Reféns são libertos pelo Hamas após cessar-fogo em Gaza

Capturados vivos chegam ao território israelense e devem receber atendimento médico e psicológico

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Atualizada às Multidões se concentram na Praça dos Reféns, em Tel Aviv, aguardando a chegada dos reféns de Gaza nas primeiras horas da manhã

Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas/Reprodução

Multidões se concentram na Praça dos Reféns, em Tel Aviv, aguardando a chegada dos reféns de Gaza nas primeiras horas da manhã

Os primeiros sete reféns sequestrados em 07 de outubro de 2023 foram libertos pelo Hamas no norte da Faixa de Gaza  às 02h desta segunda-feira (13), no horário local (08h em Brasília), após acordo de cessar-fogo com  Israel. O conflito na região durou 738 dias. As informações são do The Times of Israel.

Por volta das 10h (04h, no horário de Brasília), um comboio da Cruz Vermelha seguiu para um ponto de transferência no sul da Faixa de Gaza para recolher mais reféns do Hamas, informou o exército israelense.

No total, vinte reféns vivos são esperados para chegar ao território israelense nesta segunda-feira, vindos de três localidades na Faixa de Gaza: Cidade de Gaza, região central e Khan Yunis, no sul.

O Fórum das Famílias de Reféns e Desaparecidos chegou a transmitir ao vivo uma multidão reunida na Praça dos Reféns, em Tel Aviv, enquanto aguardavam a chegada dos reféns de Gaza.

Identidade dos reféns

A ala militar do Hamas divulgou nesta segunda-feira (13) uma lista com os nomes de 20 reféns vivos que devem ser libertos hoje, como parte do acordo de cessar-fogo mediado por Israel e pelo Egito.

 Hamas publica lista de 20 reféns vivos que serão libertados nesta segunda-feira (13)
The Times of Israel/Reprodução

Hamas publica lista de 20 reféns vivos que serão libertados nesta segunda-feira (13)

A relação inclui Elkana Bohbot, Matan Angrest, Avinatan Or, Yosef-Haim Ohana, Alon Ohel, Evyatar David, Guy Gilboa-Dalal, Rom Braslavski, Gali Berman, Ziv Berman, Eitan Mor, Segev Kalfon, Nimrod Cohen, Maxim Herkin, Eitan Horn, Matan Zangauker, Bar Kupershtein, David Cunio, Ariel Cunio e Omri Miran.A lista divulgada corresponde aos mesmos nomes já repassados anteriormente a Israel durante as negociações. Não estão incluídos neste grupo o soldado israelense Tamir Nimrodi e o cidadão nepalês Bipin Joshi.




Acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza: veja detalhes da 1ª etapa

Tratado entrou em vigor ao meio-dia, no horário local (6h em Brasília)

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Israelenses comemoram acordo de paz e cessar-fogo em Gaza
Paulo Pinto/Agência Brasil

Israelenses comemoram acordo de paz e cessar-fogo em Gaza

governo de Israel  aprovou, na madrugada desta sexta-feira (10), o acordo de cessar-fogo em Gaza e a libertação de reféns.  O tratado dá início à primeira fase do que pode ser o fim da guerra, que já completou dois anos na última semana e vitimou milhares de pessoas.

O acordo inclui a  entrega de reféns mantidos em Gaza em troca de prisioneiros palestinos dentro de Israel, além da retirada parcial das tropas israelenses do enclave. Ainda há pontos a serem negociados.

Cessar-fogo e retirada

O cessar-fogo começou imediatamente após a aprovação do governo israelense e, segundo o exército, estava em vigor a partir do meio-dia do horário local (6h em Brasília).

Em até 24 horas, as forças israelenses devem se retirar totalmente para as linhas acordadas e evitar o contato com civis palestinos. A redistribuição retira tropas de algumas áreas urbanas, mas mantém o controle sobre cerca de metade do território de Gaza. As forças militares afirmaram que estão “ajustando as posições operacionais” no enclave.

Entre as cidades desocupadas estão Khan Younis, intensamente atacada durante a guerra, e a Cidade de Gaza, alvo da mais recente operação terrestre contra o Hamas. Agora, estima-se que as tropas de Benjamin Netanyahu fiquem com o controle de 53% do território – antes, estavam em 75%.

