Fiocruz aponta alta nos casos de Síndrome Respiratória por Covid-19 na Paraíba

Fundação Oswaldo Cruz, FIOCRUZ

A Paraíba está entre os estados onde foi constatado o aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados pela Covid-19. O dado faz parte de um estudo divulgado nesta sexta-feira (18) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Além da Paraíba, a doença está em ritmo de crescimento em Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo

O boletim destaca ainda que a doença corresponde a 47% das infecções respiratórias diagnosticadas nas últimas quatro semanas, com tendência de alta.

A análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), do Ministério da Saúde, até o dia 14 de novembro. Para o pesquisador da Fiocruz e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, o cenário reforça a importância de a população atualizar o esquema vacinal contra a doença.

Taxa de transmissão da Covid-19 em alta na Paraíba 

A análise feita pela Universidade Federal da Paraíba sobre a taxa de transmissibilidade da Covid-19 está em alta no estado. A Estimação do Número Reprodutivo Efetivo mostra que a cada 100 pessoas diagnosticadas com a doença no território paraibano,  361 são infectadas.

O mapa abaixo mostra que o número mostra uma tendência de alta dos casos confirmados. Na média móvel, quando são observados os últimos 14 dias, mostra-se que a taxa de R(t) está em 1,7, o que também pode preocupar as autoridades de saúde.

Se o índice for maior que um, o cidadão é capaz de infectar outra pessoa. Por exemplo, se a taxa estiver em 1,55, 100 cidadãos contaminados podem repassar o vírus para 155 pessoas, como explica a pesquisa a seguir:

Se Rt<1, ou seja, se cada indivíduo infeccioso causa, em média, menos do que uma nova infecção, então os níveis de contágio da doença irão decair e a doença irá, eventualmente, desaparecer;

Se Rt=1, ou seja, se cada indivíduo infeccioso causa, em média, exatamente uma nova infecção, então os níveis de contágio da doença permanecerão etáveis e a doença se tornará endêmica;

Se Rt>1, ou seja, se cada indivíduo infeccioso causa, em média, mais do que uma nova infecção, então a doença se propagará na população e poderá haver uma epidemia; 

Internações em alta 

A alta dos casos de Covid-19 tem sido perceptível com o aumento também das internações em decorrência da doença. Ontem, uma reportagem do Portal MaisPB mostrou que a maior parte das internações por Covid-19 na Paraíba está concentrada na faixa etária dos 65 anos. De acordo com informações da Secretaria Estadual de Saúde (SES), são 34 internações nas unidades de saúde no estado.

Além deste público, também há casos em outras faixas de idade. Na faixa etária dos zero a cinco anos, há três internações; oito na faixa etária dos 19 a 30 anos; 21 na faixa etária dos 31 a 49 anos; e sete na faixa etária dos 50 a 64 anos.

Não há internações na faixa etária dos seis a 18 anos. Em relação ao perfil dos pacientes, a SES informou que o número de casos está bem dividido entre homens e mulheres.




Pandemia no Brasil trava voos com insumos para vacinas, diz diretor da Fiocruz

A produção de imunizantes da Fiocruz contra a Covid-19 corre risco de ser suspensa

Órgão admite impacto na produção
Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

Órgão admite impacto na produção

O aumento de casos e mortes por Covid-19 no Brasil começa a impactar o planejamento da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) para a produção de vacinas contra a Covid-19. Isso porque a crise sanitária já trava voos com insumos para vacinas.

A informação foi revelada por Maurício Zuma, diretor da Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz que produz a vacina Oxford/AstraZeneca, em entrevista ao site Uol, publicada nesta sexta-feira (2).

“Temos produzido imunizantes apesar dos cancelamentos de voos com suprimentos. Além da enorme demanda internacional por esses produtos, existem empresas que atualmente não querem viajar para o Brasil. Isso nos faz acender o ‘alerta amarelo’ para possíveis faltas de materiais”, disse Zuma.

