Veja quais são as provas que levaram à prisão de Braga Netto

General e ex-ministro de Bolsonaro é suspeito de obstrução de Justiça

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Agência Brasil

|14/12/2024 17:33

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Antes de ser declarado inelegível, o general da reserva Braga Netto era considerado um forte nome do campo bolsonarista para concorrer à prefeitura do Rio de Janeiro em 2024.
Reprodução

Antes de ser declarado inelegível, o general da reserva Braga Netto era considerado um forte nome do campo bolsonarista para concorrer à prefeitura do Rio de Janeiro em 2024.

A audiência do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro , o tenente-coronel Mauro Cid , no último dia 21 de novembro, trouxe novidades que foram fundamentais para o elenco de provas que levou o general Walter Braga Netto à prisão , nesse sábado (14).

A tentativa de obter dados sigilosos da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi caracterizada como ação de obstrução da Justiça, ao “impedir ou embaraçar as investigações em curso”, apontou o relator do inquérito, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com o relatório da Polícia Federal, há “diversos elementos de prova” contra Braga Netto, que teria atuado para impedir a total elucidação dos fatos e “com o objetivo de controlar as informações fornecidas, alterar a realidade dos fatos apurados, além de consolidar o alinhamento de versões entre os investigados”.

“Intensa troca”

Para chegar a essas provas, os policiais federais realizaram perícia no celular do general Mauro César Lourena Cid, pai do coronel que trabalhava com Jair Bolsonaro. Havia “intensa troca de mensagens” via aplicativo de mensagens, que foram apagadas e depois recuperadas pela PF. O tema principal era a respeito do desvio de joias por parte de Bolsonaro, em agosto de 2023.

A PF identificou que o nome de Braga Netto estava salvo na agenda do general Lourena Cid como “Walter BN”.

Outras conversas recuperadas ocorreram em 12 de setembro, quando o general Mário Fernandes disse ao coronel reformado Jorge Kormann que os pais de Mauro Cid ligaram para os generais Braga Netto e Augusto Heleno, ex-ministro na gestão Bolsonaro, informando que a divulgação do conteúdo da deleção por parte da imprensa era “tudo mentira”.

Perguntas e respostas

A PF argumenta que Braga Netto tentou obter os dados do acordo por meio de familiares do coronel Cid, o que foi determinante para a prisão. Outra prova encontrada foi na sede do Partido Liberal (PL), em Brasília, na mesa do coronel Flávio Peregrino, assessor direto do general Braga Netto.

Era uma folha com perguntas (supostamente feitas por Braga Netto) e respostas (que seriam de autoria de Mauro Cid).

Entre as perguntas: “O que foi delatado?”, com a seguinte resposta: “Nada. Eu não entrava nas reuniões. Só colocava o pessoal para dentro”. Há outras cinco questões pedindo mais informações sobre o que a PF dispunha.
O ex-ajudante de ordens disse, em depoimento à PF, que as respostas não foram escritas por ele.

“Talvez intermediários pudessem estar tentando chegar perto de mim, até pessoalmente, para tentar entender o que eu falei, querer questionar, mas como eu não podia falar, eu meio que desconversava e ia para outros caminhos, para não poder revelar o que foi falado”, disse Cid para o delegado da PF Fábio Shor.

Conversa com o pai de Mauro Cid

O ministro Alexandre de Moraes argumentou na decisão pela prisão que, na oitiva, realizada na Polícia Federal, Mauro Cid havia confirmado que Braga Netto tentou obter os dados sigilosos com o pai, Lourena Cid. No depoimento para o delegado Fábio Shor, Mauro Cid disse que o contato ocorria por telefone, já que o pai mora no Rio de Janeiro, e Braga Netto estava em Brasília.

O general Cid, no último dia 6 de dezembro, também confirmou que foi procurado por Braga Netto.

Operação “Punhal Verde e Amarelo”

A PF defendeu que, além das novas provas indicarem a atuação criminosa do general, o novo depoimento de Mauro Cid apontou que o candidato a vice-presidente, na chapa de Bolsonaro em 2022, financiou os recursos necessários para a organização e execução da operação “Punhal Verde e Amarelo” (plano golpista elaborado por militares para impedir a posse do presidente Lula).

Dinheiro em sacola de vinho

“O general repassou diretamente ao então major Rafael de Oliveira dinheiro em uma sacola de vinho, que serviria para o financiamento das despesas necessárias à realização da operação”, apontou a PF, que constatou que o dinheiro foi utilizado para compra de celular (para a ação criminosa) e de chips para a comunicação entre os integrantes do grupo. Os pagamentos também foram realizados em espécie.