“Estamos cercando o Hamas. Nós o envolvemos completamente, antes das próximas etapas do plano, nas quais o Hamas será desarmado e Gaza será desmilitarizada. Se isso puder ser alcançado pelo maneira fácil, muito bem. Se não, será alcançado pela maneira difícil”, disse Netanyahu em pronunciamento.

Libertação dos reféns

No prazo de 72 horas após a retirada parcial das tropas, o Hamas deverá liberar todos os 48 reféns e entregá-los às autoridades de Israel.

Entre eles, 20 estão vivos. A recuperação dos corpos de reféns mortos pode demorar mais, já que nem todos os locais de sepultamento são conhecidos.

O coordenador israelense para reféns, Gal Hirsch, informou que uma força internacional ajudará a localizar os restos mortais não identificados pelo Hamas.

Após a libertação, Israel deve soltar 250 palestinos condenados ou suspeitos de crimes de segurança, além de 1.700 adultos e 22 menores detidos em Gaza durante a guerra, e devolver 360 corpos de combatentes.

Os prisioneiros serão libertos em Gaza ou, em alguns casos, deportados para o exterior, com restrições permanentes de entrada na região.

Ajuda humanitária

A ajuda em Gaza será intensificada, com circulação livre de suprimentos entre norte e sul pelas principais estradas. Dois funcionários israelenses informaram que 600 caminhões vão entrar diariamente no enclave.

Os veículos vão levar alimentos, combustível, gás de cozinha, equipamentos médicos e materiais para reparos de infraestrutura, como tubulações de água, esgoto e padarias.




Israel mata cinco jornalistas da Al Jazeera em ataque contra tenda de imprensa em Gaza

Por Brasil de Fato 

Um ataque de Israel à Cidade de Gaza na noite deste domingo (10) matou pelo menos seis jornalistas, incluindo cinco trabalhadores do veículo do Catar Al Jazeera. De acordo com a emissora, o ataque foi direcionado a uma tenda que abrigava profissionais da imprensa, localizada em frente ao portão principal do Hospital al-Shifa.

Entre as vítimas estão Anas al-Sharif, Mohammed Qreiqeh, Ibrahim Zaher, Mohammed Noufal e Moamen Aliwa. A sexta vítima é Mohammad al-Khaldi, descrito como “criador de um canal de notícias no YouTube” pelo grupo de direitos de imprensa Repórteres Sem Fronteiras.

Israel admitiu o ataque intencional, que tinha como principal alvo Anas al-Sharif, sob a alegação de suposta ligação do profissional com o Hamas, o que foi negado pela rede de televisão.

Pouco antes de ser morto, al-Sharif, de 28 anos, publicou em seu perfil no X que Israel realizava intensos bombardeios, conhecidos como cinturões de fogo, no leste e sul da Cidade de Gaza. Em seu último vídeo, era possível ouvir explosões e ver o céu escuro iluminado por clarões laranja.

Em uma mensagem final, que deveria ser publicada caso fosse morto, al-Sharif afirmou que “viveu a dor em todos os seus detalhes” e “experimentou a dor e a perda repetidamente”.

“Apesar disso, nunca hesitei em transmitir a verdade como ela é, sem distorção ou deturpação, esperando que Deus testemunhasse aqueles que permaneceram em silêncio, aqueles que aceitaram nossa matança e aqueles que sufocaram nossa respiração”, disse.

“Nem mesmo os corpos mutilados de nossas crianças e mulheres comoveram seus corações ou impediram o massacre ao qual nosso povo tem sido submetido há mais de um ano e meio”, concluiu. O repórter deixa dois filhos.

Israel mata cinco jornalistas da Al Jazeera em ataque contra tenda de imprensa em Gaza

Benjamin Netanyahu, Primeiro-ministro de Israel 

Al Jazeera condena assassinatos

Em um comunicado, a Al Jazeera Media Network condenou os assassinatos e classificou a ação como “mais um ataque flagrante e premeditado à liberdade de imprensa”.

“Este ataque ocorre em meio às consequências catastróficas do atual ataque israelense a Gaza, que resultou no massacre implacável de civis, na fome forçada e na destruição de comunidades inteiras“, afirmou a Al Jazeera.