Zuma afirmou que a produção da vacina de Oxford/AstraZeneca na unidade de Bio-Manguinhos pode ser impactada pelos cancelamentos de voos.“Hoje, nos esforçamos para trazer volumes maiores de cargas e evitar a escassez desses produtos. Mas, se tivermos cancelamentos desse tipo à frente, quando a produção [de vacinas] for maior, teremos problemas”, disse.

www.reporteriedoferreira.com.br /Ig




Avião com doses da vacina de Oxford vindas da Índia chega ao Brasil

Aeronave pousou no aeroporto de Guarulhos na tarde desta sexta-feira (22) com 2 milhões de doses do imunizante

Avião veio da Índia com 2 milhões de doses da vacina de Oxford
Reprodução/TouTube

Avião veio da Índia com 2 milhões de doses da vacina de Oxford

avião carregado com 2 milhões de doses da vacina de Oxford vindo da Índia pousou na tarde desta sexta-feira (22) no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. As doses do imunizante chegaram em um voo comercial da companhia Emirates.

O carregamento foi recebido pelo ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, junto aos ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Fábio Faria (Comunicações), além do embaixador da Índia no Brasil, Suresh Reddy.

Após os trâmites alfandegários, a carga segue em aeronave da empresa Azul ao aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, com pouso previsto para às 22h.

A presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, e Pazuello receberão as doses, que serão transportadas, com escolta da Polícia Federal (PF), ao depósito da Fiocruz.

www.reporteriedoferreira.com.br  Por Ig




China, Cuba e Rússia avançam na produção da vacina contra a Covid

 

“Os principais veículos de comunicação do mundo propiciam diariamente uma enxurrada de informações – e fazem proselitismo – sobre as vacinas em desenvolvimento nos EUA e Reino Unido, ao passo que desinformam, omitem e tergiversam sobre experiências promissoras como são as das vacinas chinesas, a russa e a cubana”, escreve o jornalista José Reinaldo Carvalho, editor internacional do Brasil 247

(Foto: ChinaDaily)

247 – Por José Reinaldo Carvalho, do Jornalistas pela Democracia – O mundo se aproxima de maneira assustadora de 30 milhões de casos da covid-19, e de um milhão de mortos. Neste sábado (4), os dados oficiais da Organização Mundial de Saúde indicam 26.622.706 de casos confirmados e 874.708 mortes.

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Em tal cenário, passa ao primeiro plano das medidas de prevenção, controle e combate à doença a descoberta e a produção em larga escala de uma vacina que seja a um só tempo segura e eficaz, com capacidade plena de imunização.

A mobilização para alcançar tal objetivo deve ser total. Governos, organizações multilaterais, a comunidade científica, agentes econômicos, a sociedade em geral devem mancomunar esforços para cumprir o sagrado dever da defesa da vida. Nesse quadro, merecem condenação veemente ações negacionistas de governantes, baseados em concepções retrógradas e obscurantistas, que de alguma maneira opõem restrições à vacinação, como fez o ocupante do Palácio do Planalto.

Contra essas concepções e atitudes, valem a ciência e a cooperação internacional. É o que salva vidas, enquanto à retórica negacionista está reservada o lixo da história.

“Neste momento, 172 economias estão envolvidas em conversas para potencialmente participar do Covax, uma iniciativa global que tem o objetivo de trabalhar com fabricantes de vacinas para fornecer aos países em todo o mundo o acesso equitativo a vacinas seguras e eficazes assim que licenciadas e aprovadas”, assinala um informe da Opas Brasil, vinculada à Organização Mundial de Saúde.

O mundo tem hoje em desenvolvimento cerca de 170 candidatas a vacina contra a covid, 24 delas em fase de testes clínicos em humanos. São dados promissores, que despertam esperança e confiança. Há uma fundada expectativa de que o aziago ano de 2020 termine com algumas dessas vacinas já aprovadas e em condições de distribuição maciça. Ou no mais tardar, nos primeiros meses de 2021. Entre estas, destacam-se as vacinas chinesas, a russa e, em uma primeira escala de desenvolvimento, a cubana.

Em um mundo globalizado, marcado por feroz competição de mercados e por hegemonia, a corrida pela vacina é parte integrante do cenário econômico e geopolítico.

Esta corrida vem desde janeiro, quando apareceram as primeiras mortes e os casos de infecção pelo novo coronavírus se multiplicaram e cresceram em flecha.

