Entenda as mudanças nas emendas parlamentares após acordo entre STF, Congresso e Governo

Entendimento foi divulgado após encontro nesta terça-feira (19), e mantém modalidades existentes, apesar de introduzir mudanças; saiba quais

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iG Último Segundo

|20/08/2024 21:29

Atualizada às 20/08/2024 21:40

Reunião trouxe mudanças para diferentes procedimentos relacionados aos recursos de prefeituras e governos estaduais
Agência Brasil

Reunião trouxe mudanças para diferentes procedimentos relacionados aos recursos de prefeituras e governos estaduais

Nesta terça-feira (19), representantes dos três poderes se reuniram para revisar o sistema de emendas parlamentares, no qual deputados e senadores alocam recursos públicos para suas regiões eleitorais.

O entendimento alcançado, conforme divulgado em documento após o encontro, mantém as modalidades existentes, mas introduz mudanças nos procedimentos para a alocação das verbas a prefeituras e governos estaduais.  Entenda melhor:

Emendas Individuais

Antes:  atualmente, os 513 deputados e 81 senadores podem destinar até R$ 25 bilhões do orçamento para obras e serviços em suas bases eleitorais. Metade do montante deve ser alocado para a área da saúde, com obrigatoriedade de pagamento pelo governo.

Depois:  agora, com o acordo, as emendas individuais continuam como estão, com a exceção de situações técnicas que possam impedir sua execução, como em casos de embargo em obras.

Emendas Pix

Antes: os parlamentares poderiam direcionar parte do valor das emendas individuais diretamente para contas de prefeituras e estados, sem a necessidade de aprovação do governo.

Em 2023, foram alocados R$ 8,2 bilhões. Os recursos podem ser utilizados conforme o prefeito desejar, com a fiscalização ficando a cargo dos órgãos de controle locais.

Depois:  o novo acordo, então, prevê que os parlamentares terão que especificar previamente como os recursos serão aplicados. Além disso, o dinheiro deverá ser priorizado para a conclusão de obras inacabadas. O Tribunal de Contas da União (TCU) será responsável pela fiscalização dessas verbas.

Emendas de bancadas

Antes:  parlamentares de um mesmo estado colaboram para decidir a destinação dos recursos. Em 2024, foi autorizado o uso de até R$ 8,5 bilhões para o governo federal – assim como as emendas individuais, esses valores também são obrigatoriamente pagos.

Depois:  com o novo acordo, a destinação dos recursos será restrita a projetos estruturantes definidos por cada bancada. Uma regulamentação será elaborada entre o Executivo e o Legislativo para definir os critérios a serem utilizados.

Emendas de comissão:

Antes:  a alocação dos recursos é feita pelas comissões permanentes da Câmara e do Senado. Com o fim do orçamento secreto, os R$ 15,5 bilhões previstos para este ano passaram a ser usados para destinar verbas sem identificação dos autores. O governo não tem obrigação de pagar as emendas.

Depois:  o acordo mantém as emendas de comissão, mas sob determinadas restrições. Os recursos deverão ser aplicados somente em projetos de “interesse nacional ou regional”, a serem definidos em comum acordo com o governo.

A questão da identificação dos parlamentares autores das emendas ainda não foi abordada no acordo, e assim, a regulamentação sobre quais projetos poderão receber essas emendas será discutida entre Legislativo e Executivo nos próximos dez dias.

Valores para as emendas

Antes:  a PEC da Transição, aprovada no final de 2022, aumentou o valor das emendas para 3% da receita do governo (2% para emendas individuais e 1% para emendas de bancada). A esses valores somam-se os recursos de emendas de comissão, sujeitos a negociação com o governo. Uma parte do valor foi vetada pelo presidente Lula, mas o veto foi revertido pelo Congresso.

Depois:  estipula-se com o acordo que o governo e o Congresso reavaliem a vinculação dos valores das emendas, buscando uma nova fórmula para evitar que os valores cresçam mais do que o aumento total das despesas governamentais, atualmente controladas pelo arcabouço fiscal. A definição da nova regra para os valores anuais das emendas ainda será debatida.




Azevêdo exalta o clima de entendimento e “governabilidade” na Paraíba

Nonato Guedes




João Benedito é empossado na presidência do Tribunal de Justiça da Paraíba

 

Personalidades dos três Poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário, magistrados, diretores e servidores, familiares e amigos, prestigiaram a posse do desembargador João Benedito da Silva, no mais alto cargo hierárquico do Judiciário paraibano: presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba. A solenidade de posse ocorreu na tarde/noite desta quarta-feira (1), no Teatro Pedra do Reino, no Centro de Convenções de João Pessoa.

O novo gestor da Justiça estadual enfatizou que terá uma administração democrática, de valorização dos recursos humanos e com produtividade processual célere.