Ainda, de acordo com as investigações, Braga Netto foi um protagonista para o planejamento e financiamento de um golpe de Estado, o que incluía a detenção ilegal e possível execução do ministro Alexandre de Moraes (então presidente do Tribunal Superior Eleitoral), “com uso de técnicas militares e terroristas, além de possível assassinato dos candidatos eleitos nas eleições de 2022 (Lula e Alckmin)”.

Papel de liderança

Segundo Moraes, os desdobramentos da investigação, a partir da operação “Contragolpe”, e os novos depoimentos de Mauro Cid “revelaram a gravíssima participação de Walter Souza Braga Netto nos fatos investigados, em verdadeiro papel de liderança, organização e financiamento, além de demonstrar relevantes indícios de que o representado atuou, reiteradamente, para embaraçar as investigações”.

O ministro do STF argumenta na decisão que, pelas provas obtidas, a atuação do general está relacionada, “especialmente, com as ações operacionais ilícitas executadas pelos investigados integrantes de Forças Especiais”.

Moraes ainda recorda que, na casa de Braga Netto, reuniram-se os militares com formação em forças especiais do Exército, no dia 12 de novembro de 2022, para planejar as ações de monitoramento contra as autoridades.

A Agência Brasil tenta contato com a defesa de Braga Netto.




Polícia prende general após tentativa de golpe de Estado na Bolívia

Militares da Bolívia invadiram o palácio presidencial nesta quarta (26) e Juan José Zúñiga foi apontado como líder

Por

AFP

|26/06/2024 20:52

Atualizada às 26/06/2024 21:16

General Juan José Zúñiga foi preso na noite desta quarta-feira (26)
Divulgação/Exército da Bolívia

General Juan José Zúñiga foi preso na noite desta quarta-feira (26)

O comandante deposto do Exército boliviano, Juan José Zúñiga, foi preso na noite desta quarta-feira (26) após liderar uma tentativa de golpe de Estado contra o presidente Luis Arce.

Zúñiga foi capturado e conduzido até um veículo policial do lado de fora de um quartel militar. “Está preso, meu general!”, indicou o vice-ministro de Governo (Interior), Jhonny Aguilera, segundo imagens da emissora estatal.

Na tarde desta quarta, o ex-presidente Evo Morales afirmou que “um golpe de Estado” estava sendo gestado na Bolívia, diante da mobilização anormal de tanques e tropas na frente da sede do governo.

“Gesta-se o Golpe de Estado. Neste momento, pessoal das Forças Armadas e tanques se mobilizam na Praça Murillo”, disse Morales na rede social X .

“Convocamos uma Mobilização Nacional para defender a Democracia frente ao golpe de Estado que é gestado e liderado pelo general” Juan José Zuñiga, comandante do exército, declarou em outra mensagem na rede social.

O que aconteceu

Tropas e tanques das Forças Armadas da Bolívia foram deslocados e invadiram a sede do governo boliviano em La Paz, na Plaza Murillo. Segundo a imprensa local, os militares entraram no prédio por alguns momentos antes de sair.

Nas redes sociais, o presidente do país, Luís Arce, escreveu: “Denunciamos mobilizações irregulares de algumas unidades do Exército. A democracia deve ser respeitada”.

O ex-presidente Evo Morales, que rompeu com Arce no ano passado, também se manifestou sobre o ocorrido. “O Golpe de Estado está se formando. Neste momento estão mobilizados efetivos das Forças Armadas e tanques na Plaza Murillo.”

Arce, mais tarde, mostrou-se vitorioso após a tentativa frustrada de golpe por militares que se posicionaram por várias horas com tanques em frente à sede do governo, no centro de La Paz, antes de abandonar o local.

“Ninguém pode nos tirar a democracia que conquistamos (…) Estamos certos de que vamos continuar e vamos seguir trabalhando”, afirmou Arce de um balcão do palácio de governo diante de centenas de apoiadores.




PSOL pede que PGR investigue Braga Netto por caso Marielle

Ex-chefe da Casa Civil indicou o delegado acusado de obstruir as investigações

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iG Último Segundo

|26/03/2024 07:36

Walter Braga Netto teria indicado Rivaldo Barbosa
Fernando Frazão/Agência Brasil

Walter Braga Netto teria indicado Rivaldo Barbosa

O PSOL solicitou ao Ministério Público Federal (MPF) que investigue o general Walter Braga Netto, que atuou como interventor da Segurança Pública no Rio de Janeiro durante o governo de Michel Temer. O pedido de investigação está relacionado à nomeação do  delegado Rivaldo Barbosa como chefe da Polícia Civil do estado, ocorrida na véspera do assassinato da vereadora Marielle Franco, em 2018. O PSOL encaminhou o documento ao Procurador Geral da República, Paulo Gonet.