“A ordem para assassinar Anas al Sharif, um dos jornalistas mais corajosos de Gaza, e seus colegas é uma tentativa desesperada de silenciar as vozes que expõem a iminente tomada e ocupação de Gaza”.

A Al Jazeera também afirmou que “a imunidade dos perpetradores e a falta de responsabilização encorajam as ações de Israel e incentivam ainda mais a opressão contra testemunhas da verdade”. Por fim, pediu à comunidade internacional “medidas decisivas para deter este genocídio em curso e pôr fim aos ataques deliberados a jornalistas”.

O primeiro-ministro do Catar, país-sede da emissora, criticou duramente Israel nesta segunda-feira (11) pela morte dos profissionais.

“O ataque deliberado de Israel contra jornalistas na Faixa de Gaza revela crimes inimagináveis (…) Que Deus tenha misericórdia dos jornalistas Anas Al-Sharif, Mohammed Qraiqea e seus colegas”, disse o primeiro-ministro, xeique Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani, em uma mensagem na rede social X.

Desde outubro de 2023, Israel acusa regularmente jornalistas palestinos em Gaza de ligação com o Hamas, o que, segundo grupos de direitos humanos, busca desacreditar as denúncias de crimes praticados pelos israelenses. Israel já matou mais de 200 profissionais de imprensa.

 




Bombardeio israelense na Faixa de Gaza deixa quase 100 mortos

“A maioria das vítimas eram mulheres e crianças. As pessoas tentaram salvar os feridos, mas não há hospitais ou cuidados médicos adequados”, disse testemunha

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AFP

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Socorristas removem um corpo dos escombros após um ataque israelense em Beit Lahia, norte da Faixa de Gaza, em 29 de outubro de 2024

Socorristas removem um corpo dos escombros após um ataque israelense em Beit Lahia, norte da Faixa de Gaza, em 29 de outubro de 2024

Um bombardeio israelense matou, na madrugada desta terça-feira (29), quase cem pessoas no norte da Faixa de Gaza , onde o Exército israelense intensificou desde setembro as suas operações aéreas e terrestres contra o movimento islamista palestino Hamas.

O ataque contra um prédio residencial em Beit Lahia deixou 93 mortos e 40 desaparecidos, disse o porta-voz da agência de Defesa Civil de Gaza, Mahmud Basal.

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“A maioria das vítimas eram mulheres e crianças. As pessoas tentaram salvar os feridos, mas não há hospitais ou cuidados médicos adequados”, disse Rabi al-Shandagog, uma testemunha de 30 anos que se refugiou em uma escola próxima.

Questionado pela AFP, o Exército israelense afirmou que estava examinando as informações sobre o ataque. Por outro lado, reivindicou ações no setor próximo de Jabaliya que mataram “cerca de 40 terroristas”.

Desde 6 de outubro, as tropas israelenses implementam uma nova ofensiva no norte de Gaza , onde garantem que os combatentes do Hamas estão se reagrupando. Sua operação causou o deslocamento de dezenas de milhares de pessoas e, de acordo com a Defesa Civil, centenas de mortos.

A guerra, iniciada há mais de um ano em Gaza pelo ataque do Hamas contra Israel, foi ampliada em setembro para o Líbano , onde o Exército israelense luta contra o Hezbollah, um aliado do movimento palestino e também apoiado pelo Irã.

Israel enfrenta uma onda de rejeição internacional por sua decisão de proibir as atividades da agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA). Também enfrenta pressões crescentes por suas ofensivas no Líbano e em Gaza.

– “Momento mais perigoso em décadas” –

A região do Oriente Médio vive o “momento mais perigoso” em “décadas”, alertou o enviado da ONU para a região, Tor Wennesland , para o Conselho de Segurança da ONU.

Em Gaza, a guerra eclodiu em 7 de outubro de 2023 com o ataque sem precedentes do Hamas no sul de Israel, que matou 1.206 pessoas, principalmente civis. Os milicianos islamistas também capturaram 251 pessoas naquele dia, das quais 97 ainda estão em cativeiro em Gaza. O Exército israelense indicou que 34 delas morreram.

A ofensiva israelense, lançada em retaliação para acabar com o movimento palestino, já matou mais de 43.000 pessoas em Gaza, de acordo com dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.