Os Estados Unidos difundem que sua vacina ficará pronta no mês de outubro. De olho na reeleição, Donald Trump promete valer-se da capacidade tecnológica da gigante farmacêutica Pfizer para promover a vacinação da população estadunidense. A empresa, por seu turno, apresta-se a comparecer no mercado e ganhar bilhões de dólares com a venda da vacina.

No vértice do sistema capitalista, outra vacina que aparece com perspectivas de sucesso imediato é a desenvolvida em conjunto pela Universidade de Oxford e a farmacêutica Astrazeneca. O instituto científico brasileiro Fiocruz tem um convênio para sua produção em nosso país.

Os principais veículos de comunicação do mundo propiciam diariamente uma enxurrada de informações – e fazem proselitismo – sobre essas duas vacinas em desenvolvimento, ao passo que desinformam, omitem e tergiversam sobre experiências promissoras como são as das vacinas chinesas, a russa e a cubana.

Apenas na sexta-feira (4), após a publicação de um estudo na renomada revista científica Lancet, a vacina russa Sputnik V ganhou “foro de cidadania” global entre as vacinas candidatas, segundo esses veículos de comunicação.

A revista reconheceu que a vacina russa induziu resposta imune e não teve efeitos adversos. Mesmo assim, a cobertura dos meios de comunicação brasileiros, principalmente os canais de TV abertos e fechados, demonstraram má vontade, apontando mais lacunas do que os aspectos comprovadamente positivos da Sputnik V. Os resultados dos estudos preliminares apontam para o avanço da pesquisa e dos ensaios clínicos, que entram em sua fase 3, que incluirá testes clínicos com mais de 40 mil voluntários, 10 mil dos quais no Brasil, a partir de convênio com o governo do Paraná.

O país que mais avançou até agora na pesquisa e produção da vacina contra a covid foi a China. Quatro vacinas chinesas estão na terceira fase de testes clínicos internacionais, uma parte destes também no Brasil, a partir de uma parceria entre a farmacêutica chinesa Sinovac-Biotech com o Instituto Butantan, de São Paulo.

Desde o mês de julho, o país asiático iniciou oficialmente o uso de emergência de duas vacinas contra a covid, o que é um indicador de sua segurança e eficácia.

As expectativas da humanidade para com a vacina chinesa se relacionam não apenas com as possibilidades de êxito no seu desenvolvimento, produção, mas também com o acesso, que será facilitado. O presidente chinês Xi Jinping prometeu solenemente durante a 73ª conferência da Organização Mundial de Saúde, em maio, que a vacina chinesa será “bem comum de toda a humanidade”.

Merece ainda destaque o anúncio feito nos últimos dias dos êxitos de Cuba no desenvolvimento da vacina contra a covid, já denominada Soberana 01, que entrou na primeira fase de testes clínicos. É a vacina mais adiantada na região da América Latina e Caribe, que poderá resultar não somente na imunização da população da ilha, mas numa contribuição no combate à covid em toda a região.

Assim, China, Cuba e Rússia, três países que se destacam no cenário internacional pela defesa que fazem da autodeterminação das nações e povos, ao obterem êxitos com a produção da vacina ajudam a humanidade a vencer o transe que está vivendo.

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Ministério da Saúde já admite mudar recomendação contra a cloroquina

Remédio sugerido por Jair Bolsonaro é inútil contra o coronavírus e condenado pela Sociedade Brasileira de Infectologia

Cloroquina
Cloroquina (Foto: REUTERS/George Frey)

(Reuters) – O Ministério da Saúde afirmou nesta sexta-feira que avalia diariamente as novas evidências relativas ao uso da cloroquina no tratamento da Covid-19 e reconheceu que provavelmente mudará sua orientação atual, depois que a Sociedade Brasileira de Infectologia cobrou que os medicamentos sejam abandonados no tratamento de qualquer fase da doença.

“Estamos vendo quais são as evidências mais novas publicadas na literatura universal, então já somamos mais de 1 mil evidências em quase 70 boletins de evidências científicas, esses boletins são atualizados diariamente. E se mudará as orientações? Provavelmente sim. A ciência, ela muda dia após dia”, disse Hélio Angotti Neto, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do ministério, em entrevista coletiva.

