UM SÁBIO RECADO PARA A CONTEMPORANEIDADE Por Rui Leitao

Publicado no jornal A UNIÃO edição de hoje:

UM SÁBIO RECADO PARA A CONTEMPORANEIDADE

Na História nacional encontramos homens públicos que tinham a capacidade de fazer pronunciamentos que se eternizaram, não perdendo a atualidade, podendo ser resignifiados na contemporaneidade, conforme o contexto político se assemelhe ao que vivenciaram quando se manifestaram. Descobri num dos discursos do nosso conterrâneo José Américo de Almeida uma declaração que se ajusta ao momento político que o país está vivenciando.

“Consciências inquietas profetizam, em vozes tremendas, adventos ruidosos. Atiçam a miséria impotente, as explosões da coragem coletiva, com risco dos choques desiguais. Não percamos a esperança. Poderemos, sem maldições, sem desforras sangrentas, na paz do Senhor, atingir o ideal democrático da inteligência, da cultura, das virtudes públicas, do bom governo que é a melhor propaganda contra as subversões”.

Se estivesse vivo, José Américo poderia repetir essa manifestação crítica na certeza de que o recado teria direcionamento certo, alcançando aqueles que continuam insistindo em criar um ambiente de tensão política, ameaçando o Estado Democrático de Direito. São “consciências inquietas” que pregam a desobediência civil às normativas legais vigentes, incluindo aí os preceitos constitucionais. Comportam-se, por estímulo, como pessoas virulentas, inimigas da paz.

Os enfrentamentos entre divergentes de pensamento ou de ideologias são atiçados, com o objetivo de encorajar os que tiveram as mentes capturadas pela retórica da beligerância, na defesa do indefensável. Não respeitam as diferenças, nem os fatos consumados. Numa postura antidemocrática recusam aceitar o que a maioria determinou numa eleição limpa e incontestável, a escolha do presidente da República.

José Américo aproveita para injetar ânimo nos que se colocam em favor da democracia, exortando-nos a manter acesa a chama da esperança de que um novo tempo se inicia. E que deveremos nos manter calmos, sem entrarmos no jogo das provocações, trabalhando, isso sim, na busca do encontro do congraçamento, pondo fim esse período de conflitos que experimentamos nos anos recentes.

Ele nos ensina que nessas circunstâncias de crises políticas, é preciso que coloquemos a razão acima da emoção. Agirmos com inteligência, vencendo os instintos produzidos pela ignorância cultural e o fanatismo. O bom governo será a melhor maneira de fazer desaparecer qualquer iniciativa de subversão da ordem, na prática de uma gestão voltada para o bem comum, objetivando adotar políticas de justiça social, sem preconceitos, sem transformar eventuais adversários políticos em inimigos.

É hora de recomeçar a caminhada. Todo dia é um novo desafio a vencer. Estejamos prontos para isso, sem medo dos que teimam em ameaçar a nossa democracia, fazendo valer os nossos direitos e respeitando os direitos dos outros. Convictos de que estaremos produzindo mudanças reais para a sociedade, garantindo um Brasil melhor para as futuras gerações.

Saibamos ouvir os sábios e procurar entender o que eles nos ensinam, mesmo que não estejam mais entre nós. Eles nos orientam para onde devemos ir e para onde não devemos voltar. Escutemos então a voz de um sábio. José Américo deixou para nós uma mensagem de entusiasmo para a resistência e continuarmos na marcha contra o golpismo e fortalecermos a nossa democracia reconquistada na base de muita luta e coragem.

www.reporteriedoferreira.com.br Por Rui Leitão- advogado, jornalista, poeta e escritor.




A mentira de Goebbels desmascarada pela verdade da história

A mentira de Goebbels desmascarada pela verdade da história

“Uma mentira dita mil vezes torna-se verdade”. A equivocada frase foi dita pelo infame ministro da propaganda da Alemanha Nazista, Joseph Goebbels, com o objetivo de enganar as massas para transformar o ditador Adolf Hitler em “mito”.

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A frase de Goebbels é uma mentira, posto que a mentira dita mil vezes pode até enganar muita gente, mas nem todo mundo. E não engana por muito tempo, visto que a verdade sempre vem à tona.

Nunca é demais recorrer à história para saber que a frase foi fruto de um governo de extrema direita, que estabeleceu um regime de exceção na Alemanha, realidade que, ao final, levou o país à ruína.

Hitler chegou ao poder por vias democráticas, mas, como todo predador, ao atingir o seu objetivo, tratou logo de exterminar a democracia. Assim, o Führer deu um golpe e instalou um regime autocrático em seu país.

