

“O hospital, além disso [empréstimos de R$ 13 milhões], tem uma dívida que estamos apurando. Precisamos de três meses para fazer uma avaliação, mas existe o reconhecimento de dívidas de R$ 3 milhões. Pagamos a folha de pagamento, os funcionários receberam e os salários estão em dia. Os médicos, [ainda] vamos pagar a folha de agosto”, revelou o padre George Batista.

Empréstimo

Dois empréstimos, totalizando R$ 13 milhões, foram feitos pelo padre Egídio de Carvalho em nome do Hospital Padre Zé, em João Pessoa. O valor foi revelado pelo arcebispo da Paraíba, Dom Manoel Delson, e pelo novo diretor da unidade, Padre George Batista, nesta terça-feira. Conforme as informações repassadas pelos religiosos, os empréstimos foram feitos em duas instituições bancárias, sendo um no Santander, no valor de R$ 600 mil, e outro na Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 12,4 milhões.

Relembre o caso

O escândalo no Hospital Padre Zé veio à tona no mês passado, após uma denúncia de furto de celulares no local. Os equipamentos haviam sido doados pela Receita Federal para o hospital e deveriam ter sido vendidos em um bazar beneficente para angariar recursos para o hospital.

Porém, os celulares foram furtados e vendidos e as investigações apontam para o envolvimento do Padre Egídio de Carvalho, que era diretor-presidente da unidade, e do ex-funcionário Samuel Segundo.

Em meio ao escândalo do furto dos celulares, o padre Egídio de Carvalho Neto, renunciou ao cargo de presidente do Hospital Padre Zé.  O pedido foi aceito pelo arcebispo Dom Manoel Delson. Padre Egídio estava há mais de cinco anos à frente do hospital, fundado há quase 90 anos. Além de estar na gerência da unidade, ele também atuava como pároco da Igreja Santo Antônio, cargo do qual também renunciou.

Furto de meio milhão

No último dia 2, a Justiça autorizou o bloqueio de contas e a quebra de sigilo bancário de Samuel Segundo. O pedido de quebra de sigilo e bloqueio foi feito pela delegada Karina Torres, da Polícia Civil, conforme apurou o ClickPB, e contou com ‘prints’ de conversas de Samuel negociando a venda de iPhones e outros itens.

A delegada aponta que “restou evidenciado, com fulcro na investigação, que Samuel Segundo incorreu no delito de furto qualificado, causando o prejuízo de R$ 525.877,77 (quinhentos e vinte e cinco mil, oitocentos e setenta e sete reais e setenta e sete centavos), referente aos produtos furtados no interior do Hospital Padre Zé.”

Operação do Gaeco

No último dia 5, o padre Egídio de Carvalho foi um dos alvos dos mandados de busca e apreensão da operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público do Estado da Paraíba (Gaeco). Além do pároco outras pessoas da administração do hospital também foram alvos.

Entre estas pessoas está a diretora administrativa do hospital, Jannyne Dantas e a tesoureira da unidade hospitalar filantrópica, a Amanda Duarte. Segundo apurou o ClickPB, na ocasião, a operação tem como objetivo apurar os fatos que indicam possíveis condutas criminosas ocorridas no âmbito do Instituto São José, do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana (ASA).

www.reporteriedoferreira.com.br/clickpb




Ostentação: agentes do Gaeco e Polícia Civil ficam boquiabertos com sofisticação da iluminação dos apartamentos do Padre Egídio

O alto padrão de luxo encontrado nos imóveis de propriedade do Padre Egídio de Carvalho, durante operação Indignus, deixou os agentes do Gaeco e policiais civis surpresos.

O sacerdote é principal suspeito de desviar recursos do Hospital Padre Zé,  (Foto: Reprodução)

 

O alto padrão de luxo encontrado nos imóveis de propriedade do Padre Egídio de Carvalho, durante operação Indignus, deixou os agentes do Gaeco e policiais civis surpresos. O sacerdote é principal suspeito de desviar recursos do Hospital Padre Zé

O jornalista Clilson Júnior revelou durante o programa de rádio Arapuan Verdade FM, da edição desta sexta-feira (6), que os investigadores ficaram admirados com a sofisticação da iluminação dos apartamentos do Padre Egídio.

As propriedades contam com projetos de iluminação do ambiente interno com designs futuristas em LED, além de lustres de alto padrão de luxo. Os projetos de iluminação dos ambientes deixaram os representantes da justiça boquiabertos durante as incursões policiais.

Nos imóveis de propriedade do clérigo, os investigadores encontram fogão no valor de R$ 80 mil e 30 cachorros da raça Lulu da Pomerânia, sendo cada animal avaliado em até R$ 15 mil.

O comunicador Clilson Júnior, relatou também que os agentes encontram na sala da granja do padre, em Conde, móveis rústicos importados avaliados em R$ 3 milhões.