Ele não detalhou qual tipo de mudança de orientação pode ser feita pelo ministério, mas disse que muitos artigos têm se posicionado contra o uso da cloroquina em pacientes em fase tardia da doença, quando “o vírus praticamente já não está mais presente” e a pessoa está sofrendo processos inflamatórios muito fortes.

“O ministério vai continuar acompanhando essas evidências diariamente e trazendo o melhor que se tem de informação atualizada. Se houver informação a favor, pode ser que uma nota informativa vire até uma orientação mais formalizada. Se vier uma orientação contra, pode ser que a nota informativa traga uma orientação diferente daquela que hoje se encontra. Da nossa parte não há problema nenhum em mudar a orientação”, acrescentou.

Atualmente, o Ministério da Saúde recomenda o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina para o tratamento da Covid-19 em todas as etapas da doença, apesar da falta de comprovação científica de eficácia.

Inicialmente o medicamento era recomendado pela pasta apenas para casos graves, mas o ministério ampliou a orientação em maio para todas os estágios da Covid-19 por pressão do presidente Jair Bolsonaro, um defensor do medicamento assim como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Desde que anunciou ter testado positivo para coronavírus na semana passada, Bolsonaro afirmou que estava tomando o remédio e tem defendido o uso pelas pessoas contaminadas, mesmo reconhecendo a falta de comprovação científica de eficácia.

Nesta sexta-feira, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) divulgou um informe em que disse ser urgente e necessário que a hidroxicloroquina seja abandonada no tratamento de qualquer fase da Covid-19, citando dois estudos internacionais divulgados nesta semana que se somaram a outros afirmando que o medicamento não é eficaz e pode provocar efeitos colaterais.

Segundo a SBI, os estudos completam a avaliação de eficácia e segurança do seu uso nas três fases da doença: profilaxia, tratamento precoce e pacientes hospitalizados, sem mostrar qualquer benefício clínico e ainda provocando eventos adversos.

“Com essas evidências científicas, a SBI acompanha a orientação que está sendo dada por todas sociedades médicas científicas dos países desenvolvidos e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de que a hidroxicloroquina deve ser abandonada em qualquer fase do tratamento da Covid-19”, afirmou.

A nota da SBI foi divulgada após a revelação, na véspera, de que o Ministério da Saúde enviou ofício à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) pedindo que a instituição dê ampla divulgação ao tratamento com cloroquina nos primeiros dias de sintomas de Covid-19.

A recomendação foi dada apesar de a OMS ter suspendido testes com o medicamento em vários países, inclusive o Brasil, depois que os resultados de outros estudos não mostraram benefício do medicamento contra malária para tratar a doença respiratória provocada pelo novo coronavírus.

“A Fiocruz está ciente das orientações do Ministério da Saúde sobre o uso ´off label´ (quando o fármaco é utilizado para uma indicação diferente daquela que foi autorizada pelo órgão regulatório, a Anvisa) da cloroquina e da hidroxicloroquina contra a Covid-19. A Fiocruz entende ser de competência dos médicos sua possível prescrição”, disse a Fiocruz em nota.

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Pesquisadores do IFPB Campus Sousa desenvolvem perfil epidemiológico da Covid-19 na Paraíba

Uma pesquisa desenvolvida por professores e estudantes do curso de Medicina Veterinária do IFPB Campus Sousa vem levantando dados para construir o perfil epidemiológico da Covid-19 na Paraíba. O estudo é coordenado pelo professor Louis Hélvio Rolim de Britto e conta com a colaboração da docente Amélia Lizziane Leite Duarte e dos discentes Jivago Meira Gomes, Francisco Fredson de Sousa e Emily Hanna Vieira da Silva Araújo, todos de Medicina Veterinária. Completa o time de pesquisadores envolvidos no projeto o professor de Saúde Pública do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal da Paraíba (UFPB Campus Areia), o médico veterinário Inácio José Clementino.