Tropas israelenses e combatentes libaneses do Hezbollah começaram a trocar disparos na fronteira entre os dois países em 8 de outubro de 2023, o que forçou milhares de moradores dos dois lados a fugir.

Com o objetivo de permitir o retorno dos 60.000 habitantes deslocados do norte do seu território, Israel lançou bombardeios diários sobre o Líbano desde 23 de setembro, acompanhados uma semana depois por uma ofensiva terrestre no sul do país.

Esta ação enfraqueceu a poderosa formação político-militar xiita, que perdeu o seu influente líder, Hassan Nasrallah, em 27 de setembro em um bombardeio na periferia sul de Beirute, e o seu provável sucessor, Hashem Safieddine , dias depois.

– Novo líder do Hezbollah –

Nesta terça-feira, o Hezbollah anunciou a nomeação como novo líder do seu número dois desde 1991, Naim Qassem , cofundador do movimento e o seu líder mais visível publicamente nas últimas décadas.

A nomeação de Qasem será “temporária” e não vai “durar muito”, disse Yoav Gallant , ministro da Defesa de Israel, nesta terça -feira.

Segundo dados oficiais, a ofensiva do último mês deixou mais de 1.700 mortos no Líbano.

Nesta terça-feira, Israel continuou com seus bombardeios no sul do Líbano e, de acordo com a agência de notícias estatal, realizou um ataque de tanques em direção à cidade de Khiam, a 6 quilômetros da fronteira, incomum por sua profundidade.

A força de paz da ONU no Líbano, Unifil, afirmou que um foguete, provavelmente lançado pelo Hezbollah ou por um grupo aliado, atingiu seu quartel-general em Naqura, no sul, ferindo levemente alguns capacetes azuis.

O território israelense também foi atingido por mísseis lançados a partir do Líbano.

A nível diplomático, Israel enfrenta uma onda de críticas pela aprovação no seu Parlamento de uma lei que proíbe as atividades da UNRWA em seu território e a colaboração com a agência e os seus funcionários.

Várias capitais europeias, a própria ONU e a Organização Mundial da Saúde (OMS) denunciaram a proibição, à qual os Estados Unidos também expressaram oposição.




Brasil condena ataques israelenses em Beirute e pede cessar-fogo

Itamaraty alertou para risco de ‘conflito de ampla proporção’ no Oriente Médio

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Ansa

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Forças Armadas de Israel anunciaram bombardeio contra posições do Hezbollah no sul do Líbano
Ammar Ammar/AFP

Forças Armadas de Israel anunciaram bombardeio contra posições do Hezbollah no sul do Líbano

O governo do Brasil condenou o bombardeio de Israel contra Beirute , no Líbano , ação que resultou na morte de pelo menos 37 pessoas, incluindo três crianças e sete mulheres, segundo o balanço mais recente do Ministério da Saúde local.

“O governo brasileiro acompanha, com forte preocupação, esse mais recente episódio na escalada de tensões na região.

O Brasil exorta as partes envolvidas ao exercício de máxima contenção e à imediata interrupção dos ataques, que ameaçam conduzir a região a conflito de ampla proporção”, diz um comunicado do Ministério das Relações Exteriores.

“O Brasil reafirma sua convicção sobre a urgência de alcançar cessar-fogo permanente e abrangente na Faixa de Gaza, como forma de evitar o alastramento das hostilidades para outras áreas do Oriente Médio”, acrescenta a nota do Itamaraty.

Durante a semana, as explosões de milhares de pagers e walkie-talkies já haviam provocado dezenas de mortes no Líbano, que ainda foi alvo de novos ataques israelenses neste sábado (21).




Israel bombardeia escola de agência da ONU em Gaza; 30 pessoas morreram

Por g1

Palestinos observam escola de agência da ONU em Nuseirat, na região central de Gaza, destruída em ataque de Israel no dia 6 de junho de 2024 — Foto: Bashar Taleb/AFP

Palestinos observam escola de agência da ONU em Nuseirat, na região central de Gaza, destruída em ataque de Israel no dia 6 de junho de 2024 — Foto: Bashar Taleb/AFP

As Forças de Defesa de Israel afirmaram que bombardearam uma escola da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) nesta quarta-feira (5). Funcionários de saúde ouvidos pela Associated Press afirmaram que 30 pessoas morreram, incluindo cinco crianças.

