Pratos vazios não mentem: Por Rui Leitao

 

Pratos vazios não mentem: Por Rui Leitao

Carolina Maria de Jesus, em sua obra Quarto de Despejo, declara: “O Brasil precisa ser dirigido por uma pessoa que já passou fome. A fome também é professora […] quem passa fome aprende a pensar no próximo, e nas crianças”. Uma verdade inquestionável. A fome voltou a ser uma constante na vida de muitos brasileiros. Quem viveu essa dolorosa experiência, consegue compreender bem que a alimentação é um direito de todos indistintamente.

O número de pessoas em situação de fome em nosso país já ultrapassa 30 milhões. É a triste realidade provocada pela desigualdade social que vem se intensificando no Brasil. Esse quadro de penúria resulta do desmonte das políticas públicas voltadas para atender às necessidades dos mais pobres. Estamos vivendo uma crise moral e ética, quando verificamos que os poderosos da política e da economia se mostram alheios às dores das ruas.

Os pratos vazios não mentem, o caos econômico e social está diante de nossos olhos, muitas vezes com total e irresponsável indiferença. Essa tragédia é observada nos semáforos, onde encontramos famílias de desvalidos em busca da solidariedade para conseguirem garantir o mínimo necessário para se alimentarem e sobreviverem.

O empobrecimento está ocorrendo de forma acelerada. Não serão com minguados auxílios eleitoreiros que essa chaga social será combatida. A extrema pobreza está diretamente relacionada à fome. Em julho de 1919 o Presidente da República chegou a afirmar, durante um encontro com jornalistas estrangeiros no Palácio do Planalto, que “falar que se passa fome no Brasil é uma grande mentira”. Ele nunca conheceu o que seja passar fome.

O país voltou ao Mapa Mundial da Fome da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em razão da ausência de uma política forte que enfrente esse problema. O direito humano à alimentação está, inclusive, estabelecido em nossa Constituição. Porém, o que define a nossa Carta Magna de 1988 vem sendo desrespeitada desavergonhadamente. Mais de 120 milhões de brasileiros têm algum grau de insegurança alimentar. Esse drama nacional passou a ser agravado a partir da extinção do Conselho de Segurança Alimentar Nacional, no início do atual governo. O combate à fome não pode depender de caridade, deve ser enfrentado com políticas públicas efetivas.




Austrália: menina de 4 anos morre de fome e é devorada por ratos

A criança era portadora da Síndrome de Down e teria morrido dois dias antes de ser achada. O casal será julgado na Suprema Corte e estão em prisão preventiva

Willow Dunn e Mark Dunn
Reprodução

Willow Dunn e Mark Dunn

Uma menina de apenas 4 anos morreu de fome e foi devorada por ratos depois de seu pai, Mark Dunn, e a mulher dele, Shannon White, a abandonarem, na Austrália . A vítima, Willow Dunn, estava com feridas profundas e o rosto deformado quando foi encontrada pela polícia.

O crime teria ocorrido em 25 de maio, porém, detalhes do crime vieram a público somente nesta segunda-feira (7/12) durante audiência de pré-julgamento do casal, que são acusados de assassinato e crueldade infantil.

A criança era portadora da Síndrome de Down e teria morrido dois dias antes de ser achada, como levantou o jornal The Mirror. Os paramédicos que a analisaram confirmaram que Willow teve o rosto devorado por ratos .

A autópsia mostrou também que a criança tinha sinais de pancreatite, geralmente causada por má nutrição ou desidratação crônica. O casal, responsável pelos cuidados de Willow, será julgado na Suprema Corte e estão em prisão preventiva.

As informações são do jornal Metrópoles .




João diz que a fome ameaça direitos básicos e alerta: “Não há república sem inclusão”

O governador João Azevêdo disse nesta segunda-feira (15), em postagem nas redes sociais, ao comentar os 132 anos da Proclamação da República, comemorada hoje, que o país está diante do maior desafio de sua história, que é garantir direitos e promover o bem estar de todos os seus cidadãos em meio à pandemia que tirou a vida de mais de 611 mil brasileiros e brasileiras.