A pesquisa foi uma das onze propostas aprovadas na Chamada Prospectiva de Projetos de Extensão e Cultura para o Enfrentamento e Minimização dos Impactos da Covid-19, publicada pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (ProExc) com o objetivo de fornecer recursos para fomentar a realização dos projetos. O estudo vai desenvolver um levantamento dos dados epidemiológicos que aborda as relações de estudo no tempo, no espaço e de acordo com as variáveis socioeconômicas das pessoas acometidas pela Covid-19 na Paraíba.

No que se refere à questão tempo, a pesquisa irá investigar o período compreendido entre a confirmação do primeiro caso de Covid-19 na Paraíba, ocorrida em março deste ano, até o primeiro dia do mês de agosto, quando se encerra a vigência do estudo. O projeto terá duração de três meses: junho, julho e agosto.

Com relação à variável espaço, os pesquisadores vão analisar, nesses três meses, todas as cidades paraibanas que apresentaram casos confirmados desta doença, independentemente de ter havido óbitos ou não. Após a fase de levantamento das informações, irão constar todos os casos confirmados, os eventuais óbitos e as suas respectivas cidades. Na variável socioeconômica, a equipe vai observar o perfil das pessoas acometidas pela doença com base em critérios como sexo, idade e existência ou não de outro quadro de doença anterior à Covid-19 que poderia ter contribuído para o agravamento da enfermidade.

De acordo com o professor Louis Hélvio Rolim, coordenador do projeto, “esse perfil é importante porque teremos um mapeamento detalhado da distribuição da doença no nosso estado. Vamos mostrar o gráfico da curva epidemiológica e obtermos a situação real e numa situação hipotética em que não estivéssemos em distanciamento social. Essa informação mostra a relevância de estarmos adotando esse distanciamento porque, através dessa curva epidemiológica, poderíamos saber até que ponto os leitos de que dispomos poderiam atender às necessidades das pessoas acometidas”, explicou.

Em termos metodológicos, o estudo trabalhará com os dados secundários da epidemiologia descritiva. Os pesquisadores irão analisar informações obtidas por instituições como as Secretarias Municipais de Saúde, a Secretaria de Estado de Saúde, o Ministério da Saúde e a Fiocruz. Em seguida, a equipe irá processar esses dados para traçar um panorama mais amplo sobre a Covid-19 e a saúde coletiva na Paraíba. “Vai haver comparações entre os dados, o que produzirá dados estatísticos mais precisos por levar em consideração informações de várias fontes”, destacou Louis.

“A pesquisa vai mostrar o engajamento e o compromisso das Instituições de Ensino Superior com o enfrentamento da pandemia que assola o nosso estado. As informações obtidas pelo estudo poderão ser divulgadas em eventos, congressos, simpósios e publicações em revistas e periódicos, promovendo os nomes do IFPB e da UFPB, universidade parceira na realização do projeto, em âmbito estadual e federal, o que é muito positivo. São informações relevantes e exclusivas que mostram a preocupação do IFPB e a sua ação no combate à Covid-19”, finalizou Louis.

DGCOM do IFPB

www.reporteriedoferreira.com.br    Assessoria




Ministério da Saúde anuncia parceria para desenvolvimento e produção da vacina de Oxford para Covid-19 no Brasil

 

Ao menos 30 milhões de doses serão distribuídas entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, caso se comprove a eficácia da imunização; acordo prevê até 100 mil doses.

Brasil anuncia parceria com Universidade de Oxford para desenvolver vacina contra Covid-19

Ministério da Saúde anunciou neste sábado (27) uma parceria para a pesquisa e produção nacional da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford, do Reino Unido, e a farmacêutica AstraZeneca.

O acordo prevê a transferência de tecnologia e a compra de lotes da vacina. Se for comprovada a eficácia da imunização, ao menos 30,4 milhões de doses serão entregues em dois lotes: 15,2 milhões em dezembro de 2020, e 15,2 milhões em janeiro de 2021, com prioridade para o grupo de risco e para profissionais de saúde.

Após as primeiras duas entregas, segundo o ministério, ainda poderão ser produzidas mais 70 milhões de doses para distribuição a partir do Sistema Único de Saúde (SUS).