Na autocracia o poder do líder é absoluto e ilimitado, e o governo acaba por ter suas políticas confundidas com as ações pessoais do autocrata, como uma personalização do poder.

Voltando ao senhor Goebbels, confira outra infame frase por ele proferida:

“Enfiar na cabeça dura das massas a devoção a Hitler, como o Deus da nova Alemanha, tornou-se o meu objetivo único.”

Bumerangue

Assim como a moda – que vai e volta, tipo efeito bumerangue –, falsos líderes aparecem de quando em vez para desequilibrar a ordem vigente de um país a partir de ameaças às instituições democráticas. No entanto, como são medíocres, não prosperam. Assim revela a história!

Reflexão

A frase de Goebbels nos leva a refletir sobre as funções das mentiras ou notícias falsas tão disseminadas no governo do então presidente Jair Bolsonaro. Este sequer foi autêntico, visto que imitou os infames já defenestrados pela história, a exemplo de Goebbels, com as mentiras, e de Mussolini, com as motociatas.

No governo Bolsonaro, as mentiras que se apresentavam nas mídias sociais seguiam a mesma linha propagandística de Goebbels; fazia o uso da glorificação da violência e da discriminação das minorias.

Um breve histórico das mentiras nazifascistas mostra que elas estavam ancoradas na fé e no mito, que serviam às neuroses e psicoses de seus líderes.

Em tempo

Em tempo, a sociedade se organizou para contraditar as fakes News, todas desmentidas pela ciência e pelo jornalismo sério.

Por Walter Nogueira- Jornalista




A HISTÓRIA DE UMA MÚSICA Por Gilvan de Brito

A HISTÓRIA DE UMA MÚSICA Por Gilvan de Brito
Nau (Ednaldo dos Anjos) ocupava a presidência da Associação Atlética Banco do Estado e precisava de uma atração para inaugurar melhoramentos na sede construída na praia de Ponta de Campina (Cabedelo), onde havia uma colônia de férias para os associados. Então chamou a mim e a Livardo para fazermos uma música carnavalesca enaltecendo a AABE. Mas tinha um detalhe: precisava ser feita naquela noite e gravada no dia seguinte, para estar pronta no sábado, data da inauguração. Então eu sai do jornal e fui com Livardo para o Badozé, que funcionava em Jaguaribe, ao lado do cinema, e combinamos que eu faria a letra e Livardo a música. Então, regado à cerveja com tira-gosto de macaxeira com carne guisada, eu comecei com a sigla (AABE) repetida por quatro vezes, que logo foi vestida com uma música que me estimulou continuar naquela linha melódica.
Escrevi durante alguns minutos e passei para ele a primeira estrofe: “Meu clube/ É rubro negro/ Me dá sossego/ À beira mar, beira mar”. Livardo tinha uma grande sensibilidade para a música e logo emendou, tamborilando na mesa, sem perder o ritmo, completando a segunda parte. Enquanto ele solfejava eu já estava partindo para a terceira, que ficou assim: “À noite/ Me tira o sono/ Me faz o dono/ Deste lugar, à cantar”. E passei para ele que deu continuidade na mesma linha melódica. De minha parte já estava iniciando a terceira parte, que foi sendo construída dessa forma: “Entre na nossa festa/ A vida é esta/ Venha aproveitar”. Ele leu e seguiu na mesma trilha enquanto eu procurava terminar o trabalho fechando a letra, que em poucos minutos foi concluída, sem delongas: “Chegue também menina/ O carnaval é aqui/ Na ponta de Campina”. Foi num piscar de olhos que ele encerrou a marcha.
Levantamo-nos e nos cumprimentamos efusivamente. Estava pronto e acabado o trabalho da AABE. Satisfeito, Livardo pediu uma ficha de telefone ao garçom, foi ao “Orelhão”, próximo (ainda não havia celular), ligou para Nau e cantou a música da forma como ficara. Nau elogiou o trabalho, pediu para falar comigo e acertou a nossa viagem ao Recife, para gravar na Rozemblit, que na época era a única gravadora de discos vinil no Nordeste. Imediatamente liguei para o maestro Vilor, para reunir os músicos. Livardo cantou para ele fazer a pauta cifrada a fim de ser lida pelos instrumentistas na hora da gravação e marcamos a saída para às 10 horas.
No dia seguinte liguei para a Rozemblit, reservei um dos estúdios e seguimos com os músicos, que foram, em dois carros, para a Gravadora. Durante a viagem os músicos foram ensaiando a pauta cifrada entregue pelo maestro Vilor. Às 13 horas entramos no estúdio, Vilor dispôs os músicos e Livardo foi para o microfone cantar a música. Em uma hora e meia gravamos e o gerente logo mandou cortar em acetato para prensar o vinil e concluir a “bolacha”, o disco preto. Encomendamos mil cópias, mas só deu para levarmos cem, porque havia outras encomendas e ele já havia antecipado o nosso trabalho em atenção, porque todos os anos gravávamos músicas de carnaval. O restante recebemos na semana seguinte.