O governador alerta que se o país está conseguindo vencer o vírus com ajuda da vacina, um outro inimigo volta a assustar: a fome.

“A insegurança alimentar voltou a fazer parte da rotina de milhares de brasileiros, ameaçando um dos direitos mais básicos e essenciais da nossa cidadania”, diz.

Ainda na postagem, o governador diz que está na essência da República a luta pela construção de um país mais justo, igual e melhor para todos e todas.

“Não há República sem inclusão. Que possamos compreender a necessidade de defendermos o nosso país e os interesses do povo, não com mentiras e discórdias, mas com gestos e ações de quem trabalha por um Brasil mais forte, que ofereça oportunidades para que seus filhos tenham educação, saúde, segurança e emprego. É isso que dignifica e engrandece uma nação”, completa.

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João Azevêdo; Programas contra a fome na Paraíba já somam 38,3 mil refeições por dia

Em paralelo à luta contra o Covid-19, o governador João Azevêdo anuncia, neste domingo (11), em artigo publicado no jornal A União, que o Estado já alcança a marca de 38,3 mil refeições fornecidas por dia em toda a Paraíba. São refeições subsidiadas, ao preço de apenas R$ 1,00, por meio do programa Tá na Mesa, atingindo inicialmente 83 municípios. Além deste, o Governo mantém ainda o programa Prato Cheio e os Restaurantes Populares, para aplacar a fome de milhares de famílias que enfrentam as consequências econômicas da pandemia.

“Lutamos diariamente para garantir a dignidade das famílias paraibanas e temos a clareza de que não existe ação ou programa mais eficiente em defesa da cidadania do que acabar com a fome da população”, afirma o governador.

“Cidadania, com fome, não existe. Sem alimentação para as pessoas, não avançamos na saúde, na educação – nem em qualquer outra esfera de atuação do Estado. Por isso, programas como o Tá na Mesa, que estamos implementando, é uma injeção de cidadania nas vidas de milhares de pessoas”, acrescenta Azevêdo.

Para além de fornecer comida saudável às famílias mais vulneráveis, diz o governador em artigo, o Tá na Mesa é também uma forte estímulo à geração de emprego e renda nas economias locais. O programa prevê a contratação de restaurantes em 83 municípios para o fornecimento de 25,1 mil quentinhas por dia a R$ 1,00. “Com isso, garantimos empregos nos restaurantes, que foram fortemente prejudicados pela crise sanitária. De um lado, estendemos a mão do Estado às famílias mais vulneráveis com segurança alimentar, de outro, injetamos recursos na economia, estimulando a manutenção dos postos de trabalho em pequenos restaurantes paraibanos”, salienta.

João Azevêdo disse ainda que o Governo do Estado segue dedicado a ampliar a rede de Restaurantes Populares no Estado, com a instalação de novas unidades em Monteiro, Cajazeiras, Pombal, Guarabira e São Bento, que vão se somar às cozinhas dos restaurantes de João Pessoa, Santa Rita, Campina Grande, Patos e Sousa, onde são fornecidas 7 mil refeições por dia. Além disso, segue tocando o Programa Prato Cheio, que atende à população em situação de rua, em parceria com a Arquidiocese, fazendo a distribuição de cerca de 6,2 mil refeições diariamente em João Pessoa, Campina Grande, Patos e Guarabira.

Além disso, o Estado já distribuiu mais de 1,3 milhão de cestas básicas, socorrendo quem tem fome. “Todas essas ações, inclusive, ajudam a fortalecer a agricultura familiar, da qual adquirimos mais de 1 mil toneladas de produtos de hortifrúti. Também apoiamos as cooperativas de pesca com a compra de 100 toneladas de peixes e os produtores de frango, que forneceram outras 30 toneladas”, afirma o governador.

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