Segundo o exército israelense, a instituição abrigava uma base do grupo terrorista. Por outro lado, o governo local afirmou que a escola estava sendo usada para abrigar palestinos que tiveram de deixar as próprias casas por causa do conflito.

O ataque aconteceu em um campo de refugiados de Nuseirat, que fica na região central da Faixa de Gaza.

Palestinos ao lado de familiares mortos em bombardeio israelense em Nusseirat, em 6 de junho de 2024 — Foto: Abdel Kareem Hana/AP

Palestinos ao lado de familiares mortos em bombardeio israelense em Nusseirat, em 6 de junho de 2024 — Foto: Abdel Kareem Hana/AP

Os militares israelenses afirmaram que caças do Exército realizaram um “ataque preciso” em uma unidade do Hamas que ficava dentro da escola. Ainda de acordo com as forças israelenses, terroristas foram mortos.

“Os terroristas dirigiram sua campanha de terror a partir da zona da escola, explorando-a e usando-a como refúgio”, disse o Exército de Israel.

Já as autoridades da Faixa de Gaza acusaram as forças israelenses de terem cometido “um massacre horrível”.

“Um número considerável de mártires e feridos continuam chegando ao hospital de Al-Aqsa”, afirmaram.

Segundo a AP, o hospital disse ter recebido 30 corpos em consequência do bombardeio à escola. Além disso, outras seis pessoas morreram em um outro ataque na região.

Segundo a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), o hospital de Al-Aqsa recebeu cerca de 70 mortos e 300 feridos desde terça-feira (4). A organização afirmou que a maioria dos pacientes é composta por mulheres e crianças alvos de bombardeios.




Atos em Israel pedem saída de Netanyahu e libertação de reféns em Gaza

Manifestações antigovernamentais ocorreram nas ruas de Tel Aviv, Jerusalém, Cesareia, Raanana e Herzliya no sábado (30); 16 pessoas foram presas

 

Por

iG Último Segundo

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Protesto em Tel Aviv; a polícia diz ter havido na cidade “uma grande quantidade de manifestantes que perturbaram a ordem pública”; 16 foram presos
Reprodução/X

Protesto em Tel Aviv; a polícia diz ter havido na cidade “uma grande quantidade de manifestantes que perturbaram a ordem pública”; 16 foram presos

Neste sábado (30), milhares de manifestantes foram às ruas nas cidades israelenses de Tel Aviv, Jerusalém, Cesareia, Raanana e Herzliya para protestar pela libertação de todos os reféns detidos na Faixa de Gaza e pela destituição do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

De acodo com o jornal britânico The Guardian, foram registrados protestos em Tel Aviv, Jerusalém, Haifa, Cesareia, Be’er Sheva, entre outros locais.

Para os manifestantes, Netanyahu é um “obstáculo ao acordo” de cessar-fogo com o Hamas, que inclui libertação dos reféns que ainda estão sob o poder do grupo extremista.

De acordo com a política, em Tel Aviv, “houve uma grande quantidade de manifestantes que perturbaram a ordem pública”. Foram usados canhões de água para dispersar os presentes e 16 pessoas foram presas.

Os protestos na Rua Kaplan, em Tel Aviv, também pediram eleições gerais. Já em uma manifestação separada na Praça dos Reféns, em Tel Aviv, os reféns que foram libertados pelo Hamas pediram às autoridades israelenses a volta imediata de todos ainda detidos em Gaza.

Além disso, centenas de pessoas se reuniram em frente à casa de Netanyahu em Jerusalém. A expectativa é que seja realizado outro grande ato na cidade. Ainda de acordo com o The Guardian, alguns manifestantes planejam acampar em tendas perto do Knesset, a sede do Legislativo israelense.

Em 26 de março, o governo de Israel abriu mão das negociações por um acordo de cessar-fogo e chamou de volta os negociadores israelenses que foram ao Qatar para fechar um acordo com o Hamas. Na época, Netanyahu declarou que não aceitará o fim da guerra sem que seus objetivos sejam alcançados.