Fotos da publicação de Gilvan de Brito
em Fotos da linha do tempo

 

Foi então anunciado como atração Livardo Alves cantando o hino da AABE. No sábado centenas de pessoas, entre funcionários, ex-funcionários e foliões compareceram à festa, que foi um verdadeiro sucesso. Os presentes queriam adquirir uma cópia do disco, mas não deu para atender a todos, porque tínhamos apenas pouco mais de 90 unidades. Na semana seguinte colocamos numa loja e o disco esgotou-se, exigindo nova prensagem, quando incluímos outras três músicas que já estavam no acetato desde o ano anterior. Foi, realmente, uma maratona, para

realizarmos este desafio, que finalmente foi cumprido.
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 UMA HISTÓRIA QUE NÃO FORA CONTADA;  Versão de  Francisco Nóbrega dos Santos

 UMA HISTÓRIA QUE NÃO FORA CONTADA.

  Versão de  Francisco Nóbrega dos Santos

 

Na natural ilusão de criança e de adolescente não sabia que a vida seria uma sequência de consequências. Cresci vislumbrando a existência como um horizonte azul durante o dia. Desenhava a noite como uma enorme cortina ornamentada de estrelas.

Porém, no decorrer dessa trajetória de sonhos e ilusões aprendi a desvendar os mistérios da vida e transformar os sonhos em realidade. Tudo isso, de forma temerária e cheia de interrogações. E na corrida contra o tempo percebi que a vida seria uma ponte ligando o berço ao túmulo.

No amadurecimento, com o decorrer dos anos, aprendi a conviver com a natureza humana. quando pude conhecer a distinção entre a ilusão e a realidade; a conviver com pessoas de bem e de bens, de sentir desejos e vivenciar emoções. Nesse interregno tive a noção do verdadeiro sentido da vida e das alternativas  que surgiam ao longo da estrada. Então compreendi que a inteligência  busca os caminhos certos – a esperteza procura os atalhos.

E no decorrer dessa trilha pude  entender que a esperteza estava reservada aos políticos e a inteligência para alguns que buscavam os caminhos da cultura. Porém à grande massa restava a limitação que se distanciava das duas alternativas e se tornaria suporte eleitora, e limitados objetivos, apegando-se  à cômoda função  de trampolim para contribuir com a ascensão  dos que abraçaram a rentável profissão de político.

Nesse trajeto, na divisa dos caminhos facultativos, escolhi o do respeito e da dignidade, que estavam implícitos nas duas opções. Porém me tornei um crítico tenaz dos que cresciam com o patrocínio da plebe e escolhiam  a  política hereditária, com a outorga  da  ignorância peculiar à massa.

Como se pode observar, somos os responsáveis por essa evolução dos maus, que gastam verbas e usam verbos com  ilusão um povo sem noção do que faz ou deixa de fazer. E nessa rudez doa o poder aos causadores dos males que se eternizam no tempo e ampliam o flagelo e a miséria registrados nas estatísticas.

 Na proporção inversa crescem a riqueza e a estabilidade daqueles a quem presenteamos com cargos vitalícios e a centralização das riquezas do País, enquanto cresce a legião dos desvalidos.

Recordo-me que nos idos anos 50 predominavam no País duas forças antagônicas denominas: UNIÃO DEMOCRÁTICA NACIONAL – UDN e o PARTIDO SOCIAL DEMOCRÁTICO – PSD. Os demais eram os nanicos que pegavam caronas nesses capitães hereditários, em busca de sobrevivência, raramente contemplados com cadeiras na Câmara Federal ou nas Assembleias. E o povo aguardava as migalhas que sobravam dos banquetes e se orgulhava de haver participado do direito cívico de votar.

Passaram-se os anos; mudaram-se os hábitos eleitorais. Porém o cenário continua o mesmo, só com uma diferença. Outorgamos aos nossos representantes o direito ao benefício de uma aposentadoria, após alguns anos de exercício do cargo político, com remuneração pelo tesouro público, o que nos custa hoje uma enorme carga tributária para subsidiar os (in)dignos porta vozes.