Após mais de seis anos do crime, a  Polícia Federal realizou a prisão preventiva de Barbosa na manhã deste domingo. Ele é suspeito de ter agido para proteger os mandantes do assassinato. De acordo com a delação do ex-policial militar Ronnie Lessa, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, e Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio de Janeiro, teriam encomendado o homicídio da vereadora.

No documento enviado ao MPF, o partido argumenta que Braga Netto foi alertado sobre as suspeitas de que Barbosa mantinha vínculos com a milícia carioca e, portanto, não seria a escolha apropriada para liderar a corporação.

“Ao nomear Rivaldo Barbosa, Braga Netto deu o poder necessário para o artífice – e uma das cabeças pensantes – da execução de Marielle Franco e Anderson Gomes. Fica o questionamento: qual a motivação do Sr. Braga Netto para ignorar as ligações do Sr. Rivaldo Barbosa com a milícia?”, questiona o partido no documento.

Em nota ao jornal o GLOBO, a defesa de Braga Netto afirmou que, durante o período da intervenção no Rio, a seleção e indicação para nomeações eram feitas, exclusivamente, pelo então Secretário de Segurança Pública.

“Durante o período da Intervenção Federal na área da segurança pública no estado do Rio de Janeiro, em 2018, a Polícia Civil era diretamente subordinada à Secretaria de Segurança Pública. A seleção e indicação para nomeações eram feitas, exclusivamente, pelo então Secretário de Segurança Pública, assim como ocorria nas outras secretarias subordinadas ao Gabinete de Intervenção Federal, como a de Defesa Civil e Penitenciária. Por questões burocráticas, o ato administrativo era assinado pelo Interventor Federal que era, efetivamente, o governador na área da segurança pública no RJ”, disse a defesa de Braga Netto.




Irritados com depoimento à PF sobre tentativa de golpe, militares e bolsonaristas chamam Freire Gomes de ‘traidor’

O general Marco Antônio Freire Gomes em foto de arquivo — Foto: Divulgação/Exército

Por Andréia Sadi

Militares suspeitos de participação na tentativa de golpe de Estado e aliados políticos de Bolsonaro passaram o final de semana organizando uma estratégia para ‘’fritar’’ o ex-comandante do Exército Freire Gomes. A medida se deu após Gomes passar cerca de 7 horas depondo à Polícia Federal sobre o roteiro do golpe em curso durante o governo Bolsonaro.

Freire Gomes, na condição de testemunha, colaborou – e muito – com as investigações. A preocupação de golpistas é com o que pode existir de detalhamento de Freire Gomes a respeito de discussões sobre minuta do golpe, o papel do Ministério da Justiça e negativas de forma categórica de que houvesse qualquer indício de fraude em urnas.

Para investigadores ouvidos por esta reportagem, Freire Gomes é um personagem que teria evitado o golpe – por isso, para bolsonaristas e militares – e a informação de que ele decidiu falar como testemunha fez com que militares repassassem, no fim de semana, mensagens e vídeos uns aos outros chamando Freire Gomes de ‘’traidor’’ e traçando estratégia para “queimar” Gomes.

Num desses vídeos recebidos por esta reportagem, que circula há dias entre militares, antes até do depoimento de Gomes à PF, aliados de Bolsonaro afirmam que ‘’general que traiu Bolsonaro pode se complicar’’ e que ele ‘’enrolou’’ e “enganou’ Bolsonaro com discussões sobre artigos da Constituição. E que ele não ia interferir – mas tinha que ‘’parecer’’ que ia.

Bolsonaristas irritados, agora, se esforçam para atribuir a Freire Gomes omissão por não ter esvaziado os acampamentos golpistas. Essa é a principal estratégia dos golpistas irritado com Gomes para ‘’fritá-lo’’.

Para a PF, o depoimento dele foi bastante esclarecedor, inclusive em relação a superiores dele, e ao papel do MJ à época.

Cid e as minutas do golpe

A PF espera fechar o enredo da investigação do roteiro do golpe com as informações obtidas no depoimento de Freire Gomes – e cruzando com Mauro Cid.

Cid será chamado a depor novamente para confirmar as informações levantadas pela PF sobre as minutas do golpe encontradas na investigação. Se mentir ou omitir, pode perder benefícios de sua delação premiada.

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Depoimento de general à PF sobre tentativa de golpe gera clima de apreensão entre militares investigados

General Estevam Theóphilo, comandante da 10ª Região Militar — Foto: TV Verdes Mares/Reprodução

Por Andréia Sadi

O general Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira, que integrou o Alto Comando do Exército, divergiu de outros militares e decidiu falar durante o depoimento à Polícia Federal nas investigações da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder.