  • ANTICORPOS: quem já teve Covid-19 pode pegar de novo?
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“Nesse primeiro momento, o IFA (ingrediente farmacêutico ativo) vem pronto (do exterior)”, explicou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Hélio Angotti Neto. “Ele vai ser processado e distribuído para a população brasileira.”

Angotti reforçou que há, no acordo, o orçamento de importação de mais IFA para a ampliação da produção nacional. Segundo ele, a compra de mais princípios ativos será feita após uma reavaliação do mercado internacional. Ele disse também que é possível que surja outras opções concorrentes de vacina.

No Brasil, a tecnologia será desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que será preparada para fabricar a imunização distribuída no país com a tecnologia estrangeira.

Em um comunicado, a pasta formalizou que governo federal aceitou uma proposta feita pela embaixada britânica e a farmacêutica para a cooperação no desenvolvimento tecnológico e acesso do Brasil à vacina ChAdOx1.

O Ministério da Saúde anunciou neste sábado (27), uma parceria para o desenvolvimento e produção de vacina contra a Covid-19. — Foto: CDC/Unsplash

Acordo em duas etapas

O acordo tem duas etapas, diz o ministério. A primeira, consiste na encomenda de frascos da imunização e também que o país assuma os custos de parte da pesquisa. O país se compromete a pagar pela tecnologia, ainda que não tenham se encerrado os estudos clínicos finais.

Em uma segunda fase, caso a vacina se mostre eficaz e segura, será ampliada a compra. Se a vacina for licenciada, a pasta estima a compra de mais 70 milhões de doses, no valor estimado de US$ 2,30 (cerca de R$12,60) por dose.

“Nessa fase inicial, de risco assumido, serão 30,4 milhões de doses da vacina, no valor total de U$ 127 milhões, incluídos os custos de transferência da tecnologia e do processo produtivo da Fiocruz, estimados em U$ 30 milhões. Os dois lotes a serem disponibilizados à Fiocruz, de 15,2 milhões de doses cada, deverão ser entregues em dezembro de 2020 e janeiro de 2021”, diz o comunicado.

O secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, explicou em uma entrevista coletiva que há um “risco associado” a esta parceria.

“No desenvolvimento de uma encomenda tecnológica, existe um risco associado a ele. Os estudos preliminares de fase 1 e 2 mostram que tem uma resposta bastante significativa, mas se os estágios clínicos não se mostrarem seguros, teremos aprendido com o avanço tecnológico.”

Vacina de Oxford

Na sexta-feira (26), uma cientista da Organização Mundial da Saúde (OMS), disse que a vacina testada no Brasil contra a Covid-19, que é feita pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca, é a mais adiantada no mundo e a mais avançada em termos de desenvolvimento.

Soumya Swaminathan disse também que uma outra vacina em fase de testes – idealizada pela empresa Moderna – “não está muito atrás” da potencial imunização da AstraZeneca. Os dois projetos estão entre as mais de 200 vacinas candidatas contra a Covid-19, das quais 15 já entraram na fase de testes clínicos, em humanos.

A vacina ChAdOx1está na fase 3 de desenvolvimento – última fase antes da aprovação e distribuição – e começou a ser testada nesta semana em voluntários brasileiros, em um estudo liderado no país pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Etapas para a produção

Para chegar a uma vacina efetiva, os pesquisadores precisam percorrer diversas etapas para testar segurança e resposta imune. Primeiro há uma fase exploratória, com pesquisa e identificação de moléculas promissoras (antígenos).

O segundo momento é de fase pré-clínica, em que ocorre a validação da vacina em organismos vivos, usando animais (ratos, por exemplo).

Só então é chegada à fase clínica, em humanos, dividida em três momentos:

  • Fase 1: avaliação preliminar com poucos voluntários adultos monitorados de perto;
  • Fase 2:testes em centenas de participantes que indicam informações sobre doses e horários que serão usados na fase 3. Pacientes são escolhidos de forma randomizada (aleatória) e são bem controlados;
  • Fase 3: ensaio em larga escala (com milhares de indivíduos) que precisa fornecer uma avaliação definitiva da eficácia/segurança e prever eventos adversos; só então há um registro sanitário

www.reporteriedoferreira.com.br Por G1