De acordo com o gabinete do premiê, esses objetivos são: “destruir as capacidades militares e governamentais do Hamas, libertar todos os reféns e garantir que a Faixa de Gaza não represente uma ameaça para o povo de Israel no futuro”.




EUA vetam, pela terceira vez, resolução para cessar-fogo em Gaza

Não podemos apoiar uma resolução que comprometa ‘negociações delicadas’ para alcançar uma trégua, declarou a embaixadora de Washington nas Nações Unidas


Conselho de Segurança da ONU: EUA vetam resolução para cessar-fogo em Gaza
Nesta terça-feira (20), os Estados Unidos vetaram uma resolução apresentada no Conselho de Segurança das Nações Unidas pela Argélia, que exigia “um cessar-fogo humanitário imediato” na Faixa de Gaza, palco do conflito entre Israel e Hamas. Esta é a terceira vez que o país norte-americano rejeita publicamente as exigências de um cessar-fogo total, em apoio ao governo de Israel, seu aliado.

Washington já havia sinalizado que vetaria o projeto da Argélia, cujo texto exigia a libertação dos reféns feitos pelo Hamas no ataque de 7 de outubro e se opunha ao “deslocamento forçado da população civil palestina” — mas não condenava o ataque do grupo que comanda o enclave.

“Não podemos apoiar uma resolução que colocaria em risco negociações sensíveis”, disse ela. “Não se trata, como afirmaram alguns membros, de um esforço americano para encobrir uma iminente incursão terrestre, mas sim de uma declaração sincera de nossa preocupação com os 1,5 milhão de civis que buscaram refúgio em Rafah”, acrescentou.

A cidade de Rafah, no sul de Gaza, abriga cerca de 1,5 milhão de refugiados, mas está sob a ameaça de uma invasão pelas forças israelenses.

Estados Unidos pode exigir cessar-fogo temporário
Vale lembrar, no entanto, que os Estados Unidos têm elaborado projeto alternativo que propõe o cessar-fogo temporário “assim que possível”, além de um alerta a Israel contra a invasão da cidade de Rafah.

O documento foi apresentado nesta segunda (19), um dia após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sinalizar que suas forças invadirão Rafah se Hamas não libertar os reféns que mantém desde o início do conflito. O grupo palestino tem até 10 de março, data que coincide com o início do Ramadã (mês sagrado para os muçulmanos), para realizar a libertação.

De acordo com a proposta, o Conselho de Segurança deveria destacar “seu apoio por um cessar-fogo temporário em Gaza o mais rápido possível, com base na fórmula de que todos os reféns sejam libertados”, enquanto, ao mesmo tempo, “suspende todas as barreiras à entrega de assistência humanitária” em Gaza.

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De acordo com autoridades palestinas, 28.985 pessoas morreram e 69.028 ficaram feridas na Faixa de Gaza desde o início do conflito contra Israel. Entre israelenses, ao menos 1.139 pessoas foram mortas nos ataques liderados pelo grupo militante palestino.

Por Ig




Consulado de Israel em SP exibe imagens inéditas dos ataques do Hamas

Brasil é o terceiro país a ter acesso ao material inédito, que só havia sido exibido até então em Israel e nos EUA

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iG Último Segundo

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Cenas foram registradas pelos próprios terroristas, câmeras de segurança e alguma das vítimas

Reprodução

Cenas foram registradas pelos próprios terroristas, câmeras de segurança e alguma das vítimas

Imagens das atrocidades cometidas pelos terroristas do Hamas nos ataques perpetrados em Israel no dia 7 de outubro foram mostradas à imprensa em coletiva realizada nesta quarta-feira (1º), em São Paulo. O Brasil foi o terceiro país no mundo a ter acesso a esse material inédito: até então, a filmagem só havia sido mostrada em exibições especiais das Forças de Defesa Israelenses (IDF) em Jerusalém e em Nova Iorque.

O encontro, que reuniu os principais veículos de mídia brasileiros, foi organizado pelo Consulado Geral de Israel, a organização StandWithUs Brasil e a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp).