Theophilo foi comandante de Operações Terrestres entre o final de março de 2022 até o final de novembro de 2023. A unidade fica em Brasília e não tem nenhuma tropa subordinada diretamente a ela.

De acordo com as investigações, em 9 de dezembro de 2022, Theophilo se reuniu com o então presidente Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada e supostamente consentiu com a adesão ao golpe de Estado, desde que o presidente da República assinasse a medida, conforme conversas encontradas no celular do ajudante de ordens Mauro Cid.

A decisão causou apreensão entre esses outros militares investigados.

Alguns fardados não descartam a possibilidade de Theophilo decidir colaborar com a PF – como já fez o tenente-coronel do Exército, Mauro Cid, que foi ajudante-de-ordens de Bolsonaro durante todo o mandato.

A delação premiada de Cid foi usada para embasar a Operação Hora da Verdade, no começo de fevereiro, que mirou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ex-ministros e ex-assessores dele investigados por tentar dar um golpe de Estado no país e invalidar as eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Por causa disso, há um temor crescente de um jogo de empurra-empurra de responsabilidades pela suposta tentativa de golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.

Um dos temores é o de que Theophilo detalhe a suposta participação de Freire Gomes, que foi o último comandante do Exército durante o governo Bolsonaro, e de outros militares investigados no roteiro do golpe.

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Joias: PF tem elementos para indiciamento por organização criminosa

A expectativa pelo indiciamento é crescente em meio à colaboração de Mauro Cid com as investigações

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|01/09/2023 13:17

Atualizada às 01/09/2023 18:52

Mauro Cid e seu pai, general Mauro César Lorena Cid
Montagem iG / Imagens: Lula Marques/ Agência Brasil e reprodução / Alesp

Mauro Cid e seu pai, general Mauro César Lorena Cid

A Polícia Federal já vê indícios o suficiente para enquadrar aliados de Bolsonaro pelo crime de organização criminosa no caso das joias e conta com a colaboração de Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, nas investigações. A informação é do blog da Julia Duailibi, a quem fontes que acompanham as investigações afirmam conseguir mapear a distribuição de tarefas e fluxo do dinheiro entre os suspeitos – incluindo aqui o próprio ex-presidente.

 

Esse mapeamento contou com o apoio de Mauro Cid (filho), que decidiu colaborar com as investigações em diferentes frentes, por meio de depoimentos filmados. O militar começou a colaborar mais após a investigação da Polícia Federal atingir seu pai e também a sua esposa, Gabriela Santiago,  que chegou a depor sobre o caso das fraudes a cartões de vacinação da família Bolsonaro.Há informações de que Mauro Cid contou à PF que a movimentação financeira (que envolvia Bolsonaro) teria como base a cidade de Miami, onde parte dos presentes oficiais ocultados por Bolsonaro foram vendidos irregularmente. A cidade estadunidense também é o município onde residia o general da reserva Mauro Lourena Cid (pai), um dos suspeitos de participação no esquema.

 

A partir de agora a polícia busca intensificar a colaboração de Mauro César Lourena Cid ao mesmo tempo em que verifica as informações fornecidas pelo seu filho antes de formalizar um possível acordo de delação premiada que se espera que a defesa do ex-ajudante de ordens proponha.

O advogado de Mauro Cid, Cezar Roberto Bitencourt, afirmou à imprensa que na semana que vem decidirá se vai ou não apresentar uma proposta de delação. No momento, a informação é que Cid estaria em fase de “pré-delação”, quando o investigado conta tudo que sabe para que a polícia avalie se há, de fato, ganhos para a investigação.

Assim sendo, no momento Cid é considerado um investigado que colabora, visto que teria ajudado a preencher lacunas e esclarecer alguns fatos, mas não entregou outros envolvidos no esquema.

Outros crimes

Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, acusado de atrapalhar a eleição
Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agencia Brasil

Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, acusado de atrapalhar a eleição

Além dos casos das joias, investigadores relataram que Mauro Cid também contou como funcionava o “gabinete do ódio”, como era conhecida a “força-tarefa” que criava e disparava fake news contra adversários do bolsonarismo e contra o próprio sistema eleitoral, além de revelar as estratégias dos integrantes desse grupo.

Em outra frente de investigação, a Polícia Federal também conta com a colaboração de membros da Polícia Rodoviária Federal e do Ministério da Justiça para investigar o ex-diretor-geral da Polícia Federal, Silvinei Vasques, e o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, que estariam se complicando ainda mais após os depoimentos de Mauro Cid e seu pai.