E assim caminha a população brasileira. Muitos exaustivamente cansados, desgastados pelo dever de trabalhar 30 ou 35 anos, com ínfimos proventos para custear aqueles que se beneficiam com aposentadorias precoces, com remuneração vitalícia. Não é esse o Brasil que precisamos, mas é o poder que, por ignorância, outorgamos aos mandatários.

www.reporteriedoferreira.com.br Por Francisco Nóbrega dos Santos- Jornalista,advogadfo e escritor




BRASIL – MUITA HISTÓRIA E POUCA MEMÓRIA Por Francisco Nóbrega dos Santos

BRASIL – MUITA HISTÓRIA E POUCA MEMÓRIA
Por Francisco Nóbrega dos Santos

 

O nosso pobre País rico, que foi descoberto por acaso, sobreviveu ao longo do
tempo percorrido e poderia fluir o universo de heroicas histórias. Porém vive
naufragado no oceano de incerteza e desolação. Incerteza em razão desse fantástico
mundo de hipocrisia que reina desde o império; desilusão em face de uma política
injetada por mentes e mãos malfazejas, à frente de tudo.
Nas três fases de governos (província, república e ditadura) pouco, ou quase
nada, mudou na vida dos brasileiros, que sempre carregaram nos ombros a obrigação
de pagar as contas sem darem conta do que já a pagaram, pois essas gerações,
nasceram e cresceram com a responsabilidade dos gastos das grandes farras
praticadas por aqueles escolhidos como gestores dos recursos arrancados da massa,
conquistados com sangue, suor e sacrifícios.

A trajetória do povo brasileiro, sem exclusão de classes sociais, o contribuinte é
aquela pessoa que trabalha a vida toda para o governo, sem fazer concurso. A
princípio, trabalhava-se para a Coroa Portuguesa, onde a produção era exportada para
a Capital da Província, e como retorno, os minguados recursos que mal davam para
amenizar a fome; Com a independência, todos continuavam com os enormes encargos
para manter o “status” da classe dominante, custeando as despesas extraordinárias
com os passeios por outros continentes, matrículas dos filhos da casta elevada, para a
formação de técnicos e especialistas na arte de fabricar políticos como fim de firmar
uma hereditariedade injetada.

Hoje o País, a exemplo de outros continentes, desfruta de três Poderes
constituídos, representados por uma oligarquia hereditária, forçosamente indicada
pelos mais diversos critérios, onde se escolhe o cargo para o homem ao invés de se
escolher o homem para o cargo. E nessa variedade de escolhas, o povo opta por
mandatários que irão governar ou legislar, enquanto o poder de guardar, respeitar e
defender a Constituição é aleatoriamente indicado, através da palavra chave; Q I (que
se traduz; Quem indicou?. Tais escolhas contemplam pessoas de formação acadêmica
que nunca exerceram a magistratura e, infinitas vezes, excluídas em concurso público,
porém num salto de paraquedas, entram no bloco das excelências.

 

E a amnésia dos que fazem a história dessa imensa nação não vê o proposital
desacerto dessa Torre de Babel, edificada pelo ciclo vicioso entre os poderes litigantes.
Então recapitulemos: No dia 24 de Agosto de 1954, o então Presidente Getúlio Vargas,
num tresloucado gesto, deferiu um tiro no coração e em carta disse: – Deixo á sanha
dos meus inimigos o legado da minha; Num passado não muito recente, o Jurista Ruy
Barbosa vaticinou: – Desigualar as desigualdades com tratamento desigual aos
desiguais”, O saudoso paraibano Alcides Carneiro, ao inaugurar em Campina Grande,
uma unidade hospitalar do IPASE proferiu a inesquecível frase: – Hospital! Uma casa
que por infelicidade se procura, mas por felicidade se encontra; o ex-presidente Jânio
Quadros, cuja renúncia a todos surpreendeu, sempre afirmava; contra fatos não há
argumentos; por fim, não poderia ficar à margem das históricas frases, destaque ao
desbravador marechal Rondon, que desenvolveu um trabalho no País através de

abertura de vias e rodovias em nosso território: eis a frase: “ Ou o Brasil acaba com a
saúva ou a saúva acaba com o Brasil. Hoje a saúva é, sem dúvida, a corrupção
oficializada. E o veneno eficaz é a ação do Ministério Público, com a atuante Polícia
Federal ou Estadual. O resultado é lento, pois corruptos agem contra a atuação dos
que buscam o fim dessa praga . E o povo, no silêncio conivente, apenas torce.

