FAÇAMOS UMA CORRENTE DA RESISTÊNCIA DEMOCRÁTICA; Rui Leitao

FAÇAMOS UMA CORRENTE DA RESISTÊNCIA DEMOCRÁTICA; Rui Leitao

O momento atual exige uma mobilização vigilante dos brasileiros de forma a preservar uma ordem social onde os Direitos Humanos e a vida digna sejam possíveis para todos, de acordo com o projeto ético proposto pela Constituição DE 1988. É preciso que cada cidadão se veja responsável e capaz de contribuir na manutenção do Estado Democrático de Direito. Tem que ser um ato de paixão patriótica, no verdadeiro sentido da palavra, compartilhando vontades e objetivos únicos.

Não podemos abrir mão da responsabilidade de sermos agentes transformadores da realidade em que vivemos, jamais admitindo colocar nas mãos de outros a possibilidade de agir com esse propósito. O comportamento de omissão é, antes de tudo, resultante de uma mentalidade de alienação política ou de submissão, de subserviência, servidão voluntária. Para que essa mobilização coletiva se efetive se faz necessário que aprendamos a interagir na relação social, respeitando opiniões divergentes de maneira civilizada, valorizando o saber cultural e conhecendo a nossa história.

Na democracia as ordens e as leis são definidas pelos mesmos que as elaboram, direta ou indiretamente, e que devem a elas serem submetidos, mas com a obrigação de protege-las para evitar que o autoritarismo se manifeste. O Estado Democrático de Direito se fundamenta em aceitar o outro como igual em direitos e oportunidades. Pessoas que pensam diferente não podem ser consideradas inimigas. No diálogo as divergências devem ser entendidas como manifestações distintas que podem ser aproveitadas para que se alcance uma saudável convivência democrática.

Os fatos recentes, quando estivemos muito próximos de um novo golpe à nossa democracia, exigem que a sociedade, como um todo, permaneça vigilante, em defesa do pleno funcionamento das instituições, identificando possíveis abusos de poder e ameaças aos direitos fundamentais. Ao exercer esse papel ativo, estaremos fazendo com que a democracia vença a barbárie. Os 21 anos sombrios da Ditadura Militar no Brasil, não podem ser esquecidos. Relembrar tudo que aconteceu naquele período desperta uma consciência cívica de resistência contra todas as formas opressoras e de ataques à nossa jovem democracia.

A resistência não é um capricho, mas um fundamento próprio da democracia. O cidadão, como sujeito consciente, deve participar de um processo contínuo em que a sociedade possa refletir e decidir sobre si, estabelecendo uma relação social onde se combinem solidariedade e co-responsabilidade, buscando decisões em favor do bem comum. Não cedamos ao medo, enfrentemos os que insistem em matar a nossa democracia. Acreditemos no poder transformador da palavra, das artes, da verdade e da comunicação. Que os golpistas saibam o que a Constituição vigente “proíbe qualquer ameaça ao nosso regime político, prevendo pena de prisão para quem descumprir esse dispositivo”. Portanto, SEM ANISTIA.

www. reporteriedoferreira.com.br  Por Rui Leitão- Advogado, jornalista, poeta, escritor




Façamos a Revolução do Amor Por Rui Leitao 

Façamos a Revolução do Amor Por Rui Leitao

São Francisco foi um revolucionário do amor. Ele tinha a convicção de que o amor é que nos encoraja a seguir em frente nos momentos de dificuldades. Quando amamos enxergamos o mundo com outros olhos. É um sentimento que une opostos, ultrapassa barreiras, vence obstáculos.

“Onde houver ódio, que eu leve o amor”. Num tempo em que muitos insistem em pregar a violência, alimentando o ódio, saibamos ter a compreensão de que através do amor exercitamos a paciência, a humildade, a fraternidade. Que motivos levam uma pessoa a odiar e perseguir seus semelhantes? Que razões existem no coração de alguém para desejar o mal ao próximo? O ódio é a insatisfação da pessoa que pensa somente em si. Substituindo o ódio pelo amor, estaremos contribuindo para um ambiente de paz.

“Onde houver ofensa, que eu leve o perdão”. A mágoa e a raiva são causadores de ofensas gratuitas. Guardar ressentimentos fere a nossa alma. O rancor estimula a vingança. O que nos leva a ter tanta dificuldade em perdoar?. Com o perdão vem a justiça e também a misericórdia. A dureza do coração é muito pior do que a decepção.

“Onde houver discórdia, que eu leve a união”. Os fomentadores da discórdia louvam a ira, as desavenças, a desunião. Adoram assistir o espetáculo dos conflitos, das divergências, da desarmonia. Lamentavelmente vemos líderes políticos que incitam o embate fratricida. A vaidade e a arrogância se sobrepõem ao bom senso. Que Deus nos permita recusar aqueles que inflamam a fúria. Só na união conseguiremos vencer. Tem um velho e verdadeiro ditado que diz: a união faz a força.

Que a ternura e a compaixão dominem nossos corações. Não permitamos a revolução armada, da força, da intimidação, do poder autoritário. Queremos a revolução do amor, aquela que nos proporcionará paz, respeito entre as pessoas, inibidora da violência.

Rui Leitão-Advogado, jornalista, poeta, escritor