João faz ato político para mostrar força, reúne lideranças, mas base de apoio ainda é campo minado

Lideranças e militância foram arregimentadas para o evento. Na foto, Cícero Lucena e João Azevêdo. Foto: Divulgação
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O governador João Azevêdo conseguiu o que queria, nesta quinta-feira (14). A primeira das plenárias programadas pelo partido dele, o PSB, conseguiu reunir lideranças de pelo menos 12 siglas, com destaque para o PP e o Republicanos. As duas agremiações rivalizam, na base de apoio do socialista, para indicar o vice na chapa de reeleição que será encabeçada pelo gestor. O primeiro round desta disputa nada silenciosa, por assim dizer, contou com uma articulação forte do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), ligando para lideranças de partidos aliados. A ideia era mostrar a força da sigla. E conseguiu.

O leitor pode se perguntar: mas porque a necessidade de mostrar força neste evento? A explicação é simples: o PP do deputado federal Aguinaldo Ribeiro tem se engalfinhado com o Republicanos, do também deputado federal Hugo Motta nos últimos meses. O primeiro motivo dizia respeito à indicação para o Senado na chapa. Os Republicanos defendem o apoio ao deputado federal Efraim Filho (União). Acontece que Efraim foi para a oposição e levou consigo o apoio da sigla. Por outro lado, Aguinaldo tentava este mesmo apoio para disputar a vaga. Sem isso, ele desistiu e agora quer a vice para o partido dele. Esse fato melindrou o partido de Hugo Motta, que também sonha com esse espaço.

Em meio à queda de braço, nem Aguinaldo nem Hugo Motta estiveram presentes no evento desta quinta-feira. Os dois, no entanto, se fizeram representar por pessoas próximas. Aguinaldo enviou o sobrinho, Lucas Ribeiro, nome do partido indicado para a vaga de vice. E ainda tinha Cícero Lucena na plenária, com papel importante no carreamento de lideranças para o encontro. Já Hugo Motta foi representado pelo pai, o prefeito de Patos, Nabor Wanderley, além do deputado estadual Wilson Filho, indicado do partido para a vice.

O Clube Cabo Branco, em João Pessoa, ficou lotado, como era o esperado. Isso sempre ocorre em eventos promovidos pelos governadores/candidatos. A caneta é pesada e produz frutos na hora de juntar gente. Até porque duas coisas conseguem arregimentar apoiadores: poder e perspectiva de poder. E quem está no cargo consegue as duas coisas. O evento, por isso, reuniu lideranças ligadas a PSB, Progressistas, Republicanos, PSD, PV, Rede, PC do B, Podemos, Avante, Solidariedade, PMN e Agir 36. Além deles, estavam por lá, também, nomes e bandeiras ligadas ao próprio PT.

As duas últimas siglas estão federadas junto com o PV e, pelo andar da carruagem, devem integrar a chapa que será encabeçada pelo senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB). A decisão final será da Federação Nacional. Mesmo assim, não é difícil imaginar que lideranças dos dois partidos fujam à regra e apoiem Azevêdo. O combustível para isso foi dito pelo próprio governador durante o evento. Ele reafirmou a disposição de votar no ex-presidente Lula (PT), visando as eleições deste ano, no confronto contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).

As plenárias vão ser realizadas em outras cidades com articulação de lideranças locais. A expectativa, no entanto, continua girando em torno do futuro da coligação destes partidos e, principalmente, rem relação à configuração da chapa majoritária. Há muitas interrogações e uma dificuldade considerável de elas serem resolvidas. A grande questão é como João vai definir o vice na chapa entre Republicanos e PP sem que um deles rompa. A hipótese de ficar de fora é rechaçada pelos dois lados. O que fica claro nisso tudo, porém, é que chegará o momento em que a festa não será suficiente e o governador terá que tomar uma posição.