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Um pouco da história da Maçonaria

 

Um pouco da história da Maçonaria:

A maçonaria teve influência decisiva em grandes acontecimentos mundiais, tais como a Revolução Francesa e a Independência dos Estados Unidos. Tem sido relevante, desde a Revolução Francesa em diante, a participação da Maçonaria em levantes, sedições, revoluções e guerras separatistas em muitos países da Europa e da América. No Brasil, deixou suas marcas, especialmente na independência do Brasil do jugo da metrópole portuguesa e, entre outras, a inconfidência mineira e na denominada “Revolução Farroupilha”, no extremo sul do país, tendo legado os símbolos maçônicos na bandeira do Rio Grande do Sul, estado da Federação brasileira.

 

Vários outros Estados da Federação possuem símbolos maçônicos nas suas bandeiras, como Minas Gerais, por exemplo. A divulgação dos direitos do homem e da ideia de um governo republicano inspirou a Maçonaria no Brasil, em particular depois da Revolução Francesa, quando os cidadãos derrubam a monarquia absolutista secular. As ideias que fermentaram o movimento (século XVIII) havia levedado o espírito dos colonos americanos, que emigraram para a América em busca de liberdade religiosa e política.

 

A Maçonaria é caracteristicamente universalista por ser uma sociedade que aceita a afiliação de todos os cidadãos que se enquadrarem na qualificação “livres e de bons costumes”, qualquer que seja a sua raça, a sua nacionalidade, o seu credo, a sua tendência política ou filosófica, excetuados os adeptos do comunismo teorético porque seus princípios filosóficos fundamentais negam ao homem o direito à liberdade individual da autodeterminação. Potências e Lojas são autônomas somente em sentido administrativo, Grão–Mestres e Mestres das Lojas não podem jamais se pronunciar em nome da Maçonaria Universal. No entanto se autorizados por suas assembleias, podem se pronunciar oficialmente sobre desenvolvimento dos seus trabalhos, na escolha da forma e do direcionamento de suas atividades sociais e culturais.

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FOI SIM UMA DITADURA: Escrito Por Rui Leitao 

FOI SIM UMA DITADURA: Escrito Por Rui Leitao

Me impressiona ver alguns fanáticos da direita negarem as verdades históricas que os incomodam. Questionar que tenhamos vivido um período de ditadura militar é, no mínimo, uma ofensa às famílias que perderam seus parentes pelo arbítrio do regime a que fomos submetidos por 21 anos. Esse negacionismo estimula a violência, ao relativizar as atrocidades praticadas durante esse tempo. Não consigo compreender como alguém consegue justificar as mortes e os desaparecimentos ocorridos por motivações meramente políticas dos que governaram o nosso país nas duas décadas após o golpe de 1964.

A repressão era exercida como forma política de Estado. Versões eram forjadas para a promoção de torturas e até assassinatos daqueles que consideravam subversivos. Por mais que não queiram, são violações de direitos humanos que podem ser consideradas crimes contra a humanidade. É impossível ocultar seus efeitos traumáticos. Achar que 434 mortes ou desaparecimentos é uma estatística insignificante para classificar os governos militares do século passado como ditadura, é desrespeitar o valor de vidas humanas.

Foi, indiscutivelmente, o pior momento da história brasileira. Estruturas clandestinas de repressão política foram criadas. O DOI-CODI prendendo, interrogando e torturando, e o SNI fazendo espionagem e censura. A institucionalização do castigo aos adversários políticos. Chegaram ao cúmulo de suspenderem o direito de habeas corpus para quem fosse acusado de crime político. Os mecanismos punitivos que tinham em mãos eram perversos. Universidades foram invadidas e artistas sequestrados.

Mas o governo vendia a imagem de um país que estava dando certo. Por isso muita gente insiste em lembrar positivamente daquela época. A propaganda política fez a cabeça da população que não tinha acesso às informações do arbítrio que imperava. Estrategicamente procuravam não dar visibilidade à repressão. A voz da resistência era silenciada nos porões da ditadura e ninguém denunciava isso.

Os arquivos secretos da ditadura que ficaram inacessíveis até pouco tempo, revelaram a sua face cruel desconhecida. Foi resgatado o direito à verdade histórica. Não há como contestá-la. Conhecendo a História evitamos que acontecimentos ruins sejam repetidos. A luta pela democracia não pode permitir que esqueçamos o que aconteceu naquele período. A tentativa de revisionismo da ditadura não encontra amparo nos fatos comprovados na historiografia por documentos e testemunhos. Não é uma questão de interpretação histórica, são evidências que não autorizam a negação da verdade. Não há como deixar de reconhecer que houve quebra da ordem democrática, no uso da violência e do desrespeito aos direitos humanos.

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