Silvinei e Anderson Torres são acusados de, no dia do 2º turno da eleição presidencial de 2022, terem agido deliberadamente para dificultar o deslocamento de eleitores em cidades da região Nordeste onde Lula (PT) teve maior votação no 1º turno




Câmara convoca Braga Netto para explicar possível ameaça às eleições de 2022

Braga Netto teria dito que não haverá eleições, caso o voto não seja impresso

Ministro Braga Netto nega teor das declarações
Fernando Frazão/Agência Brasil

Ministro Braga Netto nega teor das declarações

A Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados aprovou a convocação do ministro da Defesa, o general Walter Braga Netto. O objetivo é ouvi-lo sobre as  supostas declarações contra as eleições em urnas eletrônicas. A informação é da CNN.

A decisão ocorre após a divulgação de uma possível fala do ministro: “Sem voto impresso, não haverá eleições”, fazendo coro ao discurso do presidente da República, Jair Bolsonaro.

Tal recado teria sido dado ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL) e a outros interlocutores, no último dia 8 de julho, segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”.

O ministro nega o teor da conversa, embora, de acordo com a CNN, Braga Netto divulgou uma nota em que classificou como “legítima a discussão do voto impresso analisada por quem compete decidir sobre o tema”.

“Acredito que todo cidadão deseja maior transparência e legitimidade no processo de escolha dos seus representantes no Legislativo e Executivo em todas as instâncias”, afirmou o ministro.

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Após vídeo, Randolfe diz que Pazuello cometeu crime de falso testemunho na CPI

Ex-ministro da Saúde disse à CPI que não se reunia com empresas por tomar as decisões da pasta. No entanto, um vídeo revela que Pazuello negociou a vacina Coronavac com uma intermediária

Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde e general da atova
Foto: Agência Senado

Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde e general da atova

Para o vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), não restam dúvidas que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello cometeu crime de falso testemunho ao depor à Comissão.

Em entrevista à GloboNews na tarde deste sábado (17), Randolfe disse que o vídeo divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo —onde Pazuello está  reunido com intermediários interessados em vender doses da CoronaVac— prova que o ministro mentiu à comissão.

Durante seu depoimento, o  general afirmou que não se reunia com empresas porque era o tomador de decisões da pasta para justificar o fato de não ter atendido os representantes da Pfizer.

A recusa em receber os dirigentes da farmacêutica norte-americana, fez com que, segundo o senador, a vacinação no Brasil não fosse iniciada em dezembro de 2020, provocando milhares de mortes evitáveis.

Apesar de Pazuello dizer à CPI que não se reunia com empresas, as imagens da reunião comprovam que ele negociou a compra de vacinas em março. Desde janeiro, o Brasil já vacinava a população com a CoronaVac com doses fornecidas diretamente pelo Instituto Butantan, parceiro da fabricante chinesa Sinovac.

“Ficamos estupefatos com o vídeo do senhor Eduardo Pazuello recebendo um intermediário da vacina CoronaVac, com o Brasil já tendo iniciado a vacinação com o Instituto Butantan. Mais de 3 mil mortos por dia [no Brasil] e o ministro da Saúde estava recebendo intermediários que não tinham vacina”, criticou o senador do Amapá.

Randolfe ainda afirmou que há indícios de que o ex-ministro também pode ter cometido outros crimes, como tráfico de influência e corrupção passiva. “Falso testemunho é o menor dos crimes dele”, disse.

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Mourão diz que tomará vacina da Covid-19 e pode ‘furar fila’ para servir de exemplo

Curado da Covid-19, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, comentou nesta segunda-feira (11), que, diferente do presidente Jair Bolsonaro, vai tomar a vacina contra a Covid-19, mas não vai “furar a fila” para receber o imunizante antes das pessoas que têm prioridade, segundo os critérios definidos pelo Ministério da Saúde, a não ser para servir de exemplo, em ação propagandística.

O vice-presidente ficou 12 dias em isolamento no Palácio do Jaburu para o tratamento da doença e defendeu que a imunização é uma questão coletiva, e não individual.

“[Pretendo tomar a vacina] dentro da minha vez. Eu sou grupo dois de acordo com o planejamento [do Ministério da Saúde]. Não vou furar a fila, a não ser que seja propagandística”, disse o vice-presidente se referindo à possibilidade de tomar vacina ante do prazo para incentivar outras pessoas a aderirem à campanha de imunização.

Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro disse que não tomaria o imunizante, porém o Palácio do Planalto pediu sigilo de 100 anos para a carteira de vacinação do político.

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