HISTÓRIA DE GOVERNADORES: Escrito Por Gilvan de Brito 

HISTÓRIA DE GOVERNADORES: Escrito Por Gilvan de Brito

Nesta época em que os governadores estão sob suspeita de diversos crimes, lembrei-me de um fato ocorrido no governo João Agripino, que dá a medida de um administrador no exercício desse cargo de mandatário de um estado. Na época eu trabalhava como repórter de A União, deslocado para o palácio da Redenção acompanhando o governador para fazer notícia das mil obras programada e, inauguradas no último ano de sua administração. Certo dia o chefe de gabinete do governador, Marilac Toscano, me contou um episódio que assistira naquele recatado ambiente de trabalho: João Agripino pedira-lhe para levar à sua presença um vendedor de anéis de grau, para formandos. Ele queria dar um anel do grau em Direito para o filho mais novo, Gervásio Maia, que estava concluindo o curso.

 

Então o vendedor chegou, foi encaminhado ao gabinete e o governador começou a escolher os anéis, fixando-se em alguns os quais começou a perguntar preços. Foi selecionando os mais baratos e num deles, que lhe agradou entre os demais, perguntou em quantas prestações aquele tipo poderia ser dividido. O vendedor, que esperava ganhar a comissão de uma só vez, com a venda à vista, estranhou e disse: “Governador, o Senhor tem condições de comprar este à vista, o preço é razoável e eu ainda vou lhe dar um desconto”. Ao que João Agripino respondeu: “Você se engana, eu sou um homem que vive do seu salário, e o de governador dá apenas para as despesas da família, que são muitas”. Meio frustrado o vendedor preencheu a nota de compra, recebeu a entrada, na hora, e mandou o governador assinar as promissórias restantes, o que foi feito, na maior normalidade.

 

Depois entregou o anel numa caixinha quadrada e pequena. João Agripino recebeu, olhou, virou de um lado para o outro, admirando os fulgores e a intensidade da cor vermelha do rubi (a segunda pedra mais preciosa, depois do diamante). Depois tudo seguiu em frente, na maior normalidade. Outra de João Agripino: eu estava esperando o ônibus para Copacabana, diante do edifício Avenida Central, na Rio Branco, no Rio de Janeiro, quando começou a chuviscar. Observei que o ex-governador João Agripino se encontrava no meio daquela multidão que se aglomerava diante da parrada dos coletivos. Na época ele ocupava o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União. Ele então, para evitar a chuva, procurou um lugar na parada. Foi então que me viu e começou a conversar querendo saber das novidades da Paraíba. Abasteci-o de notícias e ele perguntou para onde eu ia. Copacabana, disse-lhe.

 

Então ele complementou, enquanto levantava a mão para parar um Taxi. “Eu vou para o Catete, meio do caminho, não lhe serve.” Apertou-me a mão e seguiu.” Admirei-me de ele não ter um carro do TCU à disposição, como presidente daquela Corte, que então ocupava, e muito menos não ter um veículo próprio, com motorista. Era próprio da sua personalidade, não usar esses benefícios, embora garantidos por lei. João Agripino morreu pobre, não deixou patrimônio, embora tenha ocupado todos os cargos da República, iniciando-se como procurador e depois promotor público.(Foto onde estou transmitindo uma solenidade no salão nobre do palácio da Redenção, vendo-se, ainda, Edme Tavares, Manoel e Amir Gaudêncio)

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www.reporteriedoferreira.com.br Por Givan de Brito-Jornalista-advogado, escritor



Governadores veem ministro da Saúde perdido e colapso batendo à porta

A pergunta sobre onde os governadores estão comprando respiradores fora do país, feita pelo ministro da Saúde, Nelson Teich, em reunião na quarta (29), da qual o governador João Azevêdo participou, foi interpretada por governadores como a senha de que o colapso bate à porta. E de que não há sinal de que o governo federal tenha planejamento algum para mudar isso. O caso da Bahia é exemplar. O estado diz precisar de 1.300 respiradores até meados de maio. Teich diz que a produção nacional entrega 180 por semana. Para todo o Brasil.

Teich disse não estar conseguindo realizar compras fora. Os governadores passaram uma lista de dicas de onde adquiriram, da China e da Europa.

Outros pontos das reuniões sobre a pandemia do novo coronavírus chamaram a atenção. O ministro falou do Palácio do Planalto e não do Ministério da Saúde, o link da teleconferência foi enviado pela Presidência e o general Braga Netto (Casa Civil) fez as aberturas dos encontros. A impressão foi unânime do forte controle imposto por Bolsonaro sobre Teich.

Ops

O encontro virtual teve também uma cena inesperada. Um dos participantes apareceu seminu. O homem tentava arrumar a câmera, quando ela ligou sem ele saber. O governador João Azevedo (PB-Cidadania), foi o primeiro a avisar da ocorrência. O moderador interveio, pedindo que a webcam fosse desligada.

 

www.reporteriedoferreira.com.br    Com Folha de S. Paulo




20 governadores divulgam carta aberta em defesa da democracia

Documento declara apoio aos presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, por ataques de Bolsonaro e foi divulgado no dia em que o chefe do Planalto participou de um ato que pedia intervenção militar

Jair Bolsonaro; Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia no detalheJair Bolsonaro; Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia no detalhe (Foto: Alan Santos/PR | Agência Senado)Vinte governadores assinaram uma Carta Aberta em defesa da democracia em apoio ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), após ataques feitos por Jair Bolsonaro às duas lideranças do Congresso.