O filme exibido é do Serviço de Imprensa do Exército israelense, compilado a partir de diversas fontes, incluindo imagens de câmeras corporais usadas por terroristas do Hamas, bem como imagens de câmeras de vigilância e mídias sociais. O vídeo tem duração de 40 minutos e mostra, sem censura, cenas brutais de mortes com crueldade, retratando atrocidades cometidas por terroristas do Hamas, incluindo assassinatos brutais, tortura e abuso de pessoas, incluindo crianças e idosos. A intenção, de acordo com os organizadores, foi “demonstrar, na medida do possível, a magnitude dos horrores tal como ocorreram.”

Angústia, terror e crueldade

É difícil descrever com precisão o que se vê nos vídeos, uma vez que o conteúdo em questão é extremamente perturbador. São cenas de tortura, assassinato, violência e desprezo com a vida. Um homem gravemente ferido no abdome é agredido a golpes de enxada. Uma granada é lançada em um abrigo onde vários israelenses se escondem. Ninguém sobrevive à explosão. Outro homem é gravado correndo desesperado até ser atingido por um tiro na cabeça, pelas costas e cair no chão. Banho de sangue. Corpos amordaçados e queimados. Choro de bebês e gritos desesperados deixam tudo ainda pior – como se fosse preciso.

Em outro momento, um dos terroristas usa o celular de uma das vítimas para ligar aos familiares em Gaza e contar feliz sobre as mortes que já tinha provocado.

“Um horror! Já estive na guerra, infelizmente, e já vi de tudo. Mesmo assim, ao ver esta barbárie, fiquei no mínimo chocado. Imperdoável”, relatou o empresário luso-brasileiro Nuno Vasconcellos, representante dos acionistas que controlam o Portal iG e os jornais O Dia e Meia Hora. Apesar de impactado, ele defendeu a documentação das imagens. “Se no pós-guerra o presidente americano não tivesse pedido aos jornalistas para visitarem os campos de concentração, hoje haveria muita gente falando que eles não existiram. Então, por muito que nos custe, infelizmente, precisamos mostrar ao mundo o pior que há dentro de um ser humano para que os atos sejam lembrados e não se voltem a repetir. Ou assim esperamos”, completou.

Foi nessa mesma linha que Rafael Erdreich, consul-geral de Israel em São Paulo, falou sobre a exibição. “Tudo o que está saindo de Gaza está controlado pelo Hamas. O Hamas é uma organização terrorista. E como terroristas, o primeiro desafio deles é causar pânico”, disse o diplomata.




EUA dizem que Hamas dificulta abertura da fronteira de Gaza com Egito

Palestinos e estrangeiros, incluindo brasileiros de Gaza, estão em Rafah, cidade fronteiriça

Reprodução/ONU

Gaza destruída

Os Estados Unidos acusaram o grupo extremista Hamas neste domingo (15) de dificultar um acordo para a passagem de cidadãos estrangeiros na fronteira entre o sul da Faixa de Gaza e o Egito.

Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, afirmou que a abertura da fronteira já foi negociada entre os governos de Israel e Egito, no entanto, Hamas travou a passagem.

“Os egípcios concordaram em permitir que os americanos cruzassem a fronteira por Rafah (a cidade fronteiriça). Os israelenses garantiram que tentariam, no que cabe a eles, manter a área segura. Ontem (14) tentamos retirar um grupo (de cidadãos norte-americanos), mas a questão foi que o Hamas impediu que isso acontecesse”, disse Sullivan à CBS.

Palestinos e estrangeiros, incluindo brasileiros de Gaza, estão em Rafah,  cidade que faz fronteira com o Egito. Uma aeronave da Presidência da República do Brasil – um VC-2 com capacidade para até 40 passageiros, mais tripulantes – já está em Roma, na Itália, aguardando para seguir viagem para o Egito e resgatar brasileiros de lá.

O acordo permite somente a saída de estrangeiros pela fronteira. O Hamas e o governo do Egito declararam que palestinos devem permanecer no local.

O número de mortos na guerra entre Israel e o grupo palestino armado Hamas já passa dos 3.700 neste domingo (15). Ao todo, são 1.400 israelenses mortos, segundo autoridades de Israel, e 2.329 palestinos mortos, segundo o Ministério da Saúde palestino.

Os feridos somam pelo menos 13 mil pessoas desde o início do conflito, sendo 3.400 israelenses e cerca de 9.714 em Gaza.