Novo chefe da frente evangélica diz ter nome sujo por causa da bancada

Silas Câmara (Republicanos-AM). Foto: Reprodução

Por Gustavo Zucchi e Igor Gadelha

Novo presidente da Frente Parlamentar Evangélica (FPE), o deputado federal Silas Câmara (Republicanos-AM) disse estar com o “nome sujo” na Receita Federal por causa da própria bancada.

A afirmação foi feita pelo parlamentar em reunião da frente em 12 de julho, quando ele e o deputado Eli Borges (PL-TO), atual coordenador da bancada, firmaram um “acordo de cavalheiros” para a troca de comando da FPE.

Segundo Silas, que assumirá a presidência da frente na próxima quarta-feira (2/8), seu nome foi incluído no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) da Receita.

O motivo, conforme explicou, seria o fato de o primeiro estatuto da FPE ter sido registrado no nome de Silas e, desde então, “ninguém se preocupou” em declarar o imposto de renda ao Fisco.

“Vamos combinar aqui uma coisa importante. O meu nome está no Cadin. O meu nome pessoa física, Silas Câmara, está no Cadin, porque, desde que registrei o primeiro estatuto da frente, ninguém se preocupou nem em fazer declaração de imposto de renda. E, como eu sou o responsável na Receita Federal, é o meu nome que está sujo. Porque de lá para cá, não fizeram alteração de estatuto, não substituíram o nome na Receita Federal, não fizeram nada”, afirmou Silas.

No encontro, o deputado prometeu resolver o imbróglio da frente com a Receita Federal assim que tomar posse como novo coordenador da bancada.

“Eu vou pegar um contador, mandar atualizar as declarações de IR que estão em meu nome, e para efeito de Receita a gente só faz a mudança de titular quando houver a próxima presidência, que não será rotativa. Por que não tem sentido a cada seis meses eu dar entrada em um processo na Receita. O que isso aumenta ou diminui? Nada. Por que Frente Parlamentar Evangélica tem zero de receita”, disse.

Troca de fachada

A troca no comando da bancada evangélica será apenas “de fachada”. Para todos efeitos jurídicos, o presidente da frente evangélica continuará sendo Eli Borges.