Para os signatários, as falas de Bolsonaro, que na sexta-feira 17 acusou o Congresso, STF e o governador João Doria (PSDB-SP) de articular um golpe contra ele, “afrontam princípios democráticos que fundamentam nossa nação”. O embate entre o Executivo, Congresso e os governadores tem sido principalmente por conta das regras do isolamento social para combater a disseminação do coronavírus.

“Nossa ação nos estados, no Distrito Federal e nos municípios tem sido pautada pelos indicativos da ciência, por orientação de profissionais da saúde e pela experiência de países que já enfrentaram etapas mais duras da pandemia, buscando nesse caso evitar escolhas malsucedidas e seguir as exitosas”, diz trecho da carta.

O documento foi assinado neste sábado 18, mas publicado neste domingo 19, dia em que Bolsonaro participou de um ato em Brasília em defesa da intervenção militar e do AI-5, dando ainda mais importância à carta.

Aos manifestantes, Bolsonaro discursou dizendo não querer “negociar nada”. “Estou aqui porque acredito em vocês”, afirmou, dizendo ainda que “acabou a época da patifaria” e que “é agora o povo no poder”.

20 governadores divulgam agora Carta Aberta em defesa da Democracia. Manifestamos também solidariedade aos presidentes da Câmara, @RodrigoMaia, e do Senado, @davialcolumbre, em face de declarações de Bolsonaro.

 

www.reporteriedoferreira.com.br Por Brasil 247



O RETRATO DOS GOVERNADORES: Escrito Por Gilvan de Brito

 

 

 

O RETRATO DOS GOVERNADORES: Escrito Por Gilvan de Brito

A propósito de uma foto do estádio “Almeidão”, às margens da BR-230, publicada hoje pelo jornalista Carlos Aranha, constatei a inércia da maioria dos administradores paraibanos. Essa praça de esportes foi construída pelo governador Ernani Sátyro, na metade da década de 70, com capacidade para 40 mil pessoas, e que ainda achou pouco, fez uma réplica em Campina Grande com o apelido de “Amigão”.

 

Eu era seu assessor de imprensa, no palácio da Redenção, e ouvi-o dizer, certa vez: “O estádio está faltando preencher dois espaços na arquibancada, atrás dos goleiros, e uma cobertura maior, que possa proteger toda a arquibancada circular, mas isso os próximos governadores vão fazer, com certeza” – sentenciou equivocadamente porque nenhum dos que o substituíram tinham a sua visão. Não fizeram. E o estádio continua tal e qual Ernani Sátyro, legou aos paraibanos de João Pessoa, há exatos 45 anos.

 

Enquanto isso, houve uma Copa do Mundo no Brasil em 2014, e os governadores de Pernambuco e Rio Grande do Norte conseguiram com o governo federal a construção de dois belíssimos estádios que se assemelham aos mais confortáveis do mundo, no melhor estilo. O governador da Paraíba, de então, não se interessou em trazer uma verba federal para a conclusão do pouco que faltava do nosso estádio. Uma pena ter deixado passar essa grande chance, pois havia muito dinheiro sobrando para esse fim.

 

Algumas pessoas podem tentar justificar dizendo que nestes 45 anos a cidade cresceu, desenvolveu-se e até parece um “paliteiro”, tal a quantidade de edifícios construídos por todos os recantos. Para esses eu tenho uma palavra: Esse avanço deve-se exclusivamente à iniciativa privada. O governo não tem nada a ver com essa grandeza vertiginoso. O governo, inclusive, não proporciona o mínimo de infraestrutura para dar uma cara a esse crescimento. Não existe na maioria das ruas, sequer, placas orientando as pessoas por onde devem conduzir os seus veículos.

www.reporteriedoferreira.com.br    O RETRATO DOS GOVERNADORES: Escrito Por Gilvan de Brito Jornalista, advogado e escritor



Por videoconferência Azevêdo participou de reunião com governadores do NE sobre ações conta coronavírus

O governador João Azevêdo participou, nesta quinta-feira (16), de reunião, por meio de videoconferência, com os demais governadores do Nordeste e representantes do Comitê Científico de Combate ao Coronavírus (CCCC), ocasião em que foram discutidas ações de enfrentamento à Covid-19 na região, com base nos estudos realizados pelo grupo que reúne cientistas, físicos e médicos.

Dentre os temas debatidos na reunião, foi destacada a importância do isolamento social para reduzir o índice de contaminação da população pelo novo vírus.

O comitê é coordenado por Miguel Nicolelis, neurocientista e referência mundial na pesquisa da interface entre cérebro e computadores, e por Sérgio Rezende, físico formado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e ex-ministro da Ciência e Tecnologia e conta com a colaboração de representantes de todos os Estados do Nordeste.

O grupo ainda conta com a participação de mais de 700 membros e 50 instituições, que atuam de forma voluntária em estudos voltados para o combate à Covid-19, formulando indicativos por cada Estado.

O CCCC foi criado pelo Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste) para dar suporte às tomadas de decisões dos gestores estaduais em relação à pandemia do novo coronavírus.