O novo presidente do TJPB agradeceu as homenagens recebidas, falou de sua trajetória e destacou a superação de adversidades, ao sair do Recife, passando pela primeira comarca assumida como juiz, em São José de Piranhas, até chegar ao cargo empossado. Destacou, do mesmo modo, o importante e significativo apoio de sua família, que durante a sessão solene lhe prestou uma emocionante homenagem.

O desembargador João Benedito da Silva agradeceu à Corte por lhe ter concedido a honra de ter sido promovido por merecimento em todas as instâncias, reiterando, aos seus pares, a gratidão pelo gesto de solidariedade, unânime, a sua pessoa, mediante formal e irrestrito apoio quando dela necessitou.

“É essa união, energia positiva e as experiências aqui vivenciadas, que mo movem a traçar o projeto de condução dos destinos desse Tribunal no próximo biênio, de forma coletiva e a gestá-lo de forma plural, de modo a envolver a todo o colegiado nas deliberações necessárias e a todos os juízes e servidores em sua execução”, conclamou o empossado.

O presidente João Benedito conclamou a Corte a dar as mãos para aprovar um plano de ação que prestigie o valioso material humano que compõe o Tribunal de Justiça, como um todo, e atenda aos interesses dos cidadãos, destinatários dos serviços da Justiça paraibana. “Assim agindo, elevaremos, cada vez mais, o nome do nosso Tribunal a um lugar de destaque no cenário nacional, sobretudo, no que tange à boa e célere prestação jurisdicional”.

Também foram empossados os desembargadores Marcos William (vice-presidente), Carlos Martins Beltrão (corregedor-geral de Justiça), Joás de Brito Pereira Filho (ouvidor) e Ricardo Vital de Almeida (diretor da Escola Superior da Magistratura – Esma).

A desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti Maranhão saudou o desembargador João Benedito, acentuando ter sido ele eleito para conduzir a Corte de Justiça, observando ser um só corpo, um só espírito, uma só consciência jurídica, voltada para servir aos cidadãos da Paraíba.

“Assume a presidência desta Corte, hoje, um homem digno, com esta história irretocável que acabei de narrar. Venceu preconceitos e superou as dificuldades com determinação, estudo, trabalho e fé”, realçou.

Na sequência, representando o Ministério Público estadual, o procurador Álvaro Gadelha, iniciou seu discurso recitando a frase: “Quando não tenho motivos para falar de bem de alguma coisa, prefiro ficar calado”, de autoria do presidente do TJPB, desembargador João Benedito da Silva. Ele disse estar diante de um ser humano que rompeu a lógica oriunda das dificuldades para florescer, com seu esforço pessoal, mesmo diante do cenário adverso.

“Pois bem, presidente, estas indispensáveis virtudes de um bom juiz vossa excelência consagrou em toda a sua carreira e, por isso, hoje assume a presidência deste Tribunal sob os aplausos de todos que reconhecem que a sua chegada foi fruto de uma linda trajetória”, sublinhou.

Em nome da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Paraíba, o advogado Harrison Targino cumprimentou o desembargador João Benedito da Silva, salientando ser a retidão de julgador e serenidade do presidente do TJPB por todos reconhecido, sendo um porto de segurança jurídica no dizer de muitos advogados, tendo em vista o respeito aos precedentes e pela coerência da linha de argumentos.

“Que Deus o guarde e ilumine desembargador, lhe premiando com o mérito de continuar sendo o mesmo cidadão do bem, humilde, decente, competente, sensível e sereno que sempre foi”, frisou o representante da OAB/PB.

www.reporteriedoferreira.com.br    Fonte: Gecom-TJPB




Bolsonaro tenta organizar reunião com STF, Congresso Nacional e governadores

O principal assunto da reunião será os vetos que Bolsonaro pretende fazer em relação ao projeto de auxílio financeiro aos estados

Bolsonaro recebe Dias Toffoli, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre no Palácio da Alvorada
Bolsonaro recebe Dias Toffoli, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre no Palácio da Alvorada (Foto: HANDOUT / REUTERS)

247 – Jair Bolsonaro tenta diminuir o abismo que é seu isolamento político e organiza uma reunião com o STF, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e governadores dos estados. Com informações de Caio Junqueira, da CNN.

O principal assunto da reunião será os vetos que Bolsonaro pretende fazer em relação ao projeto de auxílio financeiro aos estados. O ministro da Economia, Paulo Guedes, orientou que Bolsonaro fizesse vetos ao projeto aprovado no Congresso. Maia e Alcolumbre sinalizaram que as Casas podem derrubar os vetos de Bolsonaro, se ocorrerem.

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho, do MDB de Pernambuco, disse à CNN que “provavelmente esta reunião será amanhã”.

www.reporteriedoferreiras.com.br / Brasil 247.