O período para as convenções partidárias começa no dia 20 deste mês e se estende até o dia 5 do mês que vem. O tempo urge.

www.reporteriedoferreira.com.br  Por Suetoni Souto Maior




FORÇA DO PODER OU PODER DA FORÇA? Por Francisco Nóbrega dos Santos

FORÇA DO PODER OU PODER DA FORÇA?
Por Francisco Nóbrega dos Santos

O Brasil vive hoje o drama de uma pandemia, cujos são percebido por ângulos
diferentes. Uns entendem como um fenômeno invisível, não identificado, pois não se sabe sua
origem. Numa visão quase cega ou de pouco alcance confrontam-se as teses de tratar-se de
causa natural ou de laboratórios. E a terrível dúvida paira no ar. Outros pagam pelos erros
propositais, que deveria ser traduzido como POLITICOVID-19, ante a crise institucional, com a
invasão dos poderes e a inversão da ordem natural das coisas.

É inegável que desde a formação do universo criam-se peste, fome e guerras. Esses
terríveis fatos, muitos deles, originários da natureza e outros por meios físicos, tidos como
guerras biológicas, agressivas e armas mortíferas, que a história registra.
Não resta dúvida de que a natureza, muitas vezes agredida pela vontade humana,
sofre golpes impiedosos, devastadores e mutantes; e como resposta ao desrespeito, criam os
fenômenos que, com a evolução dos tempos, desnorteam a ciência, dificultando a solução dos
problemas surgidos com tais metamorfoses.

A natureza, formada por espaço, terra e água, que, por via reflexa, protege a vida sem
excluir, de forma genérica, a ecologia, ( gerada e criada), presente através da flora, da fauna e
das camadas atmosféricas, não vistas a olhos nus, porém Percebidas por aqueles que
reconhecem a primordial necessidade de preservação.
Na contramão dos fatos observa-se a agressão impiedosa à natureza, com a destruição
das florestas, envenenamento de rios, lagos e oceanos, ante a omissão do homem, com
objetivos escusos e degradantes, sob os olhares medíocres ou interesseiros dos que levam
vantagem em tudo, inclusive a destruição das florestas e mares que representam “in
abstratum”, pulmões de seres naturais ou vegetais, que hoje morrem sem o necessário
socorro.

Os filósofos dos séculos passados proferiam frases que os cientistas traduziram e
partiram em defesa medidas úteis e necessárias à preservação do meio ambiente.
Todavia presencia-se o avanço da ciência em direção oposta, a robotização dos
mecanismos e a tecnologia para simplificar os meios, desprezando os fins, que são sem dúvida
o fiel da balança. Urge, pois, uma vigilância universalizada contra a morte das fontes da vida.
Num exemplo bem prático, cite-se a evolução cibernética, onde as distâncias já não
existem, e a tecnologia para se resolver tudo, dentro de casa e de se percorrer o mundo sem
se deslocar um metro. Todavia deixam à margem da ciência a cura de males, dentre os quais
os mais diversos tipos de “câncer que tem contribuído com morte prematura de seres
humanos ou viventes, expandindo as estatísticas de óbito em todo mundo.

A história narra que a terra sempre esteve à mercê de guerras naturais ou produzidas;
vírus e armas atômicas devastadoras ou mutiladoras. Porém nunca se teve notícia de uma
guerra política ou jogo de interesse políticos capazes de destruir ou embaraçar o destino de
nações ou continentes. Os laboratórios, numa guerra inconsequente, criam versões diferentes
e divergentes entre si, como se estivessem numa disputa comercial.

O Brasil, o País onde as leis tem mão e contra para um fato ou ato isolado, não foge à
regra nessa batalha fratricida, (muitas vezes genocida), discute-se “sexo dos anjos”, criando
conflitos de competência, enquanto o povo padece dentro de uma “TORRE DE BABEL”, em que
vaidade, arrogância e prepotência de poderes, vivem sem harmonia entre si. E o povo sofre a
angústia da perda de entes queridos, condenados ao isolamento, sem haverem praticado
crime algum; distantes dos familiares, enquanto os responsáveis por tal angústia disputam
cargos e poderes, como um único objetivo: a permanência no topo do poder, erguendo, ainda,
palanque político para remissão dos fracassos atuais, Já pensando nas futuras eleições. Porém
muitos esquecem que o PERDÃO DE DEUS, diferentemente dos eleitores, jamais acolherá os
INFIÉIS.

www.repoteriedoferreira.com.br  Por Francisco Nóbrega, Jornalista,advogado e escritor.